Olá, damas e cavalheiros!
Sou apenas um escritor. Tudo que eu faço é escrever. Meus relatos aqui são apenas histórias. Algumas fictícias, algumas verídicas... Eu apenas as escrevo e espero que vocês gostem. Tenho o problema de escrever de mais. Gosto de contar a história das personagens antes de mostrá-las na parte realmente gostosa da coisa. Não peço que tenham paciência com isso. Mas digo que se tiverem, não se arrependerão.
Vamos ao primeiro capítulo da história de duas meninas muito gostosas, ao meu ver:
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Todos a chamavam de Clara, mas seu nome verdadeiro era Clarice. Uma universitária de vinte e dois anos, baixinha com seus 1,55 e muito bonita com seus cabelos cor de mel, olhos azuis e um rostinho infantil em formato de coração. O que mais impressionava era o contraste que tal beleza angelical fazia com o corpo de mulher: os seios poderiam não ser exatamente fartos, mas eram firmes, redondinhos e chamavam a atenção. Sentia-se acima do peso com seus sessenta quilos, mas sua cintura era delineada, suas coxas grossas e sua bunda, típica de uma brasileira. A pele poderia ser branca, mas os cabelos cacheados e aquela bunda não poderiam negar jamais sua origem.
Naquele fim de tarde, dentro de um táxi, ela pensava em seus motivos para estar, mais uma vez, no Rio de Janeiro. Nascera e passara seus primeiros dezesseis anos de vida na "cidade maravilhosa", até seu pai receber uma promoção, fazendo com que a família migrasse para Brasília.
Algumas horas antes de entrar no carro e iniciar a longa viagem, recebeu um telefonema de sua melhor amiga, Victoria. Lembrava-se perfeitamente daquele telefonema: Vic estava muito nervosa. Sua voz, normalmente firme e decidida, estava trêmula. Despediram-se pela segunda vez, já que o tinham feito na escola pela manhã. Porém, antes de desligar, Vic disse as palavras:
-- Eu te amo.
-- Também te amo, Vic! -- Respondera a outra ainda entre lágrimas.
-- Não, você não entende... Olha, eu sou lésbica, tá legal? E eu te amo de um jeito que você nunca vai me amar!
Depois que a ligação fora finalizada, Clara não conseguia decifrar seus sentimentos: raiva? Nojo? Remorso? Susto, com certeza.
As amigas nunca mais se falaram desde aquele momento. Clara terminou os estudos na nova cidade, fez novos amigos. Às vezes, sentia falta de sua melhor amiga do Rio de Janeiro. Mas sempre se lembrava daquela ligação estranha e era sempre tomada pelo mesmo misto desconfortável de sentimentos; empurrava as lembranças pra lá.
Seis anos depois, Clara estava no Rio de Janeiro junto dos pais para visitar a família de um parente distante que havia falecido. Ela nem sequer conhecia o sujeito. Mas esteve lá, deu as devidas condolências. Depois, foi passear pela cidade. O sentimento de nostalgia foi tão forte, mas tão forte, que quando deu por si, tinha o celular nas mãos e discava o número que costumava ser da casa de Victoria.
Quando Helena, a mãe da mesma, atendeu, Clara pensou em desligar. Já tateava pelo aparelho, afim de encontrar o botão para encerrar a chamada. Mas seus lábios cuspiram uma pergunta que foi prontamente respondida:
-- Ela está morando em um apartamento perto daqui, querida. Quer o telefone dela?
Tudo conspirara para Clara se encontrar naquele táxi. Encarava as pernas cobertas pelo vestido azul. Colado ao corpo e com um pequeno decote, a peça valorizava suas curvas e não deixava de ser discreta. A maquiagem, igualmente discreta. Estava muito nervosa. Falara com Vic na noite anterior por telefone. Conversaram muito, mataram as saudades; não mencionaram uma palavra a respeito do telefonema antes da partida de Clara. A outra a convidara para visitar seu apartamento. Ela estava indo.
