Nasci numa família muito religiosa, eu era o primeiro filho deles, me deram o nome de Felipe um dos doze apóstolos de cristo. Fui criado cercado de amor e carinho por meus pais, avós, tios e tias. Quando completei cinco anos minha mãe anunciou que estava grávida de gêmeos. Depois de nove meses viera Lucas e Ester, e no meio disso tudo perdi meus avos num acidente de carro. Crescemos amparado pelos pilares da igreja, de suas doutrinas. não podíamos isso, aquilo, isso é pecado esse é errado. Praticamente éramos exorcizados noite e dia. Quando completei dozes anos comecei me senti atraído por meninos, fiquei com medo. Muitas noites orava para Deus tirar esse sentimento de dentro do meu coração. mais com o passar do tempo descobri que ele não atendia minhas corações. ia semanalmente as reuniões ouvia os pastores falar que a homossexualidade era pecado que deus punia com a morte.
Era constrangedor ficar sentado ouvido toda aquela artilharia ser descarregada e ouvir todos dizendo amem. Lembro-me que na hora da oração apenas fechava meus olhos, ficava calado no meu coração Deus não ia ouvir minhas preces eu era um pecador diante de seus olhos as palavras que ouvira antes quebraram meu coração me sentia indigno de estar na presença de dele. Voltava pra casa e a tortura continuava meus pais ficavam repedindo as mesmas palavras. Muitas noites acordei chorando tinha pesadelos sonhava que estava sendo crucificado ou outras vezes era queimado sempre na presença de meus pais.
Aos quinze anos me apaixonei pela primeira vez, ele avia se mudado para o nosso bairro passou a freqüentar o grupo de estudo. Ele se chamava Gabriel Era lindo moreno claro cabelo bem preto olhos cor de mel, tinha um sorriso mais lindo que já vi, as meninas ficavam loucas todas queria ficar perto dele, em pouco tempo ele virou o mais popular da turma, todas as vezes que ele vinha falar comigo não consegui esconder meu nervosismo. Ele foi o primeiro que começou a me chamar de lipe.
– oi cara seu nome é Felipe? – Gabriel venho por trás.
- sim- minha voz saiu tremula dei um sorriso meio amarelo.
- legal posso de chamar de lipe fica mais fácil pra mim. – disse colocando uma das Mao no meu ombro.
- pode me chamar como quiser. – falei olhando pra ele.
- ele sorriu- ta bom
Aqueles segundos que ele conversou comigo foi o suficiente para me apaixonar loucamente por ele. todas as vezes que nos reuníamos gostava de ficar de frente pra ele ficava olhando, de vez em quando ele me pegava o olhando, Gabriel apenas sorria. Cada dia me via mais apaixonado cada trejeito dele eu gostava ria com suas piadas. Ele se tornou uns dos meus melhores amigos. Quando estávamos reunidos conversando ele começou ficar do meu lado colocava uma das Mao no meu ombro aquilo parece pouco, mais para mim era o suficiente Gabriel fazia questão de me levar em casa mesmo sendo contra Mao, quando chegávamos em frente de casa ele me abraçava e me desejava boa noite. Minhas noites passaram ser melhores dizia pra mim mesmo. Será que ele gosta de mim do jeito que gosto dele, sorria bobo acabava dormindo pensando nele. Mais um dia ele começou a namorar a Dani uma colega nossa fiquei muito triste na verdade com ciúmes. Gabriel passou a levá-la em casa me deixando ir sozinho senti a dor do abandono. Não éramos mais os melhores amigos passei a ficar mais em casa não queria ver eles se beijando trocando caricias na minha frente em pensar que poderia ser eu o namorando dele não ela. Passei a navegar pela internet. Comecei a ver fotos de homens primeiro sem camisa, depois pelado o por ultimo passe a ver filme pornô gay. Ficava muito excitado vendo aqueles caras com corpos esculturais se pegando comecei ver todo dia passei a me masturba vendo os vídeos, quando terminava limpava o PC. Mais como tudo na vida é descoberto um dia me esqueci de limpar o PC. Daí o meu pai tinha que usar ele foi ai que começou meu inferno.
