Oi gente, meu nome é João Carlos Escobar, eu hoje tenho 37 anos, tenho 1,97 de altura, sou forte, nem gordo nem magro, forte sem ser definido, tenho cabelos cacheados curtos, olhos verdes, pele morena, tenho bastante pelos no corpo, tenho um cavanhaque, eu sou muito gato.
Eu cuido do meu irmão, dês de que meus pais morreram, foi um assalto, os assaltantes mataram meu pai e minha mãe, meu irmão é um lindo e doce menino, ele é grande como eu, mas é magro, ele tem cabelo cacheado, um pouco maior que o meu, o nome dele Jairo Escobar, na época ele tinha 13 anos, ele também levou um tiro por estar no carro e acabou ficando cego.
Ai você se pergunta onde eu estava, eu tinha fugido de casa, eu queria ser rebelde, queria viver a vida, mas como as noticias ruins chegam rápido, a noticia da morte dos meus eu vi pelo jornal.
Foi ai que eu voltei feito louco para casa, meu irmão estava no hospital, e meus pais já tinham sido enterrados, e nem pude me despedir dos meu pais, pela minha burrice, ignorância, sei lá eu penso as vezes que se eu tivesse lá eu poderia ter feito alguma coisa, sei talvez até ter morrido no lugar dos meu pais, pelo menos meu irmão teria alguém de verdade para cuidar por que eu não era alguém qualificado para cuidar dele.
Mas eu fui ao hospital, eu não consegui passar da porta, meu irmão dormia sereno, ali, eu não tinha coragem de falar com ele, depois de ter sumido e de ter acontecido tudo que aconteceu, o que eu faria para cuidar dele, cego com eu cuidaria dele.
Eu só pensava, que meu irmão gostava tanto de ler, ele era o inteligente da família, e eu era um inútil que foi melhor para todo mundo, que tivesse sumido, eu não sabia nem cuidar de mim e ainda ia ter que cuidar do meu irmão.
Meus pais deixaram dinheiro, casa, bens moveis e imóveis, para nós dois, enquanto meu irmão estava no hospital, eu tentava ajustar a casa para ele, deixar ele confortável, não era nossa antiga casa, mas um apartamento menor, do qual eu poderia cuidar, e eu queria que ele se sentisse em casa, se sentisse bem.
Eu era a única pessoa que ele tinha, e ele também só tinha a mim, nós tínhamos tios, mas nunca foram próximos a nos dois, eu e ele e só.
Era uma família de dois, eu comprei tudo que ele gostava, fiz todo o que eu podia, no dia seguinte fui visitar ele, ele estava comendo, seus olhos que eram azuis, estavam mortos, não tinha vida e nem brilho, eu me aproximei devagar, eu não queria assustar ele, mas ele me surpreendeu – JC é você? E você meu irmão que está ai?
Eu demorei a responder, meus olhos encheram de lagrimas e minha voz saiu embargada e tremula – Sou, eu sim, posso entrar?
Ele virou o rosto em minha direção, sorriu um sorriso triste abriu os braços para mim e nós nos abraçamos, por muitos minutos, eu chorava de soluçar, ele mesmo sendo mais novo, me acalmava, aprecia que ele sabia o que eu sentia, parecia que podia ver minha alma, parecia que podia me ler.
Quando me afastei, pude ver o rosto dele, ainda machucado, e minha única reação foi me desculpar, eu me desculpei, por não estar lá, de certa forma era minha culpa.
Continua...
Gente, isso é uma história real, que eu como leitor resolvi dividir com vocês, espero que comentem, e me digam se continuo ou não.
Mas dês de já obrigado!
