Boa noite pessoal,
Obrigado pelos comentários e por terem aprovado a história. Só gostaria de saber se os capítulos estão longos demais, ainda não aprendi a escrever um a história só em duas folhas, rsrs.
Bom, pretendo postar todo dia, mas trabalho, faculdade e outras coisas mais, ocupam meu tempo todo, mas vou tentar.
Geo Mateus, você está certíssimo, dinheiro é quase tudo na vida, com ele as pessoas te respeitam, ou pelo menos são obrigadas a te aceitar. Seu comentário fez com que eu acrescentasse um trecho a mais nesse capítulo, adorei sua colocação.
Perley, acho que nunca nos falamos, mas obrigado por estar curtindo, vou tentar postar todo dia. Grande abraço.
Amores_juniores, é assim mesmo que funciona, se nem a família aceita, o que esperar de toda sociedade? Mas o Roberto irá surpreender muito, só não posso dizer se será pra melhor ou pra pior.
Amigah18, será que ele é só um pai horrível? Ta certo que bater não justifica, mas ele deve amar o filho e pode ter certeza, as conseqüências serão terríveis mesmo.
pri'h*-* , como falei acima, se a família não aceita, daí tudo e muito mais complicado. Beijão.
Geo Mateus, você está certo, mas não precisa apoiar, basta aceitar e respeitar.
stahn, você está certo em sentir nojo dele, mas em um momento da história, pode ser que sua visão sobre ele mude.
Scarlett, você está certíssima, e acho que a história vai por esse caminho mesmo, a família vai atrapalhar muito.
Bruno Del Vecchio, ola Bruninho, que bom que está por aqui. Por enquanto o conflito será sim em cima do preconceito do Roberto, mas a história terá uma mudança e o conflito principal será outro, espero que surpreenda vocês, ahhh e quanto ao seu outro comentário, só tenho a dizer que você é muito inteligente, rsrs, mas ainda não é hora de falarmos do título.
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Thiago – Não é isso que você queria saber, então tome.
Thiago – Esses dias foram maravilhosos, estar ao lado do homem que eu amo, tê-lo em meus braços, beija-lo....
Antes mesmo de Thiago terminar sua frase, Roberto o calou.
Um forte estalo ecoou pela casa, enquanto o rosto de Thiago ardia pelo tapa que levou.
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Capítulo 3
Thiago levou a mão ao rosto, sentido sua fase ainda quente pelo peso da mão de seu pai, enquanto o encarava.
Suzana – Não Roberto.
Roberto já estava tremendo, nunca havia tocado num fio de cabelo do filho, mas estava totalmente fora de controle.
Thiago – Eu amo o Daniel, ele é meu namorado.
Thiago – Pode me bater, mas vou continuar sendo gay.
Roberto ainda nervoso, deu outro tapa no rosto do filho, o fazendo cair sentado no sofá.
Suzana – Pare com isso Roberto. Suzana partiu para cima do marido, chorando, tentando apartar a briga, mas Roberto estava fora de si.
Thiago – Vou te ensinar a me respeitar moleque.
Roberto afrouxou seu cinto, puxando em seguida. Thiago olhou assustado para o pai, mas nem teve tempo de protestar, já tinha sentido suas coxas ardendo.
Thiago – Para pai.
Roberto – Não vou admitir um filho perdido dentro da minha casa, seu mentiroso.
Thiago nem teve tempo de correr, sentiu aquela cinta de couro marcando suas pernas incansavelmente, enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos.
O choro não era pela dor física, mas sim pela atitude de seu pai, que tinha chego ao extremo com toda aquela violência.
Roberto – Essa pouca vergonha vai acabar, vou te curar nem que seja debaixo de pancada.
Roberto ergueu novamente o braço, disposto a acertar as costas do filho, mas sua esposa entrou na frente, segurando seus braços.
Suzana – Para, chega.
Roberto olhou nos olhos de Suzana e só então acordou daquele surto, vendo sua esposa aos prantos e seu filho encolhido no sofá.
Suzana – Pare, por favor.
Lentamente Roberto foi abaixando os braços, derrubando o cinto no chão.
