CAPÍTULO 14
Acordei não sei que horas, e notei que ele continuava ali, lindo. gostoso, ressonando, um pouco mais longe de mim - tínhamos nos desvencilhado - uma visão privilegiada.
Levantei-me devagar e fui pro banheiro. Abri a ducha e entrei pro banho, feliz... Deixei a água cair sem pressa...
Ouvi o barulho dele se levantando e então ele entrou, preguiçoso, pegando meu rosto entre as mãos naquele beijo...
- Oi meu querido... bom dia!
- Dormiu bem ?
- Nossa ! Muito. E você ?
- Muito bem cara...
- A gente tava precisando né ?
- Hã Hã...
- Posso tomar banho contigo ?
- Bom... Já invadiu, né? Rs.
Ele me abraçou gostoso, dessa vez por trás, e começou a beijar minha nuca, meu pescoço, virou meu rosto e me beijou, agora sim quase me devorando...
- Hora de pagar dívidas...
Foi descendo com sua língua pelas minhas costas enquanto suavemente me empurrou e me encostou na parede fria de azulejos. Foi descendo sem pressa, passeando com suas mãos fortes e sua língua ágil por cada parte do meu corpo.
Abriu minhas pernas e mergulhou a língua no meu buraco, chupando gostoso... abaixou-se mais e engoliu minhas bolas, me virando de frente para ele. brincou um tempo com meu cacete já duro, até engoli-lo sem cerimônias, enquanto uma mão explorava meu mamilo direito e a outra oferecia seus dedos para que eu chupasse...
- Porra, tava com saudade disso também Bruno...
- Eu também...
- É ?
Ele subiu e jogou seu corpo sobre o meu, deixando que eu sentisse todo seu peso. Me beijou com força, segurou minha cabeça e começou a forçá-la levando-a até seu peito eriçado. Chupei gostosamente seu peitinho duro, enquanto com a mão acariciava seu volume rijo ainda preso em sua cueca encharcada.
Fui descendo devagar até chegar ao seu caralho. Desci a cueca justa e molhada por suas coxas e caí de boca, numa gulosa bem caprichada e faminta. Ele gemia e se contorcia, soltando grunhidos baixinhos...
- Continua...
Ele se virou repentinamente e abriu as pernas, mostrando o que queria. Sem muita demora, caí de boca em seu cuzinho molhado, lambuzei-o com minha saliva e sem demora, me colocando de pé encaixei meu cacete ali e forçei a invasão, segurando sua cintura e beijando suas costas e nuca.
Ele empinou a bunda gostosamente, segurou e abriu sua bunda carnuda e me puxou para dentro...
- me fode gostoso...
- Goza prá mim...
- Me come...
- toma...
Bombei forte, e o tesão era tanto que gozamos logo, cansados...
Estava de saída para o trampo, devia ser por volta de 08hVocê vem prá cá de noite Bruno?
- Daniel, vai depender. Tenho zilhões de coisas prá fazer, se sair no horário te ligo e a gente se vê, caso contrário deixamos prá amanhã, beleza?
- Tá bom. Se preferir e quiser me dá um toque e vou pro seu AP.
- Tá legal... Deixa eu ir. Se cuida heim...
- Pode deixar.
Ele me puxou e me abraçou forte.
-Valeu por ter vindo e ficado comigo viu? Tava precisando...
- Que isso... foi um prazer... rs
- ah... se eu tiver novidades te ligo heim.
- Por favor! Vou estar torcendo.
- Beijo...
Saí feliz por Tê-lo confortado de certa forma, mas frustrado por não ter conseguido adiantar nada do que queria. Na verdade, saía mais envolvido e mais enrolado do que chegara... Foda!
Trabalhei bastante, e o trampo sempre me ajudava a espairecer um pouco e desanuviar os pensamentos. Doce ilusão e uma forma tranquila de ir empurrando com a barriga. Mas já sabia o que eu precisava fazer. Era só fazer...
Estava em casa, banho recém tomado e me preparando para comer alguma coisa quando tocou o interfone. Era o porteiro dizendo que ele estava lá embaixo.
Luz amarela! Agora aparecia assim, sem nem dar um alô...
- Pode deixar subir, por favor.
Abri a porta e lá estava ele, sorridente, bonito, bem mais disposto...
- Porra, que aconteceu contigo... Seu celular não atende !
- Sério...?
- Tentei ligar várias vezes... Só Caixa postal, fiquei preocupado...
- Podia ter ligado aqui.
Ele ficou sério...
- Ei, não liguei aqui porque estou falando de duas horas atrás. Você quer que eu vá embora? É só falar... Não quero incomodar.
- Ei,ei, ei... Calma! Só estranhei, você sempre avisa...
- Tentei avisar.
- Tá bom, desculpa... foi mal.
