Principes e Brutamontes! Cap.7

Um conto erótico de UniversitarioGoiano
Categoria: Homossexual
Contém 1270 palavras
Data: 19/09/2013 16:00:48

“Poxa, pena mesmo agente não ter se despedido Felipe. Ce tá na sua casa? Eu podia passar pra te dar um tchau, to aqui com o Fernando ainda.” A mensagem de Bruno chegou assim que saímos da rua da Fiction. “Vou passar em algum MC com o Caio, pra ele comer e ver se melhora”, respondi. Caio, enquanto dirigia, reparava no meu celular que hora ou outra vibrava:

- Lipe, tu acha que o MC do Oeste tá aberto ou é melhor ir no do Flamboyant? – Falou ele, e eu não ouvi.

“Então, se você quiser eu posso encontrar vocês pra agente se ver. Qual vocês vão?”, Bruno me respondeu. “ Não sei, acho que o do Flamboyant está mais...”, comecei a responder e Caio falou alto, mas sem ignorância, chamando a minha atenção:

- FELIPE, EU TO FALANDO COM VOCÊ, SABIA? Nossa... larga esse celular um pouco. – Levei um pequeno susto e voltei meu olhar a ele quando o escutei.

- Desculpa Caio, tava respondendo mensagem – seu rosto parecia demonstrar algum ressentimento por eu não estar prestando atenção nele. – O que você falou mesmo?

- Deixa, eu tava te perguntando qual MC devíamos ir, mas acho que o do Flamboyant é mais perto. É o Fer que ta te mandando mensagem? Chama ele pra comer com agente.

- Não é ele não, é o Bruno. É que agente não se despediu e ele tava querendo saber onde estávamos pra vir me dar tchau. – Eu expliquei a ele.

- Ah que bom que não é o Fer então, melhor que agente só compra os hamburgers e vai pra casa. Ainda não melhorei muito. – Antes mesmo de eu perguntar se devia, Caio finalizou minhas opções de chamar Bruno pra comer com agente. Parei pra me perguntar o porquê de Caio não querer ele por perto. Bruno ela legal, bonito, educado e havia tratado ele e Fer super bem, talvez fosse algo como ciuminho de irmão mais velho, imaginei naquele momento.

- Porquê cê não gosta do Caio? Ele foi legal com você – Eu falei quase rindo.

- Uai, sei lá. Quem disse que não gosto? Não gosto nem desgosto, pra mim tanto faz Lipe. Nossa! Nem conheço ele. Você viaja, eu em. – Percebi que ele havia ficado desconcertado, pois mais uma vez ele começou a jorrar 100 palavras por segundo, e seu rosto havia corado.

- Caio?Oi? Você nem deixou eu sugerir que agente chamasse ele pra vir comer também.

- Uai Lipe, não é isso... Eu to passando mal, quero ir logo pra casa. E você quer ficar de amassinho, nossa. Eu sempre ajudo você quando você não tá bem, você pode me ajudar hoje? – Caio mudou de entonação, saiu da defensiva e parecia estar mudando pra um estado de carência e cobrança.

- E qual a diferença entre o Fer e ou o Bruno comer com agente? Se você podia esperar, mesmo passando mal, pelo seu amigo, não ia fazer diferença se esperasse pelo meu. – Falei com um certo tom de ignorância e ironia na minha voz, mas sem me alterar tanto.

- Cara, Lipe, falando sério, se esse tal de Bruno é tão importante pra você, porquê cê não ficou lá com ele? E o Fernando é seu amigo também, não é só meu! – Ele parecia estar ofendido com a situação.

- Por quê o meu melhor amigo, me disse que queria ir embora pois estava passando mal, mas parece que ele está bem melhor agora... Olha aqui Caio, não é porquê aconteceu aquilo com Léo que vai acontecer com todos os caras não. Eu sei me cuidar, você não precisa ficar tentando me controlar tá bom? E muito menos tentando me impedir de ficar com um cara que tá afim de mim. Eu acho que você devia era procurar alguém pra você ficar também – Perdi a calma, e falei sem pensar.

Enquanto eu falava, Caio apenas olhava pra frente. Ele parecia morder os lábios, e , pela sua expressão, cada palavra do que eu havia dito aparentava ter doído como tapas em seu rosto. Ele abriu a boca pra falar duas vezes pra falar, mas calou-se. Ficamos em silêncio por um momento, até que perdi a calma.

- Fala, Caio! Fala o que você queria dizer! – Pedi a ele. A dias ele tentava falar coisas e parecia não conseguir, e aquilo já estava me dando nos nervos. Ele demorou um momento, seus dedos apertaram o volante mais forte, e então ele falou:

- Desculpa. Você tem o direito de fazer o que você quer.

