MEMÓRIAS DE UM INICIADO
Caríssima amiga:
Tu és minha confidente e por isso confio-te o relato que segue.
Está escrito que Nem só de pão vive o homem. Assim também nem só de sexo ele vive. O sexo não é tudo, sabemos disso. Há outras coisas na vida mais importantes. No entanto o sexo é uma parte preponderante, porque tem a dupla função de procriar e dar prazer às pessoas. O Sexo faz falta e agora muito mais com a descoberta e a aceitação de suas variantes opções. Por isso, gosto de fazer e de falar de sexo. Especialmente, porque um novo sentimento, que em outros tempos eu rejeitaria, está me acometendo e levando-me a buscar a sua origem.
Por se tratar de caso real, todos os personagens neste relato terão nomes fictícios. Eu Sou Fabrício, casado, pai de filhos, aposentado, com um excelente currículo profissional, especialmente no campo tecnologia industrial. Meu amigo é Mauro, dois anos mais novo do que eu, também casado, pai de filhos, comerciante de máquinas industriais.
Sexualmente sempre fui muito bem resolvido com as mulheres. Mas minha atração por parceiros do mesmo sexo aconteceu entre os 35 e 40 anos de idade, quando comecei a freqüentar o balneário do grêmio da empresa onde trabalhava na ocasião. Até então eu não havia sentido desejo de fazer sexo com homens.
Foi nesse balneário, quando a gente se trocava para ir à piscina ou à sauna, que eu comecei a reparar no sexo de meus colegas e a sentir vontade de tocar neles, de beijá-los, não em todos, é claro, mas naquele que o meu desejo elegia como o que mais me atraía sexualmente. Essa vontade nascente de pênis foi crescendo e tomando forma. Passei da vontade do toque ao desejo de tê-lo dentro de mim, imaginando as novas sensações que isso me traria sexualmente, alimentando mais ainda minha curiosidade e a minha libido.
Esse desejo continuou latejando dentro de mim, mas lutei contra ele e demorei a satisfazê-lo. Até que um dia um amigo, bom amigo dos tempos da juventude, veio da capital me visitar e fechar negócios com uma revendedora de máquinas na cidade vizinha à nossa, que ele não conhecia direito. Acompanhei-o como guia e, no final da tarde, concluída a sua visita à revendedora, fomos a uma sauna, com cabines privadas. Quando nos despimos, vi que meu amigo olhava com certa insistência para meu sexo. Também eu fazia o mesmo, olhava para o dele, um belo conjunto; um belo pênis, não muito grande, mais ou menos do tamanho do meu, repousando sobre o saco depilado, desses que inspira higiene. Antes de abrirmos o vapor, deixamos as toalhas no banco e fomos tomar uma ducha para tirar o cansaço das andanças do dia. Quando eu o vi de costas comentei:
- Cara, tens um bunda de fazer inveja a muitas mulheres!...
- A tua também não é de jogar fora, respondeu ele olhando a minha.
Aberta a válvula do vapor, sentamos juntos, nus, como saímos da ducha.
O calor aos poucos crescente do vapor em meu corpo, aqueceu também a minha libido e, acredito, a dele também. Nesse estado, eu toquei nas lembranças de nossa juventude, de nossas namoradas, inclusive de Laurice, hoje a esposa deste meu amigo, que fora também minha namorada. De repente, Mauro me olhou e perguntou, com certa tranqüilidade, referindo-se à esposa:
- Escuta, fala a verdade, vocês chegaram a transar quando namoravam?
Não percebi ciúmes na pergunta.
- Sinceramente, transamos e foi muito bom! – respondi
- É, ela me contou, mas eu pensei que ela estivesse me fazendo ciúmes...
- Não, meu caro, é verdade... Ela é muito gostosa e só não continuamos por que eu não pensava em compromisso sério e ela queria casar-se... Ai, tu apareceste.
- Pois é, meu amigo, e eu não me arrependo, - disse pondo a mão na minha coxa.
O toque leve e tépido da mão de Mauro me pôs arrepios na espinha, me causou uma excitação repentina e meu membro começou a crescer. Olhei para o membro de meu amigo, notei que também havia crescido um pouco e que ele tinha os olhos fixos no meu. Criei coragem e perguntei:
- Mauro, nunca pensaste em fazer sexo com outro homem?
