De repente a porta se abril tão rápido que o menor dos rapazes parou no meio do caminho, deixando a mão — que usaria para segurar a porta—, cair sobre seu colo. Olhando para trás Diego sentiu na pele o susto que Paulo passava. O maior dos rapazes ficou sentado com a mão na cabeça como proteção do que viria a seguir. “ Se acontecer algo... não vai ser a primeira vez comigo, mas Diego não merece isso”. Paulo, só teve tempo de pensar nisso antes de uma massa vestida de jeans preto e uma camisa de algodão igual escura adentrar para dentro com uma velocidade que fez todos pularem.
— Diego o que esta acontecendo? — perguntou Bruno, que entrava as presas no quarto do primo. Ele vinha para conversar com Diego, que sempre tinha uma boa resposta para lhe dar. Só que agora ele chegara, em um momento ruim. — Ai, meu Deus — sibilou Bruno, saindo do banheiro com a mesma agilidade que entrou. Depois de ver dois homens pelados juntos no banheiro.
— Nossa quase tive um treco — desabafou Diego, dando a mão para levantar Paulo do chão. Os dois se olharam e começaram a rir um do outro. Quando deram conta já estavam debaixo da água quente se beijando e se abraçando como eles estavam há poucos minutos atrás.
— Minha bunda e minha perna estão doendo — arfou Paulo, com uma expressão de careta.
— Posso dar um jeito na bunda — Diego desceu e começou a beijar as marcas vermelhas do corpo de Paulo. Depois procurou um lugar mais fundo.
Bruno voltou para o quarto e começou a caminhar para todos os lados vasculhando cada canto do cômodo. Ele já conhecia cada canto. O pequeno armário para estudo, a mesa do computador quase nunca usado, a prateleira de livros — quem tem uma estante de livros os 17 anos? A cama de casal, a televisão e o videogame. Tudo ali ele já conhecia bem. Já sabia qual das portas do guarda-roubas fazia barulho. Sabia que algumas coisas já passaram da hora de ir para o lixo.
Cansado de ficar olhando para todos os lados. Ele caiu sobre o colchão e ficou esperando os dois. Sem perceber, as imagens dos dois primos nus voltou a deixá-lo vermelho, em especial Diego, ele voltou no tempo e estudou com mais detalhes aquele corpo lindo, os peitos molhados estavam irresistíveis.
— Diego é lindo — ele admitiu em um pequeno cochicho. Ele começou a imaginar qual seria o motivo dessa demora no banho. Não precisava pensar muito eles estavam fazendo sexo.
O membro de Bruno ficou ereto e a cueca começou a parecer pequena, de repente. Seu pênis foi desobediente e se levantou com a imagem de Diego fazendo algo obsceno. — Caramba! — disse ele impressionado com o volume que não deixava o short normal.
— Eu vim conversar com Diego porque o Yuri pegou no meu pau, mas eu bati nele porque eu o vi transando com outro cara e isso me deixou triste e com raiva — disse ele a si mesmo. E deu certo. O membro relaxou e ele pode esperar o” banho” dos dois terminaram.
Johnny foi embora logo após o almoço terminar. Ele não iria ficar muito tempo longe da namorada. Tia Celine ajudou David a lavar a lousa, enquanto a Sra. Freitas descansava no sofá. Depois que terminaram as duas foram para os quartos deixando David sozinho.
Já que não teria que limpar a casa. Ele usou esse tempo para olhar alguns trabalhos e revisar algumas apresentações. Mas seu tempo e calmaria não duraram tanto quanto ele queria. Alguém estava batendo na porta. Com agilidade ele deixou tudo de lado e correu ver quem era, antes que o barulho acordasse alguém.
— Oi — saudou Ismael, com um pequeno sorriso. Ele segurava um tira de papeis nas mãos.
— Você — Ismael era uma das poucas pessoas que David achou que iria encontrar em uma tarde de segunda-feira . Seu coração acelerou quando seus olhos viram o garoto ruivo com aquele olhar que fazia David suspirar mais forte.
— Posso entrar esta muito quente aqui fora?
— Claro — disse David, dando um passo para trás. Ismael entrou casualmente e se sentou no sofá depois de David. — O que o trás aqui?
— Eu vim convidar você para ir a um show de prêmios. Que haverá na minha universidade no sábado — enquanto Ismael dava o convite. Ele passava alguns pequenos papeis para David que começou lê-los automaticamente. — Vai ser bem legal — acrescentou ele com um sorriso.
— No sábado — David sempre gostava de repetir a informação mais importante que havia em uma frase. Ele olhou o pequeno anuncio e seu semblante não mostrou muito interesse.
A angústia por ainda estar querendo voar nos braços de Ismael estava estampada no seu rosto. Será que Ismael já percebeu isso?
— Você já tem algum lugar para ir? — pergunto Ismael. Depois de ver que David não se manifestou. Ele estava com a mesma angústia de David, só não tinha coragem para dizer isso a ele.
— Na verdade não. É que não sei se vai ser uma boa — começou David, devolvendo o pequeno papel para as mãos de Ismael, que se jogou para frente para que seus dedos colassem com os de David.
Eu poderia jurar que ele segurou em minha mão de propósito, mas mesmo assim já havia outra pessoa — Eliane. E por mais que ela não vá com a minha cara não posso fazer isso.
