Bom, agora que a história vai realmente começar. Todos os fatos relatados são reais, e não haverá acréscimo ou decréscimo de personagens, linguagem ou fatos. Tudo vai ser relatado da forma que ocorreu.
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ANTERIORMENTE:
- Sabia que ia encontrar você...
Me desesperei, enquanto ouvia a voz de quem eu queria manter distância.
- Sai de perto de mim... – sussurrei enquanto levantava do meio fio, com uma forte dor de cabeça, e tentei caminhar pra dentro de casa, mas senti a mão dele me puxar pelo braço esquerdo.
- Por favor, só me escuta Filipe... – disse enquanto me puxava contra seu corpo.
Infelizmente a rua se encontrava movimentada, e várias pessoas viram essa cena, digamos que no mínimo, “suspeita”.
- Me solta... Quero entrar... – disse, saindo de perto dele, e correndo, sentindo meu corpo pesado, caindo na entrada de casa.
“Por que logo agora?”
Mil perguntas perturbavam minha cabeça.
Não sei como, mas, levantei e consegui entrar em casa, trancando a porta.
- Que droga!!! – exclamei em plenos pulmões, sentindo um aperto no coração, enquanto caminhava até a sala, me jogando sobre o sofá, desabando em lágrimas.
Depois de tanto chorar, adormeci.
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Era por volta das 20h30min que fui acordado.
- Meu filho!? Tá aí!? Abre a porta! – exclamava minha mãe, que batia incessáveis vezes na porta.
Vou levantando, cambaleante, como se tivesse sob efeito de alguma substância, abrindo então a porta.
- Oi meu filho! Senti saudades! – disse minha mãe, jogando as sacolas de compras no chão, e me abraçando.
- Também senti mãe... – sussurrei, sentindo suas mãos afagando meus cabelos.
“Sinto-me mais protegido com a senhora.” – pensei.
Bom, vou apresentar minha mãe. Dona Bárbara, ou “Babi” (apelido que considero “jovial” demais) para os mais íntimos, tem 33 anos, é magra, cabelos escuros, olhos escuros.
- Filho, vou tomar um banho, guarda as compras pra mim? – questionou enquanto me olhava carinhosamente e sorria.
- Sim mãe, eu guardo. – e sorri.
Minha mãe então vai para seu quarto.
“E se ele aparecer? Não quero ele faça novamente o que fez comigo...” – pensei enquanto levava as compras até a cozinha.
Ouço então alguém batendo na porta.
- Já vai... – exclamei.
Só deixo as compras no chão e vou até a porta.
- Pois não? – questionei enquanto via uma senhora com um homem e um jovem rapaz ao fundo.
- Bom, você é o Filipe não é? – questionou a senhora, enquanto me encarava com uma expressão de dúvida.
- É... Sim... – sussurrei e sorri.
- Viemos fazer uma visita a vocês. – e sorriu.
- Bom, podem entrar...
Entraram então a senhora, o homem, que provavelmente seria seu marido, e o jovem rapaz, muito bonito por sinal.
- Podem ficar a vontade... – disse mostrando o sofá para se sentarem.
Todos se sentaram.
- Meu jovem, perdoe a indelicadeza, meu nome é Rita. Esse é o meu marido José Alberto, e meu filho, William. – disse enquanto sorria, e me encarava.
Minha mãe aparece na sala.
- Oi querida, você chega de surpresa, e ainda toda bem vestida. Não sabia que tinha se mudado pra cá . – disse minha mãe enquanto abraçava Rita.
“Elas já se conhecem?”
Após o abraço amigável, minha mãe se senta ao lado de Rita.
- Filho, não quer ir jogar videogame com o William? – minha mãe me olhou e balançou a cabeça.
Assenti positivamente quase que por obrigação.
- Vamos jogar William... – e gesticulei com a mão para que ele me seguisse.
Chegando ao quarto, William arregala os olhos pra minha coleção de mangás.
- Cara, não sabia que tu curtia mangás. – e sorriu.
Fui até a prateleira e peguei alguns mangás pra ele.
- Pode ler... – entreguei os mangás e sorri.
Vou então ligar o videogame.
- É... Filipe... Você tem quantos anos? – questionou.
- Tenho 16 anos... Por quê?
- Ah cara, não parece, haha. – e riu.
Me virei pra ele, e o encarei.
- Porque não? – questionei enquanto
- Cara, eu tenho tua idade, e olha o meu tamanho pro teu haha. – disse enquanto vinha na minha direção.
Sim, ele era bem maior que eu. Eu parecia um boneco perto dele.
- Pirralho. – disse ele, enquanto bagunçava meus cabelos.
- Idiota. – disse, enquanto tirava as mãos dele da minha cabeça.
Ligo o videogame, dou um controle a ele.
- Tá aqui, vamos jogar. – e sorri.
Coloquei Call of Duty Black Ops.
- Quero ver você ganhar de mim nesse jogo.
Não sei por quanto tempo jogamos, mas sei que dei uma surra nele no videogame.
- Pô, não vale, tu já é viciado. – disse meio chateado.
- Tá bravinho por que perdeu? Haha. – o provoquei.
William me encara.
- Me responde uma coisa...
Olho-o com receio.
- O que?
- Você ficaria comigo?
Foi uma surpresa ele ter perguntado aquilo.
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Primeiro capítulo (de verdade). Espero que minha escrita esteja boa.