Minha louca vida - 11

Um conto erótico de cookie
Categoria: Heterossexual
Contém 2001 palavras
Data: 15/02/2014 00:30:42
Última revisão: 17/02/2014 15:30:46

-E foi isso...-disse me sentindo mais leve

-E depois?

-Não teve depois...

-Ela não te procurou? Vocês não se viram mais?

-Não e sim... um mês depois daquilo o namorado a pediu em casamento e a resposta você ja sabe. Acabamos nos encontrando em reuniões de família e no casamento dela, mas ela não olhava pra minha cara, talvez por vergonha ou por remorço, mas, pelo que nossa tia contou, ela ficou mal depois da minha partida.

-Mal? Como?

-Não sei, mas também sei que não durou mais do que algumas semanas...

-Oh, então isso é bom!

-Como assim bom?

-Agora eu sei que só tem uma no meu caminho...-ela disse subindo no meu colo.

-Para com isso Gisele...

-Por que?

-Porque eu estou namorando!

-É, comigo...

-Não, com a Marie e você sabe muito bem...

-Eu sei, só que eu já estou com você a mais de 2 anos.

-Não, nós ficamos juntos 2 dias...

-Mas foi você que disse, quando eu voltasse iriamos fazer funcionar.

-Eu já conversei sobre isso contigo.

-Eu estou com saudade, maninho...

-Eu também, mas...-ela me beijou.-Não Gisele...

-Por que não? Eu te amo, e até onde eu sei você também me ama.

-Sim, mas...

-Mas nada. É só o que importa.

-Não, tem outras coisas que importam.

-Tipo o quê?

-Tipo a Marie!

-Ela é legal, ela vai entender.

-Entender?

-Entender quando você terminar com ela.

-E daonde você tirou essa idéia maluca??

-Para com isso, maninho. Eu sou a pessoa certa pra você.

-A pessoa certa pra mim sou eu quem decido.

-Então decida. Ela... ou eu!-ela disse tentando me beijar de novo.

-Gisele, é melhor nós nos afastarmos um pouco...

-Se afastar?

-Sim, voltarmos a ser SÓ irmãos.

-Mas eu não quero isso...

-Mas eu quero, e você vai ter que aceitar.

-Entendi, eu posso até aceitar, mas não pense que eu vou me conformar.-ela tenta me beijar mais a vez.

-Eu... eu vou dar uma volta Gisele...

-E quando volta?

-O mais tarde que eu puder...

Eu sai de casa, fui esfriar a cabeça, encontrei alguns amigos numa lanchonete. Foi divertido, jogamos conversa fora, rimos, e com o passar do tempo foram indo embora, até sobrar somente eu e meu melhor amigo.

-Aconteceu alguma coisa, cara?-perguntou ele.

-Não...

-Então aconteceu... pode falar.

-Eu não sei se você entenderia...

-Pode falar, cara. Foi alguma coisa na família?

-Mais ou menos... a Gisele voltou hoje...

-Ah, é claro! Você falou disso a semana inteira. Aconteceu alguma coisa entre vocês dois?

-É... mas contar pra você só iria piorar a sutuação...

-Que isso, cara, eu sou seu melhor amigo!

-É exatamente por isso...

Eu sai de lá, mas não fui pra casa, fui pra casa de Marie. Eu cheguei na frente de sua casa, mas não toquei a campainha ou a chamei, só fiquei parado lá, olhando sua silhueta através da cortina. Fiquei por um bom tempo pensando nela e em Gisele, no que iria fazer, e nas consequências que isso traria.

Voltei pra casa lentamente, passava das 2 da madrugada quando cheguei, a casa estava completamente escura, então pensei que Gisele havia dormido.

Fui para meu quarto e acendi a luz, sim ela havia dormido, na minha cama, de langerie vermelha.

-Gisele...-a chamei.

-Oi maninho... finalmente voltou.-ela disse se virando pra mim.

-O que você está fazendo aqui?

-Te esperando...-ela se levantou.

-Me esperando pra fazer o que? Exatamente.

-Eu estou com saudade...-ela disse me abraçando.

-Não Gisele, já conversamos...

-Até demais.-ela me beijou.

-Não.Não!Não posso fazer isso com a Marie!

-Então imagine que eu sou ela...

-É?! Como?!

-É só fechar os olhos...

