Era início de dezembro e meus pais tinham ido viajar. Eu tinha 16 anos e me chamava Tiago. Sim, me chamava, porque mudei de nome, mas vocês ainda vão entender isso depois. Eu teria o mês todo só para mim, na minha casa. Eu estava sozinho depois de almoçar (miojo, fazer o que!), quando o telefone tocou.
Era meu amigo de infância, Léo. Ele estava me convidando para passar uns dias na sua casa, já que a mãe dele (separada do pai) tinha ido viajar durante a semana e ele estaria sozinho com a irmã, Camila, de 22 anos. Disse que estava sozinho e aceitei. Arrumei umas roupas, pus na mochila, peguei minha bicicleta e fui até a casa dele.
Há quase um ano não o via. Eu e Léo havíamos crescido juntos, pois éramos vizinhos. Eu passava mais tempo na casa dele do que na minha, mas me mudei. Continuei indo até a casa dele por um tempo, mas aos poucos, perdemos contato. Agora, eu voltava à casa dele depois de muito tempo.
Cheguei e conversei com ele e a irmã, que tinha acabado de se formar na faculdade. Ela era farmacêutica. Ela não era bonita: tinha cabelos cacheados de que eu não gostava muito, e era um pouco vesga. Mas nunca tive qualquer pensamento desse tipo com ela - eu tinha namorada.
Léo tinha acabado de começar um namoro. Ele me contou, e eu ri um pouco. Ele sempre foi um pouco tímido com garotas e eu sempre o ajudei com isso. Não que eu fosse pegador, mas não tinha vergonha delas, o que é normal com crianças.
O dia transcorreu normalmente. Jogamos videogame e ficamos no computador. À noite, fomos dormir no quarto dele. Ele gentilmente deixou que eu dormisse na sua cama e pegou um colchão para ele se deitar no chão. Mas, antes de dormir, conversamos por bastante tempo. Conversamos tanto que ele subiu na cama comigo, e se deitou ao meu lado. Era meio apertado - cama de solteiro - mas cabia.
-Sem viadagem aí - brinquei.
Ele começou a contar mais detalhes do namoro. disse que tinha perdido a virgindade, e contou como a namorada o conhecia bem e sabia como deixá-lo feliz. Tentei ficar feliz por ele, mas não consegui. Achei que era inveja, já que eu não tinha uma namorada que me desse tanta felicidade, mas aos poucos percebi. Era ciúme meu. Achei isso idiota e meio gay. Mas fiquei pensando bastante. Ele não era muito atraente, usava óculos e era gordinho. Sabia que ele tinha conseguido aquilo com ajuda dos meus conselhos.
Mas ao mesmo tempo, percebi que o amava muito. Muito mesmo, mais do que tinha amado qualquer amigo. Talvez mais do que um amigo... tentava afastar aquilo da minha cabeça, mas não conseguia evitar. Eu não era gay, mas não podia evitar em pensar naquelas coisas.
Conversamos por muito tempo, falamos do namoro de cada um. O relógio já apontava mais de três da manhã. Eu fui pensando no que estava sentindo, era uma grande confusão de sentimentos... fiquei mais quieto, é claro, e ele percebeu. Perguntou-me o que era, mas disfarcei. Depois, tive que admitir.
-Sei lá cara, acho que um pouco de ciúme dessa tal de Isabela (namorada dele). Ela mal chegou e já te conhece mais que eu - falei com um sorriso, como se estivesse me desculpando.
-Ninguém me conhece mais que você - disse ele.
Corei com aquilo. Foi um momento constrangedor: dois heterossexuais abrindo o coração um pro outro dessa maneira. Ele riu.
-Foi muito fofo - disse ele, e pra minha total surpresa, me deu um selinho.
Ele foi para a cama dele, me desejando boa noite. Eu respondi, mas demorei muito para dormir. Eu tinha vergonha de admitir, mas tinha adorado aquiloO outro dia foi constrangedor e nenhum de nós sabia direito como agir. Em um momento em que ficamos sozinhos juntos, ele falou.
-Olha cara, esquece aquilo de ontem. Vamos agir normal. Nada aconteceu. Ta bom?
Assenti, mas no fundo fiquei muito magoado. Não tinha significado nada?
Voltamos a agir normalmente e passamos o dia como se nada tivesse acontecido - ou tentamos. À noite, quando saí do banho, Léo entrou, então resolvi falar com a irmã dele e abrir o coração. Ela me conhecia um pouco.
Pra minha total surpresa, ela riu.
-O Léo acabou de falar tudo isso pra mim também - disse ela.
-Mas eu pensei que ele não queria mais nada! - falei.
-Claro que quer, tolinho. Ele achou que você não tinha gostado.
Fiquei bem mais animado.
-Eu tenho uma ideia - disse ela. -Para vocês darem certo. Quer tentar?Fui sacudido e acordei. Era Camila. Era hora do nosso plano.
Ela me levou a seu quarto. Sentei-me e ela começou a me maquiar.
Passou blush, rímel e batom. Me sentia uma puta, mas fiquei muito excitado e meu pau parecia que ia explodir: nunca pensei que ser mulher era tão excitante.
Depois, ela me deu vários biquinis e pediu para que eu provasse. Fui no banheiro e saí depois de uns dez minutos, usando um fio-dental e a parte de cima sem peitos, vazia.
-Você ta linda - brincou ela. -Vai lá fazer meu irmão feliz. Vou ficar torcendo! - disse ela.
Entrei no quarto. Olhei para Léo e pensei mais uma vez se eu queria ser mulher - e ser mulher dele! Era claro que queria.
Acordei-o beijando a boca dele. Como era perfeita aquela boca carnuda! Ele se assustou.
-Tiago? - perguntou, de boca aberta.
ASsenti com a cabeça e o beijei de novo. Dessa vez ele correspondeu, e entendi que o mesmo desejo reprimido que eu tinha, ele também tinha.
Beijei o peito dele e desci para sua barriga. Tirei sua calça, sua cueca e vi pela primeira vez um pau que não era o meu.
Beijei a cabecinha e ele gemeu de leve. Botei todo aquele pau na minha boca. Porque eu demorei 16 anos pra perceber que chupar um pau era tão bom? Ele esticou o braço e ligou a luz. Queria ver meu rosto.
-Olha pra mim - pediu ele.
Olhei.
-Você está lindo!
-Linda - corrigi. - Agora, sou tua mulher.
Abaixei a cabeça e voltei a chupar. Suguei como se quisesse arrancá-lo fora, bati punheta pra ele e botei e tirei da boca com velocidade.
-Vou gozar! - disse ele.
Deixei ele gozar na minha boca, e bebi tudinho. Subi e beijei-o de novo. Nos beijamos por muito tempo.
-Foi bom? - perguntei.
-Se eu soubesse que seu boquete era tão bom, teria feito isso a vida toda - disse ele, e nós dois rimos.
-Eu também. Se soubesse que seu pau era essa delícia, teria chupado a vida toda - respondi.
Nos beijamos por mais muito tempo, até que o abracei, e, pela primeira vez, dormi com meu macho.