Voltei. Mas não vou ficar ainda hehehe
Cap.2
Bem, vou descrever o Ricardo. Médio, nem alto e nem baixo, magro, olhos castanhos penetrantes, pele branca e vestia uma roupa bem simples, mas super sexy.
- Porquê você estava chorando- falei
- Bem. É que minha mãe morreu
- Oh, eu sinto muito. Mas por qual motivo.
- Ela tinha uma doença grave, e precisava de tratamento. Mas, só tinha no particular, e eu, não tenho como pagar- falou ele, aos prantos- meu pai e eu sofremos tanto. Vendo ela morrer cada vez mais, e não poder fazer nada, apenas aceitar. O governo poderia financiar o tratamento, mas tínhamos que inscrever ela num programa. Eu inscrevi, mas, demorou demais- falou ele, batendo na parede- quando o tratamento foi aprovado, já era tarde- agora ele se virava, e olhava pra mim com os olhos cheios de lágrimas, que me fascinaram e me entristeceram na mesma hora. Senti vergonha de ser príncipe aquela hora.
A minha vontade era de abraça-lo, mas não o fiz. O que ele pensaria. Apenas o convidei para irmos ao shopping.
- Não precisa se incomodar Vossa Alteza- falou ele, logo após o meu convite
- Não me chame assim, detesto. E não vai me incomodar não, ao contrário, vou adorar a companhia- falei
- Tem certeza
- Tenho.
E então puxei ele, e ele foi pro outro lado do carro. Logo estávamos indo em direção ao Shopping São Francisco, maior do reino.
- E seu pai- falei
- Bem, ele se chama Marcelo, o melhor pai do mundo. Ele dá muito duro para manter a casa, trabalha muito. Mas somos muito felizes, mesmo com a falta de dinheiro- falou ele, de cabeça baixa- mas eu preferia ser príncipe, rico.
- Não prefira. Eu detesto ser príncipe, é muita responsabilidade, muito poder, obrigações. Detesto isso. Não posso ser um adolescente normal. Posso ter dinheiro, mas a felicidade que eu quero, não tenho.
Logo chegamos ao shopping, e fomos conversando, até que compramos dois Milk Shake e fomos andando. E depois, ele pediu pra deixa-lo de volta em casa.
- Obrigado pelo passeio
- Que nada, não foi nada. Até a próxima
- Até- e então ele saiu, e foi embora.
Passou alguns dias, e eu estava louco para voltar e ver ele. Além disso, tinha uma festa da faculdade, mas eu queria que ele fosse.Tinha ficado impressionado com a história dele. Mas tinha que furar a bendita segurança. E então, logo que eles se descuidaram, sai correndo e peguei um táxi. Parei na frente da casa do Ricardo, me arrumei e bati na porta, estava super ansioso.
- Espera- era ele, gritando lá de dentro- mas você não sab...- ele parou quando me viu- Davi, o que você está fazendo aqui
- Os amigos não podem mais visitar os outros não- falei rindo
- Claro que podem. Entre- falou ele.
Entrei, e constatei que eles viviam numa pobreza quase que extrema. Tudo era velho, mas realmente, eles pareciam muito felizes.
- Você quer alguma coisa, um café- perguntou ele
- Claro.
E então ele preparou o café lá, e eu olhando cada detalhe daquela casa. Realmente, deveria dar valor ao que eu tinha. Logo estava pronto o café. Ele serviu e alguns sorrisos trocados, até que ele perguntou.
- Tá, mas o que veio fazer aqui- falou ele.
- Bem. Você gosta de festas.
- Até gosto, mas não tenho roupas pra ir a festas.
- Que desculpa mais esfarrapada Ricardo. Você quer roupas, então terá roupas- nessa hora ele olhou pra mim com um olhar hiper penetrante, cheguei a ficar tonto. Então ele sorriu
- Porquê você está fazendo isso, tentando se aproximar de mim.
- Ora. Por amizade, não pode não.
- Pode. Mas sei lá, é estranho. Você nem me conhece direito, nem tempo pra amizade tem, e já quer até me levar pra alguma festa.
- Se você não quer ir tudo bem- falei, me levantando
- Não. Eu quero ir, só que não tenho roupas- logo o sorriso no meu rosto voltou a se fazer
E então saímos e compramos roupas lindas, pra mim e pra ele. Disse pra ele dizer ao pai que voltaria de madrugada. E então fomos para o palácio. Na entrada, parecia que ele tinha travado.
- Nossa, é muito lindo tudo isso.
- É mesmo- falei um pouco mais a frente- você não vem- nessa hora, parecia que eu tinha tirado ele de um transe.
- É, que eu nunca estive em um lugar, tão, tão...
- Grande, refinado, chique. Gostou de isso aqui
- Muito.
- Vamos logo, senão daqui a pouco milhões de fotógrafos estarão ai na frente
Entramos e de cara encontrei minha mãe.
- Aonde você estava- falou ela, se levantando
- Fui visitar um amigo- falei- esse é Ricardo- ele a cumprimentou, e ela o olhou de um modo estranho. Logo em seguida, fomos subindo as escadas, e direção ao meu quarto, e ele parecia deslumbrado com o tamanho do local. Olhava tudo, com uma cara de fascínio. Logo entramos no quarto
- Isso é o seu quarto- falou ele
- É
- Meu Deus, é enorme. Quanta coisa pra uma pessoa só.
- Sério mesmo, eu ainda acho que devo aumentar- ele me olhava incrédulo- estou brincando.
Logo começamos a nos arrumar. Quando o vi arrumado, quase cai pra trás. A camisa V verde que ele havia comprado tinha caído como uma luva, ele estava super bonito. Colocou um moletom, e ficou irresistível. Tive que e segurar pra não correr atrás dele. Olhava pra ele através do espelho, enquanto penteava meu cabelo. Depois de estar arrumado, e ele também, saímos logo. Peguei o meu carro, e logo estava em direção a casa, aonde ocorreria a festa. Em certo momento, as nossas mãos se encostaram. Ele apertou a minha mão, e eu olhei pra ele. Em seguida, vi uma cara fechada, e ele tirou a mão numa rapidez impressionante. O que isso significava, será que ele...
Continua
E aí, o que acharam. E obrigado pelos comentários. S2