Como Chamas 4x11: BEM-VINDO A VIDA NA UNIVERSIDADE.
- Já sabe aonde vai? Perguntou Marcie entrelaçando seu braço ao meu enquanto andávamos pelo corredor.
- Isso é piada ne? Recebemos nossas cartas de aceitação da faculdade semana passada. Lembrei a ela.
- Não seja bobo Dan. Ninguém além de mim sabe disso, o que quer dizer...
Parei e olhei para ela. Não precisava completar o pensamento. Felipe não sabia que eu já havia sido aceito na faculdade que eu queria, então eu poderia usar isso a meu favor, e quem sabe ate conseguir ele de volta.
- Garota? Eu amo você! Falei beijando-a na bochecha.
- Nossa quanta alegria, posso saber o motivo? Disse Jordan colocando os braços em cima de nós dois. Ele sempre era um garoto que ocupava muito espaço e chamava atenção.
Eu sentia muita falta dele.
- Nada, só a vida mesmo. Disse Marcie.
- Bem, eu tenho uma noticia pra vocês.
- O que é?
- Lembra daqueles campeonatos de luta? Disse ele.
- Não. Marcie e eu Respondemos ao mesmo tempo.
- Aquele lance que eu ia aos sábados e você nunca perguntou o que era? Ele argumentou.
- Ah, sim, me lembro. O que tem?
- Eu ganhei uma bolsa de estudos na faculdade na Califórnia quando venci um campeonato.
- Serio? Amanda já sabe?
- Essa é a melhor parte: ela vai comigo. Já tinha passado em uma escola de artes lá.
Nossa, Jordan iria embora também. Era estranho estar feliz e triste ao mesmo tempo, afinal, era um sonho dele, mas eu sentiria uma saudade imensa.
- Parabéns. Falei.
- Bom, estão afim de sair hoje? Sabe, pra não perdemos o costume.
- Adoraria, mas tenho algo pra fazer amanha bem cedo. Falei. Eu não deixaria mais as coisas passarem por mim. Eu queria Felipe. Então eu teria Felipe.
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- Essa é a biblioteca. Falou Felipe com tom desdém, o que era mais do merecido e esperado.
- É legal.
- Que bom que gostou, pode dar uma volta pelo prédio enquanto termino de fazer uma pesquisa e depois...
- Posso te ajudar? Não quero andar sozinho.
- Não quero sua ajuda. Ele disse ajeitando a mochila no ombro e se afastando.
Suspirei, sentindo aquelas palavras me cortarem feito navalha e sai andando em meio as prateleiras. Eu queria Felipe de volta, mas chorar na frente dele era outra coisa completamente diferente.
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Entrei na sala de continuei correndo com Felipe. Tínhamos que sair dali o mais rápido possível.
- Dan, calma, é por...
E então Nick surgiu na nossa frente e deu uma coronhada na cabeça de Felipe, que soltou minha mão e caiu desmaiado no chão.
Nick me olhou de jeito psicótico e maluco.
- Agora sua vez.
E então ele pulou em cima de mim. Me segurei em todos os meus sentidos de defesa. Girei e chutei ele no peito como havia aprendido na aula, acertei em cheio. Ele cambaleou para trás. Olhei em volta e peguei um pequeno vaso de planta e joguei com tudo na cabeça dele.
Ele caiu de joelhos e então me aproveitei e chutei seu estômago. Nick gemeu de dor e desmaiou. Me virei para Felipe.
- Vamos, Felipe, acorda, acorda! Eu mexia, empurrava e balançava e nada dele se mexer.
Eu o agarrei pelos braços e comecei a puxar para longe dali. Tínhamos que sair. Olhei para Nick e pensei logo; A arma ainda estava com ele. Larguei Felipe e corri ate ele, quando iria chutar a arma para longe, Nick agarrou meu tornozelo e puxou, me trazendo para o chão com tudo. Cai e logo uma dor se espalhou por toda as minhas costas. Ele se levantava, me estiquei e chutei seu rosto. Comecei a me levantar e ele também. Estávamos agora os dois desarmados, de frente um para o outro e ele avançou como na aula. Segurei seu braço e seu cotovelo, puxei para cima das minhas costas e usei seu próprio peso para jogá-lo no chão.
Ele desmaiou, e pelo baque que fez, Nick vai ter um hematoma horrível amanha de manha.
Felipe se mexeu, acordando. Corri ate ele e o coloquei de pé, com o braço em cima de mim. Entramos nos corredores e demos de cara com um policial. Quase infartei de susto.
- Ele esta lá dentro! Falei. Outros policiais já vinham, então soltei Felipe no chão e me sentei ao seu lado.
O policial saiu da sala.
- Aqui aonde?
Arregalei os olhos e suspirei. Me levantei e andei ate a sala. O chão havia terra do vaso, vidro e bagunça, mas nada de Nick. De novo havia escapado.
Mas agora não era mais um jogo de gato e rato. Agora era uma luta.