Sabe o que é ser humilhado pelos seus próprios pais? Foi isso que aconteceu. ouvi tanta coisa deles, que eu era uma aberração, que eu era um pecador, o que os vizinhos iam falar. Que eu ia para o inferno. Levaram-me para o pastor fazer oração me fizeram fazer jejum que só assim o mal ia sai de mim. Levara-me para os psicólogos. Os meus amigos que se diziam meus amigos se afastaram o Gabriel se afastou de vez de mim, passava o tempo todo trancado no meu quarto a única hora que saia era para ir ao colégio. Outro lugar que acabou sendo meu segundo inferno ninguém dos meus amigos queria ficar perto de mim acabei me isolando ficava no fundo da sala sentando sozinho, no recreio ia para debaixo de uma arvore fazer meu lanche minha vida passou a ser solitária não tinha ninguém com quem conversar passei a viver em um mundo onde me sentia só.
Minha mãe me arrastava para igreja Esse lugar era uma tortura para mim, quando chegava via os olhares acusadores das pessoas que sabiam, quando o pastor falava de pecado seus olhos se voltavam para mim, como se eu fosse um ser de outro planeta. Em nem um momento ouvi uma palavra de conforto, um abraço, um carinho que fosse só era xingado humilhado pelos meus pais, meus irmãos não podiam ficar sozinho perto de mim, por que poderia passar a doença. E assim passei três longos e tortuosos anos de minha vida, sendo humilhado mau tratado pela minha própria família. Quando terminei o colegial todos os pais dos meus ex amigos foram na formatura eu era o único aluno aquém os pais não vieram Foi uns dos piores dia da vinha vida. Me lembro que me tranquei no banheiro da escola chorei tudo que podia chorar apesar de ter sido uns dos alunos de maior nota me sentia um derrotado meu sonho era fazer faculdade de medicina, mais sabia que não teria qualquer tipo de ajuda dos meu pais.
Um dia estava cozinha muito triste sabe aquele dia que a única coisa que eu queria era morrer. Minha mãe estava lavando a louça ela não falava comigo, apenas o essencial. Mais eu precisa de uma palavra de conforto um abraço que fosse, mais o que ouvi dela foram palavras duras que simplesmente destruiu o resto de esperança que tinha de um dia voltarmos a ser uma família feliz.
- mãe to me sentindo tão triste queria tanto um abraço seu? - Falei com meus olhos marejados.
- é por que tu acha que devo ti dar um abraço, você não muda. - Seus olhos se voltaram pra mim com amargura.
- eu tento mãe, mais eu nasci assim.- limpava as lagrimas que escorria pelo meu rosto.
- você não nasceu assim é o demônio que se apossou do seu corpo e esta fazendo você ter esse tipo de desejo. – ela falava com uma fúria.
- mãe eu te amo tanto volta a ser aquela mãe amorosa que sempre me amou que cuidava de mim, me abraça quando me sentia só perdido que sempre me dava um beijo de boa noite eu preciso tanto da senhora.
- essa mãe só vai voltar o dia em que você deixar de ser essa aberração. Você só terá sua família de voltado quando se curar dessa doença, se não você não tem mais pai nem mãe nem irmão nem uma casa. – falou isso se virando pra pia novamente.
- o que a senhora esta querendo me dizer?- limpas as lagrimas que insistiam em cair pelo meu rosto.
- o que estou dizendo se você não mudar não será mais bem vindo em casa. Essa casa é de família decente não de pecadores, não posso nem ir ao mercado sem ser apontada na rua. Com certeza estão dizendo lá vai a mãe do menino gay.
- me desculpa se não pude ser o filho perfeito que a senhora sempre sonhou.
Aquelas palavras foram como uma punhalada no meu coração, sai da cozinha chorando entrei no meu quarto me joguei na cama e chorei tanto, mais tanto que acabei dormindo não sei por quanto tempo. Quando acordei a casa estava vazia o silencio era assustador, como se a morte estivesse ali pronta para ceifar minha vida. me levante segui para o banheiro cada passo que dava era como se estivesse caminhando pelo vale da sombra da morte, me olhei no espelho, me sentia muito sozinho meu coração estava tão cansado, quebrado, machucado, ele sangrava por dentro. vi a gilete que meu pai fazia a barba pensei. Se eu acabar com minha vida terminaria com esse sofrimento, arrancaria de mim todo sangue sujo, não precisaria ouvi mais palavras de dor que me causava tanto sofrimento em fim descansaria de tudo e de todos. Não era essa a vida que imaginei, sonhei com ela tão diferente desse inferno que estou vivendo.