Roberto – A partir de hoje as coisas nessa casa irão mudar.
Roberto – Estou cortando sua mesada, seu cartão de crédito, carro, tudo.
Roberto – Estou cortando sua faculdade também, você não verá mais um centavo meu.
Suzana – Os estudos não Roberto.
Roberto – Eu me mato de trabalhar naquela loja e é essa a paga que tenho em troca, um filho marginal, mentiroso.
Roberto – As coisas nessa casa vão mudar muito, acabou a farra com meu dinheiro.
Ainda com o corpo doido, Thiago se levantou, se aproximando do pai.
Thiago – Não quero o seu dinheiro, o que eu queria de você, pelo visto nunca irá conseguir me dar, nem com todo dinheiro que ganhe.
Thiago deu as costas aos pais e subiu as escadas. Foi só entrar em seu quarto e desabou no choro, as dores em seu corpo, as marcas vermelhas que ardiam, era apenas detalhes. Seu peito estava apertado de tanta tristeza, sua relação com seu pai sempre foi maravilhosa, mas desde que assumiu sua sexualidade nunca mais reconheceu em seu pai, aquele parceiro que estava sempre ao seu lado, desde a infância.
Suzana – Está satisfeito? Esta feliz agora?
Roberto – Não me critique Suzana.
Suzana – Nunca mais vou permitir que você toque no meu filho.
Roberto – E você acha que eu estou feliz?
Suzana – Não é dessa maneira que iremos resolver esse problema.
Roberto – Então me mostre como, pois não sei mais o que fazer.
Os dois começaram a discutir, até que Suzana foi para o quarto.
Thiago ficou chorando até suas lágrimas acabarem, pensou em ligar para Daniel, mas não quis assustar seu amado, até porque já era muito tarde e provavelmente ele já estaria dormindo.
Daniel abriu uma gaveta e pegou um caderno, onde tinha várias fotos que tirou com Daniel. Pegou uma em que Daniel estava rindo, tirada em um dos momentos que saiam juntos, curtindo o namoro.
Thiago – Ninguém irá separar nós dois meu amor. Thiago repetia enquanto acariciava o rosto do namorado na foto.
Lembrou-se da corrente que ganhou dele e puxou de dentro do peito, beijando aquele pequeno coração. Thiago ficou segurando a foto de Daniel até adormecer e só acordou já de manhã, com sua mãe batendo na porta do quarto o que se repetiu diversas vezes durante o dia, mas sempre ignorando seus apelos.
A situação de Daniel também não era das melhores, sua mãe sempre que podia dava uma alfinetada, a única que não se envolvia era sua irmã mais velha, Lucia.
Malu – Daniel, espere.
Malu – Como foram de viagem?
Daniel – Muito legal, eu e o Thi nos divertimos bastante.
Daniel – Vou procurá-lo, vamos comigo?
Malu – Tinha que encontrar meu gatinho, mas vou com você.
Malu tinha a idade dos rapazes, estudava jornalismo e conheceu os dois na mesma época que eles começaram a namorar, tornando-se sua confidente.
Malu logo ao ver Thiago já pulou no pescoço do amigo, o enchendo de beijos.
Thiago – Também estava com saudade, você deveria ter ido conosco.
Malu – Sei, e estragar a lua de mel dos pombinhos, me poupe né Thiago.
Daniel deu uma piscada para seu namorado e logo percebeu uma tristeza no fundo de seus olhos.
Daniel – Não assistiu à primeira aula?
Thiago – Não, cheguei a pouco e fiquei aqui sentado no jardim.
Daniel sentou-se ao lado dele, passando o braço em seu ombro.
Daniel – Me conte o que aconteceu? Eu te conheço e sei que você não está bem.
Thiago – O de sempre, tive uma briga feia com meu pai.
Malu – Não fique assim meu querido.
Thiago queria chorar, mas estava envergonhado com a presença da amiga.
Daniel – Vamos pra sala?
Thiago – Acabou tudo Dan, meu pai trancou minha faculdade.
Thiago – Enquanto estivermos juntos, não terei mais nada dele.
Daniel – Mas isso é um absurdo, cara isso é covardia demais.
