Cap.25
Dona Regina: É um tal de Daniel...
Eu: Daniel
Espera ai, o que o Daniel estava fazendo com uma pessoa que ele fez de tudo pra mim acreditar que era mal. Não entendi.
Eu: Mais alguém saiu com eles
Dona Regina: Um tal de Leo.
O Daniel, o Leo e o André, o que esses três estavam fazendo. Fui diretamente pra casa do Leo. Assim que cheguei na frente, estava até meio receoso de abrir. Mas bati na porta, ela estava aberta, então entrei assim mesmo. Subi, e não vi ninguém em casa, assim que cheguei perto do quarto, comecei a ouvir uma discussão
Voz: Eu não vou mais fazer isso Leo, eu não quero mais, eu até concordei no inicio mais não quero mais, simplesmente
Era a voz do Daniel, de longe dava pra escutar. Fiquei bem quieto.
Leo: Você não tem querer Daniel, você concordou, agora vai ter que fazer. Ou faz isso, ou vai levar chumbo.
Nessa hora tremi, me abaixei pro buraco da chave, torcendo pra não ter nenhuma chave lá, e eu consegui ver o que eu queria.
Enxerguei o Leo com uma arma na mão, o André num canto, e o Daniel na frente dos dois.
Daniel: Vocês não entendem, eu me apaixonei por ele, eu não vou magoar ele, eu só quero o bem dele. No início até que faria, mais hoje eu não faço mais, e acabou. Não tente nada contra mim Leo, você sabe muito bem que eu tenho tanta influencia quanto você. Tenho amigos, que te tiram do ar rapidinho. Então me deixe logo sair, todo mundo já deve estar me procurando.
Leo: Como você pode dizer que se apaixonou por ele, você faria milhões de juras de amor antigamente, a gente sempre foi um casal tão feliz, até aquele filha da puta do Lucas fazer aquilo.
Como assim eles eram um casal, o Leo e o Daniel. O Daniel me enganou, eu não estou entendendo nada.
Daniel: Eu só faria aquilo, porquê antes eu te amava, hoje, eu não faço mais isso. Eu amo ele, não te amo mais, você já me fez muito mal Leo, você acha que eu vou te perdoar, nunca. Eu não vou mais fazer nada, é bom que você me deixe em paz. Agora, faça o seu planinho sozinho, você e esse trouxa ai. Eu vou embora, que assim eu ganho mais.
Leo: Você que fez o plano, e envolveu eu e o André nele, agora vai deixar pra trás.
Daniel: Vou, simplesmente. Fiz o plano fiz, mas não resisti a ele, me apaixonei por ele, amo ele, e não vou fazer nada de mal com ele. Se você quiser continuar com isso, o que eu não aconselharia, continue, mais fique totalmente responsável por seus atos. E se alguma coisa acontecer com ele, você vai se ver comigo Leo. Thau...
Não entendi nada, então ele, o Leo e o André eram amigos de longa data. Além disso Leo e o Daniel tinham alguma relação amorosa, e o Daniel tinha armado alguma coisa comigo. Então ele mentiu pra mim, e queria o meu mal. Era ele o cabeça daquele tudo, eu não podia acreditar. Pensei nisso tudo em uma velocidade do som, e logo quando ouvi os passos dele vindo, resolvi sair rápido. Sai, e me escondi, logo ele veio. Saiu, e pegou um táxi. Assim, que vi ele saindo, resolvi ir logo embora, antes que algum deles me visse ali. Sai correndo, e peguei um táxi e voltei pra casa. No caminho fiquei pensando nisso. O Daniel mentiu pra mim, e porque ele queria o meu mal, nunca fiz nada de errado com ele, nada mesmo. Sempre o ajudei, sempre o coloquei pra cima, sempre estive do seu lado. Sempre fui o melhor dos namorados possíveis. Comecei a pensar, aquela emoção toda que ele tinha comigo, aquele choro no cinema, tudo foi falso. Ele mentiu pra mim. Nessa hora meu sangue subiu, e eu tava com vontade de bater nele. Nessa hora lembrei dos nossos momentos felizes. Peguei meu celular, e olhei as fotos nossas. As fotos em Madrid, em Barcelona, em Zaragoza, aqui em Manaus mesmo, as nossas fotos no dia do pedido lá no Studio 5, as fotos de Buenos Aires, as fotos dentro dos aviões, e comecei a chorar. Cara como pude ser tão burro, e não perceber que aquele garoto é uma farsa, ele só queria meu mal, quis me enganar, eu não podia acreditar. Queria morrer na mesma hora. Como podia amar uma pessoa que podia querer o meu mal. Me senti mal, péssimo, como poderia amar uma pessoa que queria meu mal. Mandei o taxista ir direto pra casa do Tony, afinal de contas, era ele o único amigo que estava sempre a disposição. Cheguei na frente da casa dele, isso de madrugada, e liguei pra ele.
Eu: Tony.
Tony: Ah- falou com voz de sono.
Eu: Te Acordei, desculpa.
Tony: Ah não Lucas, não precisa se desculpar, e ai, o Dani apareceu.
Eu: É justamente sobre ele que eu queria falar com você, posso subir aí.
Tony: Claro, estou te esperando.
Cara, fui na cara de pau, eram 03h da manhã, todo mundo dormindo, e eu estava acordando um amigo meu. Mas nem pensei nisso naquela hora. Na hora que ele abriu a porta, dei um abraço forte nele.
Eu: Ele me enganou Tony, ele me enganou- falei aos prantos, e quase pendurado nele.
Tony: Quem te enganou Lucas, senta aqui- falou ele me colocando no sofá- vou pegar um copo d’agua pra você.
Ele saiu, e eu continuei pensando. Muita gente já tinha ligado pra mim. Ele me mandou uma mensagem “aonde você está. Eu já estou em casa pode voltar, tô te esperando”. Me deu uma vontade de mandar um “deixa de ser falso Daniel, eu já sei de tudo”. Logo o Tony chegou e me deu um copo d’água pra beber. Bebi...
Tony: Tá mais calmo
Eu: Tô
Tony: O que foi que aconteceu...
Contei toda a história pra ele, desde a hora que voltei de Manacapuru, até a hora que bati na casa dele. Chorei em quase todas as partes, e ele me dando força, dizendo calma, eu sei, me falando algumas coisas.
Eu: Tony, eu sei que eu não devia estar desabafando com você, ainda mais a uma hora dessas, me desculpa...
Tony: Que nada, não precisa se desculpar, os amigos estão aqui pra isso, a qualquer horário, sei que você faria por mim o mesmo que estou fazendo.
Eu: Ah, cara valeu, é muita sorte minha ter um amigo como você
Falei isso abraçando ele, ainda estava muito ressentido por aquilo. Eu não sei o que deu em mim, mas de uma hora pra outra, me vi beijando o Tony.
Continua.
E aí, será que tem gente odiando o Daniel agora, tem algumas pessoas que pediram contato, então mandem e-mails, que responderei logo. lucaslhrd@gmail.com. Estou esperando.
Votem, Comentem e Avaliem. Valeu.