Meu nome é Marcos e hoje tenho 43 anos mas minha história começa quando eu tinha 13 anos.
Morava com meu pai, minha mãe, minha irmã Pricila de, na época, 9 anos e minha meia irmã Gisele de 16. Nossa família não era a mais perfeita do mundo mas eu não tinha do que reclamar. Meus nos amavam muito mas não tanto a si mesmos, meu pai era bem mais velho que minha mãe, quase 10, e a engravidou aos 16 anos, o que os forçou a casar, as brigas não eram raras e nem as vezes que aconteciam por algo que haviamos feito ou deixado de fazer, mas nem sempre foi assim. Antes dos meus 10 anos eles brigavam muitissimo pouco, mas minhã meia irmã veio morar conosco e eles começaram a brigar muito. Eu sabia que a culpa não era dela, minha mãe tinha um temperamento muito complicado, mas Gisele se sentia um culpada por isso e tambem não foram poucas as vezes que a peguei soluçando, tentando disfarçar choro, eu sempre servi de ombro amigo, passavamos tarde toda juntos rindo e brincando(meus pais trabalhavam e o namorado dela tambem, todos estudavam de manhã, mais como Gisele fazia contra turno a tarde, acabavamos ficando sozinhos) e acabamos nos tornando bem próximos, com o tempo ela também soube reconhecer que as brigas não eram mais por culpa dela também, o que melhorou um pouco os nervos das pessoas em casa. Ela era branca com cabelos até o meio das costas, e eu a achava a garota mais linda da face da terra, baixinha, 1.60 de altura, e magra os seus eram pequenos e duros e sua bunda era normal mas bem redondinha. Minha relação com minha irmã mais nova sempre foi aquela clássica de irmãos, brincando e brigando, rindo e se estapeando, o que não mudou muito de lá pra ca.
Enfim, voltando a história, nos ultimos tempos a mãe de Gisele acabou piorando a saúde e ela queria voltar correndo pra lá, mas meu pai insistiu que ela ficasse mais um pouco, "Só até o fim do ano letivo, ao menos" e a mãe dela concordou.
Eu sabia que minha irmã (eu já a considerava assim depois de tanto tempo juntos e pelo nossa amizade) ia embora em breve e aquilo me deixou triste.
-Por que voce tem que ir?- perguntava meio choroso.
-Você sabe que minhã mãe não ta bem...- ela respondia com os olhos mareados.
-Mas eu te amo...
-Eu também te amo muito maninho- era assim que nos tratavamos.
E no fim sempre davamos um forte e apertado abraço e ela me dava um beijo na testa e saia chorando.
Na última semana dela morando em casa eu acabei ficando bem abatido e não fui as aulas, perdi algumas provas mas eu ja havia passado e não estava me importando muito. Quando ela chegava em casa tentava me animar, mas não tinha muito sucesso e acabava no mesmo clima que eu. Ela iria embora sexta e eu simplesmente não me conformava. Quando chegou na terça daquela fatídica semana eu percebi que ficar lamentando não ia fazer ela ficar mais tempo então decidi que aproveiria de sua compania (meu pai sempre me disse que eu amadureci muito rapido) o maximo que pudesse e naquele dia tudo voltou ao normal, ficamos conversando e rindo o dia todo mas a noite ela saiu, disse que tinha que falar com o namarado. Eu ja imagina o que ia acontecer, eles iam terminar afinal os dois sabiam que a viagem dela não tinha volta, pelo menos não tão cedo, e eu não a vi mais naquela noite.
De manhã acordei com ela chorando e não parecia ser pouco. Fui ver a que tinha acontecido e quando ela me viu veio correndo e me abraçou chorando, eu não disse nada por alguns minutos, só fiquei abraçado com ela le fazendo carinho e esperando ela se acalmar. Ela sentou na cama e e deitei ao seu lado, ela deitou com a cabeça no meu peito e eu fiquei lhe fazendo cafuné até que finalmente perguntei:
-O que foi que aconteceu mana?
-Foi o Rafael!- ela disse em soluços, era o nome do seu namorado. Nunca fui muito com a cara dele mas acabei me acostumando.
-O que ele fez dessa vez?
-Ele já sabia o que eu ia conversar com ele mas ele estava diferente...
-Diferente como?