No momento em que Caio se calou, meu celular vibrou, era uma mensagem de Bruno: “Lipe? Responde aí”. Digitei rapidamente: “To indo pra casa, se você quiser, pode passar lá”. Logo depois, passei meu endereço. Eu era cabeça dura, e mesmo que de forma inconsciente, convidei Bruno pra ir me ver apenas pra afrontar Caio.

- Vou dormir em casa Caio.

- Para né Lipe, não precisa... – Ele olhou pro celular na minha mão e balançou a cabeça. – Ah tá, entendi. Tudo bem.

Não falamos mais no restante do percurso. Caio não olhou mais pra mim nem uma única vez, ele parecia se esforçar pra se concentrar na direção, seu rosto expressava um vazio enorme. E eu já começava a me arrepender de tudo que havia dito, mas não queria dar o braço a torcer.

Quando chegamos na porta do meu prédio ficamos por um tempo parados e calados, e então eu disse:

- Tchau Caio, boa noite. – Desci do carro e fechei a porta. Não esperei pela sua resposta. Enquanto subia na calçada ouvi o barulho de sua janela abrir, e ele disse:

- Lipe, pega seu sanduíche, você bebeu, não é bom ficar sem comer. – Voltei meu olhar a ele. Ele falava olhando pra mim com aquele seu rosto de anjo, e parecia triste. Voltei até a sua janela e recebi o pacote onde havia o meu pedido.

- Boa noite Lipe, toma cuidado. – ele falou depois que me entregou o pacote.

- Boa noite Caio. – Dei as costas e entrei no prédio. Eu também estava muito triste.

Antes de o elevador parar no meu andar, recebi uma mensagem: “Qualquer coisa você me liga que eu venho aqui, tá bom?”. Eu havia sido um idiota com Caio, percebi naquele momento. E, pra piorar, Bruno não demoraria a chegar. Eu só queria ficar sozinho naquele momento, pois não cabia mais nada dentro de mim além do vazio que havia ficado pelo fato de eu ter brigado com ele.

Foi até engraçado, após entrar no meu apartamento, mesmo sem fome , comi todo o lanche. Aquilo dentro de mim, de algum modo, representava um ato de obediência, algo como um pedido de desculpas. Seguir pelo menos um de seus conselhos.

Ouvi o interfone tocar e antendí:

- Felipe? O Bruno está aqui em baixo e pede pra subir. – Era o porteiro.

- Pode deixar subir. – Desliguei o interfone e corri para o banheiro me arrumar, e escovar os dentes. Poucos minutos depois a campainha tocou, me direcionei a porta e a abri.

Bruno me surpreendeu com um beijo que eu correspondi me esforçando para demonstrar algum calor, desejo. Ele me envolveu em seus braços e encostou a sua testa na minha, depois foi caminhando pra trás , fechou a porta com uma das mãos e fez menção em me encostar na parede. Eu não estava no clima pra um amasso. O beijo estava sendo ótimo mas, pelo menos naquele dia, eu não queria que passa-se muito daquilo. Finalizei o beijo e dei dois selinhos nele logo depois, olhei nos olhos e disse:

- Calma ai Bruno, pega leve. – Depois que eu disse isso, ele riu.

- Desculpa, mas é que a muito tempo eu estava a fim de fazer isso.

CONTINUA!

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Comentários

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Estava com saudade do conto. Maravilhoso! Pena que vc não percebe o quanto o Caio te ama.

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Ai ainda bem que voltou, estava com muuuuuuuuuuita saudades do seu conto, por favor não suma mas ok rs, Beijão até rs

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Gente que vontade de matar pelo sumiço tava morrendo de saudades dessa historia maravilhosa e e muito bom você estar de volta.

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Saudades do seu conto. Até me animei lendo o titulo. Fique triste pelo Caio, não merecia ser tratado assim. Parece que sempre acontece alguma coisa quando ele decide se declarar para você rs. 10

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Que bommmmnnm que estava de volta.. Triste pelo Caio.. Otimo..

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Saudades do conto. Como sempre o Lipe tratanto o Caio mal.

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Já estava com saudades,ainda bem que voçê reapareçeu

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Já estava com saudades,ainda bem que voçê reapareçeu.continua pois estou esperando

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O Felipe pegou muito pesado cm o Caio ele ñ merecia isso fiquei decepcionado cm ele afinal o Caio sempre provou que era um otimo amigo que o ama de verdade mais pareci que o Felipe é cego.

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Nossa, que me dá uma puta raiva de tu. Uma vontade de te bater, socar tua cara numa parede pra ver se teu cérebro funciona kkk

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Eu também tava com muitas saudades de você e do seu conto que mesmo demorando para sair não perdeu a credibilidade comigo! Adoro seu conto! Quero logo uma continuação!! Bjinhosz!!

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Perdão pela demora Galerinha! Pra quem trabalha nem sempre sobra tempo de escrever o conto... O de amanhã já está pronto! Votem e comentem. Saudades enormes de vocês!

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