Eu fui dormi bem aquela noite, apesar de estar ao lado do Gui bicudo ao meu lado, eu naquela mesma tarde conversei sobre o Gui, ele ficou muito enciumado, queria que eu dormisse ao seu lado no casarão, mais sem possibilidades disso, eu gostava de estar nos braços dele mais não queria dormir com ele, voltei e o deixei resmungando na varanda do casarão e fui para o chalé tomar banho para a ceia de natal que aconteceria no decorrer da noite, me arrumei, estariam todos da nossa família ali, eu não podia só ficar apresentável eu tinha que estar na beca, quando sai do banheiro os olhos do Gui chegaram a brilhar, não durando muito ele tira o lindo sorriso do rosto e baixa a cabeça, aquilo estava me deixando muito mal, não queria magoá-lo.
-Se ta muito lindo, uma pena ser para o Renato.
-Quem te disse essa besteira.
-Não se fez Lucas, depois do que aconteceu hoje no pomar eu perdi todas as esperanças em ti, mais desejo do fundo do meu coração que ele te faça feliz do jeito que eu não pude nem ao menos tentar.
-Para Gui, se tu intenção é me deixa mal, ta conseguindo.
Eu sai do chalé com os olhos mareados e fui para debaixo de uma enorme figueira perto do portão do sítio eles estavam me deixando muito confuso, um eu tinha absoluta certeza que o amava mais não sabia se do jeito certo, e o outro estava começando a aprender a amar, isso mexe muito com a cabeça de qualquer pessoa, prometi a mim mesmo naquele instante que não iria permitir que nada que ambos fizessem iriam interferir no que eu estava começando com o Re, eu precisava ao menos tentar agora que já tinha começado. Meu celular começa a vibrar, com os olhos ainda meio embaçados tento olhar na tela quem era. Sem conseguir prefiro atender.
-Ãm? OI?
-Oi, Lucas aonde se tá?
-To por ai, quem é?
-Nossa Lucas depois da manhã que tivemos não reconhece minha voz mais?
-Ai Desculpa Re, mais eu não quero ficar perto de ninguém no momento.
-Lu, não é por isso, é que o Gui aparece aqui sem tu ao lado todos ficaram preocupados ao saber que tu saiu do chalé e não apareceu aqui, ai resolvi te ligar quando soube, se tu não ser sinal de vida eles vão a sua caça.
-Re, diz que eu voltei para o chalé que eu me sujei e fui trocar de roupa, eu to voltando pra lá agora, me encontra lá?
-Lu é claro que eu te encontro lá.
Eu voltei sem muita pressa para o chalé, ao chegar lá tenho uma desagradável recepção do Gui juntamente ao Re ambos olhando serio para mim. Eu não sei se vou aguentar a essa discussão a três da forma com que eu acho que eles planejaram.
-Bom olha quem apareceu.
-Sem ironias Guilherme por favor.
Eu nunca o chamava pelo nome, quis mostrar o quando ele me deixou chateado com a atitude dele.
-Re porque ele veio junto?
-Ele me viu vindo para cá e me seguiu quando me dei por mim ele já estava aqui.
-Ei não fala de mim como se eu não estivesse aqui, Okey?
-O que você quer Guilherme?
-Você.
-Pois acho que chegou tarde, ele já tem dono.
-Quando eu me dirigir a palavra a ti nós conversamos.
-JÁ CHEGA, que saco, eu não planejei nada disso, vocês simplesmente querem acabar com o natal não só com o meu mais com o de vocês também, quer saber de uma coisa, eu quero ficar sozinho, mais tarde eu apareço lá para jantar, saiam daqui por favor.
Eles me olharam com uma cara assustada, para ser sincero até eu me assustei com minha atitude, mais eu estava nervoso e acabei me exaltando, mais eu realmente estava precisando desse tempo sozinho para pensar, e com toda essa pressão e eles em cima a única coisa que eu conseguia pensar era como os dois eram lindos, um moreno cabelos incrivelmente lisos formando uma leve franja sobre os olhos e que olhos aqueles olhos azuis me encantavam muito, que somava com um incrível corpo trabalhado nas aulas de natação, e outro Cabelos ondulados cor de mel, juntamente com seus olhos que mais pareciam amarelos do que castanhos, que me prendiam quase me fazendo me esquecer do seu corpo delicioso de tenista, mais eu não podia me prender a aparência deles e sim ao que cada um me fazia sentir e se era recíproco, adentrei o chalé totalmente revoltado com meus pensamentos deixando ambos na rua me olhando, tranquei a porta porque como eu disse não queria ser incomodado com assuntos que seriam realmente relevantes serem discutidos mais não agora não era hora nem lugar para aquilo. A única preocupação que se passava por minha cabeça era me recompor para aturar meus parente bêbados com suas piadas sobre pavê, mais sou surpreendido com um abraço, o que me assustou muito pois eu não esperava que ninguém ousasse entrar ali e eu também tinha trancado a porta, como alguém tinha entrado ali, quando me lembro que o Gui tinha uma chave também, quando me viro ficando totalmente nos braços dele, mais quem estava ali era o meu toquinho de amarrar bode, o que o Renato estava fazendo ali, e porque o Gui deu a chave para ele, que me olhava com uma voracidade que achei que ele me comeria apenas com o olhar.
-Vamos continuar o que começarmos no pomar?
-Não Renato eu já disse que quero ficar sozinho.
-Mais...
-Não tem nada de mais, eu não vou voltar atrás do que eu disse.
-Então pelo menos não dorme mais aqui com aquele idiota.
-Não fala assim dele, e eu já te disse que eu não vou dormir naquele aperto daquele quarto no casarão.
-Tu ainda defende aquele idiota, ele ta tentando te roubar de mim e tu ainda defende ele , porque não pega ele pra ti.
-Se tu continuar com essa crise infantil de ciúmes vou pensar no caso.
-Ossa tais ficando igual a ele.
-Então eu estou mais legal é isso.
-Ai quer saber, já vi que tu ta é louco por ele e não por mim não sei porque tento ainda, faz um favor pra nós dois, fica com ele que é quem tu realmente ama e evita falar comigo me deixa quieto no meu canto ta, Obriga.....
-Para Renato, tu ta colocando palavras na minha boca, para de querer tomar medidas drásticas, de querer deixar o ciúmes falar mais alto, eu não quero isso para nós dois.
-Eu já disse o que eu quero, não vou ficar sofrendo de amor por alguém que não me corresponde.
Ele saiu antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, eu cai na cama e fiquei fitando o teto até que não consigo segurar as lágrimas escorrendo pelo rosto, eu não via a hora de ir para a minha casa não queria mais viver aquela coisa surreal que estava acontecendo comigo.