- Pra ser sincero, já. Sempre tive curiosidade de saber o prazer que alguém sente quanto recebe um pênis no bunda... Mas nunca tive coragem de tentar. É o tipo de relação que a gente só deve ter com alguém de nossa restrita confiança...
- Concordo contigo. Eu também tenho essa curiosidade, mas pelas mesmas razões eu não tentei.
Ficamos um pouco em silêncio até que eu, meio sem jeito, sugeri:
- Olha, acho que somos amigos confiáveis... E por que a gente não aproveita a ocasião e experimenta agora?...
Mauro ficou um pouco em silêncio. Eu vi que o pênis dele já estava em completa ereção. Para encorajá-lo passei de leve a mão em sua coxa, ele estremeceu. Olhou para o meu membro também ereto, latejado de tesão, e perguntou:
- Mas quem seria o passivo, eu ou você?
- Os dois. Tiramos no “par-ou-ímpar” quem irá primeiro. Quem perder fica de quatro e o outro mete. Você topa?
- Topo, mas será que não vai doer, não vai machucar?
- Não, a gente passa bastante saliva...
Eu perdi. Iria ter o ensejo de experimentar no ânus, pela vez primeira vez, o desejado pênis de outro homem. Tremendo de ansiedade, me ajoelhei entre as pernas de Mauro, abocanhei-lhe o pau roxo de tesão, e me pus a lambê-lo. Meu amigo, gemendo, muito excitado, foi aos poucos abrindo as pernas, escorregando o corpo para o extremo do banco, facilitando a tarefa de minha língua que foi da glande arroxeada ao longo do pau duro até os testículos. Mauro se contorcia de prazer e em dado momento pediu:
- Deixa eu chupar seu pau também.
E aí fizemos um 69. E enquanto nos chupávamos eu lembrava que as rolas em nossas bocas naquele momento eram as mesmas que meteram na xoxota de Laurice, a esposa do amigo que estava prestes a meter em minha bunda.
Após o delicioso 69, eu me pus de quatro com o tórax apoiado no assento do banco e Mauro, veio por trás de mim, separou minhas nádegas e se pôs a acariciar meu furico, untando-o com bastante saliva. Fez isso por uns segundos e em seguida encostou a cabeça do pau na entradinha, pincelando todo o rego de cima pra baixo, até que, acertando o buraquinho, pegou-me pela cintura e empurrou seus 18 cm dentro de meu ânus. Foi realmente dolorida a penetração, mas em pouco tempo os movimentos de vai e vem da vara dele tornaram-se um prazer, uma espécie de carícia quentinha, gostosa.
Meu amigo debruçou-se em minhas costas, enquanto me comia, beijando minha nuca e com as mãos por baixo acariciando meus mamilos e meu memebro. De repente ele me segurou pelos ombros, puxando-me para trás e eu senti sua rola pulsar dentro de mim e um jato quente de esperma inundou meu ânus. Em seguida, foi a vez dele ficar de quatro. Me aproximei, abri separei-lhe as popas da bunda, ensalivei bem o furico dele e iniciei a penetração. Quando a cabeça de meu pênis deslizou pelo esfíncter, ele deu grito. Eu perguntei:
- Ta doendo muito? Quer que eu tire?
- Não, só um pouco, mas continua...
Então empurrei o restante do membro e comecei o vai e vem. O ânus de meu amigo era quentinho. Eu o peguei pela cintura, assim como fez comigo, beijei-lhe o dorso, a nuca enquanto ele soltava gemidinhos e soprava entre dentes. Depois, com as mãos por baixo dele, segurei-lhe o pau já em nova ereção, passei a mão na glande e vi que soltava o leitinho viscoso da excitação. Em dado momento ele perguntou:
- Ele está todo dentro?
- Sim! Você queria mais?
- Não, está bom, é que eu pensei que não ia agüentar todo ele dentro de mim.
Mauro levou as mãos para trás e abriu mais as nádegas, como se quisesse que eu penetrasse mais fundo... De repente ele parou de gemer e disse:
- Vou te confessar: eu sempre tive vontade de te dar minha bunda... Estou gostando da experiência... Tua rola é gostosa, bomba mais rápido, vai!
- Interessante! – disse eu acelerando o vai e vem - Eu também sempre quis te dar, sempre fui gamado na tua rola. Ao cabo de mais umas 10 ou 15 estocadas, ejaculei dentro de meu amigo, gozei gostoso. Quando retirei o pau, minha porra escorria do ânus dele, melando-lhe as coxas e os pelos do meu púbis.