-Mais...mais...- ela se virou pra mim mas não me olhou, tinha o perdido- mais agrecivo... violento.
Ela voltar a chorar e a me a abraçar forte.
-Não me diga que aquele babaca te bateu?! Porque se ele fez isso eu juro que eu...
-Não!- ela me interrompe com um grito- ele... ele..
-Diga!
Ela me contou tudo. Ele estava com um forte cheiro de bebida e que estava inconformado com o fim do namoro.Ele dizia que em 10 meses eles nunca haviam transado e que por isso ele tinha certeza ela estava o traindo com outro. No meio da confusão os pais dele chegaram e o seguraram, ele quase havia realmente batido nela. Ela disse que ele sentou no chão e começou a chorar e depois começou a gritar pra ela sair de lá. O pai dele tentou conversou com ele e mãe tentava conversar com ela.
-Eu estava quase saindo de lá mano... então ele começou denovo...- Gisele disse chorando e continou.
-Ele começou a gritar que ja sabia com eu havia traido ele e eu chorava dizendo que nunca faria isso... e ele começou a gritar um nome...- ela me olhou nos olhos e disse- ele começou a gritar o seu nome.
A minha expressão nesse momento foi de espanto mas ela por um momento perdeu a faceta triste e tentou esboçar um sorriso. Eu não vou ser falso ao ponto de dizer que nunca havia olhado pra ela como mulher antes, principalmente na idade em que tava, mas eu sempre tentava fugir desse pensamento e agir naturalmente com ela, mesmo que lá no fundo esse sentimento existisse. Ela continuou dizendo:
-Ele dizia que sempre desconfiou do tempo que passava contigo sozinha- nesse momento a tristeza voltou a ela com tudo- e ele começou a me xingar dos piores nomes possíveis e a ti também... eu não aguentei ouvir ele dizer aquelas coisas de ti e dei o tapa mais forte que consegui na cara dele! Ele tentou reagir mas o pai dele o segurou com todas as forças e a mãe dele me poxou pra fora de casa e disse que me entendia, que se fosse ela faria o mesmo, mas me disse que eu devia ir embora e foi o que eu fiz...
Ela se aconchegou no meu peito e me abraçou forte mas não chorou, se sentiu aliviada e até sorriu.
-Você sabe que eu nunca gostei dele, que achava que você merecia alguem melhor do que ele...-ela me olhou profundamente e eu a ela- depois de tudo o que ele disse sobre você, sobre nós... ele que agradeça a deus por eu estar lá senão ia parti-lo ao meio!
Ela riu, apertou o abraço e voltou a me olhar.
-Eu não bati nele pelo que me disse, ou inssinuou sobre nos dois, na verdade, eu bati nele pelo que ele disse sobre você... Não aguentei ouvir aquilo...
Eu fiquei espantado denovo masvela não pencebeu. Ela se ajeitou e ficou ao meu lado com a face na altura da minhã, abraçada comigo.
-Como assim?- perguntei gaguejando um pouco e ela riu e disse:
-Desde que eu cheguei você sempre foi doce comigo, gentil, me levantou em momentos difíceis, me escutou, aconselhou,me fez sorrir, me defendeu de todos... Você sempre foi tão maduro, decido, forte, mas ao mesmo tempo gentil, solidario, engraçado e... bonito -esse último adjetivo ela disse praticamente sussurrando- eu não aguentei ouvir o que ele disse sobre você...
Nos dois nos olhavamos profundamente, pareciamos penetrar as nossas almas e descobrir os segredos e desejos mais bem escondidos e eu só consegui dizer:
-Eu te amo mana...
-Eu também te amo- ela respondeu com os olhos mareados denovo- te amo muito...
Ela subiu a sua mão das minhas pra minha nuca e foi chegando cada vez mais perto e finalmente nos beijamos. Um beijo terno e pleno, mas ao mesmo tempo cheio de amores e desejos. Um beijo que eu nunca esqueci e nunca esquecerei. Pareceu durar dias, semanas, meses, o tempo simplesmente não passava, naquele momento eramos um do outro e só nos dois existiamos no universo e quando aquele momento mágico, que parecia ter durado milênios, acabou, nos olhamos com amor, nem desejo, nem tesão, só o mais puro amor e ela me disse:
-Eu sempre te amei!
Continua.