Ola a todos. Infelizmente o site esta rejeitando o Cap 01 v.2.0 por estar reconhecendo como o texto UM original, portanto confiram na integra pelo http://theprinceandiproject.tumblr.com/ :)
Três
As Intenções de Thomas
“Eu me recuso a dividir o quarto com o filho chato dos Orgueilleux. Aquele cara se acha a dádiva divina. Capaz que se a monarquia ainda tivesse algum tipo de poder ele me matava só pra pular alguns assentos na linha sucessão. E depois matava o Jacob.”
Cada página virada daquela lista de alunos era uma enorme frustração. Eu olhava minha avó, a Rainha Regente, que me fulminava com os olhos. Mas eu já não me importava mais. O caos já havia sido feito, eu já não estava mais na França e eu era um príncipe, afinal de contas, e ia escolher com quem eu ia dividir meu quarto na maldita escola Griffin.
“Pois então querido Thomas, trate de escolher logo um companheiro adequado e se mude de uma vez. Se demorarmos mais ai sim os escândalos vão ficar ainda maiores. Já foi um trabalho imenso abafar as notícias de Paris, o que você acha que vai acontecer se você de repente aparecer caminhando alegremente por Londres quando deveria estar estudando?”. Minha avó indagou naquele se típico bom de eu-sei-mais-que-você-então-cale-a-boca.
O manifesto era um livro encadernado e grosso e suas páginas estavam lotadas de nomes, dados e fotos. Todos garotos, como era de se esperar, e a maioria deles conhecidos da vida aristocrática. Pessoas que no geral eu não suportava, com exceção de alguns poucos, como meu bom amigo Eric. Nos conhecíamos desde pequenos e eu ficaria mais que feliz de dividir o quarto com ele, mas infelizmente ele estava com seu quarto ocupado e Griffin, surpreendentemente, fora extremamente inflexível quanto a uma mudança, mesmo para o príncipe. Aparentemente esse tipo de decisão cabia a algum conselho de velhos tradicionais que ressentiam a família Kensington.
“Todo mundo aqui é chato e intrometido. Morar com algum deles seria o mesmo que morar com um repórter do The Sun. Qualquer coisa que eu falar vai direto para a primeira página dos tabloides. Acredite em mim, querida avó, eu não quero um escândalo tanto quanto você.”. E ela me dirigiu um olhar resignado. Ao menos ela sabia que aquilo era verdade. Eu não era meu irmão, que na minha situação já teria gritado aos quatro ventos o acontecido e estaria dando alguma entrevista sensacionalista sobre isso.
Continuei virando as páginas até chegar próximo ao final. Um garoto em especial chamara minha atenção. Seu nome era genérico, John Smith. Mas ele parecia bonito e discreto. Sem nenhuma conexão com a aristocracia e sozinho em um quarto. Era o candidato perfeito.
“Esse aqui”, apontei.
Minha avó pegou o manifesto de minhas mãos e deu uma olhada, acenando em aprovação pouco depois.
“Parece adequado, vou providenciar tudo.”
Deu um sorriso amarelo e me levantei. “Posso me retirar?”, e recebi um aceno de mão em resposta.
Segui até meu quarto, ainda com aquele garoto em minha cabeça. Intrigado resolvi fazer o que qualquer adolescente moderno faria nessas horas, e fui pesquisar sobre ele na internet, mas com um nome daqueles achar um John Smith especifico era como procurar por uma agulha em um palheiro. Finalmente, depois de um pouco de trabalho consegui descobrir seu Facebook. Era simples, sem muita informação. Sua capa era a foto de uma antiga aristocrata inglesa, o que era um bom sinal, ao menos ele era um realista. As demais informações também eram poucas, mas o suficiente para atiçar minha curiosidade. E ali, com aquela ínfima quantidade de dados descobri um pouco sobre o meu futuro colega de quarto, inadvertido, naquele momento, da caixa de pandora que eu estava abrindo.