Depois que terminamos de tomar banho, fomos pro seu quarto. Deitamos em sua cama e ele logo me puxa pra junto dele, me fazendo ficar com a cabeça sobre seu peito.
Ian - Desculpa.
Ele diz fazendo cafuné na minha cabeça.
Eu - Pelo que?
Ian - Você sabe. Por ter te machucado.
Eu - Não liga pra isso amor.
Ian - Como não? Por que você não falou que não tava afim? Eu não iria ficar bravo.
Eu - Sei lá. Não queria te decepcionar.
Ian - Decepcionar? Dan, eu não tô contigo por causa do sexo. Eu tô contigo por que eu te amo. Você não precisa ter medo ou vergonha de me contar nada.
Lembra? Nunca esconder nada um do outro.
Eu - Eu sei. Desculpa.
Ian - Tá tudo bem meu lindo.
Eu - Eu já falei que amo hoje?
Ian - Já. Mas pode falar de novo e de novo e de novo...
Eu - Eu te amo, te amo, te amo. Eu te amo tanto que se você viver cem anos, eu quero viver cem anos menos um dia, assim nunca vou ter que viver sem você.
Ian - Isso não é de O morro dos ventos uivastes?
Eu - É, é sim. Quando li esse livro, achei essa frase muito linda. Mas também achei um pouco exagerado, achei que não existisse um amor assim, que tivesse essa necessidade de estar sempre junto, que houvesse esse medo de perder a pessoa amada... Até que eu conheci você Ian. É assim que eu me sinto. Não faz sentido viver num mundo em que você não faca parte dele.
Ian - Nossa amor que... Lindo. Mas não quero que pense dessa forma. Se por acaso acontecer alguma coisa comigo, eu quero que você continue com sua vida, seja feliz. Promete que vai fazer isso?
Eu - Não, claro que não. Você é minha vida. Não conseguiria ser feliz sem você.
Falo meio alterado.
Ian - Calma príncipe, não estou dizendo que vou morrer. Nem quero, acredite. Só não quero que você construa sua vida toda ao meu redor. Vai que um dia algo acontece... Você sabe... Pra morrer, basta está vivo.
Eu - Para Ian, que papo mais estranho.
Ian - Você que começou!
Eu - E estou encerrando com ele agora!
Ele rir e dá um beijo no topo da minha cabeça.
Ian - Você ficou com medo?
Eu - Claro! Não vamos mais falar disso por favor.
Ian - Ok. Mas a verdade é que eu também não conseguiria viver sem você.
Eu - Então porque você não me promete que se eu morrer tu vai seguir com tua vida e essas outras bobagens toda que tu falou?
Ian - Porque eu já construir uma vida toda ao seu redor...
Eu - Mesmo?
Ian - Sim. Pelo menos na minha mente. Caso você não saiba, eu ainda vou te pedir em casamento.
Eu - Claro que vai. Vou esperar sentado, ou melhor deitado.
Ian - Não. Você vai ter que esperar em pé, pra eu poder me ajoelhar e fazer o pedido.
Eu - Você fala cada coisa linda amor. Tu deveria escrever um livro.
Ian - Pessoas como eu não escrevem livros, fazem parte deles.
Ele diz sorrindo.
Eu - Mas é convencido!
Ian - Convencido, mas bem que você gosta né?
Eu - Gosto só um pouquinho.
Ian - Só um pouquinho, é?
Ele diz me fazendo cócegas, depois me enchendo de beijos.
Eu - Hey amor, sexta é feriado...
Ian - Eu sei... Que você quer fazer?
Eu - Tava pensando, se você quiser... Nos poderíamos passar o fim de semana na casa da minha vó. Ela quer te conhecer e também tem uma praia super bacana por perto...
Ian - Eu vou. Com você eu vou pra qualquer lugar.
Eu - Ótimo. Tá marcado então.
Ian - Sua vó mora sozinha?
Eu - Não. Depois que meu avô morreu, uma das minhas tias foi morar com ela.
Então moram minha vó, minha tia, o marido e o meu primo.
Ian - Legal...
Ele fala já morrendo de sono.
Eu - Vai dormir amor, depois a gente fala sobre isso.
Vou tirando a cabeça de cima do seu peito, mas ele me abraça forte me fazendo permanecer no mesmo lugar.
Ian - Fica aqui. Quero dormir agarradinho com você.
Eu - Você vai ficar desconfortável.
Ian - Não importa, só quero dormir com seu corpo junto ao meu e...
Ele continua falando bem baixinho algo que eu não consigo compreender e acaba dormindo.
Eu fico acordado um tempo, mas depois caio no sono também.
Na manha seguinte, ele ainda esta agarrado comigo, mas agora estamos de conchinha.
Acordo com ele roçando a barba no meu rosto e falando:
Ian - Acorda meu príncipe, ainda tenho que te levar em casa.
Eu - Só mais 10 minutos, por favor.
Ian - Tá, 10 minutos, por mais que isso não vá fazer diferença alguma. Vou tomar banho, quando terminar de me arrumar eu te acordo.
Eu - Ok.
Durmo de novo. A sensação que tive foi que assim que fechei os olhos ele me cutuca, mas quando abro os olhos, ele já está pronto pra trabalho.
Ian - Levanta amor, agora temos mesmo que ir.
Ele diz me dando um selinho.
Eu - Nossa, queria ser acordado assim todos os dias.
Ian - Vamos. Você vai tomar banho aqui ou na sua casa?
Eu - Em casa...
Ele me leva em casa e eu vou me arrumar pro estágio.
Quando desço, Ian e meus pais estão tomando café da manha e conversando.
Eu - Bom dia.
- Bom dia.
Dizem meus pais juntos.
Luiz - Bem, agora que ele já desceu, nós já vamos.
Eu - Hum... Vão saindo só porque eu cheguei né?
Falo rindo.
Jéssica - Claro que não filho. Mas já estamos atrasados.
Luiz - Só ficamos aqui fazendo companhia pro Ian não ficar aqui sozinho.
Eu - Eu sei gente, só tô brincando. Podem ir tranqüilos.
Jéssica - Tchau meus amores.
Luiz - Tchau rapazes.
Ian - Tchau sogrinhos.
Eles saem.
Eu - Sobre o que vocês estavam falando.
Ian - Bobagem. Nada importante. Sobre o trabalho, minha família. Falei que iríamos pra casa da sua vó amanhã...
Eu - E o que eles disseram?
Ian - Gostaram da idéia. Disseram pra nós termos muito cuidado no transito, essas coisas.
Eu - Meu pai não foi desagradável com você?
Ian - Não. Ele tá tentando de verdade me aturar.
Eu - Ele vai ter que conseguir, porque você não vai a lugar algum.
Ian - Claro que não... Ou melhor, claro que sim!
Eu - Onde cê vai?
Ian - É onde nós vamos. Pro trabalho, estamos quase atrasados.
Pego minhas coisas e fomos.
Continua.
Dr. Romântico, Thiago Silva, Agogô, rod13, ofpm, Lena78@, gordo1979, agatha1986, Sr. Obito, fabi26, Júnior25, chbds1... Muito obrigado pelo carinho de vocês. Abraços.