Foi uma experiência que marcou pelo prazer que tivemos. Escusado dizer que nos acostumamos. Como somos seletivos nos limitamos aos encontros semanais ou quinzenais quando eu vou à capital ou ele vem ao interior. Afinal somos homens casados e responsáveis, apesar dessa ambivalência sexual.
Mas, apesar do prazer de tomar na bunda de vez em quando, eu não me conformava com essa nova tendência. Isso me encucava. Queria saber se era genética ou se teria origem em algum fato marcante em minha vida. De tanto encucar acabei por lembrar de um incidente da minha infância
Eu teria uns 13 ou 14 anos e gostava de armar arapucas para apanhar socós e rolinhas. Certa manhã eu me embrenhei no mato fechado e fui armá-las numa clareira bem próxima a um riacho. Era um dia ensolarado e quente. Decidi tomar um banho. Deixei as arapucas armadas. Estava sozinho, tirei a roupa e, pelado mesmo, pulei nas águas claras e frescas do riacho. Quando saí pra apanhar minha roupa, vi parados à minha frente três garotões mais velhos e mais fortes do que eu. Um deles disse:
- Tá nuzinho, olha só a bundinha dele... Vamos comer o cuzinho dele, turma?
Um arrepio me correu pela espinha. Pronto, pensei, vão me pegar e me arrombar. Quando deu por mim os dois mais fortes me pegaram e me puseram de quatro e ficaram me segurando pelos mãos e pelo ombros. O terceiro se aproximou, já com a rola dura, cuspiu na minha bunda e enfiou-a no meu ânus. Senti uma dor muito forte, mas o safado ejaculou logo que me penetrou. Depois vieram os outros, um de cada vez, todos me deixaram com o furico ardendo, mas o último deles foi um pouco mais gentil comigo, me pediu pra relaxar e disse que não ia doer, que ele meteria bem devagar. Desse eu guardei o nome, era o Juvenal. De fato, foi menos dolorido que os outros. A todas essas eu gritava, berrava de raiva dos garotos safados. Quando eles foram embora, viram minhas arapucas e as quebram aos pontapés. Eu não sabia, na minha inocência, que havia sido vítima de uma curra ou que fora violentado. Ninguém jamais soube desse incidente. Minha raiva, não era tanto por me haverem comido a bunda, mas por terem quebrado as minhas arapucas. Meu ânus ardeu o dia e a noite inteira, mas no dia seguinte, a ardência foi passando, não incomodou mais. Mais tarde eu me tornaria o “come quieto”, o gostosão da mulherada.
Lembro agora também de um fato que talvez tenha desencadeado esta minha inclinação pelo membro masculino. Certa ocasião me apareceu um incômodo durante a micção e eu fiz um exame de ultrassom transretal da próstata. Consiste na introdução de uma câmara de metal, roliça, de mais ou menos uns 15 cm x 5 de espessura; rigorosamente do porte de um pênis médio. O proctologista, lubrifica e introduz esse aparelho no reto da gente e fica mexendo de um lado para o outro e pra frente e pra trás, como no vai e vem de um coito anal. Quando me submeti a esse exame, não me senti incomodado, ao contrário senti prazer, foi como se estivessem acariciando o interior de meu ânus e naquele momento tive que me esforçar muito para controlar o tesão e o meu pau não me denunciar ao examinador.
Esse exame mexeu com a minha libido, exacerbou minha vontade de tomar no furico e me trouxe a remota lembrança daquele Juvenal, o último a me penetrar naquele incidente da infância.
Mas esse sentimento não diminuiu meu tesão pelas mulheres e por suas vaginas quentinhas. E devo confessar que hoje já não sei definir minha condição sexual. Não sei se sou hétero, se sou homo, ou se sou bi. uma vez que me satisfaço plena e gostosamente com uma vagina, com um ânus, e dou a bunda com o mesmo gosto e a mesma excitação, evidentemente tudo de maneira seletiva, sem promiscuidades.
No final desta semana, em que escrevo este relato, estarei na capital e pernoitarei na casa de Mauro. E o mais interessante é que ele vai viajar e eu tenho certeza de que Laurice não resistirá à minha cantada. Senti isso da última vez que lá estive. Vamos matar saudades de nossas antigas transas.
E assim, minha amiga, concluo esse relato, agradecendo-te a paciência de ouvir esta minha tentativa de explicar o porquê de meu ingresso no mundo da bivalência sexual.
Spartacus