Bom, não sei bem como começar. Tenho um grande problema: a timidez. Apesar de passageira, ela me trava muito no inicio. Eu sou um leitor assíduo do site. Amo ler os contos, em especial as series mais românticas, eu diria assim, e sou muito exigente, gosto de ler boas histórias/estórias e é isso que tentarei fazer, oferecer a vocês uma boa história, a minha história.
Meu nome é Samuel Benjamin, tenho 29 anos, sou arquiteto. Moro numa capital do nordeste. Nasci em Sergipe, mas mudei-me para Alagoas aos 10 anos de idade. Meu pai trabalhava numa transportadora e fora demitido e decidiu, junto a um amigo de Alagoas, abrirem um negocio. Viemos meu pai Luiz, minha mãe Esther Hadassah, minha irmã Deborah, meu irmão David e eu. Minha irmã hoje teria 26 anos e meu irmão tem 21. Como já devem ter percebido, sou de família judia. Digo, meu avô materno é judeu, porém convertido ao catolicismo, mas a família conserva a tradição dos nomes de origem hebraica entre tantas outras coisas que não cabe aqui citar.
Acredito ser um cara normal fisicamente... Tá bom admito, eu sou Lindo e Divo u.u kkk Tenho 1,64m, 72 kg muitíssimo bem distribuídos, costumo malhar, correr e nadar pra manter um corpo legal. Sou branco, cabelos lisos e curtos, tão negros quanto meus olhos. Costumam dizer que tenho um sorriso encantador. Sinceramente, posso dizer que sou um cara bonitinho, não sou nenhum deus grego, mas dou pro gasto.
Mudamos para cá e meu pai abriu uma gráfica. Minha mãe era psicóloga. Esqueci-me de mencionar que tenho um irmãozinho, meus pais adotaram-no com três anos de idade, hoje ele tem 7 aninhos, Eduardo, ou como ele gosta que o chamemos, Issachar kkk (Ele já tinha registro no nome de Eduardo e para não mudar e manter a tradição da família, adicionamos um segundo nome). Aos 16 anos terminei meus estudos no ensino médio e passei de primeira no vestibular da Universidade Federal para o curso de Direito. Com 17 eu comecei meus estudos. Era o sonho de meu pai que eu me formasse em Direito, no entanto aquele mundo nunca me atraiu e a faculdade só veio para confirmar que aquilo não era para mim. Minhas notas eram baixíssimas, eu não tinha estimulo nenhum, não tinha encantamento pelo curso, nada me atraia naquilo. Depois do primeiro período eu decidi que naquele mesmo ano eu iria prestar vestibular novamente, só que dessa vez para um curso que me atraia, o meu sonho, e não o de outra pessoa: Arquitetura. Decidi não falar nada para ninguém e somente contar se viesse a ser aprovado no vestibular. E eu passei. Nossa, chorei horrores quando vi que tinha sido aprovado. Passado alguns dias, decidi comunicar aos meus pais. Eu sabia que não seria fácil com meu pai, mas eu precisava seguir minha vida e fazer minhas escolhas, então me preparei psicologicamente e na primeira oportunidade, puxei-os para conversarmos.
- Pai, mãe, é o seguinte, Eu sei que sempre foi o sonho de meu pai que eu me formasse em Direito, sempre quis um advogado, juiz, promotor, o que fosse, na família, e eu sei que quando passei no vestibular eu comecei a realizar esse SEU sonho. E é justamente isso, pai, é o SEU sonho e não o meu sonho. Eu tentei, mas não dá certo. Essa área não me atrai em absolutamente nada, não tenho animo sequer para estudar, por isso eu tomei uma decisão. Decidi fazer realizar o MEU sonho porque é ele que me fará feliz. Eu prestei vestibular novamente e passe na Federal novamente, graças a Deus. Eu vou trancar o curso e já agora no inicio do próximo ano vou começar Arquitetura.
-Você vai fazer o quê?! Trocar Direito por Arquitetura, Rafael?! – vociferou meu pai.
-É pai, Arquitetura.
-Parabéns, meu filho. Eu fico feliz por você decidir seguir seu caminho e por mais uma vez ter conseguido passar na Federal – disse minha mãe quase chorando de emoção.
-Parabéns, Esther?! Parabéns pelo quê?! Por ele deixar Direito por um curso de viado? Era só o que faltava, um filho viado!
-Cale a boca, Luiz. Olhe a merda que você está falando – gritou mamãe com meu pai.
-Eu pago os melhores colégios pra você ir fazer um curso de viado?
-Curso de viado o quê?! Eu não sou obrigado a fazer o que você quer, realizar o que você sonhou pra si e não conseguiu realizar. Se você quis ser advogado e não conseguiu, eu não tenho culpa, não jogue sobre mim o peso de suas frustrações. Eu não vou me matar numa faculdade que eu odeio pra satisfazer o seu ego. Esse diploma não era pra mim, mas para o senhor. Eu vou fazer o que me faz bem, o que me faz feliz. Faça o senhor um vestibular e vá cursar seu direito.
Quando eu terminei de falar meu pai veio pra cima de mim, mas minha mãe não permitiu que ele me batesse. Ela sabia que eu estava certo além de nunca ter admitido que ninguém encostasse a mão em mim ou em meus irmãos. Isso ocorreu no mês de dezembro. Correu o resto do mês, passou janeiro e finalmente chegou fevereiro, quando começariam minhas aulas.
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Iaê?! O que acharam? Estou meio inseguro e esse primeiro capitulo foi só uma especie de introdução. Continuo ou paro por aqui? Deixem sua opinião. Beijos :)