Aninha é pega de surpresa... a sua língua passa pelo cantinho dos lábios, lambendo ainda uns resquícios de esperma que teima em escorrer, quando o seu olhar se cruza com o de Marcelo. Ela dá uma risada, como uma menina que é pega fazendo tropelias e corre dali para fora, antes que tenha de dar satisfações sobre o que acabou de fazer. Refugia-se no banheiro, limpando apressadamente o esperma que a sujou. Pára em frente ao espelho e dá uma risadinha, mal acreditando no que acabou de fazer. E agora, como vai conseguir encará-lo? Que vergonha!
Opta pelo caminho mais fácil - a fuga! Agarra na cesta e sai correndo para a rua, para ir ao mercado fazer umas compras.
Marcelo mal acredita no que acabou de ver, será alucinação da bebedeira e da ressaca, ou Aninha acabou de lhe fazer algo que até à data considerava como impuro? Dá um gemido ao recordar. Nunca imaginou que pudesse sentir tanto prazer como o que acabou de sentir com a boca dela envolvendo o seu membro, que continua duro, como que chamando por ela, querendo mais. Suspirando levanta-se da cama, sem se preocupar em vestir.
Quando Marcelo sai do quarto já não a encontra e vai tomar um banho, praguejando.- « Não adianta fugir...eu te pego, aiii... se pego!».
Marcelo vai para a igreja, cuidar dos seus afazeres habituais. É Domingo, o dia da missa mais importante da semana...logo naquele dia, em que mais precisa estar concentrado, vai acontecer uma coisa dessas com ele. Tenta esquecer-se do sucedido com todas as suas forças, mas é uma luta perdida. Quando se encontra no altar fazendo o sermão, os seus olhos cruzam-se com os dela, sentada num banco bem na frente, com um vestido mais comportado, véu na cabeça, com um ar tão angelical, que ninguém imaginaria o que ela lhe fez pela manhã. Só quando escuta os murmúrios na igreja, é que percebe que parou de falar, sem perceber. Recompõe-se e continua, mas o seu olhar vive se desviando para a sua deusa, que morde os lábios e sorri por detrás do véu. Sorte que está de batina, pois o seu corpo traiçoeiro não se importa do local onde está, reage como sempre, perante a presença de Aninha. Está excitado, sensível, mas agora não pode se permitir pensar nisso.
Quando a missa termina, recolhe-se à sacristia e aí respira fundo. Sente-se perdido e sem rumo.
Precisa ir escutar as confissões e a sua mente está bem longe dali. No pequeno espaço do confessionário, vai escutando as pessoas, a maioria com pequenos pesos na consciência...não deixa de pensar em como parecem insignificantes esses pecados, perto do pecado que cometeu... e mais ainda diante do que pretende cometer...
Enquanto espera a próxima pessoa, respira fundo...só quer que aquilo termine rápido, hoje está desconcentrado.
Escuta uma voz suave e com um leve sotaque, que lhe é tão familiar.
-Perdoe-me padre, porque eu pequei!
o seu coração dá um salto, mas o seu dever como padre é fingir que não sabe quem está do outro lado da janela. Se dúvidas houvessem, o cheiro suave e familiar do seu perfume, não daria lugar para enganos.
-Qual o teu pecado, minha filha?
-É muito grave, padre. Fiz uma coisa muito condenável.
Marcelo respira fundo...
-Conte-me tudo e busque alívio para o que lhe aflige.
-Eu toquei o corpo de um homem, intimamente...desejei-o, embora saiba que ele não é um homem livre, que não deveria fazer isso. Mas a tentação foi mais forte...eu o vi dormindo, tão lindo, tão relaxado, que não resisti e ....
Ele ouve o relato de olhos fechados. O que fazer com ela??
Assume o seu papel, dando-lhe a penitência a ser cumprida e o perdão esperado. Por sorte Aninha era a última e já pode sair dali.
Embora ainda se sinta culpado pelo que sente, mas o desejo, aos poucos, vai vencendo a sua resistência. Ele quer aquela mulher, precisa da sentir, precisa de a ter, é uma necessidade quase tão grande como respirar.
Sai às pressas e corre para casa, entrando sem fazer barulho. Ouve ela cantarolando no seu quarto. Ele vai até a porta e vê a sua deusa de costas, despindo o vestido de missa. Marcelo chega por trás de Aninha e aperta-a contra o seu corpo.
-Ai, padre. Não faz isso, por favor. Isso não é boa ideia.
A boca dele beija o seu pescoço macio, descontrolando-a e deixando o seu corpo mole. Sente o seu membro duro contra a sua bunda, esfregando-se. A voz dele sai rouca no seu ouvido.
-Não me chame de padre aqui em casa, me chama de Marcelo.
