Em dois meses completaríamos dez anos de casado. Mil sonhos na cabeça. Tantas fantasias. Tanta intimidade. Ele pediu para ir ao Maraca. Aproveitei e pedi para levar mais uma acompanhante para comemorarmos depois, a três. Ela riu. Perguntou se eu aceitaria um acompanhante. Cuidadoso, dei prá trás. Mas dias depois voltei à carga sugerindo uma amiga liberal que ela “a-do-ra”. Imediatamente ela retorna dizendo que meu melhor amigo parece ser muito gostoso. Quer saber se eu participaria na comemoração quando voltássemos do Maraca. No dia teria um jogo do Vasco. Logo do Vasco? Eu flamenguista doente. Com meu melhor amigo cujo maior defeito é ser vascaíno. Isso nunca!
Aos poucos fui desistindo, mas Telma passou a habitar meus pensamentos. Ana jamais aceitaria partilhar-me com ela como eu tanto fantasiava. Contei a Telma em tom de brincadeira. Ela pareceu gostar da ideia. Mais tarde a informação que me fez tremer. Ana não toparia nem mesmo se eu antes aceitasse que o Mário deitasse conosco. Mas Bia, prima de Ana, ficara entusiasmada. Estava tão eufórica que já ligara duas vezes para Telma disfarçando, mas para sondar o assunto.
Ana era o centro de minha felicidade. Vingativa, brigona, mas carinhosa e dedicada a nossa família. Eu não podia estragar nossa felicidade. Acabei contando a ela sobre sua prima e sua amiga Telma estarem entusiasmada com a ideia que ela repugnava. Ela começou uma grande briga que só terminou em nossa cama. Ela percebeu meu gesto e minha fidelidade e foi uma noite maravilhosa. Eu não esperava que mesmo satisfeita com meu gesto ela não fosse me perdoar e sua vingança me surpreendeu.
Quando volto do trabalho naquela sexta-feira vejo uma linda mesa posta e logo a campainha toca e recebo um feliz Mário, com a camisa do Vasco da Gama, radiante com meus convites para jantar e planejar nossa ida ao Maracanã para assistir o próximo jogo.
Ana sai do quarto e vem ao nosso encontro vestida para uma noite de gala. Usava um novo vestido preto com uma alça fina em volta do pescoço, grandes decotes, costas nuas, frente em “V” insinuante e muito curta. Em suma seus movimentos expunham sensualmente partes de seus seios. Ao sentar-se ou levantar-se, ou ao cruzar as pernas eu quase adivinhava que ela estava, como de hábito, sem calcinhas. Saltos altos, pretos, em ponta de agulha.
Ela se pendura no alto Mário recebendo-o com beijinhos no rosto e o arroubo carinhoso deixou sua linda bundinha totalmente exposta aos meus olhos com tal sensualidade que não tive como conter minha ereção.
Fiquei angustiado pela minha ereção se revelar maior e mais significativa quando percebi que Mário contemplava estupefato o mesmo espetáculo que eu a pouco apreciara enquanto ela me beijava deliciosamente a boca. Ele não conseguia esconder sua surpresa e satisfação com o olhar preso à bundinha de minha esposa.
Quando Ana se volta para Mário mandando-o sentar-se ele, com o susto, deixa o chaveiro do carro cair. Olha para mim, fica enrubescido para em seguida ficar mais uma vez enfeitiçado pela minha esposa que sensualmente se abaixa para pegar as chaves tão apressadamente que seu seio direito fica totalmente exposto fugindo pela lateral do decote.
Ana não percebe, ou finge não perceber o seio exposto, dá o braço ao Mário que segue com seu braço esquerdo colado ao seio dela até a poltrona mais próxima. Estamos ambos em plena ereção quando rindo Ana ajeita o vestindo ocultando aquela preciosidade que só eu conhecera até então.
Pouco depois chegam, cada uma a seu tempo, Telma e Bia. Ana serviu vinho tinto antes e durante o jantar. Como sobremesa sorvete e licor. A noite quente seguiu-se regada a cerveja bem gelada durante sucessivas partidas de buraco. Ana não jogava buraco e ficou servindo canapés e cerveja. Quando as mulheres venceram definitivamente ela propôs jogarmos pôquer, assim todos participariam. A regra imposta por Ana era de trinta grãos de feijão e depois quem perdesse poderia apostar objetos sem valor.
A madrugada já se anunciara quando os feijões começaram a se concentrar nas mãos de Bia. Logo Mário estava perdendo sua preciosa camisa do Vasco. Isso animou ainda mais as partidas e a sorte de Bia se dividia comigo. Estávamos imbatíveis. Ela tomara as roupas de Mário que estava apenas de cuecas e de Telma que estava também apenas em roupas íntimas. Eu acabara com os feijões de Ana e a nova partida prometia. Só eu e Bia tínhamos grãos de feijão, Telma apostara o sutiã e Ana o vestido. Ganhei e só então lembrei que Ana não usava nada por baixo do vestido enquanto ela rindo muito jogava seu vestido em Mário que também ficava tão nu quanto ela. Todos encarando tudo com grande naturalidade e encarnando em Mário que perdia entre os risos sua enorme ereção.
