Como Chamas 3x21: O SUSTO QUE MATOU A GATA.
- Acorda Baby, temos que levantar. Falou Felipe dando leves mordidas em meu braço. Sem querer abrir um sorriso.
- Só mais cinco minutos. Falei e me virei para ele. Gente, que visão era aquela daquele garoto de cueca ao meu lado? Mordi o lábio e ele percebeu.
- Temos que ir rápido...
- De carro chegaremos rápido.
- Dan... Ele tentou me deter, mas já era tarde demais.
Girei em volta do cobertor e subi em cima dele. Comecei a beija-lo e rebolei em seu colo. Não levou nem mesmo dez segundos para que eu sentisse sua ereçao no meu traseiro.
- Baby, meus pais estão lá embaixo...
- Então vamos manter as bocas ocupadas.
Comecei a beijar corpo de Felipe e fui descendo. Beijei seus peitos e os gominhos de sua barriga malhada e continuei descendo.
- Dan...
Mais eu já estava tirando a cueca dele. O mastro de Felipe saltou para fora, me deixando sedento só de olhar. Abocanhei logo de uma vez e comecei a chupa-lo em um movimento de vai e vem. Felipe agarrou o lençol da cama com a mão e apertou os olhos e lambeu os lábios. Estava com tanto tesão quanto eu.
Ele colocou a mão na minha cabeça e ficou forçando seu mastro contra minha garganta e meus olhos lacrimejavam, mas mesmo assim eu deixava. Estava adorado na verdade.
Chupei por alguns minutos e então ele gozou em minha boca. Em qualquer outra ocasião, eu não colocaria minha boca perto do esperma, mas eu me sentia ousado, e engoli tudo, e ainda continuei lambendo ate limpar tudo.
Me sentei na cama e sorri, passando o dedo nos lábios e limpando tudo. Felipe sustentou o peso de seus ombros nos calcanhares, me olhando como se tivesse acabado de acordar do melhor sonho de sua vida.
- Se soubesse que você acordava assim todos os dias, já teria te sequestrado há muito tempo. Sorri e me levantei. Aquele ainda seria um longo dia.
Horas depois, eu estava entrando no corredor da escola quando Kristen se pendurou em meu braço.
O gêmeo estava atras dela, é claros.
- E então gato, pronto para amanha?
- O que tem amanha?
- O dia das profissões. Disse o gêmeo atras de nos. Olhei para ele por cima do ombro e sorri para ele, que retribuiu.
- Ah, tinha esquecido.
- Isso seria por causa de um garoto lindo igualzinho a este atras de nos?
- Cala a boca. Falei rindo.
Mal sabia ela o que eu estava pretendendo fazer.
Entrei na sala de aula e soltei do braço de Kristen para que ela pudesse pegar suas coisas que o garoto segurava.
Brad estava sentado no fundo da sala e sorriu quando me viu. Dei as costas e me voltei para frente sem sorrir de volta. Isso é por ter me dispensado.
- Oi. Disse Marcie um pouco acuada. Como uma criança que faz errada, mas esperava ser perdoada.
- Ei. Falei sem olhar para ela de volta.
Mas eu nem sabia o porque eu estava dando o gelo. Certamente não conseguiria Brad de volta desse jeito.
- Olha Dan... Começou ela.
- Poupe seu fôlego. Não estou nem ai. Você pode ter ele.
- Então, mas eu...
- Eu. Não. Me. Importo. Falei pausadamente, como se fosse verdade.
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Na tarde seguinte, Felipe e eu havíamos saído do serviço e fomos direto para escola. Minha mãe estava super ocupada com meu pai fazendo... Eca. Não quero nem pensar.
Felipe era mais velho e fazia faculdade de administração, então tinha que servir como representante profissional. Mas de qualquer forma, eu não estava ali por causa da feira.
Meu foco era outro, Brad. E ele seria meu.
Entrei no corredor cheio de alunos e olhei carinhosamente para Felipe, então ele sorriu lindamente e passou um braço em volta dos meus ombros. Naquele momento eu soube que o amava ainda mais. Olhei distraidamente para o lado, e vi Brad encarando a cena. Ótimo.
- Olha, engenheiro. Meu pai trabalha disso e eu nem mesmo sei direito o que é. Disse Felipe me puxando ate a banca.
- Pode olhar, eu vou tomar água.
- Ta. Ele piscou e me soltou. Passei andando ao lado de Brad e novamente nem olhei para ele. Mas como eu previa, ele veio andando atras de mim.
Então, entrei em outro corredor e ele segurou meu braço. Me virei assustado para ele.
- Brad? Chamou a voz de Marcie atras de nos.
- Parece que sua namoradinha ta chamando. Falei puxado meu braço de volta para mim.
- Ei, calma, ela pode esperar. Ele falou em tom tão manso que me desarmou.
Brad era um garoto legal, não merecia essa doidera minha. Bem, mas ele iria superar logo.
Marcie se aproximou atras dele e o puxou.
- Você não ia me ajudar?
- Vou, mas não posso nem conversar um pouco?
- Bom, é que...
- To saindo. Falei me virando e saindo, mas novamente Brad me segurou.
- Vem comigo, vocês dois.
