Foi aos doze anos que me mudei para Salvador com meus pais e minhas irmãs, eu tinha participado só mais duas vezes do troca-troca dos meninos do meu bairro e no último tinha acabei segurando o pau do cabo-verde e batendo uma pra ele depois de ter dado pra um dos meninos, o Pedro começou a me chamar de viadinho e convenceu os outros garotos que da próxima vez eu só daria, acho que foi isto que acabou me afastando deles, mas bem, enxergava na mudança de cidade uma chance de deixar pra lá a época de “viadinho”, já tinha trocado beijinhos com algumas meninas e me considerava heterossexual, ou ao menos tentava me considerar assim, entretanto, toda vez que me masturbava minha mente me traia e voltava a pensar nos meninos, das últimas duas vezes eu tinha gostado de dar e na última tinha até gozado mais rápido para chegar logo minha vez, mesmo com toda a dor.
Agora eu morava num condomínio de classe media e não demorei pra fazer amizades com todos da minha faixa de idade por ali, principalmente com Leonardo, um menino do meu prédio que era o único que estudava na mesma escola que eu, na mesma sala, por sinal. Depois de uns meses minha amizade com o Leo ficou intima a ponto de passarmos o dia todo um na casa do outro, e como morávamos no mesmo prédio nossas mães não ligavam que ficássemos até a madrugada juntos por lá mesmo. Naturalmente compartilhávamos todo material pornô que conseguíamos e nos masturbávamos sem vergonha um na frente do outro, o ano era 2003 e com DVDs e computadores se popularizando era bem mais fácil conseguir assistir vídeos, principalmente com o eMule. Numa dessas noites, quando ficamos sozinhos na casa dele jogando videogames, surgiu a ideia de assistirmos um DVD de Brasileirinhas que ele havia achado na casa do pai e eu, já com alguma maldade, escondi o controle.
Quando colocamos o DVD e sentamos ele deu pro falta do controle e eu me ofereci pra levantar e dar o play manual, adiantei até onde começavam as cenas de sexo e pausei.
- Oh, cara, o que foi? Deixa rolar o filme! – ele protestou.
- Só se você desligar o ventilador.
- Por quê? Ta calor!
- Porque eu quero.
- Ta bem, desliga ai – ele falou e eu fui desligar, depois dei play novamente e voltei pra cama.
Estávamos sentados lado a lado e ele não aguentou muito tempo, bem rápido puxou um coberto, jogou em cima das pernas e começou a se punhetar debaixo dele, eu fiquei só esperando até meu plano funcionar, o Leo não aguentou o calor e olhou pra mim sem jeito.
- Cara, ta calor, cê se importa se eu fizer sem o coberto? – perguntou pra mim envergonhado.
- De boa, mas posso fazer também sem o coberto?
- Não era você que tava com frio!?
- Não, é que minha garganta ta meio mal, só isso, mas to com calor também.
- Então ta!
Ele arrancou o cobertor e começou a se masturbar sem nenhum pudor, já tinha visto algumas vezes o pau dele quando ele fazia xixi na rua, mas era a primeira vez que via tão de perto, já que nos cobríamos sempre que íamos ver algum pornô, ainda lembro bem como era; de tamanho normal e grosso na base, afinava um pouco a medida que ia chegando e crescia um pouco na cabeça, a pele parda cobria um pouco a glande, mas quando ele puxava pra baixo dava pra reparar no brilho arroxeado dela.
- Vai ficar encarando, véi!?
- Posso te propor uma coisa?
- Diga ai!
- Eu toco uma pra você e você toca uma pra mim, é melhor assim, a mão de outra pessoa.
- Sei não, estranho isso daí.
- Juro que não conto pra ninguém.
- Sem viadagem, né?
- Sem viadagem! – concordei.
- Então ta...
E foi assim que começou, eu tirei meu pau pra fora e ele ficou apertando sem jeito, admito que não foi muito bom, mas me excitava só de tocar uma pra ele, ficava mexendo nos pentelhos dele, ele tinha um pouco e eu ainda não tinha nada, fiz ele gozar bem rápido e depois disso ele quis parar, concordei, pois já estava satisfeito o bastante.
O tempo se passou, eu e o Leo mantínhamos o segredos e continuávamos nossas punhetas, mas chegou num ponto onde era só eu que masturbava ele, enquanto me satisfazia com minha mão livre. Certo dia estava ele sentado na cadeira do meu computador e eu agachado ao lado tocando uma pra ele, ambos vendo um vídeo de duas garotas fazendo oral num cara.
- Cara, você colocaria a boca no meu pau? – ele me perguntou.
- M-mas, o que!? – perguntei, perplexo.
- Um boquete, cara, nada demais, ninguém vai saber.
- Mas eu tenho nojo.
- Besteira, você até já me deixou gozar na sua mão.
