Quando terminou o filme Eduardo carregou Daniel e foram embora, me deixando com Thiago, déssemos para a entrada.
Thiago- Izaki valeu por hoje foi bem divertido, melhor eu seguir o meu caminho, depois de ligo para marcar algo, e amanhã nos falamos na escola.
Eu- A gente se fala amanhã.
Fui para a cozinha pegar alguma coisa para comer, coisa rara de se acontecer, mas aquela confusão todo me deixou com fome, não sou acostumado com um dia igual ao que tive, normalmente gosta de me trancar no meu quarto e esquecer o mundo. Para a minha surpresa me deparo com Rafael na porta.
Rafael- Precisamos conversar, na verdade você precisa escutar.
Eu- Você não tinha ido embora?! - surpreso.
Rafael- Fiquei no carro até ver todo mundo indo embora.
Eu- Como assim?
Rafael- Vou direto ao assunto, qual o seu problema?
Eu- Como assim? – comecei a rir com a confusão.
Rafael- Você da encima de mim, me beija, não fala nada, você está gostando de me torturar?
Eu- Rafael vou ser sincero, eu tenho interesse em você, gosto de te provocar, é divertido, mas o beijo não foi apenas provocação, eu fiz porque eu quis.
Rafael segurou meu braço com força me puxou e me beijou, com vontade, senti seus lábios encostando nos meus e logo correspondi, no meio daquela adrenalina toda acabei derrubando o suco na sua camisa.
Rafael- Agora vê se entende que não pode sair brincando com os sentimentos dos outros.
Eu- Sério? Acha que eu ainda não vou ficar te provocando? Acha que apenas um beijo e você vai mudar minha personalidade?
Ele ficou vermelho.
Eu- Vai me dizer do que se trata isso?
Rafael- Ainda não sei.
Eu- Está gostando de mim.
Rafael- Não. – cada vez mais vermelho.
Eu- Não foi uma pergunta foi uma afirmação.-disse rindo da sua cara- Vamos lá pra cima, te empresto uma camisa.
Lembrei do Thiago no caminho, comecei a ficar confuso, queria manter um relacionamento com o Rafael porque era divertido implicar com ele, mas o Thiago foi diferente, gostar de mim por quem eu sou é diferente. Chegando no meu quarto fui direto para o closet, peguei uma camisa que achei que seria do tamanho dele e entreguei.
Eu- Aqui, acho que essa te serve, se precisar ir no banheiro para se trocar é ali. – apontando para a porta.
Rafael- Não precisa de tanto.
Sentei na minha cama e vi que ele estava tirando a blusa, sua pele extremamente clara me chamou atenção, seu corpo apesar de não ser definido era bem estruturado, estava fixado naquilo, o que aconteceu em poucos segundos pareceu que durou horas.
Rafael- O que foi?
Eu- Nada. – virando o rosto.
Rafael- Você gosta de mim?
Eu- Já disse que tenho interesse, vai ficar me fazendo repetir?
Rafael- Desculpa, é que você é muito confuso.
Eu- Vou simplificar, você quer que aconteça alguma coisa?
Rafael- Não sei. – sentando do meu lado na cama- Ainda não sei o que eu quero, isso é muito novo pra mim, e ainda mais com você, sem ofensas.
Eu- Não ofendeu, seu que sou difícil e tenho um gênio forte.
Rafael- Mas você é muito bonito.
Nesse momento ele já estava me beijando, fiquei surpreso não imaginava que ele era do tipo que tomava atitude, e mais uma vez estava beijando ele, começou a deslizar a mão sobre minha perna e a outra apoiada na cama, não demorou para entrar no clima, logo estava com as mãos na sua cintura.
Eu- Você tem certeza que quer fazer isso?
Rafael- Não, mas também não quero parar.
Me deitou na cama, e tirou a blusa, estava realmente surpreso com aquilo, ele realmente tomava a iniciativa, tirou minha blusa e continuou a me beijar, sentia suas mãos quentes sobre meu peito.
Rafael- Você é muito fdp, mas é muito gostoso.
Eu- Eu sei disso.
Rafael começou a desabotoar minha calça.
Eu- Tem certeza que nunca fez isso com um homem?
Rafael- Nunca fiz sexo com homem, mas não sou virgem, tenho um pouco de noção.
Suas mãos foram de encontro com meu pênis, começou a me masturbar lentamente.
Rafael- Só vou até aqui, não sei mais o que fazer. – disse rindo.
Me levantei e troquei de lugar com ele, comecei a passar a mão sobre sua pele macia e branca, seu perfume era doce e suave, lembrava bastante primavera, comecei a beijar seu peito e fui descendo até a calça jeans, abri o zíper, sua cueca era preta dando contraste com a pele, aquilo me deixou mais excitado ainda, apenas tirei seu pau para fora, era rosado com uns dezoito centímetros e não era muito grosso, fiquei encarando aquilo, era tão lindo tão macio e coberto de pré-gozo, comecei a masturbá-lo, Rafael já estava no limite, acabou gozando e não fiz nada demais.
Rafael- Foi mal.
Eu- Não tem problema.
Rafael- Melhor eu ir embora antes que alguém descubra algo. –recolhendo a roupa que estava no chão.
Achei aquela pressa estranha.
Eu- Minha família sabe que eu sou gay, minha mãe sabe disso desde os meus dez anos, não precisa ter medo deles.
Rafael- Ainda não sei se estou preparado para enfrentar o mundo, me desculpe Izaki, mas não quero que ninguém saiba de nada, pode manter em segredo?
