Um amor duplamente proibido (parte 84)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 1013 palavras
Data: 13/12/2013 07:18:01

Mil perdões pelo atraso. Minha memória é horrível, de modo que eu poderia jurar que já havia feito a publicação. Não ha duvidas de que contarei meu conto até o final, mesmo que as vezes eu esqueça de publicar. Sem mais delongas, boa leitura!

Parte 84

Dr. Leopoldo assume a narrativa. O tempo começa sua contagem na tarde de segunda-feira, mesmo dia em que a o Rafael vai se consultar com o psicólogo (pai do Lucas).

O almoço sem minha querida havia sido um fiasco, meus filhos estavam em estado oposto ao habitual, quer dizer, eles sempre eram alegres ou extremamente irritados, falavam sobre muitas coisas, principalmente com a mãe, agora estavam tristes e ficavam tão quietos que apenas o vento podia ser ouvido.

Nesse dia não conversamos nada, as investigações estavam indo bem mau. Não havia pistas de onde o criminoso poderia ter levado. Claro que me lembrava do garoto Rafael me dizer que o seqüestrador era um monstro. Em qualquer outro caso eu não falaria nada, todavia eu comecei a ter mais fé em coisas sobrenaturais após ter visto as asas. Mesmo tendo alguma ideia de quem poderia ser a próxima vítima a cidade era grande para manter o olho em todos.

O céu estava começando a escurecer. Olhei para o relógio e vi que já eram cinco da tarde. Resolvi sair da delegacia para dar uma volta e espairecer um pouco. Comecei a caminhar até que cheguei à biblioteca pública. Entrei para pegar um livro que pudesse me ajudar, embora soubesse que isso era bem improvável, uma vez que o Rafael já havia me contado tudo de mais importante acerca da criatura. Chegando à portaria encontrei com o Bernardo.

Eu – oi Bernardo, estudando? – falei ao ver que carregava alguns livros. Ele tomou um susto e apressou-se a colocar os livros de um modo que eu não pudesse ler os títulos.

Bernardo – é – falou de maneira bem rápida, um ato reacionário, o que me deixou um pouco preocupado – preciso me preparar para as provas que estão chegando e resolvi fazer um pouco de pesquisa para aprofundar meus conhecimentos.

Eu – fico feliz por você ter tomado juízo e decidido estudar – falei pensando no motivo dele não usar a internet, afinal era onde as crianças da idade dele procuravam as coisas.

Bernardo – obrigado... Acho. Agora tenho que ir, estou um pouco atrasado.

Dito isso ele saiu em disparada, não dei muita importância, afinal eu tinha muitos problemas para me preocupar. Entrei e fui até a seção de sobrenatural, peguei alguns livros que pareciam um pouco interessantes, mas não fiquei para ler. Não queria ser visto lendo aquilo, logo, emprestei para ler em casa.

Sai andando e percebi que havia poucas pessoas por ali. Caminhei perdido em pensamentos. Dirigi-me para um lago que tinha lá próximo, imaginei que seria bom sentar em um banco, no silencio do fim de tarde, para pensar em como proceder com as investigações, afinal esse era o único caso dessa cidade, o único realmente importanteJoão assume a narrativa. O tempo passa a ser contado no momento em que o Rafael sai do consultório.

Não concordo com meu filho namorando outro homem, minha formação religiosa diz que isso é um pecado. Também não queria que meu filho se relacionasse com alguém com o perfil psicológico do Rafael. O namorado do meu filho demonstrava ser amoroso, respeitoso e protetor, ele possuía qualidades físicas que qualquer garota gostaria de ter a seu lado, uma grande gama de conhecimentos escolares culinários e varias habilidade muito chamativas. Se meu Lucas realmente montar uma vida com o Rafael não vai lhe faltar dinheiro, pois o Rafael possuía um patrimônio bem grande.

Mesmo com todos esses prós eu não gostava desse romance e tinha fé que fosse somente uma fase. Hoje percebi como o Rafael é instável, quer dizer, de acordo com o pouco que me disse, ele entraria em uma depressão em ultimo estágio se algo acontecesse ao meu filho ou mesmo se o deixasse e isso me preocupava, pois, baseado nesse ponto de vista, acredito que o Rafael possa se tornar muito possessivo e começar a ser hostil com meu filho caso uma separação seja mencionada ou uma suspeita de traição.

Bem, ao menos eu poderia monitorar o andamento do quadro psicológico do Rafael. Todavia algo me preocupou nas respostas que ele me deu, pareciam ensaiadas, como se ele houvesse se preparado com o que eu poderia perguntado e pensado nas respostas mais convenientes. Algumas partes da história eram suspeitas, mas que seja o que Deus quiser.

Arrumei os últimos papeis e separei os que precisaria olhar em casa. Sai de minha sala pensando na vida.

Secretária – Já vai Doutor? – disse de trás de sua mesa.

Eu – Já sim. Hoje acabamos mais cedo – falei parando para dar um sorriso.

Secretária – sabia que a Dona Mariângela, a senhora do prédio ao lado que canta no coro da igreja, foi levada para o manicômio?

Eu – o que? Por quê? Ela é uma das pessoas mais equilibradas que conheço.

Secretária – ela quase teve um infarto! Disse que viu um anjo do juízo final, contou que era o apocalipse e um monte de besteiras.

Eu – por que logo o apocalipse, quer dizer, não podia ser um anjinho do amor? – falei rindo um pouco.

Secretária – não, ela disse que uma asa era preta e outra branca, falou que isso era um anjo do julgamento que veio para punir os “maus” e levar para o paraíso os “bons”.

Eu – coitada, sinceramente espero que ela melhore. Agora tenho que ir, até amanhã – falei já saindo.

Secretaria – boa noite e até amanhã.

Que cidade esquisita. Estou há pouco tempo aqui, mas já conheço uma boa quantidade de pessoas. Um anjo, que engraçado. Acho que meu filho deve se preparar. Pergunto-me o que levou aquela pobre senhora a esse estado de loucura.

Continua...

Nesse meio, há muito mais segredos do que parece. Comentem, critiquem e mostrem suas opiniões acerca do conto. Ao final não deixem de atribuir uma nota. Beijos e abraços, até a próxima... Quer dizer, se eu ainda estiver respirando.

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Comentários

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pobre velinha ve se pode dizer que viu um anjo.ya lendo contos demais, ta kaducando...10

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hahaha coitada da d. Mariângela...

Muito bom, continua logo...

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Nossa demais. O conto fica cada vez melhor.

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