Vejo muitos maridos que aceitam aventuras das esposas e fico com inveja, porque meu marido não é assim. Pelo contrário, ele é muito ciumento. Em casa, a arteira sou eu...
Li uma reportagem sobre casais liberais e casas de swing numa revista e fiquei super curiosa. Queria conhecer um clube de swing. E aconteceu...
Naquela época morávamos em São Paulo e eu estava trabalhando. Meu melhor amigo era um colega de trabalho, Alex. Meu marido não tinha ciúme porque Alex era gay.
Eu confessava meus problemas, dúvidas e desejos com Alex e falei pra ele desta vontade de conhecer uma casa de swing, só por conhecer mesmo, e ele fez uma sugestão: um amigo tinha lhe dado um convite e ele me levaria.
Seria fácil. Quando meu marido se ausentasse, ele iria comigo e fingiríamos ser um casal. Um dia meu marido estava em reunião em outra cidade me ligou avisando que estava vindo, mas pedi a ele pra adiar a volta para o dia seguinte, porque tinha acontecido um acidente horrível no metrô e o trânsito estava caótico. O acidente estava nos telejornais. Nem eu sabia a que horas conseguiria chegar em casa. Contrariado, meu marido concordou.
Nesta hora eu estava com Alex e disse pra ele: “Bom, vamos pra casa de swing, maridinho????” Ele riu escandalosamente e concordou.
Uau! Uau, uau mesmo! O lugar era fascinante. O letreiro em cores pretas sobre um fundo com luzes laranja. Ansiedade, coração a mil, entramos. Tivemos que deixar os celulares na recepção. Nossa, pessoal!!! O local era muito estimulante!!! Música, pessoas se apresentando num palco seminuas, outras andando com roupas ousadas... Muito, muito estimulante! Tinha uns quartos pelos quais passávamos, uns tinham as portas fechadas outros abertas: nestes de portas abertas, casais transando, trios, transas em quatro... Nossa, que loucura!!!
Sinceramente? Tudo muito estimulante, mas não me excitava sexualmente. Gostaria de espiar, ver os casais transando, mas com privacidade... Achei meio bandeiroso. Mesmo assim, fascinante!
Olhávamos cada canto, quando... surpresa: chegou a polícia. Vários soldados, a música foi silenciada e alguém disse pra que colaborássemos. Uma ordem de “todo mundo fora dos quartos, documentos na mão por favor”.
Fiquei em pânico, eu, Alex e mais um monte de gente. Muita revolta, até que um dos frequentadores que tinha conversado com o comandante foi acalmando o pessoal: a polícia estava ali devido a denúncia de exploração de prostitutas e de menores.
Os frequentadores da casa foram colocados em fila e os policiais foram checando os documentos. Os maridos com esposas foram liberados. Outros foram chamados para conversar, o que aconteceu comigo e com o Alex.
Um policial examinou nossos documentos, fez perguntas e chamou um superior: “Sargento, a mulher é casada com outro cara e veio na casa de swing com um viado”
O tal sargento nos levou a um dos quartos e fez um monte de perguntas. Falamos a verdade. Então ele disse que seria necessário checar: ligou em algum lugar, passou os números dos nossos documentos, esperou e depois chamou um soldado, ordenando que fizesse uma revista detalhada nos nossos pertences e na gente. O sargento saiu.
O soldado esvaziou bolsa, bolsos, apalpou... eu e o Alex morrendo de medo.
O soldado se sentou e me disse: “Tenho que pedir pra senhora se despir”. Obedeci ficando de lingerie. Aí ele disse: “Tira tudo, por favor”. Fiquei totalmente nua. Ele ordenou então que eu desse uma volta. E ele diz: “Você é muito bonita, sabe? Como você entra numa destas, querida?” Ah, nesta hora percebi que a coisa tinha mudado de tom...
O soldado levantou-se, começando a se despir, para nossa surpresa. Olhou para o Alex e mandou que ele ficasse quietinho ali no canto. Aí o soldado veio para junto de mim, segurou-me pelos cabelos e me apertou contra seu corpo... estava vestido só com as calças e a bota.
Sentou-se, começou a tirar a bota e disse: “Mas veja a ingenuidade de vocês... Desculpe, mas não vou violentar você, querida. Se você quiser, pode ir embora, e o amiguinho também... Estou avançando o sinal por puro tesão! Você é muito gostosa, sabia? Muito gostosa! Saio pro trabalho sem saber se volto vivo, vejo coisas horríveis... hoje dou de cara com uma coisa maravilhosa destas... ah, vou arriscar, vou arriscar... Querida, você pode se vestir e cair fora ou ficar comigo... vem comigo ou cai fora?”
Eu e o Alex estávamos atônitos, completamente surpresos com o rumo das coisas!
(FIM DA 1ª PARTE)