Cap. 14
WHAT ?!
- Do que você me chamou Mariano ?
- Nada, não disse nada- ele saiu correndo em seguida.
- Mariano !!!- vi ele descer no elevador.
NARRADO POR MARIANO
Dentro daquele elevador, eu comecei a chorar. O que eu estava pensando quando me deixei apaixonar pelo meu melhor amigo. Esse coração maldito só podia estar de brincadeira comigo. Eu vou me apaixonar logo por um comprometido. E os dois são meus amigos. O que eu estava pensando, que o Eduardo iria largar o Flavinho pra ficar comigo. Eu só podia estar brincando. Logo o elevador abriu.
- Mariano, o que houve- eu não queria falar com ninguém. Apenas sai correndo. Numa velocidade incrível. Queria me ver livre e sozinho. Eu só queria amar. É tão difícil. Entrei no apartamento dele e estava vazio. Fui pra cozinha e no canto, me joguei lá. Botei minha cabeça entre as pernas e comecei a chorar, como nunca havia chorado antes. De repente escuto uma voz familiar.
- Ei, garoto, você tá bem- olhei pra cima.
- O que você quer Eduardo ?
- Haha, você deve estar me confundindo, eu não me chamo Eduardo. Meu nome é Alberto-vi ele estender a mão
- Você tá tirando uma com a minha cara, para, já basta eu sofrer por te amar.
- Eu nem conheço você, eu acho que você só deve ter saído de um hospício.
- Chega de brincadeiras Edu, eu já estou triste demais, não fica brincando comigo.
- Mas que porra, quantas vezes eu vou ter que te dizer garoto, meu nome não é Eduardo- de repente, parecia que meu sentidos tinham voltado ao normal. E realmente não parecia ser ele
- Você está com outra roupa, tem uma pinta no rosto. Mas é igual, igual a ele- eu passava a mão no seu rosto- Como isso é possível.
- Ah, a pinta, tive desde quando nasci, minha mãe também tem uma.
- Como é o nome da sua mãe ?
- Jussara- eu nem conseguia prestar atenção no que ele falava. Ele era extremamente igual ao Edu, a voz, o rosto, a pele, o corpo, a altura, os olhos, o cabelo. Era idêntico.
- Você é igual a ele- ele deixava ser tocado- quem é você ?
- Meu nome é Alberto, já disse ? Por que todo mundo fica me confundindo com esse tal de Eduardo.
- Você é igual a ele. Igual a ele, idêntico-eu estava fascinado- meu nome é Mariano- senti um toque gentil nas minhas mãos, agora ele parecia estar mais calmo
- Prazer Mariano, mas faz um favor, para de me encarar, faz parecer que eu tenho alguma coisa de errado
- Agora você foi grosso. Já não parece o Edu- eu precisava ter certeza- como se chama o seu primeiro namorado ?
- Eu nunca namorei, mas porque você quer saber isso
- Você não é ele, Edu fala muito do seu primeiro namorado, e de que como ele foi ruim. Como você nasceu ?
- Do mesmo jeito que você, mas que pergunta mas besta
- Ai, mais que grosseria. Tá parecendo o meu antigo eu.
- É o meu jeito. Desculpa, eu sou assim com pessoas novas.
- Como pode existir alguém que é igual ao Edu
- Não sei. O que você é pra esse Eduardo ?
- Amigo- eu ainda não conseguia acreditar naquilo. Parecia um clone dele.
- Porquê você estava jogado ai nesse chão, um garoto tão bonito como você- ele passou a mão no meu rosto, me fazendo tremer.
- Que atrevido !
- Você só faltou pegar na minha bunda e eu não disse nada.
- Definitivamente você não é o Edu. Edu é gentil e amigo. Não um grosseiro e atrevido. Eu tive uma desilusão amorosa. Por isso estava chorando- de repente escuto passos.
- Mariano, você está por aqui, vamos conv...- de repente ele parou e olhou o Alberto, os dois se entre olhavam como se fossem leões rivais- meu Deus. Quem é você ?- os dois pararam olhando um no olho do outro
- Me chamo Alberto- ele estava vidrado no olhar de Edu
- Me chamo Edu
- Você é igualzinho a mim. Parece um clone. Você é fantasma ou que.
- Não, sou homem de carne e osso mesmo.
- Como eu nunca te vi-de repente, Dona Jussara entrou na casa. O clima pesou.
- Mãe- os dois falaram ao mesmo tempo- ela é a minha a mãe- eles olharam um ao outro- como você vai explicar isso mãe- eles não paravam de falar ao mesmo tempo.
- Eu rezei pra esse dia não chegar- de repente meu pai entrou
- Meu Deus- Foi só o que ele disse
- Vocês vão me explicar isso agora- falei
-É- Alberto complementou
NARRADO POR EDUARDO
Como existia alguém igual a mim. De corpo, de rosto, era todo igual a mim. E bonito também kkkkk
- Amor, olha o que minha mãe...- Flavinho entrou pela porta, mas se calou ao ver a gente- acho que botaram alguma coisa na minha bebida. Eu estou vendo dois Eduardos.
- Eu sou o Edu amor- falei o puxando pra o meu lado
- Como pode isso ?- ele parecia confuso
- Mamãe vai explicar- todos olharam pra ela.
- Bem. Eu, engravidei dos dois
- Como assim ?
- Vocês são gêmeos
- E como nunca nos conhecemos
- Porquê ele morava com seu tio, aqui no Rio
- E porque ele não morou com a gente em Porto Alegre ?
- Eu e seu pai não tinhamos muito dinheiro, então ele ficou com seu tio desde os dois anos, mas sempre mantivemos contatos com ele.
- E por quê você nos manteve afastados, sem conhecer um ao outro.
- Porquê vocês... Não são filhos dele- ela apontou pra meu pai
- O quê...
- Vocês são filhos de um vagabundo que engravidou ela e depois sumiu. Me separei dela porquê ela vivia me traindo. Mas eu assumi vocês, porquê sempre tive um carinho imenso pelos dois, desde criança. Pra mim vocês sao meus filhos.
- Mas porquê não nos conhecemos antes
- Sua mãe tinha medo da reação de vocês.
- Como você pode me separar do meu próprio irmão ?
- Eu achei que fosse o melhor...
- O melhor ? Vivi minha infância toda esperando um irmão e agora que sei que tenho um. Eu ainda não acredito nisso-Alberto nem conseguia dizer nada
- Me perdoem
Fui direto pro meu quarto, seguido pelo Flavinho.
-Como minha mãe pode ?
Continua
Gostaram...