Às 18:00 horas, o carro de Fernando para em frente a recepção. Fui de encontro a ele, entrei pela porta de trás.
- Boa noite, Lorena. Infelizmente não tenho uma boa notícia.
CONTINUAÇÃO...
Meu coração parou durante alguns segundos, não sabia nem o que dizer a Fernando. Depois de uma pequena pausa, que na realidade durou uma eternidade pra mim, ele continuou:
- Primeiramente, desculpa, nem pude notar o quão linda você está hoje! - mesmo depois daquelas palavras ainda estava preparada pra ouvir o famoso "mas" que vem depois de um elogio. Continuei calada, apenas encarando seus lindos olhos:
- Meu anjo, eu havia programado um final de semana maravilhoso com você, mas tenho que retornar ainda hoje por causa de alguns problemas meus. Não estou agindo certo com você, mas aconteceu um imprevisto e tenho que resolvê-lo ainda hoje...não vai falar nada, Lorena?
As palavras ainda não saiam da minha boca. Eu pensei em tanta coisa, tanta besteira, que ainda estava me recompondo do susto. Pensei que ele não queria mais me ver, mas pelo contrário, estava se justificando, Fernando era naquele momento o homem mais atencioso que eu já conhecera.
- Nã não não, tudo bem. - as primeiras palavras começaram a sair.
- Tudo bem?
- Desculpa Fernando, vou ser sincera. Quando falou que não tinha uma boa notícia, eu pensei em tanta besteira. Você não precisa se justificar...
- Claro que preciso, Lorena. Você é muito importante pra mim.
Só faltei derreter nesse momento. Mais uma vez não sabia o que falar, então o deixei continuar:
- Ainda tenho tempo, podemos jantar num restaurante aqui perto.
- Claro, Fê! Adoro estar com você. Não consegui tirar aquele fim de semana da cabeça.
- Nem eu, meu anjo.
Saímos da frente do hotel em direção ao restaurante que Fernando dissera. Dentro do carro, nos beijamos muito. Nem ligamos para a presença de Carlos, segurança e motorista de Fernando. Fazia apenas uma semana desde a última vez que a gente se viu, mas parecia um ano pra gente. Foram muitos beijos e amassos até a chegada ao restaurante. Apenas com os beijos de Fernando já era suficiente para me deixar muito excitada, até de pau duro! Passei a mão entre as pernas dele e também notei que era recíproco a sua excitação. Fernando também colocou sua mão por dentro do meu vestido e abriu minhas pernas pra punhetar meu pau já muito duro por cima da calcinha, me deixando mais melada ainda.
"Infelizmente" chegamos ao restaurante. Pedi um "tempinho" pra me recompor e colocar "tudo" no lugar. Descemos e entramos no restaurante. Muito elegante, o restaurante estava um pouco vago, provavelmente por ser cedo demais. Fomos prontamente atendidos pelo maitre:
- Boa noite, Dr. Fernando. Mesa pra dois?
- Sim, por favor. - respondeu meu deus-homem.
Era a primeira vez que eu estava em um ambiente mais movimentado toda montada. Nos sentamos, um de frente pro outro, e começamos a conversar sobre os dias que passamos longe. Eu olhava em todas as direções se via alguém conhecido. Eu não estava 100% relaxada.
- Algum problema, Lorena?
- É que estou com medo que as pessoas notem quem eu sou.
- Que você é uma menina com algo a mais?
- É...é minha primeira vez assim na frente de outras pessoas. Sinto que elas estão me olhando!
- Se acalme. Se estão olhando é porque você está linda e chamando atenção. Estou começando a ficar com ciúmes. - essas palavras de Fernando fizeram que eu melhorasse. - Não vejo motivos pra você está tão insegura. Lorena, você é linda, não tem como alguém saber. Só eu e adoro! (risos por parte dele).
Fiquei mais confiante. Uma garrafa de vinho tinto foi servida. O álcool foi me acalmando mais e me deixando mais à vontade para conversar:
- Fê, na verdade, não tirei você da minha cabeça. Nem sei se posso tá confessando isso a você.
- Calma, meu anjo. Comigo você pode tudo. Adoraria passar mais um final de semana com você, para nos conhecermos melhor.
- Nos conhecermos melhor?! Sério Fê? Vai devagar, se não vou acabar me apaixonando! - mais do que eu já estava?
- Minha linda, sei que é cedo ainda. Mas tenho muitos planos pra gente.
Eu estava no céu, porém com um pé no chão. Não sabia nada da vida pessoal dele. Se tinha família, o que fazia, nada. E ainda tinha seu Cesar, naquele momento eu era sua "empregada" como ele quis frisar bem no carro.
Rapidamente o jantar chegou. Fernando não quis se aprofundar sobre seus planos para comigo. Terminamos o jantar e fomos direto para o carro. Cheguei novamente na recepção do hotel e nem eram 21:00!
- Lorena, aqui está seu pagamento pelo final de semana. - meu Deus, isso estragou a noite!
- Não quero Fernando, estou com você porque eu gosto de você!
- Aceite, linda. É meu presente. Dou porque gosto muito de você também.
Suspirei por um momento, mas aceitei. Nos despedimos com mais um beijo tira-fôlego. Desci do carro e o acompanhei até perdê-lo de vista. Na entrada da recepção, o mesmo segurança me olhando. Resolvi fazer uma pergunta a ele:
- Oi, boa noite. O que tem de bom pra fazer aqui à noite? - não pude deixar de notar um sorriso de quanto de boca na sua expressão. Acho até que ele entendeu mal minha pergunta.
- Por aqui senhorita apenas barzinhos e restaurantes.
- Ok, obrigada.
- Disponha.
Resolvi dar uma volta, explorar mais o lugar onde eu estava. Muitos barzinhos com música ao vivo tocando. Eu olhava as mesas meio desconfiada se as pessoas me olhavam. Muitos homens me encaravam. Teve um até que levantou o copo pra mim. Fingi que não vi. Eu não sabia o que fazer. Podia ir embora? Acho que sim, já que Fernando iria ficar comigo o final de semana todo.
Mais na frente em um barzinho, quase sem ninguém, um garçom puxa conversa comigo:
- Primeira vez aqui? - perguntou-me limpando uma mesa.
- Mais ou menos. Estou conhecendo as redondezas.
- Quer sentar? Beber alguma coisa?
- Acho que só me restou isso hoje.
- Como assim? - o coitado me perguntou sem entender nada.
- Nada não. Como se chama?
- Ivan. E o seu nome senhorita?
- Pode me chamar de Lorena.
- Bem, o que vai beber, Lorena?
- Um chopp, por favor.
Ivan se retirou com os pratos que acabara de retirar da mesa. Sentei e fiquei olhando a rua, o movimento calmo da noite de sexta-feira onde eu estava.
- Pronto, seu chopp. Algo pra comer?
- Não, Ivan. Só o chopp mesmo, acabei de jantar.
- Ok, vou deixá-la bem à vontade. Qualquer coisa é só chamar.
- Brigada, Ivan. - apreciava meu chopp pensando em Fernando. Quais seus planos? Por que não me levara com ele? Eu tinha quase certeza que ele tinha uma família. Isso explicava sua saída repentina.
Comecei a observar Ivan servindo um senhor que acabara de chegar. Ele já aparentava ter uns 60 anos e de algum modo me chamou a atenção. Estava tomando whisky. Acabei chamando Ivan.
- Pois não?
- Ivan, você conhece aquele senhor?
- Sim, é seu Gomes. Cliente do Dr. Cesar. - eu estava bebendo mesmo na hora que ele encerrou a frase. Quase me engasguei. - Tudo bem, senhorita?!
- Sim sim. Me dá só esse pano pra enxugar aqui...Dr. Cesar? Dono daquele hotel ali?
- Sim, ele mesmo.
-Você o conhece, Ivan?
- Claro, quem não o conhece aqui? Sou capaz de saber que você ou é cliente dele ou "trabalha" pra ele.
- A segunda opção. - falei terminando de me enxugar.
- Mais um chopp, senhorita?
- Claro, a conversa está ficando muito boa! Tenho mais algumas perguntas pra você.
- Pode deixar, saindo mais um chopp!
CONTINUA...