- Poxa, só queria e dar uma notícia boa...
- Te chamaram ?
- Hãhã...
- Poxa Daniel! Parabéns cara! Tô muito feliz !
Eu o abracei com sinceridade. Ele retribuiu friamente.
- Bom, notícia dada...Vou saindo.A gente se fala.
- Cara... pera aí!
- Me liga amanhã,ok ?
E foi...
Fiquei morrendo de raiva de mim mesmo.
Merda de celular... Isso era hora de descarregar e eu nem notar ?
E que droga de defesa era essa na qual estava me escondendo, que me deixava tão chato em relação a esse lance de "invasão de espaço". Em outros casos, tudo o que eu queria era ser surpreendido com uma visita inesperada, carinhos sem data marcada...
Que frescurice era essa ?
Peguei o telefone e liguei no celular deleCAPÍTULO 15
- Oi.
- Daniel... desculpa. Volta aqui, deixa eu falar contigo.
- Falar o que Bruno? Parece que você quer ficar de boa...
- Ah, cara... pára. Nada disso. Só fiquei surpreso. Não quero que fique bravo.
- Não tô bravo, Bruno. Tô chateado... coisa de bicha.
- Bobo!
- Seguinte cara... Eu só volto aí se você desembuchar tudo o que quer falar comigo, e fica se esquivandoE aí?
- Vem... Vamos conversar.
- Beleza, mas não aí. Quero dar uma volta. Nada de ficar preso aí.
- Onde ?
- Deixa comigo.
Medo.
Em cinco minutos ele estava ali de volta. Cara de moleque triste, carente e magoado. Dava vontade de ao invés de sair prá falar sério, colocá-lo no colo como na noite anterior...
Me deu um abraço leve.
- Porra cara...Se não quiser ter surpresas assim, deixa essa porra do celular carregado e disponível ou me dá um toque e fala que não está a fim de falar nem de me ver. Vou respeitar. Já te mostrei isso.
- De novo,desculpa...
- Tá bom.
- Mesmo?
- Sim... Deixa eu te contar antes que fique amuado de novo. Me chamaram cara! Começo em 10 dias! Antes, tenho um treinamento no Rio semana que vem... Eu tava todo feliz querendo te chamar prá ir comigo.
- Quando?
- De Terça a Quinta. A gente podia emendar o finde lá. Que tu acha?
- Rio? Fim de semana ? Tentador.
- Imagina que delícia,pegar uma praia,feijoada na Mangueira... Vamos?
- A gente pode pensar nisso Daniel, mas depois do nosso papo de hoje.
- Sei...desconfiava dessa resposta.
- É importante. Você que vai decidir se quer que eu vá ou não.
- Ok...Pode começar...
- Não queria sair?
- Queria. Mas não mais.
Comecei a falar logo, antes que desistisse de novo...
- Daniel, é o seguinte. Tô bolado cara... A gente se conheceu há menos de duas semanas. Rolou uma química muito boa. Fomos e temos sido honestos um com o outro desde então. Absurdamente transparentes...
- Até demais né ?
- Não, como tem que ser. Tenho que te confessar que tem sido muito bom ficar contigo. Você é bom papo, bom de cama, sedutor, companheiro, parceiro...
- Nossa, tá bom... eu caso!
- Posso continuar?
- Sorry!
- Você deve ter notado que tenho uma vida resolvida cara. Sou tranquilo em relação à minha opção sexual, decidido e desencanado. Já tive alguns relacionamentos muito estáveis, outros nem tanto. Já amei, sofri, esperei, retribuí, me desencantei. Tudo normal. Tudo cereja do bolo. Não me iludo com felicidade plena...
- Tá...? Já notei sim Bruno. E isso que me atrai em você...
- Mas e você, cara ? Qual é a sua afinal ? Você também parece extremamente resolvido, desencanado e decidido, mas vem de um lance com uma namorada de mais de um ano e vez ou outra quer e precisa provocar a mulherada para se satisfazer... Isso tá me deixando encanado.
- Daniel, você não tem nenhum fetiche? Nenhuma tara?
- Sei lá...
- Olha só... Eu venho de um caso de um ano sim. Gostava da Dany, mas isso não significa que não dava minhas escapadas. Sempre curti homens Bruno. E sempre fui tranquilo em relação a isso. Mas os carinhas com os quais me relacionei em Ribeirão eram só aventura. Carne, sacou ? Foda e tesão. Só isso.
- E... ?
- Não é assim contigo. Com você é foda, é tesão, mas é vontade de ficar junto, de dividir as coisas, de conquistar aos pouquinhos. Não preciso de mais ninguém cara...
- Você...
- Não, desencana! Mentira se eu te disser que te amo! Eu diria que estou aberto a te amar, cara! Que acho que se você deixar, me apaixono rapidinho. Eu estou me segurando e controlando porque percebo que tu ainda não está seguro quanto à isso...