Uma vez dentro do prédio, cada degrau que subia era uma batida mais rápida em seu coração. Sentia calafrios e a boca estava seca. O peito, apertado de saudade.
Estancou à porta e, após erguer uma mão trêmula, tocou a campainha. Passaram-se segundos até ouvir o som de uma fechadura girando e a porta se abrir:
-- Clara? -- A mulher perguntou, uma sobrancelha arqueada.
Definitivamente, aquela não era Victoria. Não a mesma de antes. A Victoria que Clara conhecia era alta, magrela e desengonçada. Estava sempre com uma cara de poucos amigos e uma franja lambida jogada no rosto. A mulher à sua frente era ainda mais alta, o topo de sua cabeça tocava-lhe o queixo; não era magrela de modo algum: tinha o corpo de uma atleta, seios fartos e o cabelo, ainda muito negro e liso, na altura dos ombros, deixando o rosto forte e bem traçado, de pele bronzeada, olhos castanhos amendoados e lábios grossos bem à mostra. Vestia uma regata e shorts curtos.
-- Vic? -- Também indagou, sem acreditar.
As duas se olharam por mais alguns segundos e, como se tivessem combinado, caíram uma nos braços da outra.
Era um abraço quente, apertado, os corpos bem colados. O coração de Clara pareceu liberar toda a tenção que tinha. O perfume da outra era o mesmo: um perfume que Clara havia escolhido em seu aniversário de doze anos.
Entraram, ainda não acreditando naquele surpreendente reencontro. Não puderam deixar de notar as mudanças. Clara, particularmente, sentiu-se envergonhada ao ser avaliada tão minuciosamente pela outra. Seu rubor só cresceu ao ser coberta de elogios:
-- Você está mesmo linda! -- Dizia Vic.
Jantaram lasanha e tomaram vinho, tudo acompanhado de muita conversa. Narraram uma para a outra o que andaram fazendo naqueles últimos anos. Depois, rumaram à sala, onde se sentaram no sofá. Clara, já muito mais à vontade, como se estivesse de novo com sua melhor amiga de escola, não hesitou em sentar ao lado da morena e recostar em seu ombro. Recebeu um afago nos cabelos em resposta.
-- Eu senti mesmo sua falta... -- Disse.
-- Eu também, baixinha!
E após alguns instantes de silêncio:
-- Como está o coração? -- A pergunta partiu de Victoria.
-- Na dele. -- Sorriram. -- Terminei um namoro de dois anos mês passado e estava um pouco triste, mas... Dane-se, ele não era mesmo o cara certo. E Você?
Só depois de perguntar é que se deu conta do que estava fazendo: trazia, automaticamente, à tona, o assunto inacabado. A outra ficou tensa e, com um suspiro, respondeu simplesmente:
-- Estou solteira também.
Clara abanou a cabeça e sentiu os malditos sentimentos borbulhando dentro de si mais uma vez. Já não os aguentava mais! Ergueu a cabeça e mirou a amiga nos olhos. Eram olhos expressivos, cheios de alguma cólera interna.
-- Vic, você lembra o que me falou na última vez que falamos no telefone?
A morena apenas afirmou com um aceno.
-- Bem, eu... Eu só queria... -- Queria falar algo, desabafar; mas o quê? Não tinha nem sentimentos certos, quem dirá palavras.
-- Podemos não falar sobre isso... -- Vic murmurou.
-- É, podemos.
Mas o clima entre elas ficou estranho. Beberam mais vinho e demorou um pouco mais para que as coisas voltassem a ter um ar leve. Talvez o álcool tenha ajudado.
Em dado momento, Vic estava deitada no sofá e Clara, já sem os sapatos e ignorando o fato de estar de vestido, sobre ela. A morena acariciava o rosto da loira, enquanto esta terminava de narrar um acontecimento muito triste: seu término de relacionamento. Quando o assunto acabou, as duas ainda estavam naquela posição, em silêncio
-- Eu sempre gostei desse perfume, -- Clara comentou, o rosto afundado no pescoço da outra. -- Fica uma delícia em você.