Malu – E o que você irá fazer?
Thiago – Nada, se é assim que ele quer, paciência.
Thiago – Mas ele não vai conseguir nos separar.
Thiago apertou a mão de Daniel, sorrindo para ele.
Daniel ficou incomodado, o sonho de Thiago sempre foi ser médico, e doía seu coração ver o namorado pagar por um preço tão alto para manter o namoro deles.
Malu – Pessoal, tenho que voltar pra aula.
Thiago – Vai também amor.
Daniel – Lógico que não, vou ficar aqui.
Malu deixou os amigos, que ficaram conversando no jardim que tinha na entrada da faculdade, agora já vazio.
Thiago – Estou com muita vergonha.
Daniel – Vergonha de que meu amor? Daniel voltou a abraçar Thiago.
Thiago – Eu sou apenas um filhinho de papai, tenho 25 anos, já sou um homem e não tenho nada meu.
Daniel – Você tem a mim, isso não basta?
Thiago – Claro que basta, mas como vou poder te sustentar? Cuidar de você?
Thiago – Nunca me preocupei em ser independente, sempre ajudei meu pai na loja, tinha minha mesada, carro, estudos, tudo pago por ele.
Thiago – Fomos burros em termos nos assumidos para nossas famílias.
Daniel – Eu concordo com você, eu imaginava que seria difícil, mas não tanto assim.
Daniel – Deveríamos ter nos formado primeiro, ganharmos nosso dinheiro e depois chutaríamos o balde.
Thiago – Mas eu insisti tanto né?
Daniel – Mas agora já era, e outra, não precisamos mais usar mascaras, fingirmos sermos o que não somos, fazermos de conta que somos só grandes amigos e não namorados.
Daniel ficou consolando o namorado e não demorou a ver um sorriso no rosto de Thiago.
Malu – Mas vocês ainda estão aqui?
Thiago – Pois é, nem vimos a hora passar.
Daniel – Vamos embora pessoal.
Thiago – Vou pra casa de um amigo.
Daniel – Que amigo?
Thiago – Um amigo qualquer, não quero voltar pra casa hoje.
Daniel – Poxa amor, queria tanto levar você lá pra casa, mas minha mãe te insultaria.
Thiago – Relaxe Dan, eu me viro.
Malu – Mas ficaram loucos? Ninguém vai pra lugar nenhum, os dois vão pra minha casa.
Daniel – Vai aparecer com dois caras na sua casa?
Malu – Relaxem, meus pais são super liberais, e outra, vocês são amigos da faculdade e estamos indo fazer um trabalho.
Daniel já abriu um sorriso, o que mais queria era estar ao lado do seu amor, cuidar dele aquela noite, nem esperou Malu convidar pela segunda vez e já aceitou o convite.
Malu apresentou os amigos aos pais, que os receberam cordialmente, tirando seu pai, que ficou querendo saber com qual dos dois ela estava namorando. Malu com seu jeito deboxado disse que era com os dois e aquela noite iria rolar uma pequena orgia, deixando Daniel e Thiago vermelhos.
Thiago – Tu é louca?
Malu – Relaxe Thiago, meus pais são super de boa.
Malu mostrou o quarto onde eles iriam dormir e em seguida saiu, deixando-os a sós.
Thiago – Se eu não fosse apaixonado por você, eu namoraria a Malu.
Daniel – Então nós dois seriamos inimigos, pois seu eu não fosse apaixonado por você, também namoraria com ela.
Daniel – O garota porreta hein.
Thiago – Vem aqui. Thiago puxou Daniel para seus braços, beijando seu amado.
Daniel se acomodou no peito de Thiago, fazendo carinho em suas mãos.
Daniel se mexeu um pouco em cima de Thiago e percebeu a careta que ele fez.
Daniel – O que foi amor? Thiago tentou disfarçar mais foi em vão.
Daniel – O que tem em sua perna?
Thiago – Não tem nada.
Daniel – Deixa eu ver!!! Thiago tentou se esquivar mas Daniel foi mais rápido, levantando a calça dele, vendo as marcas vermelhas da surra que seu pai tinha lhe dado.
