- Capítulo Um -
Mudanças
Tudo estava simplesmente silencioso e escuro no andar debaixo. Uma única luz vinda do segundo andar iluminava os degraus da escada. Anthonny – um garoto de 19 anos, moreno claro, olhos castanhos, 1,69alt, 80kg, meio gordinho com o cabelo liso jogado de lado – abriu com receio a porta da casa, pois nesse horário sempre tinha alguém a sua espera.
O garoto caminhou até o primeiro degrau iluminado, hesitou por alguns segundos, mas criou coragem para encarar o que o esperava lá em cima. Sem fazer o menor barulho começou a subir, chegando ao fim da escada, notou que a porta estava entreaberta, e pela única fresta dava para ter uma boa visão do quarto. Felipe – moreno bronzeado, malhado da academia, cabelo cortado estilo soldados do exército – estava no que parecia a melhor relação amorosa de sua vida. Anthonny não conseguia reconhecer quem estava com ele.
– Isso gato, mete todo esse seu pau no meu cuzinho. Hum! Que delícia. – dizia o outro rapaz. – Quando, irá contar para o seu ‘ex’, que entre vocês está tudo acabado?
– Aaah esse seu cuzinho apertado, me da vontade de gozar toda vez que o vejo. – respondeu Felipe. – Agora não é hora para falar do Thony. Vem cá que agora vou te pegar de 4, quero meter sem dó.
Anthonny assistia e ouvia tudo, sem dizer nenhuma palavra. Conhecia muito bem seu namorado, e sabia até onde aquilo iria. Por força do momento não conseguia tomar decisão nenhuma, estava imóvel no último degrau da escada. Com pensamento longe.
“Ex-Namorado? Como assim, ontem mesmo estava falando que me amava que queria passar o resto da vida ao meu lado. Será que fiz alguma coisa de errado, ou posso ter dito alguma coisa essa manhã para ele me trair dessa maneira?”. – O garoto estava com o pensamento longe, até que foi puxado de volta a realidade pelos barulhos que vinham do quarto.
– Isso Lipe mete sem dó. Só eu dou conta desse seu pau grosso e grande. Ninguém mais dá, nem o seu namorado. Ah... Aaaah... Hum! – gemia o outro cara. – Não é atoa que o Thony, ainda é virgem.
– Para de falar nele, meu amor. Hum... Aaah – dizia Felipe entre gemidos. – Vou gozar, não agüento mais. Todos os dias você vêm, tomar meu leitinho na boca. – disse Felipe, tirando a camisinha e colocando se pau no rosto do outro cara.
– Felipe chega, essa noite vou querer mais. Passarei a noite aqui com você, dormirei abraçadinho com você, se o Anthonny nos pegar problema dele. – respondeu colocando o pau na boca.
– Isso.. aah, assim mesmo hum. Vou gozaaaaar! Aaaah! – gemeu Felipe.
Anthonny começara a chorar com as coisas que ouvira lágrimas e mais lágrimas manchavam seu rosto. Precisava tomar uma atitude, mas ainda não escolherá. Começou a andar lentamente em direção a porta...
– Anthonny, você ainda está ai? – perguntou uma voz impaciente ao telefone.
– O quê? Desculpa Chris, meio que me perdi aqui. Mas como eu te disse ainda não sei se vou hoje à noite. Todos em casais, com certeza terá um em especial que não ficará muito feliz em me ver. – respondeu o garoto, tentando dar uma boa desculpa.
– Olha para com essa bobeira, pensei que já tinha superado isso. Faz nove meses que isso aconteceu. Ou seja, nove meses que eu venho tentando te tirar dessa sua casa. – comentou Chris. – Não quero nem saber, às 20h30min te pego ai na sua casa, vou com o carro novo que ganhei de aniversário. Sim aquela festa que você também não participou.
– Mas acabei de dizer... – começou Thony.
– Chega! Você vai e PRONTO. – interrompeu Chris desligando o celular.
– Esse garoto me da medo as vezes. – falou o garoto.
Anthonny olhara para a tela do celular, para se certificar se teria tempo para se arrumar, pois como Chris havia dito, ele iria. O relógio marcava 20h00min, ou seja, menos de 29min para se arrumar, porque Chris era uma pessoa pontual. Não demorou muito, e já estava pronto. Olhou-se no espelho pela última vez, usava uma calça jeans clara, camiseta azul anil, com uma jaqueta branca e um all star preto. Já que não tinha escolha, se vestiu com suas melhores roupas.
Não demorou muito e ouviu uma bozinha avisando que Chris havia chegado.
– Tchau, dona Lúcia. Vou dar uma saidinha com o Christian, mas não vou demorar. – avisou Anthonny.
– Tome cuidado, meu menino. – respondeu uma voz feminina.
Anthonny saíra pela porta da frente de sua casa, sentindo a brisa que anunciava que a primavera havia começado. Avistara o lindo carro que seu amigo ganhara de aniversário – modelo Novo UNO na cor vermelha.
– Vai demorar muito, ou ainda vou ter que ficar te esperando. – apressou Chris.
– Mas já esta de mau humor, e olha que ainda nem chegou à festa. – brincou Anthonny, entrando no carro.
Assim que o garoto fechou a porta do carro, Chris deu partida. Passando rapidamente pelas ruas, que conhecia muito bem. Conversavam sobre derivados assuntos, até que o inevitável aconteceu.
