Acordei com “maior” disposição do mundo para ir à escola. Muito obrigado meu relógio biológico ( ¬¬’). Meu Deus que dia foi o de ontem?! Abri um sorriso bem largo. Contrariadíssimo, fui tomar meu banho, me arrumar. Peguei sessenta reais, minha mochila e o jaleco do ‘bonitinho’ e, desci.
Quando desci e entrei na cozinha, não tinha ninguém além de mim e Deco que deveria estar morrendo de fome e sede, enchi rápido suas vasilhas. Fui ao quarto de meus pais, eles estavam dormindo. Decidiram que iriam ficar de folga por hoje. Cida Ainda não chegara. Coloquei o jaleco na minha mochila.
Tomei meu café da manhã, terminado me dirigi à porta da frente. Viro-me, Ricardo estava a entrar no seu carro, me olhou meio estranho e entrou. Lembrei-me do sonho.
“Meu Deus será que gritei muito alto? Será que eu gritei o nome dele? Não, não! Mas papai e mamãe estavam muito estranhos! Eu tava mesmo dormindo? Como fui parar no quarto? Como Guto subiu no meu quarto e Deco não latiu? Que mistério! Eu vou descobrir!”, pensei com os olhos semicerrados.
As perguntas e afirmações vinham como bombas fortes e bem formadas em minha cabeça. Fui caminhando até a saída do condomínio chegando lá vi um ônibus; o ônibus que passava em frente ao colégio passou na mesmo hora, pegar táxi demoraria muito. Então subi neste, senti alguém correndo para alcançar o ônibus, nem liguei. Paguei minha passagem e sentei-me. Comecei a escutar musica, nem tinha notado quem tinha entrado ao meu lado.
“Bruno nãoooooo!!”, pensei, me surpreendi.
Ele olhou-me, meu sangue gelou. Virei meu rosto para a janela, estava nervoso e ele percebeu (grande erro). Aqueles olhos meio puxados e castanhos me gelavam, jogou sua franja para o lado e sentou-se no banco de trás.
— E ai veadinho, tudo de boa? — falou, tirando um lado do fone rindo bem próximo ao meu ouvido.
Balancei minha cabeça, abaixei-a. Levantei-me, empinei meu nariz, olhei para ele, ele ainda estava curvado. Olhou-me. Segui para o interior do ônibus, sentei-me na última fileira, próximo à saída. Ele sentou-se ao meu lado. Inspirei e expirei.
— Nossa, ‘tá‘ bravinha, é? — falou ele em tom irônico e rindo. Subiu-me um frio na espinha. — Calma, calma só vim para conversar, posso?
(Fiquei calado)
— ‘Tá’, depois não vai dizer que sou ruim... — disse ele, cruzando os braços, se fez de difícil. Levantei-me apertei de alarme, para descer. Desci e comecei a andar mancando (Isso não ajudava).
“Ele acha bem que vou ficar nos pés dele? HA! Meu cú!”, pensei.
— Ei!— falou ele descendo rápido do ônibus — Volta aqui!
“Ai que droga de pé! ‘Tá’ doendo pra cacete!”, pensei.
Comecei a ficar cansado e ele me alcançou.
— Caralho, por que tu és assim bicho? Pô, eu quero falar contigo na paz, mas parece que tu só gostas quando é na porrada! — falou ele tentando atrair minha atenção.
— Menino! Que tu queres comigo?! Tu as meninas todas para ficar melando cangote? Pelo amor! Deixa-me!
— Mas eu quero ser teu amigo! Entende isso!
— Tu? Meu amigo? Bateu a cabeça não é mesmo?
— Porra, para de graça!
— Menino tu tem teu grupo, eu não pertenço a ele.
— Mas vai pertencer!
— Quem te disse isso? Mãe Catatal, a vidente? — Comecei a rir.
— Se é assim que tu chamas a Profª Dira, que seja!
— O que ela tem a ver com isso?
— Feira da Cultura “ow” te liga!
Por incrível que pareça ele consegui puxar uma conversa comigo. Mas logo chegamos à escolaGente!! Chegou meu livro #OChamadoDoCuco então os contos vão diminuir um pouco, mas eu não me esqueci de vocês! Por favor, não pensem isso! Logo termino e meu tempo será de vocês! Uahsuasuhashas
Obs.: Iam acontecer outros fatos, mas como ele está com o pé quebrado. #FicaPraPróxima
Obs.²: Troquei as reticências ( ¨ ) por três pontinhos, por mais que seja errado todo mundo usa. Sei que não sou todo mundo, mas ha. E nem dá quase para enxergar as reticências!