E O Fotógrafo Acabou Se Apaixonando Pelo Modelo (01)
Qual a última coisa que você se lembra? (responda esta pergunta a si mesmo antes de continuar a leitura, por favorObrigado!
Bem... Agora é minha vez. A última coisa da qual me lembro, é o fato de ter me apaixonado pelo homem mais lindo e mais romântico desse mundo. O meu grande amor! Com ele todos os dias são como uma linda primavera que acabara de vir após um inverno rigoroso. Seu sorriso me ilumina e o nosso amor é INFINITOEu estava como sempre tirando fotos dos modelos da agência Model Fashion. Já fazia alguns meses que eu trabalhava como fotógrafo ali. Fotografar é minha vida, pois sempre que eu vejo uma linda paisagem, tenho que estar com minha câmera fotográfica para guardar aquela linda imagem, que daqui alguns anos, pode não estar mais ali. Eu adorava meu trabalho. Se bem que eu fotografava apenas garotas com roupas. Até que um dia isso mudou!
-Rodrigo. Quero dizer-lhe que a partir de amanhã você irá começar a trabalhar com modelos masculinos.
-Tudo bem Jonas. –falei em um tom de concordância com o que ele dizia.
Jonas era um ótimo chefe. Algumas vezes eu imaginava que isso se devia ao fato de ele e eu termos sido namorados há algum tempo atrás (no colegial, mais precisamente). Mas naquele momento já não existia mais nada entre nós. Ele sabia que eu adorava fotografar e que tinha feito um curso de especialização em fotografia, por isso me chamou para trabalhar em sua agência.
Em certos momentos eu olhava para o lado, e o pegava olhando para mim enquanto eu fotografava as modelos. Quase sempre seu olhar era de arrependimento por um dia ter feito o que fez para mim. Eu já tinha o perdoado, mas acho que ele ainda não tinha perdoado a si mesmo. Que pena! Eu não sou de voltar atrás nas minhas escolhas. Principalmente aqui em São Paulo onde o que não faltava era garotos bonitos e disponíveis para um relacionamento.
Bem, como meu trabalho naquele dia já tinha terminado, decidi seguir meu rumo. Fui para meu apartamento, o qual não era muito grande, tinha apenas dois quartos (um com suíte) e uma cozinha unida com a sala. Meus pais moram na Argentina, mudaram- se após eu conquistar minha própria independência (casa, trabalho, dinheiro, etc. ) E eu vivia desse modo, sozinho, trabalhando, sem ninguém para compartilhar minhas fotos, mas vivia feliz com a minha câmera e passeando quase todos os dias pelo parque aqui da cidade.
Cheguei a minha casa, dei comida para o Dengo, que já me esperava morto de fome. Calma aí! O Dengo não é nenhum amante meu... É apenas meu gato dengoso que ganhei de minha mãe. Ela achava que eu deveria ter apenas um gato para me fazer companhia.
Dengo já estava acostumado com a minha cara, ou seja, sempre que ele via um cara de óculos no estilo redondo, barba por fazer e cabelo estiloso, ele já sabia que estava na hora da janta. Dengo era um gato branco e muito peludo, e sua vida era apenas comer e dormir.
Logo após alimentá-lo, fui tomar um bom banho e depois comer qualquer coisa para em seguida ir para minha cama relaxar a noite toda.
-Boa noite Dengo! –apaguei a luz de tudo e fui dormirNo outro dia acordei as sete como sempre. Fui direto para uma chuveirada no banheiro, somente assim eu abro meus olhos de manhã. Tomei um café da manhã reforçado, deixei o café do Dengo, que ainda estava dormindo, e segui para o trabalho.
Como o Jonas já tinha me avisado que eu iria começar a trabalhar com os modelos masculinos, não me surpreenderia se quando eu chegasse à agência e fosse para a sala de fotografia, encontra- se um homem somente de cueca ou sunga para eu fotografar.
-Pode seguir para sua sala que seu modelo já está lá Rodrigo. –falou Jonas quando me viu chegando.
-Obrigado! –agradeci e passei reto por ele, com o objetivo de ignorá-lo mesmo.
Entrei na sala de fotografia olhando somente para minha câmera enquanto eu a configurava. Percebi que tinha um homem ali pronto para tirar as fotos, mas nem reparei quem era. Apenas disse-lhe.
-Aguarde apenas um minuto! –ainda com a cabeça baixa e olhando para a câmera.
-Você é quem manda. – uma voz muito bonita soou como música em meus ouvidos fazendo- me olhar para aquele modelo.
E quando olhei. Nossa! Quase caí de costas. Um lindo moreno de olhos verdes, boca rosada e pequena, rosto lisinho, corpo branco e que contrastava com sua cueca preta, sorria pra mim.
-Como você se chama? –perguntou ele.
-Rodrigo.
-Que legal. Eu me chamo Guilherme. Espero que possamos nos dar muito bem.
-Com certeza. Concordo plenamente com você. – e sorri.
