O fim de semana estava ai e o Paulo dormiu na minha casa de sexta para sábado. Passamos o fim de semana a bomba explodir, mas nada disso aconteceu.
Era domingo à noite e eu não consegui desfaçar o meu nervosismo; Paulo notou e acho que ele estava mais calmo que eu por isso me deu conforto.
Paulo: Danny, eu sei que você deve estar pensando nesse momento! Deve estar se perguntando como se meteu nisso ou como vai encarar todo mundo amanhã e o quanto vai ser ruim daqui pra frente.
Eu: acho que, só estou pensando em como vai ser encarar todo mundo.
Paulo: não vou te enganar tem dias que vai ser uma merda, uma grande merda, mas poderemos; vai vale a pena passarmos por isso um dia.
Eu: assim espero.
Na boa eu sabia que amanhã o dia seria uma merda, e na eu estava pronto mesmo para a humilhação publica, mas tinha que estar pronto para lutar com isso. Deitamos se beijamos e tentamos acender o fogo, mas o clima estava muito tenso. Fomos dormir e dessa vez foi difícil com tudo martelando na minha cabeça.
É segunda de manhã, o Paulo saiu da cama primeiro como sempre e foi tomar banho, eu levantei logo em seguida e fui escolher a minha roupa e a de Paulo. Depois foi a minha vez de tomar banho e lá foi eu; quando estava tomando banho tentava não pensar em nada do que estava rolando e simplesmente agora era tarde.
Se arrumarmos e fomos de carro - da minha mãe, então chegamos à escola entramos por traz onde tinha o estacionamento e não falamos nada. Nós só saímos do carro e tranquei.
No estacionamento pra quadra tinha uma espécie de rampinha e tal, tirei a mão do bolso do casaco e peguei a de Paulo e fui e subimos a tal rampinha pronto pro que vinha...
Mas na verdade não tinha nada fui andando esperando alguém olhar e disser algo, mas nada então Paulo soltou minha mão e:
Paulo: Danny acho que o Douglas ainda não fez nada.
Eu: é
Paulo: por que será
Não tinha resposta, mas já tinha uma desconfiança.
Subi como o Paulo pra aula de português e quando estávamos na escada Paulo viu a Jhú e deu um bote no sou braço puxando ela pra perto de nós e perguntando se ela sabia de “algo”, mas assim como a gente, a Jhú não tinha resposta.
Então fomos entramos na sala e dessa vez sentei do lado de Paulo e não notamos a presença do Mal encarnado que era o Douglas, até que antes de acabar a tolerância de 15 minutos, ele entra na sala com a maior cara de sonço, pede licença e entra. Quando ele estava indo para sentar no seu lugar ele passa do lado de Paulo e vai até a altura de seu ouvido e fala:
Douglas: humilhação publica hoje na hora do intervalo, se eu fosse você estaria lá!
Paulo: pensei que não fosse me convidar!!!
Douglas: jamais, você e seu namoradinho tem lugares na primeira fila.
Depois de deixar seu recado ele foi sentar em seu lugar. Então as duas aulas de português acabaram e Douglas saiu da sala com sua mochila olhei para cara de Paulo e puxei seu braço pra descermos também mais a marmota disse que agora só podíamos esperar. Eu sentei e a professora de Geografia entrou, foi falando e falando e passou uma atividade que quem acabasse podia descer. Eu nunca fiz um dever com tanta vontade.
Acabei com o Paulo 3m antes do sinal bater e quando chegamos lá em baixo no pátio já era tarde o Douglas já tinha feito e fez tudo, aquelas malditas fotos que ele disse que tinha, ele tinha mesmo.
Havia um mural que ficava de frente para escada e nesse mural havia varias copias de fotos de eu e Paulo se beijando e ainda estava com uma legenda digna escrito “bixinha suja’’ eu como uma criança louca comecei a rasgar aquilo e o Paulo mandou eu parar e pediu para eu olhar para as colunas da escola quando eu olhei estavam coladas em voltas das colunas pelo menos umas 5 fotos coloridas daquela sem falar dos outros murais que estavam cheios de xerox das fotos.
-TRiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmm
E ai vem o sinal do intervalo
Acho que estava tendo um ataque de pânico mau consegui respirar e minhas mãos tremiam de mais. Paulo segurou na minha mão com um calma que não estava intendendo e ele falou ‘’olha ali’’, então eu olhei para a arquibancada e Douglas e a garota sapo estavam lá.
Paulo: vamos lá e deixa que eu falo.
O 1°,2° e 3° ano estavam descendo e todos eles estavam olhando no mural e nisso eu já estava no meio da quadra me tremendo mais que tudo. Chegamos e na arquibancada e fomos subindo e Douglas falo:
Douglas: perdi algo de importante na aula?
Paulo: não, apenas uma atividade bem tosca.
Douglas: então porque veio aqui?
Paulo: para não perder o seu evento do melhor da casa.
Depois desse dialogo que eu fiquei boiando só silencio e aquilo estava me matando; mensagem chegando no meu celular e era Jhú.
Jhú: Cadê vocês? E como assim? Como tiram essas fotos ?
Não respondi só falei pra Paulo que tínhamos que ir e pra sala antes que aquele povo fizesse algo que só íamos poder ficar olhando. Desci a arquibancada e os elogios já começaram e o pessoal estava mostrando toda a sua criatividade. Até eu chegar perto da escada eu tinha ouvido muita coisa. Eu nem sabia que alguém podia ser chamada de cú de apito.
Mas eu estava já ficando bem abalado com oque estava rolando, eu não conseguia ser mais forte e os meus olhos já estavam começando a ficar com lagrimas; ai Paulo segurou minha mão e ai só foi pior, pois param só de falar e começaram a nos empurrar e fechei o punho e já estava pronta para soca pelo menos a cara de um. E o povo vaiava, xingava, me chamava de bixa, falava que o meu lugar é no inferno dando o rabo pro diabo. O sinal tocou e foi o intervalo mais logo da minha vida, mas agora a humilhação seria na escada.
Ai quando eu e Paulo estávamos subindo aquela maldita escada veio uma garota descomungada, e fingiu ter tropeçado e jogou no Paulo aqueles sucos tipo da Tang, nossa aquilo foi a gota d’agua pra Paulo.
Paulo: OLHA SÓ SUA PIRANHA SÓ POR QUE EU SOU VIADO TÁ ACHANDO QUE EU SOU BAGUNÇA, EU VOU TE DAR UMA SURRA COM A MINHA BLUSA ATÉ ESSA MANCHA SAIR NA SUA CARA.
Eu sei que a garota saiu se emburacando no meio da multidão e deu um pinote, depois disso o Paulo foi me puxando até as sala xingando Deus e o mundo; funcionou pelo menos com as garotas. Mas os meninos só piorou a situação de Paulo.
Entramos na sala e agora eu me sentia mais seguro, pois agora só teria que encarar 36 alunos com raiva da minha cara.
A aula de geografia começava de novo e os comentários corriam soutos; não podia mandar ninguém calar a boca e nem fazer nada. nunca me senti tão impotente.
Quando a professora dava as costas pra gente os meu EX amigos começavam a me sacanear tacavam bolinha de papel escrito bixa, bolinhas de papel sujos de corretivo para suja minha blusa toda nas costas, mas graças a deus faltavam muito pouco para eu ir embora aquele maldito dia já estava acabando.
O sinal tocou e enquanto segurávamos as lagrimas Jhú foi até nossa mesa e falou para matarmos a ultima aula enquanto a professora de Ingles ainda não tinha entrado na sala. Eu só peguei minha mochila e fui com Paulo.
Descermos as escada , andamos no pátio, atravessamos a quadra e quando chegamos no estacionamento, todo o meu carro estava zuado. Estava os vidros estavam todos sujos de pasta de dente escrito viadinho, cú de apito, ré no quibe, bixinha, entre outro e para piorar todos os 4 pneus estavam vazios.
Tá, não sei se foi por que fizeram isso com o carro ou sei lá oque foi mais eu desmoronei e sim chorei, é eu estava pior que ai encomenda. Paulo não sabia oque falar então ele só segurava a minha mão.