A ética profissional não permite familiares ou pessoas próximas operar os seus, o sentimento envolvido pode atrapalhar em decisões imediatas na hora de tomá-las.
Sabendo disso, meu pai tomou todos os cuidados com os procedimentos, pediu a autorização de um juíz em questão de medicina, para me autorizar à operá-lo. Seu estado era muito ruim, uma cirurgia muito complicada para ser realizada por uma recém formada.
Não sabia o que fazer, liguei para Silvana, pedi desculpa e expliquei a situação.
Ela entendeu meu lado, me deu a coragem e a confiança que eu precisava para entrar naquela sala com firmeza para segurar o bisturi.
Troquei de roupa, vesti todos os equipamentos, fiz uma oração antes de entrar na sala de operação, pedi para Deus me ajudar a manter meu pai vivo. Ele merecia uma segunda chance comigo.
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Durante a cirurgia, houve um momento que o coração dele parou de bater por alguns segundos, ele estava morto. Choque direto no coração, uma, duas, três vezes e nenhum sinal.
- Reage, pai!
Mais duas vezes o processo de choque, sem sinal. Eu devia parar de tentar animá-lo, ele estava morto à 3 minutos.
- Reage... Vamos!
- Dra. ele se foi.
- Não foi não... Aumente a voltagem .
- É arriscado, Dra. Raquel.
- Eu sei disso. Faça isso, eu arrisco meu diploma, mas é por uma boa causa.
No meu pensamento, um pedido:
- "Deus, faz um milagre."
Na décima quarta tentativa, o coração do meu pai voltou a bater, fraquinho. Ele suportou a cirurgia, voltou à vida depois de quase 10 minutos sem respirar. Dei os pontos o mais rápido que pude, pois havia o risco de uma infecção hospitalar, pacientes com essa infecção raramente se salvam.
Cinco horas de cirurgia, sai da sala completamente cansada. Avisei à minha mãe sobre o sucesso da cirurgia, omitindo o fato dele tem morrido por uns minutos.
A falta de oxigenização no cérebro pode causar vários danos, dentre eles; perda da fala e movimentos, da perna, braço, etc. para ser bem popular, a pessoa podia ficar inválido ou em casos extremos a pessoa pode ficar retarda mentalmente.
Agora era esperar a recuperação de meu pai, ele estava sedado e induzido ao coma.
Silvana foi comigo para uma sala reservada, eu precisava descansar um pouco, pois já estava há mais de 30 horas sem dormi.
Tomei um banho rápido me aninhei nos braços de Silvana e dormi instantaneamente.
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Durante o processo de recuperação de meu pai, cerca de um mês, fiquei no hospital internada com ele, só sai um dia para fazer a prova de um concurso público, para atuar em um hospital de câncer, de crianças.
Passei em primeiro lugar na prova, consegui a vaga. Salário inicial: Dez mil reais.
Pensei comigo, estou tão bem com Silvana, agora ganhando um bom salário... Está na hora de fazer o pedido, só vou esperar meu pai sair daquela cama.
O velho é tinhoso, muito teimoso e abusado, tinha acabado de sair do hoapital, o quê ele faz? Pára em uma lanchonete e pede para fazer um x-tudo.
- Pai, você quer morrer?
- Calma, minha Dra. preferida, só vou dar uma mordidinha. O resto dou para o cachorro ali da esquina, ppde ser?
- Não tem graça, viu! Sua operação foi séria.
Realmente ele fez o que me prometeu, bebeu só uma latinha de cerveja apenas. Recém operado, era bom ir com calma.
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Chamei minha mãe, fomos à joalheria. Dr. Cézar fez questão de dar as alianças, eu não iria economizar. Escolhi uma de ouro branco com pedrinhas de diamante azual em volta, o par custou 120 mil reais.
- Nossa tudo isso!
- Podemos parcelar em 5x.
- Minha filha está brincando. Vamos pagar à vista, aqui está o cartão.
Limite de 1 milhão de reais naquele cartão, minha mãe tinha mais 5 cartões com limite igual àquele.
Poxa vida e eu ganhando 10 mil por mês. Estava caminhando sozinha, por meu mérito, comparado ao tempo que eu trabalhava na cooperativa de reciclagem e ganhava 570,00 reais por mês, reciclando 120 sacos de reciclagem por dia, hoje usar branco e tratar de crianças ganhando o que eu ganhava, era uma maravilha!
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Minhae mãos suavam, eu não parava queta na cadeira, à mesa do restaurante.
- Tudo bem com você, meu amor?
- Claro, Silvana.
- Ixi, Silvana... Fiz alguma coisa errada, amor?
- Não.
- Raquel, filha, fala logo, antes que você tenha um infarto.
- Está bem, pai. Olha, Silvana, meu amor... Eu não sei como dizer... Eu quis ser criativa, te juro, mas sei lá não consigo enrolar. - Coloquei a caixinha em cima da mesa, perto dela. - Quer se casar comigo, amor?
