Meu nome é Daniel irei começar detalhando o meu perfil básico, tenho a pele clara, um corpo normal para quem está cursando no ensino médio, nada muito definido, mas nada desleixado. Meu rosto posso dizer que é bonito, maxilar bem definido, olhos castanho escuro, cabelo ondulado e loiro, na maioria do tempo curto. Estou entrando no 2° ano do ensino médio em um dos melhores colégios de São Paulo, minha família não tem muitas posses, então estou como bolsista, apesar de não aparentar sou bem estudioso, afinal para sobreviver nesse mundo que freqüento onde mais de 80% são extremamente ricos eu tenho que me destacar em algo.
Após minhas merecidas férias é finalmente hora de voltar para o colégio, uma semana antes já estava bem ansioso com como seria, pensando em que sala eu iria cair, se estaria com os poucos amigos que eu fiz. Chegado o dia, acabei dando sorte, continuei na mesma sala, houve poucas mudanças na turma, e meus melhores amigos Rafael e Raquel continuaram a sentar do meu lado, um dia feliz.
Após três semanas de aula normal, aulas normais, nada muito difícil de acompanhar. Chego na escola, como sempre mais cedo, tenho sorte de morar a seis quarteirões dela. Vejo professor de química conversando um uma senhora muito elegante, linda para ser mais exato, de cara podia dizer que ela era muito culta e muito rica, atrás dela vem um garoto aparentemente da mesma idade de todos na sala. Após todos chegarem e o horário da aula começar, o professor se despede da senhora elegância e entra na sala, caminha até o centro da sala e logo atrás vem o garoto, que ninguém tinha reparado, pois a maioria do tempo ele estava de costa para a porta, encostado no pequeno muro, olhando os prédios da cidade. O professor de química apresente o nosso mais novo colega.
Professor de química- Galerinhas deixe de bagunça, pois temos um novo membro para a sala, seu nome é Eduardo, estudou até esse no na França, vou deixar ele mesmo se apresentar, Eduardo, por favor, fique a vontade
Eduardo- Muito obrigado professor. Meu nome é Eduardo, estou de volta ao Brasil por conta da carreira da minha mãe, não tenho muito a dizer, apenas espero me adaptar bem com a turma..
Após essa breve apresentação o professor guiou ele até o lugar, por coincidência na minha frente ao lado do Rafael.
Hora do intervalo, o assunto da escola é o novo garoto que vaio da França, a fofoca já corria pelos corredores. Fui lanchar com os amigos de sempre, Raquel e Rafael, em um canto mais privado do refeitório, com menos barulho. Quando Eduardo entra na fila da cafeteria quando começa os comentários:
Raquel- Vocês já deram uma boa olhada nas meninas da escola, estão todas malucas pelo novato da nossa sala, que senta perto da gente. -com um tom superior.
Rafael- Não sei o que elas viram de tão especial, apenas o fato dele ter vindo da França?
Raquel- Sério Rafael você não entende porque é homem. Ele é lindo, charmoso, é pelo que eu escutei a mãe dele é design de moda de uma grande empresa, o que leva que ele é um dos mais ricos do colégio.
Até esse momento eu não havia reparado no novo garoto, parei e dei uma boa olhada. Realmente ele era lindo, pele morena clara que chegava a brilhava, cabelo castanho escuro no estilo militar, rosto com presença, olhos castanho claro, e muito estilo não só nas roupas como na presença, um corpo bem estruturado, peitoral marcado na camisa pólo de marca, estava com uma bermuda preta que realçava sua bundinha redondinha, perfeita.
Eu- Rafael você pode falar o que for, mas ele tem mais estilo que a escola inteira junto, até entendo o motivo de tanto alvoroço.
Raquel- Então, rico, lindo, gostoso, e com educação. Pena eu não ter coragem pra falar com ele.
Terminado o intervalo, voltamos todos para a sala, lá estava ele com um suco de caixinha na mão, sentado com as pernas cruzadas, olhando para o tempo, ninguém se atreveu a chegar perto dele, parecia tão intimidador, tão isolado, não teve uma pessoa que desejou atrapalhar aquela visão, mas infelizmente logo chega a professora de educação física. Todos vão para o vestiário menos o novo aluno, afinal ele não tinha o uniforme para prática de esportes. Ele ficou sentado na arquibancada, olhando todos, de longe eu acreditei que ele estava a analisar todos e a tudo, como um estranho em uma área nova, que realmente era o que ele era. Nesse momento que eu percebi que eu não consegui parar de olhar para ele, até que eu fui acordado com uma bolada no estomago. Fiquei vermelho por ter passado esse tipo de vergonha na frente dele, a dor nem importava mais. Cercado por todos da quadra que tentavam me ajudar, passando o olho em todos e dizendo que eu estava bem, me deparei com ele rindo, fiquei alucinado com aquele sorriso até que minha fixa caiu, ele estava rindo de mim, fiquei mais vermelho ainda e fui para a enfermaria como fuga, com o Rafael me acompanhando. Por sorte quando voltamos para a sala à aula já avia acabado.
Com o passar do tempo, ainda envergonhado eu tentava não me aproximar muito dele. Olhando de longe fui reparando que ele não era muito de fazer amigos, as poucas conversas que ele tinha com as pessoas eram breves, bem diretas, além do fato que metade era com professores.
Semana de provas, todos meio louco, estudando antes, depois e durante as aulas, ele estava simplesmente tranqüilo como se aquele fosse um dia normal. Uma semana após, revelação das notas da prova, para a minha surpresa e do resto da sala eu fui rebaixado, não era mais o melhor da sala igual havia sido no 1° ano inteiro, ele tomou o meu lugar, fechando quase todas as provas as que ele não fechou estava com mais de 90%, com exceção de história, a única que eu tinha vantagem sobre ele. A partir de então todos da sala queriam ser amigos do novo garoto, é isso começou a me incomodar.
Logo após a semana das provas, Eduardo faltou durante cinco dias seguidos, e a sala principalmente as meninas queriam saber o motivo, mas ninguém sabia, pois ele não era de falar muito, e os professores aparentemente sabiam, mas não iriam falar por questão ética.