Então ele saiu puxando Marcie e eu pelo braço ate uma sala de aula vazia e escura. Colocou Marcie ao meu lado e voltou e fechou a porta.
- O que ta rolando?
Brad perguntou se virando para nos. Marcie e eu trocamos um olhar vazio. Geralmente eu saberia o que ela iria dizer e pensaria em um modo de bolar a mentira, mas não estávamos do mesmo lado ali.
- Ta interessado nela? Perguntei primeiro.
Brand coçou a nuca e sorriu. Quase suspirei, aquilo era um sim?
- A gente já fico antes, mas ela namora agora e...
Marcie abriu a boca, espantada. Aquilo quase parecia uma desculpa dele para sair fora dela. Tentei segurar o sorriso. Marcie pisou duro ate ele.
- Você me quer, ne? Ela perguntou. Típico dela, perdendo o controle cedo demais.
- Marcie... Olha...
E então eu quase pulei de susto. Marcie o beijou na boca. Ela ficou na ponta de seus saltos e passou os braços em volta de Brad. Ele não a abraçou, mas não se sentou. Dei um passo para o lado e vi Gregori encarando o beijo da porta. AI QUE MERDA!
- Marcie... Psiu, Marcie. Eu chamei.
Ela soltou Brad e se virou para mim.
- Pode aceitar Dan, você perdeu. Ele é meu.
- Como é? Gritou a voz de Gregori fazendo a gritar. Marcie e Brad se viraram rapidamente para ele. O restante passou em um flash. Primeiro silencio, e então Gregori acertou a cara de Brad, que caiu no chão, e se Jordan não aparecesse e o segurasse por trás, Gregori ainda teria feito mais.
- Como pôde fazer isso comigo? Gregori perguntou olhando para Marcie, que já chorava.
- Não é o que parece, eu posso...
- Me poupe, sua mentirosa. Não quero mais saber de você.
Então ele se soltou de Jordan e saiu empurrando pessoas no pequeno bolo que se formou na porta. Marcie olhou deseperada para mim e correu atras dele.
Tudo bem, aquilo eu não esperava que acontecesse. Marcie podia ter ganhando, mas o preço da vitória foi meio que alto demais. Sem olhar para Brad, andei ate a porta e vi o rosto de Felipe atras de alguns alunos.
- O que rolou lá dentro?
- Um garoto socou o outro por beijar a namorada dele, o de sempre.
Felipe riu e me abraçou.
- Sua vida é sempre agitada assim?
- Não, as vezes ela é tão calma que... Ah esqueci, ela é sempre assim mesmo. Caímos na gargalhada e voltamos para a feira.
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Mais tarde, Felipe conversava animado com uns garotos do time de futebol enquanto eu mandava minha milionésima mensagem para Marcie.
No fundo, eu queria que ela se acertasse com Gregori. Era seu relacionamento que mais durará. Mas havia uma pequena parte que havia gostado, afinal, ela havia roubado minha paquera.
Então, ela finalmente me respondeu.
ESTOU NO REFEITÓRIO.
Guardei o celular no bolso e comecei a andar ate aonde ela estava. Afinal, ainda éramos melhores amigos. Passei pela porta dupla e meu celular tocou. Era meu pai.
- Oi. Falei.
- Dan, uma amiga sua passou aqui procurando por você, ela parecia muito nervosa.
Eu já conseguia ver Marcie de onde eu estava, mas congelei.
- Ela disse o nome?
- Não, era uma loura e baixa...
Desliguei na cara de meu pai, aquela era Thabita. Tinha que ser. Eu já estava discando para a policia quando uma mensagem pipocou na minha tela.
ESTIVE NA SUA CASA. AGORA SEI QUEM ESTÁ ATRAS DE VOCÊ.
Eu não conhecia o número, mas tinha que ser ela.
AONDE VC ESTA? Mandei para ela.
NA SUA ESCOLA. ACABEI DE ENTRAR.
Olhei para frente e quase cai morto. Marcie havia se materializado bem na minha frente.
- O que foi? Ela perguntou.
- Acho que a assassina de Violet está aqui.
- O que!?
Peguei ela pela mão e começamos a correr. Tinha que chegar logo ate Thabita, mentindo ou não ela parecia saber mais do que eu. Mas então foram se passando minutos e mais minutos e eu não conseguia acha-la na escola.
Entrei em um corredor escuro, com Marcie ao meu lado. Os dois respirando ofegante.
- Dan, preciso descansar.
Peguei o iPhone e disquei para o número da mensagem. Ela teria que me atender.
Mas então, ouvi um celular tocando em algum lugar ali perto. O som ecoando no corredor. Marcie se virou de olhos arregalados para mim.
- Thabita? Chamei. Mais não atendia e nem respondia. Segurei forte a mão de Marcie e seguidos no corredor escuro ate o armário de vassouras do zelador da escola. O toque vinha dali.
Guardei o celular e abri a porta. Então segurei um grito, mais Marcie não.
Lá estava Thabita, estava caída no chão do armário, com o pescoço em um ângulo impossível. E os olhos arregalados focando o vazio. Nem me dei ao trabalho de me aproximar. Sabia aquela garota não me diria mais nada, nunca mais.