Acabei concordando e mandei ele tomar um banho primeiro, pra ajudar a superar meu nojo. Enquanto ele estava no chuveiro minha mente trabalhava a mil, eu sentia um misto de sentimentos, não sabia como seria depois, ficava tentando lembrar de todas as meninas que já tinha ficado e dizer pra mim mesmo que era hetero, mas o tesão parecia maior, e enfiei na minha cabeça que ia fazer aquilo direito, bem como as garotas dos filmes.
Pouco tempo depois sai ele do banho, enrolado com a minha toalha e com o cabelo molhado, eu não conseguia olhar aqueles olhos pretos e muito menos falar qualquer coisa, só apontei pro sofá e ele sentou, desfiz o nó da toalha na cintura e afastei as penas dele, ajoelhei no meu e punhetei ele bem rápido.
- Não cara, com a boca – ele insistia.
Parei de tentar evitar o inevitável e decidi cair de boca, primeiro toquei os lábios e pareceu não ter gosto, mas depois deu uma boa lambida na cabeça e veio o gosto salgado, a principio senti nojo e achei que ia vomitar, mas notei que era mais psicológico que qualquer outra coisa, respirei fundo e abracei a glande com os lábios, desci um pouco a pele que envolvia a cabeça usando a boca e depois fiquei lambendo o buraquinho da cabeça. Era estranho, eu sentia borboletas no meu estomago, mas era bom, o gosto parecia melhor depois de um tempo e eu deixava escorrer o máximo de saliva que eu podia, decidido a imitar as garotas do filmes lambi da base até o freio várias vezes e depois suguei a pele que envolvia as bolas um pouco, até ele pedir pra parar pois ali doía.
- Agora tenta colocar todo na boca?
- Não sei se eu consigo...
- Tenta, vai!
Decidido a agradar o Leo eu fui colocando aos poucos na boca, a cada centímetro que avançava eu tirava da boca e tinha que começar tudo de novo, isso parecia excitar ele, e fui fazendo propositalmente e aumentando a velocidade, tentava brincar com a língua, mas ela mais me atrapalhava que qualquer outra coisa, minha falta de jeito parecia dar mais tesão pra ele. Quando finalmente tentei colocar tudo na boca não consegui, devo ter engolido pouco mais de dois terços e me engasguei, sem conseguir respirar direito.
- Ta tudo bem, cara?
- Eu vou conseguir, calma... – parei um pouco pra respirar e limpar a saliva que tinha escorrido pelo meu queixo.
Respirei fundo e cai de boca de novo, fazendo tudo com muita calma até conseguir engolir tudo por alguns pouquíssimos segundos, ele tentou empurrar minha cabeça, mas não aguentei ficar lá e tirei tudo da boca de vez, tossindo bastante. Concordamos que ainda não dava e continuei só chupando ele normalmente, mais aprendendo como se fazia do que curtindo o momento em si.
- Posso gozar na sua boca? – ele me surpreendeu de repente.
- Não sei! – fui pego de surpresa.
- Vai, se não for bom não faço mais.
- Ta bem... – deixei, relutante.
Ele se masturbou um pouco e bem rápido e eu fiquei só olhando, quando ele estava quase gozando puxou minha cabeça de vez e eu abocanhei metade do pau dele e apertei com a boca.
- Cuidado, seus dentes machucam! – ele protestou.
Tive o cuidado que ele pediu com os dentes e comecei a chupar ele bem rápido, indo e voltando o máximo que era possível sem perder a respiração, meu maxilar já começava a doer e a língua parecia não caber direito na boca quando ele finalmente gozou, meu primeiro instinto foi recuar a cabeça, mas ele me segurou forte.
- Não meche a cabeça! – obedeci e fiquei lá.
Senti o pau dele pulsar, o primeiro jato tinha sido bem no fundo da minha garganta e o segundo tinha escapado um pouco e batido nos dentes quando tentei fugir, mas os outros – que ficavam cada vez mais fracos e demorados – foram todos derramados sobre a minha língua, depois que senti as veias do pau dele parando de se dilatar suguei com força e forcei um pouco a garganta pra engolir tudo enquanto tirava o pênis da boca. Foi estranho, era um vazio psicológico na minha boca, eu queria ter ele de novo dentro de mim, dentro da minha boca, era um sentimento confuso e eu envolvi a cabecinha com os lábios sugando a ultima gota de porra que saia e selando tudo com um beijinho delicado. O Leo ficou ali jogado no meu sofá por algum tempo e eu fui beber água pra tirar o gosto estranho da boca, não lembro bem qual foi, mas lembro que em alguns momentos era bom e em outros ruim. Ele riu pra mim e foi se vestir, foi embora sem se despedir e eu entendi, pois também morria de vergonha.
Ficamos alguns dias sem nos falar e eu me masturbava quase toda noite me lembrando daquele oral, só no fim de semana que ele veio tocar minha campainha e me chamar pra jogar bola com os outros garotos, aceitei numa boa e fomos, rimos, conversamos e jogamos como se não tivesse ocorrido nada. Eu mal imaginava que era ali que morria os meus planos de fazer da nova cidade uma oportunidade de ser um “macho de verdade”.