– Está preparado para revê-los depois daquela noite? – perguntou Chris.
– Só saberei no momento em que os ver. – suspirou Thony. – Foi tudo tão rápido, que nem eu sei o que aconteceu direito.
– Olha Thony, estaremos todos lá ao seu lado. Foi ele que saiu perdendo. – consolou.
O restante do trajeto para a tal festa, foi silenciosa entre eles. Chris não quis forçar a barra em relação à vida pessoal do amigo, e Thony também não estava interessado em falar sobre o mesmo.
– Chegamos. É hoje que você volta ao normal. – brincou Chris dando um tapinha nas costa do amigo.
“Será?” – pensou o garoto.
A festa era em uma boate GLS, mas a temática era diferente de todas as que Anthonny já havia ido. Estava tudo enfeitado com luzes neon, mas no centro da boate havia um karaokê, onde muitas pessoas esperavam impacientes para cantar. Logo que entrou Chris foi logo pegando bebidas para ambos, pois seu lema é: Festa sem bebida não é festa. E se juntaram com os amigos de sempre.
– Não acredito em quem estou vendo. – disse Rafaela abraçando o amigo. – Renascendo das cinzas em moço.
– Aqui está o nosso Thony. – piscou Diogo.
– E ali está o Felipe se aproximando, com o namorado. – apontou Chris.
“Pensei que iria vê-los juntos, mas não na mesma hora que eu chegasse à festa”. – pensou Thony.
– Oi pessoas. – cumprimentou Felipe. – Anthonny você por aqui? Pensei que havia decidido ficar trancado no seu quarto!
O garoto simplesmente o olhou, deu as costas e saiu à procura de um banheiro. Diogo o acompanhou, pois sabia que se ficasse daria confusão.
– Thony não fica assim. Ele não te merece.
Anthonny simplesmente tentava esquecer, o que ouvira. Estava ali para se divertir então era o que iria fazer. Junto com Diogo foi para o centro da pista de dança, onde começou a dançar como nunca. Sempre olhando para os lados para ver o que acontecia ao seu redor. Com algumas horas de dança e umas bebidas na cabeça Anthonny ouviu:
– Este é o momento pessoal, última música do karaokê essa noite. Quem irá se arriscar?
– EU! – gritou Anthonny.
Todos seus amigos se surpreenderam com a decisão do garoto. Chris que nem prestava atenção, pois estava ocupado beijando um garoto desconhecido, parou o para ver o que estava acontecendo. Muitas pessoas aplaudiram a decisão desse garoto corajoso, já Felipe fez uma cara de nojo.
– Então último corajoso da noite, qual será a sua música? – perguntou o anfitrião da festa.
– I’m Done – The Pussycat Dolls. – respondeu Anthonny.
– Uma balada romântica? Vamos mudar o ritmo um pouco então pessoal. – brincou o rapaz, entregando o microfone para Anthonny.
Assim que o instrumental começou a tocar, o garoto nem se importou em olhar para a pequena tela que havia aos seus pés, pois sabia a letra de cabeça. Esse era o seu momento todas as pessoas, conhecidas ou não o olhavam ansioso. Com o decorrer da música o pessoal, já havia percebido que a música havia sida escolhida por um propósito, que o garoto sabia o que estava fazendo, pois tinha uma excelente voz. Com o termino da música, muitos casais se beijavam, dançavam agarradinhos, pois realmente o clima mudara na boate. Anthonny devolverá o microfone, e fora se juntar aos seus amigos que o esperavam, gritando de alegria.
– Cara de onde você tirou isso? Foi demais. – elogiou Diogo.
– Me apaixonei por você. – disse Rafaela beijando o rosto do amigo.
– Bem que eu sabia que seria uma boa idéia, ter te tirado de casa hoje. – disse Chris se aproximando do grupo.
– Você canta muito bem. – elogiou o rapaz que havia chegado com o Chris.
– Pensou que estava fazendo o que? – perguntou Felipe. – Essa ceninha na frente da boate toda, só para chamar a minha atenção?
– Felipe não me enche, sou mais homem que você. E tenho coisa melhor, para fazer. Cadê aquele seu namorado? Ele já se cansou, e foi te trair com outra pessoa... – Thony foi interrompido por um soco na cara.
– Ficou louco Felipe? – interveio Rafaela.
Sem que nota-se a confusão estava feita, Diogo partiu para cima de Felipe. Rafaela e Chris tentavam separá-los, antes que os seguranças da boate aparecessem. Porém o mais importante eles esqueceram, Anthonny. O garoto havia sido retirado de lá assim, que receberá o soco.
– Onde eu estou? – perguntou Anthonny, sentindo a dor sobre o olho esquerdo.
– Está do lado de fora da boate, no estacionamento. – respondeu um rapaz que tentava colocar uma garrafa de água gelada sobre o inchaço.
– E quem é você? – perguntou.
– Bryan Willians. Prazer. – se apresentou o garoto. – A propósito gostei da sua voz.
Obs: Pessoal, sou novo. Gosto de escrever então depois de muito ler alguns contos aqui decidir postar um meu. Já aviso que não terá sexo em todos os capítulos. Espero que vocês gostem, porque dependo de vocês para continuar postando.
Obrigado.