Esta é a Décima Terceira Parte de Foi Sem Quer. Espero que gostem.
O amor surge no momento certo - Bruno Del Vecchio
*
*
*
Eu estava com muita raiva do Seu Ferdinand, como ele foi capaz de fazer uma coisa daquelas comigo.
Eu sempre o ajudei, mas é como diz, um dia você pode ser apunhalado por quem menos espera.
Eu sou uma manteiga derretida, mas por incrível que pareça, nenhuma lágrima caia do meu rosto, devido a tanta raiva que eu tava.
Eu precisava me acalmar e o único meio era olhar o mar.
*
*
*
- Eu só posso ter açoitado Jesus Cristo para merecer um castigo desse - Falou Thomás
Thomás estava dentro do carro seguindo Aurélio.
- Pra onde será que ele vai? - Pensou
*
*
*
- Estou ficando preocupada, o Aurélio até agora não deu sinal de vida. - Falou Manuelly
- Relaxa mulher! Notícia ruim não demora a chegar. - Falou Anabety atendendo a um cliente.
*
*
*
Eu estacionei o carro, desci, alarmei e fui subindo a ladeira que dava até o farol.
Depois de alguns minutos finalmente eu cheguei até o farol.
Eu fiquei olhando o mar, sentindo o vento bater no meu rosto e o cheiro da marésia.
Procurei esvaziar a minha mente e relaxar.
Como é bom apreciar o mar.
*
*
*
- O que esse doido veio fazer aqui? - Pensou Thomás.
Thomás estava vendo o que Aurélio estava fazendo, quando sentiu o celular vibrar. Ele pegou o celular, viu que era o Pai e atendeu.
- Oi!
- Pra onde ele foi? - Perguntou Ferdinand.
- Ele está aqui na Praia, exatamente aqui no Farol apreciando o mar.
- Traga ela aqui!
- Vou ver se isso é possível. - Falou Thomás.
- Não veja! Traga-o.
- Nem tudo é do jeito que o senhor quer.
- O que foi? Vai defendê-lo é?
- Não, mas o senhor tem que aprender a respeitar o livre arbítrio das pessoas. Tchau. - Falou Desligando.
Thomás colocou o celular de volta no bolso e foi até onde Aurélio estava.
*
*
*
- Como é lindo o que Deus criou! - Falei.
- Pode ter certeza, é lindo mesmo.
Quando escutei a voz senti meu corpo arrepiar, isso tinha me acontecido. Não me dei ao trabalho de virar, reconheci a voz na hora.
- O que você está fazendo aqui? - Perguntei
- O que eu vim fazer aqui? Nem eu mesmo sei.
- Me engana que eu gosto. Eu sei que seu Pai lhe mandou aqui para me convencer a trabalhar de novo na Distribuidora. - Falei.
- Espertinho você hein! - Falou.
- Eu não sou burro! - Falei retrucando.
- Mas age feito uma criança. - Falou ele.
- Olha quem fala, o BadBoy!
- Eu não sou mau. Eu apenas não gosto de que mandem em mim.
- Hum... Mas acatou uma ordem do seu pai não foi?
- Caraca, você sempre me contesta. - Falou ele já se exaltando
Eu permaneci calado. Nada naquele momento iria me tirar do sério.
- Você namora? - Perguntou ele.
Mas paraí! O que é que tem haver a história do meu emprego com namorada.
- Vai lá no meu facebook, tem falando tudo de mim, estado civil, idade, religião, e etc. - Falei.
- Rsrsrs. Você é um poço de doçura.
- Muito me adimira você até agora não ter chamado um palavrão se quer.
- Em respeito a você, sei que não gostas.
- Nossa! Estou tão importante assim?
- Não sei, quem sabe?
- Rsrsrs. Vai, fala o real motivo de ter vindo até aqui?
- Meu Pai pediu para eu lhe levar para a Distribuidora, nem que seja a força. - Falou ele.
Eu me virei fui até ele, dei uma palmadinha no rosto dele e disse;
- Você vai ter que ficar com a segunda opção, pois eu já estou indo embora.
Falei e fui andando.
- Ei! Espere. Aurélio vem aqui.
- Bye Bye Little BadBoy.
Eu fui descendo a ladeira e ele veio me seguindo.
- Eu estou falando com você! - Gritou ele.
Eu nem liguei continuei andando
- Aurélio, espera! Eu tenho só mais uma coisa pra te falar.
Eu estava atravessando a pista quando me virei e disse;
- Sabe correr não é?
Ele não estava tão distante. Eu como sou distraído não percebi que vinha um carro. Mas pelo visto o Thomás percebeu que eu ia ser atingido pelo carro.
Eu só vi foi o Thomás correr em minha direção. Ele segurou minha mão e me puxou de encontro ao corpo dele, eu não sei como foi mas ele tropeçou no meio fio e caiu no chão me puxando de encontro a ele.
Nossos rostos estavam a centímetos de distância. Eu olhei nos seus olhos e fiquei encantado com a cor, azuis da cor do mar.
Eu pude sentir o cheiro do seu perfume, os seus músculos através do contato do meu corpo com o dele. Meu corpo estava se arrepiando e eu sentia meu coração bater mais forte. Não sei se foi devido a adrenalina, mas eu fiquei alguns segundos inerte.
- Ei! Será que dá pra sair de cima de mim? - Falou ele com aquela voz grossa.
- Hã? Ah Sim!
Me levantei, tirei a poeira do corpo e ele disse;
- Você está...
Não deixem de comentar. Nos vemos na próxima parte. Bjs e até mais.