Gabriel e o Amor Cego Cap.22

Um conto erótico de gabrielmeuamor
Categoria: Homossexual
Contém 818 palavras
Data: 21/02/2014 17:36:38

Cap.22

O meu último mês na Áustria foi de apenas descobrimento. Viajei por uma parte do país, estava conhecendo tudo. No primeiro dia que vi a neve, foi incrível.

- Gabriel, o que é isso que está caindo

- É neve amor.

- Eu não acredito- corri pra fora, e pude sentir a neve em toda a minha pele. Foi um dos dias mais felizes que eu já tive- nunca imaginei que a neve me faria tão feliz

- Nem eu- ele estava em cima de mim, me beijando- porquê pra mim, o que te faz feliz me faz feliz- sorri, e o beijei bem carinhosamente. Logo Felipe estava no meio de nós, completando a felicidade. Não demorou muito e todos já estavam ali ao nosso lado, compartilhando da nossa felicidade. Ao final do mês, voltamos lá no oftalmologista.

- Pode comemorar André, sua visão, a partir de hoje, não vai mais ficar escura

- Que felicidade- abraçei Gabriel. Meu último mês foi totalmente feliz. Logo estávamos voltando, todos nós. Gabriel, eu, Gi, Garell, Danilo, Renato, Gustavo e Felipe. Imaginem 8 pessoas no aeroporto de Viena, andando em grupo. Mas lá fomos nós. Eu estava muito ansioso pra voltar pro Brasil, esperava muito por isso, queria ver o rosto da minha mãe, pra ver o meu país.

- Como será que é o Brasil Gabriel- eu perguntava, enquanto estávamos abraçados

- Lindo André, você vai ver do que eu estou falando.

Não demorou muito e logo estávamos decolando do Aeroporto de Viena. Fomos até a França, e de lá até o Brasil. Um voo demorado e cansativo, mas enfim eu via o Rio de Janeiro. Incrivelmente bonito, meus olhos encheram de lágrimas ao ver o Cristo, o Pão de Açucar, e todas as outras belezas inenarráveis. Chegamos no Aeroporto de Galeão. Logo quando saímos da sala de desembarque, uma mulher estava me abraçando.

- Meu filho, que saudade, que saudade, ai eu nem acredito, você tá vendo, tá me vendo- ao ver o rosto dela, comecei a chorar instantaneamente.

- Tô mãe, tô lhe vendo, muito bem- ela me abraçou novamente e logo estávamos nos debulhando em lágrimas, todas de felicidade. Ficamos uns minutinhos abraçados até que ela deixou continuarmos o caminho- eu quero ir na praia, eu quero ver o mar.

- Nós vamos, vamos fazer tudo o que você quiser André, meu filho querido, meu orgulho- não era bajulado assim a muito tempo. Mas eu estava gostando. Garell, Gustavo e Renato vieram com a gente. Ainda bem que minha mãe tinha uma van, se não caberia todos. Eu olhava atentamente a cada detalhe daquela cidade maravilhosa, até que paramos a frente da praia de Copacabana.

- Essa é Copacabana- eu falei

- É sim- Gabriel me abraçava, com Felipe segurando minha mão. Não demorou muito e eu estava dentro do mar. Estava adorando ver agora, aquele lugar, que eu sempre gostei muito de visitar. Estava muito feliz. Ficamos um bom tempo na praia, até que voltamos pra casa. E eu continuava observando tudo com muito carinho e cuidado. Até que chegamos em casa.

- Então está é nossa casa

- Gostou- minha mãe perguntava

- Claro que sim.

Fomos entrando. Lá estava meu quarto, tudo continuava do mesmo jeito.

- Agora estamos de volta, vamos ser felizes aqui- Gabriel me abraçava e beijava meu pescoço

- Muito felizes.

Cada um se instalou em seu quarto. A noite saímos apenas eu, Gabriel e Felipe para pizzaria, os outros foram pra uma festa.

- Agora estamos em casa papai

- Sim, Felipe. É aqui que nos vamos viver, nessa cidade.

- Nós três, e vamos ser muito felizes- Gabriel pegou na minha mão e na mão de Felipe.

Nessa hora eu fiquei pensando, em como minha vida mudou, sempre pra melhor. Pra um garoto cego, sem perspectiva pra enxergar, que pensava que iria viver toda a sua vida no escuro, o progresso foi enorme. Primeiro, eu me apaixonei pela melhor pessoa do mundo, o Gabriel, que se apaixonou por mim. E cada vez eu me pergunto, como me apaixonei mesmo sem ver, sem saber por quem estava me apaixonando. Apenas me apaixonei. Apenas amei, e fui amado. Nessa hora não existia deficiência, apenas amor, um pelo outro. Fiz um monte de amigos, que sempre estarão ali na hora que eu precisar. Ajudei meu primo Garell, a fazer com que seus pais o aceitassem como ele é. Ajudei Danilo a amar assim como eu, pena que sua mãe não consegue o aceitar. Ajudei Gi a se encaixar na nossa família, agora ela é uma irmã pra mim. Além disso fiz uma boa ação, adotei uma criança, tirei outras das garras de um maníaco, dei lar pra o Felipe. Literalmente, minha vida tinha mudado. De cego, a pai de família, de uma família, gay, mas linda e feliz.

- Espero que pra sempre ficaremos juntos Gabriel

- Vamos ficar. Vamos ver nosso filho casar, com qualquer pessoa. Veremos nossos netos, ficaremos velhinhos juntos, e sempre estaremos juntos. Eu te amo.

Continua

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Lindo, me apaixonei por este capítulo - NOTA 10 (NO MÍNIMO). Beijos & amaços muy calientes!

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