Olá! Espero que gostem do que vão ler, fiz do jeito que lembro e tentei colocar o máximo de detalhes. Ao conto.
Parte 54
Fomos correndo até a porta e quando abrimos uma garota de um metro e meio, provavelmente com 15 anos, com cabelos negros curtos e olhos castanhos, sua pele era morena bem clara bem parecida com a minha. Ela trajava roupas rasgada e suava muito de modo que parecia que se arrastava há dias por lama, vi que estava chovendo. O fato de estar ofegante denunciava que estava fugindo de alguma coisa.
Quando eu abri a porta ela olhou para mim e dispensou apresentações, caio aos meus braços e antes de desmaiar pediu que a ajudasse. Ela era bem leve e eu consegui carregá-la até um dos quartos de hospede. Tirei com a ajuda de Carol as roupas dela que estavam molhadas, Rafael e Alex esperarão do lado de fora. Senti quase instantaneamente um carinho por aquela menina, era como se a conhecesse há bastante tempo. Com todo cuidado, limpamos com uma toalha ela e vestimos uma camisola que a Carol havia trazido (por que será?). Percebi que ela estava com vários cortes e machucados por, provavelmente, ter caído. Após deixarmos ela bem confortável, nos dirigimo-nos à sala da lareira para conversar sobre o que havia acontecido.
Rafael – o que foi aquilo? Vocês acham que ela estava sendo perseguida? – disse Rafael assim que eu e Carol entramos na sala.
Eu – não acho, tenho certeza, e pelo desespero dela deveria ser algum bem ruim – eu disse e me sentei no sofá ao lado do Rafael.
Carol – espero que não seja nada fora do comum, seja um seqüestrador ou um colega fazendo alguma piada, morro de medo de saber que pode ter sido algo mais – ela disse enquanto se alinhava no sofá ao lado do Alex.
Alex – bem, pelo que sabemos estamos seguros nessa casa, no mais seria bom se você tivesse um cachorro para garantir Rafael – falou em um tom sério.
Rafael – o que vamos fazer?
Alex – acho que teremos que esperar ela acordar para podermos perguntar o que aconteceu.
Carol – ela estava machucada. Rafael, você tem alguma coisa para passar?
Rafael – tenho, vamos lá, mas antes quero saber o que você acha Lucas – ele disse e olhou nos meus olhos.
Eu – acho que teremos de perguntar a ela o que aconteceu. Se for o pior deveremos achar na biblioteca tudo o que pudermos e preparar para caso apareça novamente, mas espero que não seja preciso e seja apenas um animal comum. Quanto à saúde da garota, você cura ela e depois, quando ela acordar, damos um jeito dela esquecer o que aconteceu e levamos de volta a sua casa – eu disse em tom definitivo.
Alex – onde estão os remédios?
Rafael – primeiro vamos ao quarto ver a gravidade, pois muito provavelmente eu poderei resolver sem os medicamentos – ele falou levantando e todos nós caminhamos para o quarto.
Carol – como assim sem os medicamentos? – ela disse com um pouco de duvida sobre o que ele estava falando.
Eu – você verá – eu disse e seguimos em silêncio para o quarto de nossa hospede.
Quando chegamos Rafael pediu que Alex saísse, pois ele teria que tirar a roupa dela, bufou mais acabou concordando. Depois que Rafael tirou a camisola ele olhou os ferimentos, não eram profundos. Meu anjo respirou fundo e passou a mão lentamente sobre as marcas e espantosamente elas fechavam e sumiam, como se jamais houvessem existido. Depois a vestimos novamente e saímos do quarto indo até a cozinha dessa vez. Quando chegamos Alex estava sentado no banco do balcão.
Alex – então? Conseguiram colocar algum remédio? Vai ficar cicatriz?
Carol – você não vai acreditar – disse Carol naquele tom alto e vibrante, como se fosse algo espantoso... Pensando bem era espantoso.
Alex – conta logo, ela está marcada para vida toda?
Carol – o Rafael colocou a mão nas feridas e elas sumiram, como se ela sempre estivesse bem e nada houvesse acontecido – ela disse evidenciando bem suas palavras com gestos espalhafatosos.
Alex – você pode curar as pessoas Rafael? – disse Alex meio surpreso.
Rafael – até certo ponto, porem fico cansado se for muito grave.
Alex – incrível! Nos não vamos mais precisar ir ao médico quando ficarmos doente. Basta que façamos uma visitinha ao nosso amiguinho querido – ele disse de uma forma bem engraçada e caímos na risada, todavia o fato de algo muito importante ter acontecido nos preocupava.
Carol – poxa, estas coisas que aconteceram acabaram com minha, ou melhor, nossa noite de amor. Sim, eu ouvi os gemidos de vocês – eu e Rafael ficamos vermelhos.
Rafael – eu havia deixado algumas coisas prontas, somente preciso preparar uns detalhes então jantamos – ele disse e voltou-se a remexer as panelas e temperos.
Em minha cabeça passava varias coisas, mas qualquer pensamento ruim eu afastava e deixava para me preocupar amanham, quando provavelmente a garota acordaria. Alex e Carol disseram que iriam dar uma volta para ver onde dormiriam, eu fiquei com Rafael na cozinha, pois mesmo que essa casa fosse blindada, continuava sentia um pouco de medo, ainda mais agora, depois do ocorrido.
Comecei a admirar meu namorado, ele era muito gostoso e estava apenas de cuequinha, ver a bundinha dele se remexendo para lá e para cá, ver as costas largas dele. Minha mente estava a mil, me forcei a olhar para outra coisa, pois a situação em minha cueca já estava crítica.
Alex e Carol voltaram quando eu e Rafael estávamos servindo a mesa, jantamos e conversamos um pouco. Decidimos que o quarto da garota deveria ficar trancado no caso dela acordar durante a noite, para o seu próprio bem. Rafael levou as roupas dela para uma área pequena lavou e colocou na secadora para ela as vestir no dia seguinte. Depois de tudo, fomos dormir almejando saber o que ela nos contaria. Como sempre Rafael me agarrou e curvou suas asas e eu adormeci para mais uma noite de pesadelos.
Continuo...
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