Daniel – Você ia me esconder isso?
Thiago – Deixa pra lá amor.
Daniel – Não acredito que ele teve coragem de fazer isso, esta doendo muito?
Thiago – Esta sim, mas não é no corpo. Thiago falou, deixando uma lágrima cair de seu olho.
Daniel – Vamos esquecer isso. Daniel voltou a abraçá-lo, o beijando, tentando reanima-lo.
Thiago – Me perdoe.
Daniel – De que?
Thiago – Na praia eu pedi pra você confiar em mim, que eu ia cuidar de você e agora é você que esta cuidando de mim.
Daniel – E daí? Você é meu namorado.
Thiago – E daí que sou o mais velho e o mais velho tem que ser o mais responsável.
Thiago – É minha obrigação cuidar do meu namoradinho. Até mesmo se eu morrer, vou dar um jeito de sempre lhe proteger.
Daniel – Não gosto desse assunto.
Thiago – Mas é verdade.
Daniel – Então se for assim, se eu morrer, não te darei sossego.
Thiago – Então desfaz essa cara feia e como ninguém morreu, vou dar um jeito de cumprir minha promessa.
Daniel – Sei, porque é o mais velho e bla bla bla.
Thiago – E também porque sou o mais forte.
Daniel – Mais forte??? Quem te contou essa mentira?
Thiago – Quer disputar uma queda de braço?
Os dois começaram a se beijar até serem interrompidos por Malu.
Malu – Que isso rapazes, podem se beijar a vontade.
Daniel – Não estamos acostumados a nos beijar na frente de outras pessoas.
Malu – Olha o que trouxe!
Thiago – Uma pena de brigadeiro!!
Malu – Sim, hoje será a noite das porcarias. Malu se ajeitou entre os amigos e ficaram comendo ate tarde.
Já cansada, Malu foi para seu quarto, Thiago já estava dormindo na cama e Daniel o encoxou, ficando agarrado a ele, encostando sua cabeça no pescoço dele, adormecendo em seguida.
Malu – Bom dia, dormiu bem?
Daniel – Sim, quando estou com o Thi, não tem como ser uma noite ruim.
Malu – Ele ainda esta dormindo?
Daniel – Sim, e seus pais?
Malu – Já foram trabalhar.
Daniel – Eu também tenho que ir trabalhar.
Daniel – Malu, obrigado pela força.
Malu – Ah, pode parar de agradecer.
Daniel – Tenho que ir, por favor, cuide do meu nenenzão e diga a ele que o amo.
Malu – Fique tranqüilo, vou falar, embora ele deve estar careca de saber disso.
Daniel apenas tomou uma xícara de leite e partiu para o trabalho. Mas diferente dos dias anteriores, dessa vez ele mudou seu caminho, ligou avisando que se atrasaria e foi para outro local.
Roberto fazia questão de chegar sempre cedo na loja. Sua empresa estava crescendo muito e já pensava abrir algumas filiais. Estava conferindo algumas planilhas em sua sala, ate escutar um tumulto na sala ao lado, sem dar muita importância.
Mas levou um susto quando sua sala foi invadida por Daniel, com sua secretária vindo atrás.
Roberto – Mas o que significa isso?
Secretária – Seu Roberto, tentei impedi-lo, mas ele foi entrando.
Daniel – Ainda bem que já esta aqui, temos umas contas pra acertar. Daniel falava furioso.
Roberto que até então tinha se assustado com a invasão, voltou a demonstrar calma, como se Daniel não tivesse ali, deu as costas e começou a fazer recomendações para sua secretária.
Daniel – Estou falando com você seu covarde.
Vendo que o sogro o ignorava, num ato de fúria Daniel se aproximou, jogando a mesa de Roberto no chão, derrubando papeis, objetos e o computador, fazendo um enorme barulho.
Roberto olhou novamente assustado, agora pela ousadia de Daniel.
Roberto – Saia dessa sala agora, seu marginal.
Daniel – Como você teve coragem de bater no Thiago?
Daniel – Ele é seu filho, não pode te bater, mas eu posso arrebentar com você.
Continua...