Eu os fechei, e vi perfeitamente Marie diante de mim. Gisele me beijou, mas eu senti a boca de Marie. Gisele me puxou pra cama, mas sentia a mão de Marie me tocando. Gisele sussurrava no meu ouvido, mas eu ouvia a voz de Marie. O perfume de Gisele invadia minhas narinas, mas era o perfume de Marie que sentia. E então eu abri os olhos e percebi a burrada que estava fazendo.

-Não eu não posso... Não posso!-disse empurrando ela de cima de mim.

-E por que não? Agora que já comoeçou...

-Não... não! Gisele, sai daqui, por favor.

-E se eu não quiser?

-Sai!

-Tudo bem...mas você não vai resistir pra sempre, maninho...

-Vou sim, é só você parar como isso!

-Isso eu não vou fazer...

Ela saiu do meu quarto reobolando, eu corri e tranquei a porta, e fiquei me perguntando,"por que agora?".

Desde aquele dia se passaram um mês e meio, e apesar de tudo o que Gisele tentava, minha relação com Marie cresceu. E tudo estava indo bem, até aquele dia, o dia em que minha vida mudou e meu mundo virou de cabeça pra baixo.

Era um sábado, eu liguei pra Marie mas ela não estava, não tinha passado bem e foi ao médico. Naquele dia haveria um churrasco família, nada demais só meu pai e meus avós paternos, além de mim e de Gisele, e esse era o problema. Meu pai meu avô me ofereceram cerveja, no início recusei, mas depois acabei cedendo e tomei algumas, eles por algum, motivo não viam problema nisso, dizia até que tinha começado tarde, mas con certeza não seria a opinião deles no fim do dia. Durante a tarde ficamos conversando, rindo, lembrando do passado e bebendo. Lá pelas 6 da tarde, saímos da casa de meus avós o fomos embora, chegando em casa eu percebi um ar diferente em Gisele, ela era a que havia bebido menos, e isso me preocupava, talvez pudesse usar isso contra mim.

-Pai, eu vou sair e já volto.-ela disse.

-Aonde vai?-perguntou meu pai.

-Vou comprar umas coisinhas, nada demais.-Ela saiu, meu pai foi a seu escritório e logo voltou.

-Ainda bem que ela saiu...-disse meu pai chegando com uma garrafa de whisky.-ela não aguenta beber bem...

-E eu também, acho que isso é sua culpa.-ele riu.

-Você quer?

-Eu não acho boa idéia...

-E você já tomou pra saber?

-Já... e é exatamente por isso.-ele riu e serviu a mim e a ele.

Acabamos bebendo damais aquela noite. Além das latas de cerveja tomamos uma boa parte da garrafa de whisky. Depois de algumas doses, e reclamações e metáforas de bêbado, meu pai foi dormir e eu apaguei no sofá.

Não vi quando Gisele chegou, só quando ela me acordou com um beijo.

-Gisele?

-Sim, sou eu, você e o papai beberam, né?

-Um pouco demais...

-Tô vendo... não tem importância, eu comprei um presente pra você.

-Presente?

-Sim, comprei uma peruca vermelha.

-Peruca... que eu vou fazer com uma peruca? Você tinha que dar pro pai... ele que tá ficando careca.

-Você não vai usar... eu vou.

-Se eu não vou usar, como que é meu presente?

-Você já vai entender...

Ela saiu e eu acabei cochilando. Acordei com um beijo de novo.

-Gisele?

-Não, é a Marie...

-Marie, o que você ta fazendo aqui?

-Nossa você tá bêbado mesmo, isso é ótimo.

-Por que não é você... que você veio fazer aqui?

-Eu vim aqui matar a saudade.

-Saudade? Do quê?

-Disso aqui...-ela agarrou no meu pau.

-Mas a minha irmã pode ouvir a gente.

-Eu tenho certeza que ela não liga...

-E o meu pai.

-Ela tá mais bêbado que você, não ouvir nada.

-Então tudo bem... só hoje.

-Hoje vai ser só a primeira...

Ela me beijou, eu não me lembro dos detalhes, mas acabei por saber. Ela tirou minha roupa e depois a sua e então subiu por cima de mim, posicionou e foi sentando devagar. Foi assim até entrar completamente, depois ela começou a cavalgar lentamente, gemendo baixinho, e com o tempo começou a intensificar as cavalgadas cada vez mais, gemendo cada vez mais alto, até que gozou, sentada até o talo, com a mão no seio e gritando de prazer, e apartir daí eu me lembro e vou lembrar pro resto da vida.