-- Eu nunca mudei, -- respondeu Victoria. Seus braços se cruzaram nas costas da pequena e as mãos iniciaram uma leve carícia.
Aquilo era bom, muito bom. Causava arrepios e tremores ocasionais em Clara. Uma das mãos da outra subiu para sua nuca e, com força e gentileza, apertou, arrancando-lhe um suspiro.
-- Eu não deveria fazer isso... -- Vic murmurou.
-- Você não deveria parar, -- Clara respondeu, entregando-se lentamente àquilo. Um pedacinho de sua mente queria que ela prestasse atenção no que estava acontecendo. Mas o restante dela preferia ignorar.
Enlaçou o corpo da amiga com os braços e depositou um beijo em seu pescoço. Vic respondeu com um gemido baixo e apertou a outra contra si com mais força. Clara esquentou por dentro e sentiu uma enorme vontade de ver o rosto de Vic: levantou o próprio e se deparou com os olhos castanhos mais escuros do que o normal, os lábios entreabertos. E que lábios eram aqueles... Vic sempre tivera lábios bonitos: grossos, chamativos. Talvez já tenha sentido vontade de beijá-los antes, de tanto que gostava deles. Apenas ignorara. Mas ali, agora, não queria ignorar mais: encostou os próprios nos dela, fazendo a morena sobressaltar-se de surpresa.
A surpresa, pelo visto, deu lugar a um desejo ainda mais intenso e as boca se abriram, as línguas se encontraram em um beijo quente, sensual. Victoria começou a levantar o corpo, os braços firmes prendendo Clara junto a si. Sentaram-se na poltrona e, enquanto se beijavam, Clara se sentou no colo da outra, permitindo que o vestido levantasse. O fogo entre as pernas era insuportável. E aquelas coxas... Nossa, como eram grossas, mais do que as suas, e duras!
As mãos de Victoria, muito urgentes, seguraram a cintura da loira com força e desceram, apertando-lhe as pernas. Os lábios se descolaram e a morena deslisou os seus para o pescoço da outra, distribuindo mordidas leves e eventuais lambidas. Clara só percebeu que gemia sob a respiração rápida quando produziu um som ainda mais alto. Victoria entendeu aquilo como um convite e, com as mesmas mãos fortes, tirou o vestido da menor, jogando-o para um lado qualquer.
Clara se sentiu indefesa apenas de top e calcinha. Victoria voltou a deitá-la no sofá e aqueles lábios macios e quentes passearam de seu pescoço até seu tórax e seios. As mãos suspenderam o top e Clara se assustou ao sentir uma língua quente e experiente em seu mamilo direito. Soltou um grito agudo e curto enquanto se agarrava à outra. Não tinha ideia do quanto a estava arranhando, mas aquilo despertava-lhe os sentidos, aumentando a sucção em seu seio. Enquanto chupava um, Vic passou a tocar o outro com uma das mãos: apertava, beliscava, acariciava levemente com os dedos longos. Cada arquejo de Clara era um gemido agora. Sua chama entre as pernas só aumentou quando Vic inverteu, sugando o outro seio e acariciando o primeiro.
Quando a morena desceu para a barriga de Clara, esta sentiu o corpo inteiro entrar em erupção. Balbuciava coisas sem sentido, ela mesma não se escutava. Queria um toque, qualquer um, em sua boceta naquele instante! Victoria pareceu ler-lhe os pensamentos: apertou sua coxa com força, causando um misto de prazer e dor e deslisou a mesma mão pela parte interna, até tocar, muito levemente, a calcinha. Clara estava louca; levou as próprias mãos até a peça e, quando fez menção de tirá-la, Vic segurou-lhe as mãos, arrancando ela própria com a boca.
