Cap. 47
Durante toda a viagem, não me controlei. Chorei muito nos braços do meu irmão. Estava muito triste, em ter que voltar pro Brasil, sem o Dani. Queria ele lá, com a gente, espalhando felicidade, queria o meu amor perto de mim. Lembro de quantas vezes pedi pra mãe deixar eu ficar na China. Eu queria ficar perto dele, mas ela “ não, não quero você longe de mim, você tem 15 anos Lucas, não sabe se cuidar direito”. Ficava com muita raiva mas não podia fazer nada. Toda aquela depressão de quando ele foi embora no inicio do ano, tinha voltado. Eu de novo, emagreci, e fiquei muito triste. Fábio, dessa vez. Foi quem me colocou pra cima. Ele elogiou muito meu irmão, disse que ele era muito bonito, e tal. Eu disse que ele disse que poderia ficar com um homem, disse que já tinha se decepcionado muito com as mulheres. Fábio disse, que já que eu não queria ficar com ele, ele iria tentar ficar com o meu irmão. Eu disse que ficaria muito satisfeito, em ver a felicidade do meu amigo. Eu de novo, andava como mosca morta no colégio, tentei fazer aproximação com o Tony, mas ele tinha ficado muito sombrio comigo. Frio demais, mesmo. Até estranhei. Cara, eu estava a ponto de dizer pra minha mãe “ EU VOU PRA CHINA, A SENHORA QUERENDO OU NÃO, EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR LONGE DELE”. Mas me controlei. Não podia sair assim, de onde iria me sustentar. Eu, o Fábio, e o Fabiano, passamos a sair mais. E eu aos poucos, fui recuperando a auto estima. O Dani, disse que tinha arranjado um novo amigo, e que não se sentia mais tão sozinho, mas que tava doido pra voltar. Eu acabei voltando pro Grêmio. Mais pela renúncia do Tony, ele renunciou, disse que não queria mais ter o trabalho. Eu estranhava até demais o Tony aquela altura, não parecia o meu amigo. Numa dessas saídas, ele acabou indo junto com o Vini. E o Vini não queria largar o garoto, eu já estava prestes a dizer “ CARALHO, DEIXA O GAROTO RESPIRAR”. Eu o chamei para ir na varanda, do local onde a gente estava, e lá estava vazio. Ele veio.
Eu: Tony, tá tudo normal com você.
Tony: Tá- falou ele bebendo o refrigerante
Eu: Então me diz porque você anda tão frio comigo, parece que esqueceu que nós fomos amigos, e que nós já viajamos juntos.
Tony: Acho que é impressão sua, eu estou normal.
Eu: Sei.
Logo ele, saiu. O Vini disse que eles precisam ir embora. Eu decidi segui-los pra ver se estava tudo bem mesmo. Durante o trecho percorrido até o estacionamento, realmente, tudo parecia normal. Mas ao chegar no estacionamento, começou uma briga. Eu me escondi atrás de uma porta, e ouvi a conversa.
Vini: O que você falou com o Lucas, Tony.
Tony: Nada Vinicius- nessa hora olhei pra eles, de longe, e vi o Vini pegando no pescoço do Tony, e o apertando
Vini: Não mente pra mim garoto
Tony: Eu não estou mentindo Vinicius- falou ele, sendo praticamente sufocado. A minha vontade, era de sair e correr atrás dele, com um barra de ferro, e quebrar ela na cabeça dele. Mas me controlei, e sai dali, já tinha ouvido muito. Disse pra os meninos que estava indo embora, e fui. O filha da puta do Vinicius anda fazendo alguma coisa com o Tony. Ah, ele vai ver. Eu já estava arquitetando planos de como fazer aquele idiota pagar caro, pelo que ele cometeu. No dia seguinte, fui pra aula, e o Tony estava lá. Antes de tudo, chamei ele pra conversar comigo. Ele veio, e nós fomos pra um lugar vazio, e começou as perguntas.
Eu: Você vai me dizer ou não o que está acontecendo com você Tony.
Tony: Eu já disse que não tem nada acontecendo comigo Lucas.
Eu: Ah é, então me explica porque o Vini tava te sufocando ontem.
Tony: Do que você está falando Lucas
Eu: Dessas marcas aqui- falei apontando pra o pescoço dele.
Ele ficou sério, e olhou pro chão, e começou a chorar e me abraçou.
Tony: Ai Lucas, eu não sei mais o que fazer, o Vinicius, é muito mal comigo. Ele me bate, as vezes, e fala coisas horríveis pra mim. E todas as vezes que eu digo que vou largar ele, ele diz que te mata se eu fizer isso. Eu temo muito pela sua vida Lucas, eu te amo mais que tudo.
Eu: Eu não acredito nisso- falei, enquanto ele deixava o pescoço dele no meu ombro, e as lágrimas rolavam como cachoeira- eu vou matar ele.
Tony: Ele é muito perigoso Lucas, ele é maluco, psicopata. Eu não quero que você morra, eu não teria mais sentido pra viver. Toma cuidado Lucas.
Eu: Nós vamos denunciar ele.
Tony: Como, sem provas.
Eu: Vamos gravar ora. Leve o seu celular pra onde for, esconda e bote no modo de gravação, e grave as conversas. Peça pra alguém que sempre esteja perto de vocês, de confiança, tirar fotos da situação. E pode deixar que eu vou tomar cuidado. Além disso, se denunciarmos ele, a polícia vai fazer uma investigação, pra saber se é verdade. Fica tranquilo Tony, nós vamos botar aquele safado na cadeia, tenha certeza.
Tony: Ah, eu espero.
Continua
Tony ameaçado. Lucas em perigo. A PRAGA LÁ DO AMOR PROIBIDO CAP.3, AINDA VALE AQUI. LEMBREM-SE, 1 SEMANA SEM INTERNET. VOTEM EIN.