Peguei aquela gilete, tirei a lamina, liguei o chuveiro tirei toda roupa. Se eu sou a causa de todo esse mal isso termina hoje. Entrei no Box, fiquei de baixo d’água, sentei no chão. Olhei para meus pulsos as lagrimas se misturava com a água que escorria pelo meu corpo, encostei a lamina no meu pulso fechei os olhos e disse em pensamento. Deus se não achei misericórdia na tua presença me perdoe, não sou merecedor de estar vivo que o senhor tenha piedade da minha alma e a deixe descansar na tua graça pelo amor do teu nome.
Comecei aperta a gilete senti ela rasgar minha pele, avia um grito de dor que penetrava através da minha alma. O banheiro se transformou em sombras a morte estava me esperando para o ato final. mais antes que ela pudesse chegar na minha alma parei. uma voz dentro de mim me dizia que não era para tomar essa decisão, senti um calor me invadir me preencher a alma de esperança, a vida é algo tão precioso, não se pode fazer uma loucura. A estrada que eu resolvi tomar é cheia de buracos, pedras e espinhos, mais também a felicidade, sorrisos. Chorei por mais que eu quisesse morrer e terminar com tudo eu queria ser feliz, ser amado ter um refugio um abraço acolhedor que pudesse me proteger de todo mal. Ali no chão do banheiro tomei uma decisão, se eu quisesse ser feliz não poderia ficar mais nessa casa, teria que procurar minha felicidade. Levantei-me tomei um banho me sequei fui pro meu quarto coloquei uma roupa tênis, peguei uma mochila coloquei algumas roupas um tênis, meus documentos peguei todo o dinheiros das minhas economias, fechei a mochila coloquei nas costas deixei meu celular na cama, sai passei no quarto dos meus irmãos me despedi deles mentalmente sentiria muita falta deles. Passei pela sala abri a porta, olhei pela ultima vez aquela casa que fora meu lar por dezoito anos, três dele de dor e sofrimento. Fechei a tranquei sai pelo portão jóquei à chave perto da porta virei às costas pra nunca mais volta.
Peguei um ônibus fui direto pra rodoviária não iria para casa dos meus tios, eles são que nem meus pais, não serei bem vindo em sua casa. comprei uma passagem pra bem longe dali. A viagem foi longa viajamos a noite inteira durou umas 7 horas a sorte que o ônibus era com assento leito. dormi boa parte do caminho. Quando ele parou no Box da rodoviária daquela cidade imensa com seus prédios enormes sai do ônibus seguindo as pessoas, estar no centro de uma grande metrópole é enlouquecedor. Coloquei uma coisa na minha cabeça. Primeiro arrumar um lugar pra morar, segundo arrumar um emprego. Segui pelo centro onde avia muitos bares e restaurante entrava em todos pedindo trabalho, mais todos me negaram. Foi quando eu avistei uma placa que dizia precisa-se de garçom com experiência não pensei duas vezes entrei fui até o caixa tinha um senhor que aparentava ter uns 60 anos cabelos todo branco usava óculos de grau baixo barrigudo.
- bom dia senhor eu vi que estão precisando de garçom?
- sim você tem experiência na área?
- não senhor.
- aquela placa diz que preciso de um com experiência.
- eu sei, mais sou esperto aprendo rápido se o senhor me der essa oportunidade.
- de onde você é rapaz? – ele me olhava fixo nos olhos com querendo procurar a verdade através deles.
- a parti de hoje eu moro aqui, essa cidade é meu lar agora. – falei serio sem temor.
Ele ficou me analisando por um tempo até que chamou um rapaz Tiago esse era seu nome apareceu um rapaz moreno não era gordo nem magro tinha um corpo normal, cabelos cortado a maquina uns olhos castanhos escuro tinha 177 altura uns 75 parou na minha frente ficou me olhando.
- esse aqui é o.
- Felipe prazer. – estendi a mão para cumprimentá-lo.
- prazer mano. – ele sorriu.
- ele vai ficar com a vaga quero que você o ensine.
- sim senhor. - Vem meu.
- muito o brigado senhor.
Segui com o Tiago até a cozinha ele foi até um armário pegou um avental me deu me apresentou a o pessoal. Tinha duas cozinheiras e dois auxiliares de cozinha. No total eram cinco agora seis comigo. Tiago me mostrou como era o trabalho era bem simples era cuidar do bufê e atender as mesas.
- de onde tu és man?
- eu morava na cidade xxxxxxxx. – estava sentando numa cadeira.
- e por que tu saíste de La vei? – Tiago se sentou ao meu lado.
- na verdade minha mãe me expulsou de casa ela não me aceita.
- tu é gay?
- sim – era a primeira vez que admitia isso para alguém - como eles são muito religiosos eles não me aceitaram mandara-me embora.