-Mas que merda...-meu pai parado no corredor com as mãos na cabeça.

Gisele saiu correndo e trancou a porta, meu pai balbuciou alguma coisa pra mim, e eu dormi, desmaiei alheio a tudo e todos.

Na manhã seguinte acordei com uma dor de cabeça que nunca havia sentido antes, e só conseguia me lembrar de alguns flashs da noite anterior.

Meu pai estava na cozinha, e me deu um copo de café.

-Precisamos conversar.-ele disse serio.

-O que aconteceu ontem?-perguntei.

-É exatamente sobre isso que quero conversar. O que você se lembra da noite passada?

-Bom, nós dois bebendo, depois eu dormindo no sofá, depois Gisele chegou com uma peruca, depois Marie chegou e aí eu lembro de você falando "Mais que merda"...-nessa hora me dei conta do que aconteceu.-Que merda...

-Sim, era a Gisele...

-Eu estava realmente bêbado ontem... pai, eu posso te explicar.

-Você não tem que explicar nada, não foi culpa sua. Foi culpa minha.

-Claro que não, pai!

-Foi, foi sim...

-Como assim?

-Eu sei o que aconteceu entre vocês dois na noite anterior a partida de Gisele. Eu ouvi.

-Minha nossa senhora...

-Mas eu também ouvi a conversa que tiveram, filho. Eu sei que tentou concertar.

-E quem mais sabe?

-Sua mãe, a mãe dela e provavelmente a sua irmã Marcia.

-Isso explixa muita coisa...

-Eu fui um péssimo pai, deixando aquilo acabar só naquela conversa. E fui pior ainda quando convidei Gisele pra voltar.

-Então por que chamou?

-Quando você começou a namorar a Marie, eu tive certeza que tinha superado, e conhecendo você, sabia que não ia tentar nada com ela...

-Mas você não esperava que ela tentasse algo...

-Sim, eu não pensei nisso. Eu sei que ela tentou você desde que voltou.

-Sabe?

-Eu conheço as mulheres, filho... mas a maior burrada que fiz foi trazer aquela garrafa de whisky...

-Se não fosse ontem, seria outro dia...

-Talvez, mas tinha a esperança de que você já tivesse ido pra capital, pelo menos...

-E agora? O que vai acontecer?

-Você vai pra capital agora, termina os estudos, começa a faculdade e arruma um bom emprego, como já haviamos discutido.

-Só isso? Vai nos afastar?

-Deu certo uma vez...-eu comecei a sair de lá.-Aonde vai?

-Falar com a Marie.

Eu sai de casa com a cabeça explodindo, pelos acontecomentos e pela bebida da noite anterior. Eu já havia discutido aquele plano com meu pai antes, mas não havia incluido o fator Marie, e muito menos o Gisele. Cheguei a casa de Marie, ela me atendeu e me abraçou.

-Eu tenho que falar uma coisa...-ela disse.

-Por favor, me deixa falar primeiro. É melhor a gente entrar e sentar.

Entramos em seu quarto e sentamos lado a lado em sua cama.

-Aconteram algumas coisas na minha vida, Marie, coisas que eu não me orgulho.-ela me olhou com os olhos lacrimejando- e tudo foi pra merda. Eu... eu vou ter que mudar pra capital...

-Não! Por favor, não! Não me deixa!Não agora!-ela gritava chorando e me abraçando.

-Calma, Marie. Eu nunca faria isso. Eu vim aqui pra te chamar pra vir comigo. Você aceita?

-Mas é claro!-Nos beijamos longamente.

-Eu te amo, Marie. E saber que vou ter você do meu lado é melhor coisa que poderia me acontecer...

-Sério?

-Com certeza... você queria me falar alguma coisa?

-Sim, eu... eu tô gr... eu tô gravida...

-Gravida?!?-aquilo foi a coisa mais aterrorizante e, ao mesmo tempo, feliz que ouvi.

-Eu passei mal, e minha me levou ao médico, e então eu descobri... e aí?

-E aí? E aí que agora eu tenho certeza que é ao seu lado que eu quero passar o resto da minha vida. Eu te amo.

-Eu também te amo, por toda a minha vida vou te amar.

Nos beijamos, o beijo do amor completo. O melhor que se pode ter.

Fim?

Não.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive cookie2 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários