Capitulo 13 – Fall To Pieces / X & Y
Eu acho que nunca senti um vazio tão grande na minha vida.
Nem quando eu fui embora da Bahia e deixei todos meus grandes amigos pra trás.
Nem quando eu era apenas uma criança e não sabia por que minha madrinha chorava tanto enquanto me abraçava na sala da casa dela em Belém quando eu tinha 6 anos, ou quando a cena se repetiu e eu tinha 10. Nem quando meu pai teve q ficar em Manaus por 6 meses enquanto eu, minha mãe e o Marcus tivemos que vir pra Belém devido os problemas de saúde dele.
Ou quando o Marcus, que era só uma criança na época teve uma convulsão medicamentosa sem explicações e teve q ir às pressas de avião pra Brasília e eu tive que ficar na casa de uma amiga da minha mãe na Bahia.
Ou quando minha avó paterna morreu e nós morávamos na Bahia e não conseguimos ir no enterro.
Muito menos quando a minha pastor alemão, a Lola, foi atropelada por um carro quando fugiu e morreu nos meus braços.
Não... Esse vazio era diferente de todos os vazios que já tinha sentido antes. Era um vazio com dor. Uma dor que eu não sabia a procedência, e logo com isso eu não sabia como fazer ela parar. Doía meu peito, apertava minha garganta, marejava meus olhos mas eu não conseguia chorar. Eu não conseguia colocar pra fora como eu consegui das outras vezes q eu ficava triste ou algo muito ruim tinha acontecido. Eu não conseguia chorar. Eu tinha medo de chorar.
Pois eu sabia que se eu chorasse tudo ia se tornar real, TUDO. As palavras dele impregnadas de raiva. As minhas. O olhar de ódio dele pra mim. Meu sentimento de decepção. Tudo se tornaria concreto. Meu pior pressentimento se tornaria real e palpável. A falta dele se tornaria verdadeira. Eu nunca mais teria ele me esperando sorrindo com aqueles olhos perfeitos cor de mel. Eu nunca mais teria a pele dele tocando a minha durante nossas brincadeiras. Eu não mais ouviria a voz dele que era confortante e direta. Tudo iria adquirir o conceito de realidade se eu deixasse uma lagrima que fosse cair. Eu sabia disso.
Então eu permaneci no mais puro estagio de negação. Era melhor assim. Essa e a atitude certa. Me daria tempo pra pensar em como consertar tudo. Aquilo não poderia ser o nosso final. Nós dois mal tivemos um começo, como aquilo poderia ser o nosso final. Assim tão abrupto, como? Eu não aceito que isso termine assim! NÃO! Vai terminar da forma que tem que terminar, da forma que foi feito pra terminar! Com nós juntos e felizes. Eu sei que será assim. Eu só tenho que me manter firme e não chorar.
...
Ele só estava assustado. Aquilo tudo era novo pra ele, toda nossa aproximação. Todos esses sentimentos novos. E uma reação comum, eu sei que é. Nós só temos que sentar e conversar de forma calma. Eu sei que eu consigo. Eu sei que nós dois conseguimos. Nó vamos juntos colocar um pedra gigante nisso e tudo vai se encaminhar pra dar certo. Eu sei que vai.
Eu tenho duas semanas ainda de férias pra colocar em ordem meus argumentos. Pra explicar de forma bem clara pra ele. Quando ele me ouvir ele vai entender tudo. Ele vai pode se explicar também eu sei. E eu vou ouvir ele e entender o lado dele. Eu não vou deixar a raiva das coisas q ele me falou turvar minha visão.
...
Sim eu sei que dói. Nunca as palavras de alguém me feriram tanto em toda a minha vida. Nunca eu fiquei tão magoado e machucado com as palavras de alguém. Eu sei que sou um cara forte. Eu já passei por muita coisa nessa vida, e tudo isso me tornou esse cara forte. Porém as palavras só me machucaram tanto por que foram ditas por ele, eu tenho certeza disso. Elas machucaram tanto por que elas foram ditas pelo cara q eu amo.
“Eu não posso chorar, Roberto você não pode chorar, ele não merece nenhuma lagrima sendo derramada por você” Eu lembrava das palavras da Ceci quando soube da nossa discussão. Mas ela não sabia que eu mesmo não tava entendendo o porquê de não conseguir chorar. Eu só tenho que sentar e conversar com ele com calma. Só isso. Eu sei que é só isso que precisamos pra nos acertar. Uma conversa calma. Eu sei.
...
Parece que nessa última semana de férias fez mais frio que o habitual. Eu sei que o clima da cidade e bem frio no inverno. Porém parece que o sol não saia de trás das nuvens. Parece que não teve uma única manhã ensolarada nessas férias... Ou eu que não percebi isso. Não tem importância isso, tenho coisas mais importantes pra pensar.
Nó primeiro dia de aula ou durante a primeira semana eu vou mostrar tentar conversar com ele. Eu vou mostrar pra ele que superei as palavras dele e vou mostrar pra ele que posso perdoar ele. Que vou conseguir esquece toda a dor e sofrimento que aquelas palavras me causaram. Não digo que será fácil, poderá ser absolutamente tudo mas não será fácil, porem eu vou mostrar pra ele que consigo.
...
A dor parece menor agora nesses últimos dias. Acho q eu só precisava agir como decidi: ser forte e não chorar. Isso era o que era necessário. Eu já consegui organizar minhas ideias e como eu vou conversar com ele. Eu consegui criar coragem e vou conseguir fazer isso. Minha felicidade depende disso. Meu amor depende disso. Nossa união depende disso. Então eu sei que consigo pois eu sou um cara forte. Sim eu sou.
...
Bem, as aulas começam hoje.
“Calma, Roberto... Você consegue. Você sabe que consegue.” Eu dizia pra mim mesmo em pensamento enquanto me vestia pra ir pra aula. Hoje também seria o dia que mataria saudade da Ceci. Ela foi pro Rio Grande do Norte ver a avô dela e nem deu pra conversar muito com ela. Acho que foi melhor assim. Assim eu podia pensar com clareza eu acho. Não sei.
Eu então sai de casa. Estava bem bonito esse dias. Não sei mas me arrumei um pouco melhor pra ir à escola. Pois sabia que poderia ser um dia importante. Quando passei pela rua da Ceci ela estava na esquina me esperando. Ela tinha cortado o cabelo e estava usando franja. Eu sempre disse pra ela que ficaria lindo. E é claro que ficou. Assim que me viu ela veio correndo e me abraçou.
- Amigo!!! Que saudade de você!!! Disse ela me apertando bem forte. Desculpa! Um milhão de desculpas por ter ficado longe. Mas era não conseguia ficar em paz pra te ligar nem por um minuto. Disse ela tristonha no fim
- Amiga o que é isso, não precisa se desculpar. Eu to bem eu acho. Eu disse tentando parecer confiante.
- O que você vai fazer? Falou ela curiosa.
- Eu vou conversar com ele, eu sei que conseguimos nos resolver eu falei calmo.
- VOCÊ VAI PERDOAR ELE? Falou ela incrédula
- Não, vamos conversar eu disse. Eu ainda estou magoado, porém não quero aparentar isso. Vamos conversar e ver o que nós resolvemos. Eu falei calmo. Eu não queria pensar na minha magoa pois isso poderia fazer eu não tomar a decisão certa.
- Ok Amigo, agora eu to do seu lado então qualquer coisa eu to aqui. Disse ela atenciosa.
- Eu sei Amiga, falei sorrindo. E só pra frisar, eu disse que você ficaria linda de franja.
- SIM AMIGO! Você tava certíssimo, fiquei linda!!! Falou ela animada e extasiada.
Fomos chegando perto da escola e meu coração começou a palpitar. Eu comecei a ficar frio e tremulo. E não era por que tava apenas 17ºC a temperatura era por que eu passei a últimas 3 semanas me preparando pra isso. Pra encarar o Luís. Encarar não, pra conversar com ele.
“Calma Roberto, e só ter calma que dará tudo certo” eu repetia mentalmente. Então quando eu entrei na sala e me deparei com ele meu coração de um salto. Ele estava tão lindo. O cabelo dele tava um pouco mais comprido eu acho. Ele tava um pouco mais magro. “Será q ele tava sofrendo também?” “Será que ele tava se preparando pra me ver também?” eram os pensamentos que corriam a minha mente.
Eu então fui forte e permaneci calmo, encarei ele e sorri. Ele virou o rosto pro outro lado. Aquilo me doeu, doeu muito mesmo dentro de mim. “Porém você sabia que não ia ser fácil Roberto” pensei me acalmando. Eu coloquei minha mochila na carteira do lado dele e me sentei. Eu só tinha que esperar o momento certo de falar com ele. “E só o que você precisa Roberto: o momento certo de conversar com ele” com esse pensamento em mente eu me virei pra prestar atenção na aula.
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Ola pessoas queridas, como estão??? Espero que bem. :D. Desculpa a demora pra entregar o capitulo mas é que esse foi também um capitulo bem difícil de escrever. Muito denso :X e eu to passando pro uns problemas pessoais também ai complica tudo :X. Mas ta entregue e vamos ao titulo. O capitulo tem dois vieses se vcs analisarem ele e foi transição na minha vida por isso duas musicas representam ele. a primeira sendo Da Avril Lavigne, que demonstra minha negação e a segunda sendo do Coldplay que demonstra minha esperança. Se tudo der certo, cruzem os dedos, entrego mais um capitulo hj. Agora vamos aos comentários. :D
Ru/Ruanito: Agora Luís que se foooooodaaaaaaa, e autor trate de fazê-lo sofrer e chorar muito! por favor(biquinho)
Ru [to intimo ja:P] Eu so posso relatar o que houve, bem q eu queria fazer ele sofre muito, porém... não esta na minha mão :X
Lion:b: Que louco esse cara :s mto bom o conto :)
Sim ele é bem louco, pode crer. thanks :D
chicao02: esse Luís é um paspalho, bem feito que ele perca o roberto...
Sim ele é um paspalho, imbecil e cuzão!!!
Thiago (HPD): Nossa cara fiquei com vontade de quebrar a cara dele. Que idiota e sem noção ele foi.
HPD querido eu também queria isso, porém eu era tapado parece e não o fiz! :X
Gordo1979: Bom esse Luís tem medo de admitir. ..
Sim eu também acho.
pri'h*-*: Esse luís e um idiota ;-(
sim ou com certeza???
Gente espero que estejam gostando e que comentem. bjs a todos :*
