Muito obrigado pelo comentário, Junnior e Isaac Lima GPV, obrigado por lerem minha história, continuem comentando, muito obrigado.
Meu irmão sorriu para mim, eu nem sabia mais o que dizer,mas meu irmão – Cara quando o tio vai me buscar?
Eu olhei para cara dele com uma cara quase de ódio – Cara você vai morar comigo, eu já arrumei tudo, aluguei nossa antiga casa, e nós vamos para o apartamento do centro.
Meu irmão sorriu, com sarcasmo – Até quando, até quando! Já sei ate você cansar, e começar a ser um estorvo, por que eu vou ser um estorvo, você me deixou sozinho uma vez e vai me deixar de novo, e só você cansar.
Eu dei um soco na parede, que minha mão cegou a sangrar, meu irmão virou a cara – Igual o papai, ele batia nas paredes depois batia na mamãe.
Eu me aproximei, segurei a mão dele – Você é a única família que eu tenho, não é você quem precisa de mim sou eu que preciso de você, então por favor vamos comigo, eu não posso mais perder ninguém.
Ele se fez de duram, assentiu com a cabeça que sim, ele estava muito ressentido comigo, mas eu não tive culpa de tudo, quando ele era pequeno, meu pai me colocou para fora de casa, por eu ser gay, eu tinha 15 anos minha mãe pediu para meu pai pensar melhor, mas ele deu tapa nela, meu irmão pedia muito para eu não ir embora.
Eu por orgulho fui, e só voltei agora, me virei fiz um pouco de tudo, trabalhei em tudo, mas eu voltei, e agora só tinha meu irmão, nós nunca fomos uma família feliz, mas eu precisava do meu irmão e meu irmão precisava de mim, e o que nós tivéssemos que conversar conversaríamos entre nós dois.
Em casa esperando meu irmão, eu fiz todas as comidas favoritas dele, fiz macarronada, brigadeiro, pudim e refrigerante, fui buscar ele no hospital e ele veio mudo, sem dar uma palavra, aquilo cortava meu coração e ele sabia.
Ele só falou quando chegamos em casa – Você está chorando JC?
Eu não respondi nada, mas não sei se como ele sabia que eu estava chorando, nós comemos, ele pareceu gostar, ele não gostava era de mim, depois de comer ele me pediu para levar ele para quarto por que ele não conhecia o caminho, levei ele até a porta, e ele bateu a porta na minha cara.
Fui para sala liguei a televisão, ele só saiu do quarto para jantar, e continuou a lei do silencio, ele me ignorava não importava o que eu fizesse, ele parecia me culpar, por tudo, eu eu concordava com ele, em gênero numero e grau.
Passou uma semana, e eu acabei ficando doente, andava igual um zumbi pela casa, não comia, mas meu irmão era bem cuidado, mas como eu estava doente acabei um dia não fazendo nada e pedindo comida para ele pelo telefone.
Ai ele começou a cuidar de mim, me obrigou a pedir para mim também, e me obrigou a comer, eu não tinha nada físico, mas sim eu estava doente de tristeza, eu tentava fazer tudo, e meu irmão só me dava patadas, eu me sentia mal, me sentia como um ninguém.
Mas não sei o que houve mas meu irmão estava melhorando comigo, um dia ele chegou em meu quarto – João, na escola, estão reclamando dos meus atrasos.
Ele estava aprendendo braile, eu levantei da cama – Vou tentar fazer o possível, prometo.
Ele saiu do quarto, ele já conhecia a casa melhor que eu, eu levava ele e ficava com ele para trazer ele, isso irritava ele, a bengala era outro ponto, ele odiava usar mas não tinha outro jeito.
Ele passava o dia reclamando, e eu tinha que ter paciência, e eu tinha toda do mundo, mas um dia todo mundo explode, e eu explodi.
Continua...
