Aos poucos, Davi ia se soltando e se divertindo cada vez mais com os amigos do Fábio, principalmente com o Betão, que na verdade não passava de um palhação. Ele fazia piadas engraçadas, e o Davi não se controlava nos risos.
- O Fábio me disse que você quer ser um pastor; é verdade? – perguntou Betão.
- De onde ele tirou esta ideia? – Davi olhou de rabo de olho para o Fábio.
- É brincadeira. Bom, é que ele nos falou que você é evangélico, e que era pra gente pegar leve nas brincadeiras. Você sabe como é né?
- Mas por quê? Por acaso vocês fazem brincadeiras pesadas? – ele ficou curioso.
- Não Davi. – Fábio lançou um olhar para o amigo. Quer parar de falar merda Betão? – Fábio chamou a atenção dele.
- Na verdade Davi... É que quando três homens se juntam você já deve imaginar a quantidade de palavrões e putarias que rolam. E são comentários sobre os mais diversos assuntos, principalmente mulher. – todos riram.
Davi lançou um olhar ameaçador para o namorado. Então quer dizer que eles falam de “mulher” quando estão juntos? – ele pensou. – Vendo a cara dele, o Fábio cochichou em seu ouvido.
- Eu só tenho olhos pra você, agora. Isso era no tempo em que não nos conhecíamos.
- Eu imagino. Eu vou pegar mais refrigerante. – Davi ia se levantar, mas o Fábio fez por ele. Enquanto seu namorado, junto aos outros, bebiam cerveja, ele era o único puritano do grupo. A única coisa que ele não permitiu o Fábio fazer foi acender um cigarro em sua frente, pois detestava a fumaça que o mesmo causava.
- Deixa que eu pego pra você. – ele foi até o balcão do bar e fez o pedido.
A conversa transcorria com harmonia. Os amigos dele iam conhecendo cada vez mais o Davi, apesar de que ele não tinha muita coisa pra falar nem contar. Sua vida sempre foi tão restrita, sem muitas novidades, mas mesmo assim, ele arrancou risos dos rapazes.
- Eu preciso ir. - Davi falou. – Os meus pais me matam se eu demorar. Na verdade, eles nem sonham que eu estou aqui, muito menos que eu entrei num bar pela primeira vez na vida.
- Você nunca entrou num bar. – Betão fez cara de espanto. – Eu vou acabar pesando que você vive em cárcere privado.
- Não é isso. É que...
- Depois ele te explica Betão. Vamos? – Fábio cortou o namorado e se despediu dos amigos. – Galera, valeu pela força. A gente marca outra coisa depois.
- Valeu brother. – disse os outros, se cumprimentando entre eles, de um jeito esquisito.
- Tchau gente. Foi um prazer. - Davi sorriu para eles. Todos eram lindos e jovens.
Já em sua moto, o Fábio ia rasgando pista. O Davi grudava na cintura dele desesperadamente.
Fábio fez diferente e levou o namorado para sua casa. A mãe dele era médica, e estava de plantão. Ele não pensou duas vezes, e arrastou o namorado para lá.
- Você tá doido? –Meu pai pode abrir a janela e nos ver! – Davi ficou nervoso de medo.
- Relaxa bobo. Ninguém vai nos ver. Vem, vamos entrar.
- Eu não posso. Já passou da minha hora de voltar. Você não conhece o meu pai.
- Só um pouquinho. Por favor? – Fábio fez uma carinha que o Davi não resistiu.
Eles entraram na casa, e o Fábio foi logo agarrando a cintura do seu amor.
- Calma. Vai devagar. Davi tentava se esquivar dele.
- Você é tão gostoso, que eu não resisto. Vamos pro meu quarto?
Davi não sabia dizer não a nada do que ele dizia. Deixava seus impulsos e emoção falarem mais alto. O que ele estava vivendo, era algo que mexia com sua estrutura e com sua alma, por isso de certa forma, adquiriu mais confiança.
Eles deitaram na cama, uma de frente por outro. Fábio passava as mãos no contorno dos lábios do Davi, e este, acariciava o rosto dele.
- Eu amo tanto você sabia? Hoje eu me questiono, e chego a conclusão de que eu não consigo viver sem você. – Fábio disse olhando dentro dos olhos dele.