Fiquei meio chateado com aquilo, principalmente, pois já me envolvi com alguém que não queria assumir é acabei me magoando.
Eu- Rafael não vou contar pra ninguém, mas também não irei me envolver com você até se decidir.
Rafael ficou meio chocado com o que havia dito.
Eu- Não vou me envolver com alguém que não sabe o que quer, mesmo que eu goste de você.
Rafael- Desculpa Izaki. –disse saindo do meu quarto.
Fiquei mal com aquilo, me senti um brinquedinho de uma criança de oito anos, apenas usado e logo ficava de lado. Tomei um banho coloquei uma cueca cinza e fui dormir. Acabei apagando, acordei no outro dia com o despertador, por sorte lembrei que era sexta, finalmente teria um pouco de descanso no final de semana, coloquei uma blusa de manga comprida azul e branca e calça social preta, e junto os fones, fui para a escola. Encontrei Eduardo parado na porta.
Eu- Algum problema? Que cara de choro é essa? –tirando os fones.
Eduardo- Daniel terminou comigo.
Eu- Como?
Eduardo- Vou me mudar para Milão para fazer estagio e ele achou melhor terminar.
Eu- Entendi, sinto muito por tudo isso, mas fico feliz pelo estágio, era o que você sempre sonhou, ainda mais em Milão.
Eduardo- Obrigado Izaki.
Fui para a minha sala, estava sendo atormentado pelos meus pensamentos, Eduardo e Daniel terminaram, e o Eduardo ainda ia se mudar de novo pra longe, Rafael estava me deixando louco, não sabia o que ele queria de mim e isso começou a me estressar, por sorte Gabriela estava na sala para me distrair.
Eu- Porque faltou ontem?
Gabriela- Acordei tarde e não queria vim pra escola.
Eu- Motivo diferente para se faltar a aula.
Gabriela- Tem dias que eu não quero sair de casa.
Eu- Entendo, deveria ter pensado nisso mais cedo.
Sentei no meu lugar quando vi o professor na porta, não prestei atenção em nada de nenhuma aula, estava rezando para a aula acabar, queria minha cama, queria dormir e esquecer o mundo como sempre fiz.Chegado a intervalo tive uma surpresa, Thiago estava me esperando no lado de fora da sala.
Thiago- Bom dia Izaki, bom dia Gabi. - sorrindo.
Eu- Já estão tão íntimos assim?
Gabriela- Bom dia Thiago. – ficando vermelha.
Thiago- É que o nome dela é mais fácil de falar assim.
Gabriela- Vou à biblioteca, pode ir indo para o refeitório, a gente se encontra lá. – saindo correndo.
Eu- O que deu nela? Está agindo estranho hoje.
Thiago- Eu não conheço ela muito bem, mas ela é bonitinha.
Apenas olhei pra ele com uma cara de desanimo.
Thiago- Vamos estudar hoje? – disse animado.
Eu- Não estou com muita vontade, quero apenas dormir.
Thiago- Certo. – mudando para desanimado.
Eu- Desculpa, e que hoje não estou com muito animo pra nada.
Thiago- Aconteceu algo?
Eu- Pra quem ficava implicando com o povo no refeitório você é bem atencioso.
Thiago- Sou do time de futebol da escola, poucos sabem que eu sou gay, não tenho problemas com isso, mas é que a convivência ajuda a modificar um pouco, e eu realmente me importo com você, não sei explicar, apenas quero saber o que você tem.
Eu- Romântico, você é o primeiro a falar assim de mim, normalmente querem ou me bater ou me ignoram.
Thiago- Eu gosto da sua personalidade, acho diferente, você parece não ter medo de nada, viver do seu jeito e não liga para o mundo.
Não sabia como responder aquilo. Fomos para o refeitório, vi o Daniel e o Eduardo juntos, mas não parei para falar com eles, não queria atrapalhar, Thiago foi abordado por algumas garotas no caminho para a cafeteria, acabei seguindo sozinho, passei o olho rapidamente pelo refeitório e me deparei com o Rafael conversando com a Raquel, me senti mal, ele não me cumprimentou, sai da fila, desisti de comprar algo pra comer, e voltei para a sala, dei sorte ela estava do jeito que eu queria, vazia sem nada para me incomodar, sentei na minha cadeira e deitei sobre a carteira, mas não durou muito tempo meu sossego, alguém colocou a mão sobre o meu ombro.
Thiago- Aqui. – me entregando uma barrinha de chocolate- te vi saindo sem comprar nada, queria te trazer algo melhor, mas não sei do que você gosta.
Fiquei calado, apenas comi o chocolate, na verdade fiquei feliz com aquele gesto, apesar de tudo foi o auge do meu dia.
Thiago- Vou te deixar em paz, precisando de algo aqui está meu número. – anotando na minha mão.
Seu jeito começou a mexer comigo, apesar de parecer um brutamonte ele falava de maneira carinhosa, além do fato de gostar da minha personalidade. A sala começou a ficar cheia, o primeiro intervalo havia acabado, Gabriela entrou correndo na sala, achei estranho aquela atitude. As aulas passaram um pouco mais rápidas, de certa forma Thiago me animou um pouco, parei de pensar tanto no Rafael e comecei a prestar atenção na aula, que logo acabaram. Cheguei em casa e como de costume não comi nada apenas fui para o meu quarto tirei toda a roupa ficando apenas de cueca deitei na minha cama e acabei dormindo.