Ficou um bom tempo apenas olhando aquela bocetinha pequena, porém carnuda e inchada de desejo. Depois, soprou-a levemente o que fez o corpo de Clara se arrepiar. Ela respirava desordenadamente pela boca, implorando para que a outra a tocasse. Vic obedeceu: acariciou os grandes lábios com os dedos e os penetrou bem devagar. Clara arqueava os quadris, tentando obter mais contato. Então, sem aviso prévio, Victoria retirou a mão, agarrou as duas pernas da moça e jogou-as sobre os próprios ombros. Posicionou-se entre elas e abocanhou, de uma vez só, aquela bocetinha, lambendo e chupando.
Clara perdeu os sentidos. Agarrou-se nos cabelos da outra e rebolou freneticamente. Gritava desvairadamente e sentia como se pudesse deixar seu corpo a qualquer momento. Teve a familiar sensação de um orgasmo se aproximando, mas era bem diferente das outras vezes: mais intenso. Quando veio, veio forte e ela soltou um grito muito longo enquanto gozava.
Vic se deitou sobre Clara e mordeu, levemente, o glóbulo de sua orelha. Lambeu-lhe o pescoço, beijou-lhe a boca. Depois desceu novamente aos seios, mas desta vez, enquanto os chupava, penetrou de uma vez só a menina com dois dedos. Clara não saberia dizer de onde veio a força para gozar mais algumas vezes. Os dedos da morena, além de longos, eram rápidos. O polegar esfregava o clitóris, aumentando ainda mais o tesão. Teve orgasmos múltiplos, uma novidade para ela.
Terminado o ato, as duas ofegantes, abraçaram-se, Vic ainda por cima. Trocaram beijos lentos com um sabor picante do sexo. Clara sentindo-se leve e sem vergonha, explorou as costas e as curvas da morena com as mãos. Ela tinha músculos definidos sob a pele e estava quente, um pouco suada. Aquilo a excitou novamente. Ergueu um pouco a cabeça e, imitando o gesto da outra, deu uma mordidinha no glóbulo da orelha antes de sussurrar:
-- Posso ver seu quarto?
Enquanto iam ao cômodo, Vic tirava as próprias roupas de qualquer jeito. Quando chegaram lá, nem sequer tiveram o trabalho de acender a luz: deitaram-se na cama de casal, lado a lado, aos beijos. Agora que as duas estavam completamente nuas, Clara pôde conhecer melhor o outro corpo. Vic percebeu o que ela queria e se deitou de barriga para cima, permitindo que Clara tocasse seus seios fartos, seu abdome rijo, sua cintura, suas pernas... A jovem não tinha pressa. Toda aquela loucura despertara curiosidades nela. Queria conhecer cada centímetro daquele corpo feminino e ainda assim, tão diferente do seu próprio.
Quando fez menção de tocar a intimidade da morena, esta pegou-lhe a mão, gentilmente, e a guiou. Clara sentiu aquela umidade quente e macia. Os pelinhos finos que rodeavam, suavemente, não incomodavam nem um pouco. Encontrou o clitóris com facilidade e soube como tocá-lo, já que se masturbava sempre. Vic imitou seu gesto e logo as duas estavam se tocando e gemendo baixo.
Em dado momento, o prazer ficou intenso demais para ambas. Vic se levantou da cama com um movimento brusco e, colocando as pernas uma de cada lado de Clara, encaixou as intimidades. As duas começaram a rebolar, esfregando-se uma na outra; logo gozaram juntas, seus gemidos se misturando na noite.
Abraçaram-se mais uma vez, exaustas e respirando pesadamente. Palavras não foram ditas um minuto sequer. Trocaram selinhos e carícias. Daquela forma, adormeceram.
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É claro, damas e cavalheiros, que a história não termina aqui. Mas o que aconteceu depois dessa noite louca, vocês só saberão se comentarem aqui dizendo que devo continuar. Adianto apenas uma coisa: essa foi apenas a primeira de muitas transas que essas duas terão.
Até logo, damas e cavalheiros!