Um amor duplamente proibido (parte83)

Um conto erótico de H. C
Categoria: Homossexual
Contém 1035 palavras
Data: 07/12/2013 07:50:07

Aqui está mais um fragmento de minha História. Espero que gostem. Quase não posto hoje, pois apareceu uma viagem de emergência. Enfim, ao conto.

ParteRafael assume a narrativa. O tempo passa a ser contado quando ele chega ao consultório (...)

Eu estava com tanta pressa que não me preocupei quando desci no topo do edifício onde funcionava o consultório do pai de meu amado Lucas, nessa pressa assustei uma velinha que estava olhando a vista de um prédio vizinho, ainda me pergunto se ela teve um enfarte.

Coloquei minha camisa, a jaqueta preta de sempre, o óculos escuro e um boné (o Lucas me disse que era melhor que ficar de capuz). Depois desci as escadas, cheguei no momento em que uma mulher (uns 30 anos) saia da sala do Dr. João. Ele me viu e disse para que eu entrasse. A sala era confortável, mas mesmo assim eu ainda estava meio inquieto, pensando se conseguiria lembrar todas as respostas que Lucas e eu ensaiamos. Deitei naquela cadeira esquisita e o pai do Lucas sentou na próxima. Ri um pouco, pois me lembrei de um filme que assisti quando criança.

João – você chegou na hora exata, é bom ver que é pontual.

Eu – obrigado.

João – primeiramente eu gostaria de dizer que se você não se sentir confortável pode ir embora, afinal eu apenas pedi que você fizesse essa visita para eu saber quem meu filho estava... Namorando – falou escrevendo algo em uma ficha que ele segurava. Lucas me disse que preferia que eu não fizesse essas consultas, mas eu quero deixar os pais dele satisfeitos, pois sei que ele gosta deles e nunca me perdoaria se eles se afastassem por minha causa, afinal eu sabia o que era perder os pais.

Eu – não, eu entendo a importância disso para você e respeito, continuarei vindo, afinal isso não me custara nada mais que um pouco de tempo.

João – excelente! Hoje vamos falar o geral. Comecemos, então, por sua infância, quero dizer, o mais atrás que sua memora conheça.

Eu – lembro que meus pais costumavam me ensinar tudo. Com eles aprendi a atirar arco e flecha, tocar piano, equitação...

Não era difícil falar do passado distante, pois as coisas eram comuns. Contei a ele sobre como eu estava sempre com meu pai ou (e) minha mãe, falei do carinho que eles me dedicavam, contei sobre a escola antes de eles morrerem. Ai chegou à morte de meus pais, comecei a contar normalmente, mas quando estava chegando no dia em que minha vovó morreu senti um aperto no meu peito, pensei em Lucas e senti como se ele estivesse em perigo. Este pensamento, provavelmente, derivou do fato de eu estar falando sobre coisas tristes. Havíamos chegado a um momento delicado da história, nesse ponto começaram as respostas treinadas.

João – você estava me contando que estava na beira do prédio e sentia vontade de se jogar, continue – falou depois que eu parei para pensar, interrompendo a história.

Eu – ai apareceu um senhor bem velho e falou algumas coisas que não consigo lembrar, mas foi suficiente para me fazer mudar de ideia e tentar seguir minha vida. Nesse dia fui para casa e entrei em contado com o advogado do meu pai, acertei tudo para me mudar para essa cidade.

João – por que mudar e por que aqui?

Eu – por causa da casa que ganhei de presente. A mudança de cidade deveria me ajudar a superar o passado, cidade nova escola nova, vida nova.

João – você poderia vender a casa e comprar um apartamento dentro da cidade, ou pelo menos mais próximo. O que o Levou a ficar com a casa? Afinal ela esta bem afastada da cidade e isso é perigoso, sem falar do isolamento.

Eu – o presente foi dado por um amigo muito querido, deste modo a casa não tem apenas um significativo valor monetário, mas também possui grande carga de afeto, o que leva ser indiscutível a venda do imóvel.

João – pelo que já me contou, você herdou uma grande quantia em dinheiro e bens, porque não mudar para a cidade, mesmo sem vender a mansão?

Eu – minha mente precisava do sossego do campo, superar o passado.

João – superou?

Eu – pensei que fosse. O psicólogo que me ajudaram a superar a morte de meus pais falou que eu fui muito bem, mas com o passar dos dias vi que era muito difícil. Minha realidade estava preta e branca, nada fazia sentido. Logo depois do falecimento de minha avó comecei a ter pesadelos, dificilmente conseguia dormir e mal conseguia comer. Quando mudei para a nova casa fechei o contato com os poucos amigos que eu tinha, não queria nada da vida passada, pois somente me trazia dor. Só não tentava o suicido porque o velho senhor havia me dado esperanças, porém minha vida era dolorosa.

João – Então você sente vontade de cometer suicídio?

Eu – não mais.

João – o que aconteceu para você deixar essas ideias de lado.

Eu – parecia um dia de aula normal, não falava com ninguém, sem amigos. Fui para o canto da sala, onde podia ficar escondido e evitar olhares. A aula começou,mas o professor foi interrompido por um aluno novo que chegou atrasado. Quando levantei os olhos para ver quem era meu coração acelerou. De repente as cores do mundo voltaram, não sabia o que estava acontecendo. Os dias foram passando e eu passei a esperar por ele. Meu coração ficava feliz por contemplá-lo. Com o tempo acabei conhecendo ele melhor, quando eu vi que ele me amava tanto quanto o amo minha vida ganhou um novo sentido. Agra meu mundo era ele e somente ele, ele me fez superar e enterrar todo o meu passado.

João – quem é esse garoto – perguntou já imaginando a resposta.

Eu – o Lucas.

Conversamos mais alguns minutos, então me despedi e fui para a casa do Lucas para contar como havia sido a consulta. Por algum motivo meu coração estava apertado, como se o Lucas precisasse de mim, mas imaginei que eram apenas impressões devido à consulta e eu estar longe de meu amado...

Continua...

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Comentários

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só o que falta o Lucas virar anjo tbm kkk o Rafael foi muito bem na consulta, achei q ele iria falar demais...

Continua...

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Nossa quem será que bateu no Lucas. Espero que ele esteja bem.

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