- que barra man, então quando chegou.
- hoje pela manhã?
- vai dormi onde vei?
- não sei ainda tenho que procurar, se você souber de um lagar pra alugar me avisa.
- mano minha mãe aluga quartos se tu tiveres afim posso ligar pra ela e ver se tem algum ainda, mais é em uma favela tem problema?
- não cara quem faz o lugar é a gente seria muito bom ficaria muito grato.
- tranqüilo mano, depois ligo pra ela. Mais agora vamos trampar se não seu Alberto pega no nosso PE.
- então esse é seu nome.
O Tiago me ensinou todas as manhas como ele diz, peguei o ritmo rápido o restaurante era bem movimentado aquele entra e sai e gente, não deixávamos faltar nada no bufê. Uma hora olhei pro seu Alberto ele estava me olhando ele sorriu e balançou a cabeça positivamente era um bom sinal estava fazendo um bom trabalho. Entorno de 14h30min que era quando o restaurante estava fechando poderíamos almoçar. Nos reunimos todos numa mesa até seu Alberto almoçava junto com o pessoal.
- Felipe falei com minha coroa expliquei a situação ela disse que já alugou o quarto man.
- que pena meu, mais tudo bem vou ver se consigo algo por aqui.
Terminamos de almoçar organizamos o salão arruamos as mesas limpamos o chão o pessoal estava indo embora não tinha pra onde ir tinha que achar um lugar pra dormi essa noite, fui até o armário pegar minha mochila o Tiago estava se arrumando sentei num banco.
- então mano pra onde você vai?- Ele fala enquanto colocava a camiseta.
- não sei cara. voce sabe se tem alguma pensão aqui ou um hotel velho que tenha algum quarto pra alugar?
- não sei man, não sei mesmo. Então vou indo nessa até a manhã se cuida ai. – pegando sua mochila.
Apertamos as Maos peguei minha mochila abri troquei de camisa lavei o rosto no banheiro escovei os dentes fui até o caixa se Alberto estava fazendo a contabilidade do dia.
- com sua licença seu Alberto, então estou contratado.
- esta sim pode vir amanhã gostei do seu trabalho os clientes gostaram de você e trás tua carteira de trabalho o salário é 800,00 mais as passagens e alimentação. É o que posso pagar.
- esta ótimo.
Peguei a carteira na mochila entreguei a ele me despedi. Segui por uma porta lateral sai na rua parei em frente olhei pros dois lados e agora qual caminho seguir? Comecei a andar para esquerda dei uns vinte passos quando ouço um assovio e uns gritos chamando meu nome, olha para trás era o Tiago vindo correndo ele chegou parou colocando as mãos nos joelhos puxando o ar.
- man quase que não ti pego.
- o que foi cara aconteceu alguma coisa.- Já fiquei meio tenso.
- não mano, quero dizer sim. Falei com a minha coroa agente tem um quarto La em casa vazio eu falei pra ela que tu não tinhas onde ficar daí ela vai lugar pra ti esta afim.- ele fala gesticulando com braço que não entendia o que era aquilo.
- claro meu nossa valeu mesmo.
- tranqüilo man vamos se não vamos perde o busão.
Seguimos até o terminal de ônibus pegamos um, andamos por uma hora descemos em frente a uma favela. fomos seguindo por uma rua estreita entramos num beco saímos em outra rua sempre subindo, quando comecei avista uns caras com armas nas mãos, tinha um com uma metralhadora parado na esquina coisa que só tinha visto na TV, fomos chegando mais perto meu coração começou bater mais forte.
- firmeza ai Nico rapaziada. – Tiago foi apertando a mão daqueles pessoal tudo armado.
- firmeza Tiago. Quem é a boneca. – Nico falou apontado pra mim chegou me dar um frio na espinha.
os outros dois riram ele ficou me olhando com um sorriso malicioso na boca ele estava sem camisa só de bermuda e chinelo e boné, era moreno cabelo raspado era magro com uma corrente de prata no pescoço.
-. Esse aqui é o felipe ele vai morar comigo e a mãe ele e boa gente podem ficar tranqüilo.
- tu tens que falar com o Nando ele não gosta de gente estranha circulando por essas bandas.
- Vamos Felipe- pode ficar tranqüilo vou falar com ele.
- tchau boneca agente se esbarra pelas quebradas.
