DEI PARA QUEM AMAVA

Um conto erótico de Lucia CD
Categoria: Homossexual
Contém 562 palavras
Data: 24/09/2013 13:36:07

MOMENTO CERTO – DEI PARA QUEM AMAVA. – PARTE 1.

De forma rápida, desejo deixar vocês cientes de que sou uma pessoa que desde a juventude sempre adorou sentir-se mulher, e me alucinava de desejos e fantasias tantas vezes quanto podia travestir-me na intimidade solitária. A sociedade naquela época punia com rigor todos que se aventuraram em sair do armário, e eu pressionado pela própria lógica social, desistia sempre, me casei, tive filhos. Fui passando da juventude à maturidade, e daí a meia idade e agora na terceira idade. Mas os desejos continuavam e sempre que eu tinha chance, que eram raras, eu usava o que podia de feminilidade e atingia deliciosos orgasmos usando meus vibradores. A vida foi passando, até que eu adquiri uma pequena sala em um prédio comercial bem movimentado e ali me instalei para dar legalidade à firma individual, operando vendas por computador Trabalhava sozinho, havia todo o conforto, inclusive um excelente banheiro. Todo o restante decorei com gosto e claro, um sofá amplo. Estava assim, em minha caverna do Batman, isolado, seguro, e todos os dias, absolutamente todos os dias, seguia a rotina. Antes de entrar no prédio, tomava um café muito gostoso em um bar próximo, subia,chegava a sala, tomava um banho delicioso, usando duchas internas para me manter limpa no todo, fazia uma maquiagem leve e escolhia uma roupa entre as inúmeras que tinha a minha disposição. Ficava mulher todo o dia e na liberdade da intimidade solitária, trabalhava de forma rápida e segura, atingindo sempre minhas metas, por estar me sentindo feliz! Mas ser possuído como mulher, enfim, era a fantasia total. Nunca tinha dado para um homem. Sobre o ponto de vista de relacionamento real, eu era virgem. Recusava-me correr estes riscos. Estava muito maduro... Embora esta maturidade acrescentasse sempre mais e mais excitação, luxuria,desejo de ser mulher completa! Mas eu reagia, tinha os virbradores, podia estar travestido o dia todo... Era ótimo. Mas incompleto!!!!!!!!

Um dia percebi, que o Álvaro, o administrador geral do prédio que estava a sempre na portaria nas horas de picos de entrada e saída, fiscalizando a obediências das regras de segurança, me olhava de forma perturbadora, como se com seus olhos pudesse me conduzir. Talvez durante tantos anos, em que desejava um homem, nenhum me chamara tanta atenção. Nunca ninguém me despertara tanta vontade. Travestido e nas minhas fantasias de sensualidade extrema ele passou a ser a pessoa que ocupava o lugar em meus eróticos desejos. E talvez por esta fixação, eu viesse por atos já sem domínio, dando-lhe perceber que eu também olhava-o de forma especial. Ou seja, era intimo, irresistível, indomável. Um dia um sorriso dele, outro dia uma resposta minha!

Certa época, o prédio trocou todas as esquadrias, serviço que ele acompanhava de perto e pessoalmente, em virtude de parte ter de ser feita dentro das salas e lojas, implicando na segurança das instalações. Por telefone, fui informado (a) por ele, que no sábado minha sala seria usada para fazer a troca de uma esquadria e se eu podia estar. Caso contrário ele ficaria grato se eu emprestasse a chave. Ofereci-me para estar lá, e tudo isto empurrado pela chance de estar de perto dele, quem sabe conversando. Percebera naquele instante que estava, sob certo ponto de vista, apaixonado (a) por aquele homem.

E no sábado começaria minha caminhada para ser mulher...

Lucia CD

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Comentários

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Eu também me sinto assim também sou maduro mas adoro ser fêmea...

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Sua estória tem tudo para ser verdadeira. Confessar ser muto madura, e aceitar o momento certo para se entregar,Quero saber como foi depois Aluiza

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]estou me vendo no seu conto, pq estou exatamente na mesma situação, porém ainda não tenho o "Alvaro" do seu conto!

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