Sentindo algo girar dentro do estomago como borboletas eles se soltaram e ficaram se olhando. Sem dizer nada só se olhando. David queria sentir pelo menos o sabor dos lábios de Ismael, mas não se atreveria a beijá-lo.
Foi quando aconteceu. Ismael se jogou no outro sofá ficando mais perto de David. Agora os dois estavam perto o bastante para um sentir o hálito um do outro.
— Só vou embora quando disser que vai estar lá — exclamou Ismael, jogando os papeis na mesa ao lado. Seus olhos semicerrados não deixaram um movimento de David passar despercebido.
— E se no fim das contas eu querer que você fique? — indagou David, sentindo o rosto queimar. Não estou agindo certo ele não pode ser meu.
— Ai eu fico — respondeu Ismael, com uma voz sedutora bem ao pé do ouvido do outro que agora se arrepiava. As mãos de ambos já estavam juntas trocando caricias.
— Nossa achei que teria de entrar lá de novo — disse Bruno, em um tom descontraído.
Diego e Paulo saíram a pouco do banho. Os dois ficaram lá por um tempo que nem perceberam passar. Agora estavam procurando alguma roupa. Enquanto isso Bruno tentava controlar o pau que se levantou novamente quando viu a bunda de Diego sendo enxugada por Paulo.
— Eu vim conversar sobre o Yuri — disse Bruno, alarmado com a situação dentro do short. Se eles perceberem que estou excitado vão ficar putos comigo. — Aconteceram duas coisas. Uma sábado e outra ontem e, acho que fiz besteira, mas não acho o Yuri em lugar nenhum para pedir desculpas.
— Me fala o que aconteceu — pediu Diego, já vestido se juntando a ele na cama.
— Bom, lembra que no sábado eu te liguei e disse que iria sair com o Yuri e o Thiago?
— Sim, depois o Paulo chegou e tive que desligar — disse Diego, lembrando-se que Paulo havia chegado ao sábado, depois que o pai havia estuprado ele durante o banho.
— Então, fomos ao bar depois eu dormir por... — os olhos de Bruno percorreram o quarto encontrando os olhos curiosos de Paulo, que estava sentado na cadeira do computador o olhando atentamente. Bruno ficou com um pouco de vergonha e procurou as melhores palavras. — Eu estava acima do normal. Então fomos para a casa de Thiago. Depois disso não me lembro direito de muita coisa. Todavia me lembro de ter visto o Yuri comendo aquele cara.
— O Thiago? — perguntou Diego, olhando para Paulo.
— É. Depois disso eu voltei para o sofá e dormir. Só que ontem eu estava dormindo na beira da piscina do Yuri...
— Você só dorme — acrescentou Paulo, interrompendo a narração de Bruno com um risada histérica. Depois de perceber a reprovação em Diego, ele disse em um tom mais baixo. — Desculpe.
— Posso continuar? — perguntou Bruno, com ignorância. — Então como ia dizendo... Estava dormindo na casa do Yuri, quando de repente eu acordei com ele pegando no meu pau.
Desta vez não foi só Paulo que deu uma risada histérica. Diego se juntou a ele. Os dois ficaram se olhando imaginando a reação de Bruno na hora.
— Quer saber vou embora — falou Bruno, pulando da cama indo para a porta.
— Espere! Desculpa, mas foi divertido... espere — Diego segurou nos braços de Bruno tentando mantê-lo no quarto.
— Não, não foi divertido. Eu estava com raiva por ter visto o cara que eu gosto transando com outro rapaz. E quando acordei e senti que ele estava tocando uma punheta pra mim, eu dei um murro na cara dele — disse Bruno, com uma voz alterada.
Paulo logo se levantou e correu para perto de Diego. Ele temia que Bruno descontasse sua raiva no primo que o segurava.
— Já tentou pedir desculpas? — Paulo investigou, depois de segurar na outra mão de Diego.
— Onde você estava quando eu comecei a história? — antes que qualquer um dos primos pudessem responder ele continuou. — Eu não encontro ele em lugar nenhum.
— Então vamos trás dele — disse Diego, de repente. Atraindo o olhar de todos no quarto. Paulo ficou de boca aberta olhando o namorado que tomava a frente do grupo. Bruno deu um passo para trás ficando ao lado de Paulo. — Bom não sei vocês, mas eu já cansei! Cansei desse amor mal resolvido esta na hora de você falar para o Yuri que esta apaixonado por ele. E se ele aceitar vai ficar com. Caso contrario não.
— Mas amor... — Paulo tentou dizer algo, porem Diego estava determinado em acabar com a angústia do primo.
— Sem mais. Você vem com a gente, anjo? — ele estendeu a mão para Paulo.
— E você acha que ia perder isso — ele pegou as mãos de Diego e as beijou como sempre vez.
— Então temos que ser rápidos — começava Bruno caminhando para frente. — Se ele encontrar Thiago os dois podem... Eu não quero perdê-lo.
Cinco segundos depois o quarto de Diego estava totalmente vazio. Sem nenhum ser humano dentro dele.
— Já cansei de esperar per você — dizia Ismael, pegando David pelos ombros. Eles estavam juntos, mas ele conseguiu juntar seus corpos ainda mais. — Quero ficar com você.
David estava sem escapatória o beijo era inevitável a não ser por...
Continua...
Não deixe de comentar o que vai acontecer com David e Ismael ???