A brincadeira cresceu e o jogo acabou. Aos poucos estávamos devolvendo as roupas aos seus donos. Ana fez questão de guardar um suvenir da brincadeira e escolheu a cueca de Mário. Cada um foi se acomodando para esperar o amanhecer e fomos, eu e Ana, para nosso quarto. Ana dormiu vestindo apenas a cueca de Mário e uma camiseta curta. No dia seguinte foi assim que ela foi providenciar o café da manhã me expulsando de casa para comprar o pão e queijo para nossos convidados.
Todos estavam rindo e se fez um tenebroso silêncio coma minha chegada. Para disfarçar Ana vem até mim, me beija como só ela sabe beijar e disfarçadamente me toca provocando minha ereção. Sussurra em meu ouvido:
- Está gostando?
Sinalizo que sim e ela me informa:
- O Mário, medindo pela ereção, está gostando muito mais.
Estavam todos vestidos muito à vontade, as mulheres de calcinha e camiseta e Mário com meu short formando indisfarçável barraca e Ana com a sua cueca e camiseta curta.
- Acabei de contar o que aconteceu ontem e passeei de braços dados com Mario com os seios expostos. Ele adorou e riu muito enquanto todos notaram sua ereção. Foi por isso o silêncio quando você chegou sem avisar. Só deu tempo de ele sentar e de eu arriar a camiseta para esconder meus seios com os bicos intumescidos seu babaca. Vai querer continuar essa brincadeira?
- Não sei. – Eu não ai me render, estava com raiva, mas não ia deixar ninguém notar.
Ana pegou a bolsa de minha mão, pediu que eu servisse o café já pronto na cafeteira, a mesa estava posta, as cadeiras ocupadas e ela pedindo licença e sem deixar o Mário levantar senta no colo dele e passa a preparar sanduiches de queijo e entregando as convidadas.
Bia se levanta, me faz sentar, eu aceito e ela senta no meu colo sem avisos e passa a cantar um samba sobre café da manhã, que eu não conheço, e samba no meu colo roçando aquela deliciosa bunda em meu sexo que se anuncia para ela. Ana também está sambando no colo de Mário. Só que por vezes se ergue, ajeita-se para tornar a sentar. Logo comenta:
- Mário, ajeita esse negócio enorme ai embaixo. Se não der põe entre minha pernas, está me incomodando e excitando.
Todos riem. Eu mesmo constrangido rio junto e sinto a reação positiva de minha ereção e minha libido cria a imagem de minha esposa sendo “espetada” por Mário.
Ela se levanta, levanta Mário pela mão e o membro de Mário surge exposto. Ela pega ele pelo membro e apresenta-o as meninas:
- Olha que maravilha de ferramenta. Enorme, extremamente dura e ainda assim de uma maciez de dar água na boca. Imagine deitar nesse peito forte com isso tudo se sacudindo dentro da gente.
Eu não estava entendendo nada e entendi menos ainda quando Bia toma aquilo da mão de Ana e enfia na boca sentada e rebolando no meu colo. Telma entra na disputa e em pouco tempo Mário esta deitado no chão da minha cozinha com Bia sentando-se sobre seu membro enquanto Telma senta em sua boca arrepiada e já gozando com as duas se beijando e acariciando.
Puxei Ana para o quarto e ela me desafiou.
- É isso mesmo. Vai lá, rouba a que você quiser e trás para nossa cama que eu imediatamente vou lá tomar o lugar dela e matar minha gula. Era isso que você queria e fiz questão de te dar de presente.
Tentei consertar tudo sem sucesso. Nós ficamos no zero a zero e nossos amigos se esbaldaram tanto que só na noite de domingo foram embora. Eu estava faminto por sexo, Ana também, mas não nos tocamos até a noite se segunda-feira. Foi uma loucura.
Na manhã de domingo, aniversário de nosso casamento, Ana insiste que quer ir ao jogo do Vasco e eu me nego. Ela fica fervendo de raiva. Decido assistir o jogo do Flamengo, que jogava fora do Rio, pela televisão. Ela decide ir ao shopping e liga para sua irmã. Logo, com um selinho rápido, diz que vai sair e deve voltar tarde. Nem liguei. Eu também estava com raiva.
Durante o intervalo a TV mostra a nova moda: a hora do beijo durante o intervalo. Do Maracanã vem um flash do jogo do Vasco. Ana beijando, na hora do beijo, ao Mário. Depois ela vira-se para câmera e fala com todos os gestos, me permitindo ler seus lábios:
- Vou comer ele na nossa cama!
Parecia que ela estava gritando e que todo mundo ouviu. Pelo menos todos os meus amigos vascaínos viram minha esposa beijando meu melhor amigo durante o jogo no maracanã.
Eles chegaram aos beijos, não ligaram para mim na frente da TV. Ela arrancava a própria roupa enquanto ele a levava no colo, trocando beijos, para nossa cama. São risinhos, gemidos e logo uma nova provocação:
- Corre meu corninho, corre que eu estou quase gozando. Vem assistir sua esposa gozando na mão de um verdadeiro garanhão. Corre, está bom demais, vou goooooooozar!
Eu fui e pude participar da festa de aniversário de meu casamento.
Só depois que Mário foi embora descobri que Bia mentira, dissera a Ana que eu era delicioso e que Telma também estava apaixonada por mim. Agora ela, mesmo que acreditasse em mim, fingiria não acreditar para justificar sua mais recente vingança.