As mãos dele deslizam na barriga dela, subindo até à base dos seios...
-Não consigo, padre! Por favor, não faz isso comigo.
-Tem certeza que não quer isto, Aninha? Você que começou, safadinha. Sua diabinha com cara de anjo, que veio para me tentar.
Enquanto fala, as mãos dele abarcam os seus seios jovens, deixando-os duros, os dedos apertam os bicos, devagar. Aninha não tem mais forças para lutar contra o desejo que invade seu corpo jovem..
Marcelo empurra-a contra a cama e fica por cima dela, beijando-a com fervor, com fome. A boca dela é tão macia, tão tentadora, as duas línguas enroscam-se num beijo faminto, exigente, cheio de promessas...a boca dele desliza pelo pescoço macio...pelo vale dos seios...
-Tenho de os provar, senão enlouqueço!
Arranca o soutien, impaciente, rasgando a fina renda com a força que faz, mas atinge o seu destino, os bicos excitados daqueles seios redondos, que vivem povoando os seus sonhos.
-Que vontade de os chupar, sonho com eles desde que os vi pingando água, lá na lagoa...
-Eu sabia! Você esteve lá me espiando, não foi? Aiiiiiiiiiiii...
-Eu já lá estava, você é que apareceu para perturbar meu descanso, para me tentar. Agora vai ter de arcar com as consequências. Esperava o quê, que eu fosse de ferro? Sou de carne e osso, como todos os outros e você é tentação demais para eu conseguir resistir!
Um gemido longo corta o ar...Marcelo delicia-se com os seios jovens, lambendo, mordiscando de leve, chupando... o padre desaparece e dá lugar a um macho dominador, sobrepondo-se à sua fêmea, fazendo-a entregar-se sem reservas.
-Aiiii...Marcelo, por favor, por favor!
Ele não sabe se as súplicas dela são para ele parar ou para continuar e na verdade pouco lhe importa. Só sabe que vai ter de a provar inteira, vai ter de a sentir na sua boca, tal como ela fez com ele. O pior é que nem sabe como começar...quando a boca está na barriga dela e as suas mãos lhe baixam as calcinhas, tem uma leve hesitação. E se não souber fazer direito.... e se a machucar??
Vai espalhando beijos suaves nas virilhas, nas coxas, nos pêlos púbicos bem aparados...meio perdido.
Aninha contorce-se como uma cobrinha e abre as pernas. Ver aquela flor de pétalas orvalhadas, é demais para a sua resistência, o seu instinto comanda e o que lhe falta em prática, sobra em vontade e em desejo. A sua boca abocanha o que consegue daquela xaninha deliciosa...inebria-se com o cheiro doce e intenso e a sua língua vai deslizando, sentindo cada prega, cada textura, explorando o calor interno....penetrando uma e outra vez. A voz dela é melodia para os seus ouvidos:
-Aiiiii...gostoso, aiiiii....não pára...Marcelo, aiiiiiii...que boca gostosa, aiiiii...delícia!
A sua língua sente um altinho saliente e percebe que cada vez que passa perto dele, ela geme mais alto e aperta-se contra ele. Resolve insistir aí...segura-a pelas nádegas e vai lambendo cada vez com mais pressão. O seu pau parece que vai explodir dentro das calças, de tanta vontade. O corpo dela treme descontrolado, anunciando um gozo que não tarda.
-Ainnnnnnnnnnnn...vou gozarr...aiiii, delícia, não aguento...safado, gostoso....aiiiii
As mãos dela seguram a sua cabeça e apertam-na. Sente-se sem ar, mas nem importa. Pela primeira vez sente o sabor de um gozo feminino na boca e nunca provou nada tão bom. A sua boca pinga de saliva e dos sucos que saem em abundância. Sente um estremecimento intenso, o seu corpo ganha vida própria e dá um urro, fechando os olhos, tremendo. Quando ambos se acalmam um pouco, ele olha para as calças vê uma mancha molhada nelas. Gozou sem necessitar de se tocar...Só de senti-la assim ficou louco. Imagina como seria se a tivesse por inteiro, o seu cacete durinho penetrando devagar, preenchendo-a...fazendo-a mulher.
A luta interna é grande...o que fizeram é grave, mas o que está pensando fazer é bem mais. Será que vai ceder, que vai ter coragem?
O mais ajuizado seria parar por ali...mas Aninha alcança a bolsa e joga-lhe um pequeno pacote prateado. Apesar de nunca ter pego num, sabe muito bem o que é, impossível não reconhecer um preservativo, afinal estão sempre mostrando na tv...
Escuta a voz da tentação falando:
-E aí, Marcelo, vai ter coragem? Vem, me faz mulher, a tua mulher!
CONTINUA...