- Você é o meu anjo. Senão fosse por você, eu ainda estaria no meu abismo. Me sentido o pior ser da face da terra. Se você soubesse o quanto você transformou a minha vida. Eu também te amo muito. Não sei se um dia vamos poder escancarar o nosso amor para o mundo; mas o que acontecer comigo, eu jamais vou deixar de te amar.
Eles se beijaram intensamente, e aos poucos, Fábio ia arrancando a roupa do Davi, que permitia a exploração dele.
- Nossa! Você tem o corpo mais lindo do mundo! – ele invadiu a boca do Davi, e chupava todo o céu de sua boca. Era um beijo quente, o que deixou o outro nas nuvens. Fábio também ficou nu, e ambos se abraçaram, sentindo o calor um do outro. Aos poucos, o Fábio lambia os mamilos do Davi, que gemia muito de tanto prazer. A sensação para ele era única. Jamais pôde sentir tal sensação. Estar nos braços de um homem como o Fábio, que sabia explorar cada parte de seu corpo, sem pressa, era algo maravilhoso para ele. O toque das mãos, a vibração da pele, os arrepios, os gemidos... Um verdadeiro universo só deles.
- Me deixa amar você. Se entrega pra mim. – Fábio o encarava cheio de prazer no olhar.
- Eu não sei se estou preparado pra isso. Eu nem sei por onde começar.
- Deixa que eu guie tudo. Só te peço que confie em mim. – Fábio dava beijinhos no pescoço dele.
- Se caso eu não conseguir, você vai ficar chateado comigo? – disse o Davi com a voz calma.
- Claro que não meu amor. A gente nem precisa fazer, se você não quiser. Eu quero respeitar o seu tempo. E continuarei te amando com a mesma intensidade.
- Eu nunca pensei que um cara como você... Com um estilo brutão, cheio dessas tatuagens pelo corpo... Fosse tão doce e romântico. Confesso que estou surpreso.
- As aparências enganam. – Fábio o puxou para mais perto, e entrelaçou suas pernas nas coxas dele. Seu pau latejava dentro da cueca, e ele pediu para que o Davi tocasse nele. – Põe a mão. Sente o seu homem.
Davi meio sem jeito, e com o corpo trêmulo, timidamente ia acariciando o membro dele. Os movimentos estavam gostosos, e ele o tirou para fora da cueca. Pela primeira vez, via outro homem nu em sua frente. Fábio pediu para que ele botasse na boca, mas a timidez o impedia. Davi estava louco de prazer, isso era fato! Mas também estava sem jeito. Retrancado, preso na sua liberdade de amar.
- Desculpa, eu preciso ir. – ele se desfez das garras do outro, mas o Fábio o segurou pelo braço.
- Calma meu amor. Só estamos nos curtindo. Eu não vou forçar nada com você. Não te machucar.
- Eu sei disso. Confio em você. Mas o problema é comigo. Eu ainda não estou preparado pra fazer nada. Existe um bloqueio dentro de mim. Você é um homem lindo e super atraente, mas... Eu preciso de um tempo. É tudo muito novo pra mim. Eu nunca tive esta sensação que tivemos hoje. Me perdoa.
Davi foi o mais franco possível com ele. Sabia que aquele não era o momento certo, mas que uma hora iria chegar.
- Claro meus cachinhos castanhos. Você não precisa pedir perdão. Eu é que peço desculpas por ter sido tão apressado e impaciente.
- Obrigado por me compreender. Isso só prova o quanto você me ama e o quanto que eu te amo. – Davi deu um beijo nele, e se despediu.
- Nos vemos amanhã. – perguntou o Fábio.
- Vou fazer o máximo possível, para que sim. Boa noite meu homem tatuado.
- Antes de você ir, só mais um beijo. – Fábio puxou o braço dele, e lhe tascou mais um beijo molhado.
- Agora eu preciso mesmo ir embora. Te amo, te amo, te amo. Tchau! – Davi atravessou a rua com muito cuidado para não ser visto.
Ele estava apenas começando a curtir as faces do amor. Mas será que eles passarão a viver assim pra sempre? E quando o pai do Davi descobrir este romance? E o Rafa? Qual mistério vai ligar ele, ao namorado do seu melhor amigo?
CONTINUA...
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Galera, muito obrigado por todos os comentários. Agradeço aos novos leitores a atenção. Um beijo grande para todos e não se esquecem de comentar sempre!