Silvana abriu a caixa, fez cara de pouco caso, pegou o anel, olhou, colocou de novo na caixinha.
- Vou pensar no seu caso.
Me deu uma vontade imensa de chorar, fiz um bico "do tamanho do mundo". Ela me puxou para um selinho discreto.
- Claro que eu aceito, minha bicudinha! - Beijou-me.
- Garçom, champanhe.
Meu pai pediu. Coloquei a aliança no dedo dela, a partir daquele dia estavamos noivas.
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Antes de subir ao altar meu pai me deu meu presente de casamento, passagens para a lua de mel em Miami.
Casamos na igreja como qualquer cristão. Igreja católica, Domingo às 17:00 em ponto eu estava lá eperando Silvana chegar, o calor me atormentando debaixo daquele vestido de noiva.
A família vde Silvana não aceitavam nosso relacionamento, ela entrou na igreja com meu pai. A pessoa que um dia me expulsou de casa por eu ser lésbica estava levando o amor da minha vida até mim no altar.
Duas noivas, duas mulheres femininas se casando de branco, vestidas de noiva.
Dito o sim, na saída jogaram rosas vermelhas e branca sobre nossas cabeças. A limozine branca nos levou ao hotel, mas não deu tempo de fazer "um amorzinho gostoso" senão perderíamos o vôo para Miami às 20:00 horas.
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Chegamos muito cansadas, dormimos sem comemorar sexualmente o casamento. No outro dia, Silvana acordou animada:
- Vamos à praia! Anda, levanta.
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Água de côco nas mãos fomos andando pela areia, nos afastando do resto do pessoal. Não estava muito calor, mas meu corpo ficou em chamas quando Silvana me encostou em uma pedra, colou seu corpo ao meu, me beijando gostoso.
Estavamos de biquíni, isso facilitou muito os toques. Ela soltou a parte de cima do meu biquíni, sugando meus seios, me masturbando. Me penetrou fazendo movimentos de vai-e-vem, beijando meu pescoço, vindo para meus seios, chupando, mordendo e puxando os biquinhos.
- Aiiinnnm... Amor, que delícia!!!!
Se ajoelhou na areia, passando a língua molhada de meu próprio líquido no clítores, rapidamente, esfregando a língua nele, para frente e para trás, os dedos em forma de gancho, tocando fundo dentro de meus sexo, arranhando de dentro para fora.
- Huuuum....aiiiiiihhhhmmm.....
Estava preste a gosar, segurava a cabeça dela, rebolava, gemia alto... Minhas pernas tremeram, senti saindo de mim um líquido quente, grosso, o prazer me dominou de uma forma, segurei firme na pedra para não cair, Silvana limpando com a língua até a última gotinha do meu goso.
Não tinha forças para retribuir, apenas a beijei, ficando abraçada à ela.
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FIM!!!!
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Ops, já ia me esquecendo de diz alguns detalhes.
Alguém quer saber sobre Renata?
Bom, ela se casou com o rapaz que a agrediu. As agressões seguiram, não só quando ele estava bêbado e drogado, na realidade ele era um rapaz violento. Ela tinha uma vida boa na fazenda com ele, por isso não se separou. Quando era agredida se trancava no quarto de hóspedes ou viajava para londe dele.
A irmã de Renata teve um problema de saúde grave, o marido de Renata não deu dinheiro para ela se tratar.
A última vez que vi Renata foi na sala de espera do hospital em que trabalho, ela implorou por Deus e por tudo que me era mais sagrado para salvar a irmã dela.
A menina cresceu, estava com 25 anos na maca do hospital, em meu plantão, com um túmor no cérebro.
Vocês devem estar se perguntando, eu não disse ter formado em cirurgiã cardiologista? Sim. Meu primeiro diploma em medicina foi este, houve mais 3 depois deste, Neurologia, Psicologia e Fisioterapia.
Meu pai já tentou de toda forma abrir uma clínica para mim, eu não aceitei. Vou abrir por minha própria conta quando ganhar meu primeiro milhão de reais, falta pouco.
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Operei, ela se salvou. Renata ficou muito agradecida, pediu perdão por tudo, me abraçou forte. Silvana chegou nesse momento, estava grávida de nossa filha, de sete mêses. O nervosismo fez ela entrar em trabalho de parto, dia 25/12 nossa filha Vitória nasceu.
Hoje o dia 25/12 não é uma data só de lembrança ruim para Silvana, mas por motivo de respeito ao ex-marido e a filha dela mortos no acidente de carro, Vitória sempre comemora o seu aniversário antes ou depois do diaDia 25/12 todo ano mandamos rezar uma missa pela alma da Alfredo e Sofhia.
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Se toda história de amor termina com final feliz? Sinceramente não sei. A minha estou vivendo feliz, o conto termina feliz.
Obrigada à todos, beijos.
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FINAL