- Não é questão de segurança...
- É sim cara... Só que justamente por isso fiz questão de me revelar da forma que sou, sem máscaras e sem rodeios desde o início. Tenho minhas taras sim. Tenho meus fetiches. Gosto disso e sou assim... Preciso disso sempre? Não! Vou querer isso às vezes ? Sim! E você precisa saber, pois se eu quero você ao meu lado, é contigo que vou querer fazer tudo isso...
- Cara, eu...
- Vou te ser honesto Bruno! Eu JÁ estou envolvido contigo. Gosto da sua companhia. Tenho tesão em você. Passo o dia querendo dividir coisas que vi, que aprendi, que descobri. Mas me controlo, para não te assustar.
- Não precisa disso.
- Como não? Viu agorinha a pouco o que aconteceu? Pelo fato de não ter te ligado avisando - aliás, não ter conseguido ligar
- você praticamente deixou de lado qualquer outra razão para se sentir invadido...
- Velho... é medo.
- Mas tu mesmo não falou que isso é cereja do bolo cara? Como pode ficar se podando, não se permitindo, se blindando?
- Ah, Daniel... Falar é fácil cara! Acho que no fundo sou um puta de um careta, morrendo de medo de me apaixonar por um cara que é mais resolvido do que eu me julgava ser, e sem entender direito como lidar com isso...
- Eu concordo.
- Eu sei que concorda...
Ele me segurou pelo ombro de leve, pela primeira vez quebrando a distância que tínhamos nos imposto durante a conversa...
- Escuta aqui rapaz... A gente no fundo quer a mesma coisa. Tu tá feliz comigo, eu tô feliz contigo... Tu tem suas neuras, eu tenho as minhas. Elas são diferentes, mas são neuras... Porque não relaxa um pouco? Sabendo disso tudo, que pode dar certo ou não, que a gente pode se fazer feliz ou se machucar, que estamos no mesmo barco... Vamos ver onde isso vai dar cara? juntos... Sendo honestos como estamos sendo.
- Cara, e se a gente começar a se anular ou se contrariar para agradar ao outro?
- Aí, mais uma vez a gente vai jogar limpo, conversar, ver se algo pode ser feito, tentar consertar, e escolher o melhor...
O convite era maduro. E honesto...
Eu queria tentar...
- Beleza então rapaz... Eu estou mais tranquilo em ter aberto tudo prá você... Tava bolado, assustado, confuso... Com medo sim de me envolver e você a qualquer hora dar a meia volta e se mandar atrás de suas taras loucas...
- Hahahaha... Não vou te deixar assim. Minhas taras loucas só tem sentido com um cara como você por perto, sendo parte delas...
- Seu puto.
- Sou mesmo...
- Ah!
- cara, falando sério... Relax. Confia em mim. A gente tá junto nessa, jogando aberto e somos adultos. Chega de melindres e vamos cuidar de nós, vai dar tudo certo...
- Ok. Essa sua maturidade às vezes me atordoa...
- Eu já vi que eu tô fodido contigo... Minha maturidade te atordoa, minhas taras e fetiches também... Tu vive atordoado comigo então?
- É mais ou menos por aí...
- Hahhahaha... Olha só, eu também fico atordoado contigo cara. De um outro jeito, mas fico.
- Tá...
- Bruno, é sério. Nesses últimos 6 anos ao menos, você é o cara que mais me completa. Eu me vejo junto de ti prá viver uma vida, cara... Não quero que isso te assuste, mas é só prá que tu saiba que não estou brincando tanto assim.
- Tô atordoado...
- Vem cá...
Mais uma vez aquele puxão, aquele abraço envolvente, aquele cafuné no cabelo, aquele beijo quente e verdadeiro.
- Confia em mim ?
- Confio...
- Vamos tentar ?
- Vamos.
- Sem neuras ?
- Vou fazer o possível, prometo.
- Vem comigo pro Rio ?
- Calma...
- Calma não, quero saber... Vai me dar esse voto de confiança?
- ...
Ele beijou minha orelha, sua língua brincando enquanto sussurrava...
- Vamos comigo, vai... Quero passear contigo na beira da praia, pular onda, ver o nascer e o pôr do sol, deitar contigo na areia, te fazer dormir... Deixa...
- Você vai na Terça?
- Isso.
- Eu te encontro lá na Sexta Feira então.
- Uhuhuhu !!!
E nos abraçamos mais uma vez, indo juntos em direção ao quarto.
Começava assim minha aventura maior.
Não tinha como me enganar. Eu estava apaixonado.
E precisaria pagar para ter a certeza de tudo que ele tinha me dito...
O Rio de Janeiro ia me mostrar...