O valentão do colégio - 1

Um conto erótico de Dani
Categoria: Homossexual
Contém 862 palavras
Data: 25/09/2013 22:36:28
Última revisão: 31/12/2013 04:35:52

Eu estava numa cama de hospital, com alguém chorando ao meu lado. Essa pessoa estava se culpando até o fim do mundo. E eu não entendia o porquê...

Bem, voltando alguns anos, em 2008. Eu tinha acabado de entrar numa escola nova. Eu fazia o estilo nerd, mas meu cabelo era bagunçado demais para entrar nesse estereótipo, assim como eu não usava de óculos ou aparelho. Eu usava lentes de contato, porque me achava feio quando colocava os óculos. Eu vivia sozinho pra lá e pra cá, sempre com um livro na mão, ou meu caderno de desenhos. No meu primeiro dia de aula, acordei cedo, como usual, e tomei meu banho. Coloquei minha camisa favorita, minha blusa e me olhei no espelho. Meus cabelos castanhos claros estavam bagunçados, desde sempre. Meu pai me entregou o estojinho de lente e, lentamente, caminhou até o carro.

Peguei minha mochila e me dirigi ao carro. Abri a porta e meu pai me levou até a escola. Era meu terceiro ano na escola, então seria um pouco difícil fazer amizades, para mim. Eu e meu pai entramos na escola, e fomos à diretoria, onde o diretor Ronan me daria as especificações e entregaria os livros para que meu pai pudesse levá-los para casa.

- Daniel, assim que a escola acabar, eu vou te esperar logo do outro lado da rua. - Disse meu pai.

- Tá, pai. - Respondi.

Fui até minha sala e bati à porta. Uma mulher esguia e alta havia abrido a porta e me chamou para entrar. Quando eu vi todas aquelas 34 caras olhando para mim, a minha ficou mais vermelha que o batom da menina da frente. Eu andei até o fundo, onde, por algum milagre divino, havia uma cadeira sobrando, bem no fundo. Coloquei minha mochila e tirei meu caderno e meu estojo.

- Novato, você gostaria de se apresentar? - Perguntou a professora.

- Diga seu nome, sua idade e seu bairro. - Disse uma das meninas, fazendo referência a um programa de entrevista de uma rádio. Muitos riram.

- Meu nome é Daniel, tenho 17 anos e moro no bairro Sagrada Família (Fictício).

- Seja bem-vindo, Daniel. - Disse a professora.

Quando eu comecei a ficar entediado, escorei a cabeça na mão, de forma que eu pudesse olhar para o lado só mexendo os olhos, quando vi que um dos garotos olhava para mim, do outro lado. Assim que nossos olhos se encontraram, ele olhou para frente. Eu nunca fui de reparar muito em caras desde meu primeiro e último namorado, que não levava nada á sério, daí terminamos. Esse menino tinha os braços musculosos e as pernas malhadas. Ele era moreno.

Peguei um livro e comecei a ler. Meus olhos passavam pelas palavras, me fazendo esquecer da hora, até que sou despertado desse transe pelo sinal. As meninas vieram até mim começaram a puxar papo.

- É Daniel, né? - Disse uma delas. - Se importa se eu te chamar de Dani?

- N-não.

- Nossa, você é bonitinho! Me passa seu facebook? - Disse outra.

- Eu não tenho.

- O quê?! Quem não tem facebook?! Todo mundo tem facebook!

Após um pouco de bate-papo, conheci Bianca, Emily, Mariana, Larissa e outras. Dava pra ver que elas se interessaram em mim, mas coitadas. rsrsrs. No intervalo, fiquei sentado num canto com meu livro em mãos e continuei a ler, quando minha visão é bloqueada por uma mão. Logo, meu livro já não estava mais ali.

- É o seguinte novato: Continua na tua, senão cê vai pagar caro. - Disse o menino de antes.

- O-o quê?

- Tõ falando das meninas lá na sala. Se cê arranjar alguma treta, o bicho vai comer.

Devo admitir que não conhecia nenhuma gíria dali, mas algo me chamava atenção. O jeito firme como ele falava comigo e sua voz grossa me deixavam excitado.

- Fica frio, cara. - Aprendi a falar assim com meu tio.

- Tranquilo.

Assim que ele falou aquilo, ele jogou meu livro no chão e saiu andando. Fiquei puto com aquilo, mas não tinha como ter raiva dele. Não dá pra explicar. Ele me dava raiva, mas era fácil de se perdoar.

Os outros dias foram passando, e as meninas conversavam comigo o tempo todo. Me adaptei fácil àquele lugar, para minha surpresa. Uma semana depois, depois de muito estudo, aquele garoto (o nome dele era Gabriel) virou-se para mim no meio da aula e fez um sinal, socando a outra mão, e depois apontando para mim. Senti medo naquele momento. No intervalo, fui ao banheiro, para lavar a mão, porque tinha chiclete na minha mesa, e eu tenho nojo mesmo. A porta atrás de mim se fechou, e eu olhei no espelho. Era Gabriel.

- O quê que eu te falei?

- O quê?

- Cê tá arranjando treta com essas mina. Sabe que que eu vou fazer?

A cada passo que ele dava, eu sentia uma pressão no peito. O motivo disso, é que ele ficava irritado comigo, porque eu tinha mais atenção que ele. Eu não entendia muito bem. Ele deu um soco no meu braço, e fiquei desconcertado. Quando eu tentei me defender, ele me deu um soco na barriga, e outro na cara, e a última coisa que eu me lembro era meu sangue no chão.

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Comentários

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Nossa muito bom eu to adorando e continua logo por favor.

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Èguas se ferrou, num sei não esse ai ainda vai cair em cima rsrsr Adorando o conto...

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Adorei o enredo,você escreve muito bem !! Continua logo :')

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