Olhei pra ele segui subimos mais um pouco entramos em outra rua bem estreita paramos em frente a uma casa de tijolos a vista entramos Tiago já foi chamando pela sua mãe logo apareceu uma senhora morena baixinha de cabelos grisalho fofinha esta secando as mãos com um pano de prato Tiago foi até ela e lhe deu um beiju ela olhou pra mim.
- mãe esse é o Felipe. Felipe essa é minha mãe dona Fátima.
- pra prazer conhecê-la – dei-lhe dois beijus.
- o prazer é meu filho, como você e bonito.
- brigado. - Acho que fiquei vermelho naquele momento.
- o Nico também achou deu até um apelido pra ele, boneca. – Tiago falou abrindo a geladeira pegando água.
- aquele mala fica longe dele viu meu filho.
- sim senhora. – sorri.
Fomos para sala sentando no sofá apontando para eu sentar no outro, sentei colocando a mochila no meu colo.
- então o Tiago me disse que você foi mandado embora por que seus pais não aceitam sua orientação sexual?
- sim senhora ela disse que o demônio se apossou do meu corpo que isso é uma doença.
- fanatismo é isso que odeio nas pessoas, elas na o sabem separa o amor com religião. Então eu alugo quarto aqui na casa ao lado mais não tem nem um La, não costumo alugar esse que tem aqui, mais como o Tiago disse que você não tinha pra onde ir e disse que você e um rapaz direito resolvi ti ajudar. Bom o quarto vai ti custar 200,00. Mais como você vai precisar jantar tomar café almoçar nos finais de semana ter sua roupa limpa por 400,00 você terá casa comida e roupa lavada o que acha?
- por mim esta ótimo eu aceito.
- então nos acertamos o Tiago vai lhe mostra o quarto.
- vem cara.
- com sua licença senhora.
Peguei minha mochila seguimos pelo corredor entrei num quarto bem bonito tinha uma cama de casal guarda roupa um espelho TV uma mesinha, a janela estava aberta fui até ela tinha uma vista linda dava pra ver boa parte da cidade.
- gostou man?
- linda cara.
- arruma tuas coisas ai que vou dar uma saída tenho que falar com o Nando. Que tu vai morar aqui. – ele já estava saindo na porta.
- quem é esse Nando?
- o dono do morro man o feche do trafico.
- tu o conhece?
- sim ele é meu primo.
- será que ele vai me deixar morar aqui?
- claro meu tu vai morar com a tia dele, a única pessoa que ele respeita, foi ela que criou ele depois que sua mãe morreu. Agora deixa ir man fui.
Tiago saiu me sentei na cama fiquei olhando o quarto sorri em pensar que 15hrs atrás estava em uma casa onde eu era constantemente humilhado mau tratado e agora estou aqui. arrumei minhas coisas tudo no seu devido lugar, deitei como estava muito cansado acabei pegando no sono. As semanas foram passando tranqüilamente ao poucos fui ganhando a confiança de dona Fátima, acordava as 07h30min tomava meu banho quando descia, dona Fátima já estava esperando com o café pronto o Tiago sempre correndo dormia mais que a cama, o trabalho tirava de letra seu Alberto assinou minha carteira com o meu primeiro salário comprei um celular não um dos melhores mais dava pro gasto. voltamos pra casa sempre cedo, todo dia passava pelo Nico e ele dava aquela famosa cantada me chamando de boneca, mais eu nem dava bola.
Um final de semana o Tiago foi levar dona Fátima para um churrasco de teria na casa do outro filho dela que morava em outra cidade ela me pediu que tomasse conta da casa. Como já era tarde tomei um banho, pois estava fazendo muito calor aquela noite coloquei só uma cueca, deixei a janela aberta para entra um ar, me joguei na cama estava muito cansado avia trabalho um bocado peguei no sono rápido. Acordei meio sonolento ouvia uns fogos de artifícios meio que vi um vulto se mexendo num canto, passei a Mao no rosto olhei em volta o quarto estava escuro a luz da lua clareava um canto do quarto, me levantei, quando estava indo estendi a Mao para ligar a luz quando uma sombra enorme me puxou prendendo-me contra seu corpo colocando a Mao em minha boca meu coração só não saiu por ela por que estava tapada.
Continua
Fala galera, então. venho através desta história conta um pouco da minha vida para vocês, não vou colocar a cidade e alguns nomes fora alterados afim de preserva a identidade dos mesmo só o meu que e verdadeiro. Vou tentar postar a cada dois dias. Desculpes se tem algum erro de português nos mais comente e vote. lipemedi@hotmail.com
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