Oiiii... Desculpem demora. Mais uma parte pra vocês. Boa leitura.
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Então a música chegou ao fim. Abri
os olhos e ele estava me olhando
com aqueles olhos negros
penetrantes.
Ele: eu te amo...
Eu: eu também te amo.- então nos beijamos suavemente. Seus lábios se moltavam aos meus com delicadeza, seus braços percorriam minha cintura e meus dedos seus cabelos.
Quando o beijava, era como se o tempo parasse ao meu redor. Nada mais importava, só o fato de ter ele ali, comigo. Era suficiente pra esquecer de tudo.
Eu: para, para... O Rafa.- disse ofegante.
Ele: o que é que tem ele?- ainda me puxando pra perto.
Eu: ele pode ver agente. Para Fernando!- levantei do banco e fui para traz do piano.-é sério, alguém pode ver agente. Se lembra que agente não tá sozinho aqui.
Ele: eu sei. Desculpa...
Ele fez biquinho.
Eu: olha só, quem me dera se eu pudesse passar o dia inteiro assim com você, mas não dá. Seu pai, sua mãe, o Rafa meu país, eu, você... Ótimo. Temos tudo pra isso aqui virar um inferno. Não quero que isso aconteça.
Ele se levantou e veio até mim.
Ele: eu também não quero...- ele fez uma cara engraçada.- Ei, já pensou se o meu pai descobre que eu tenho um viadinho?
Eu: o que?!
Ele: um viadinho, já pensou se ele descobre?
Eu: você é muito idiota!!!- disse dando uns socos no braço dele, que só ria.- eu não sou viadinho, muito menos seu!
Ele: é sim, meu viadinho. Só meu.
Eu: não, isso é ofensivo sabia?
Ele começou a rir e me abraçar por traz.
Ele: eu sei, tava brincando amor.
Eu: hum... Continua brincando e você vai acabar perdendo isso ai que você tem no meio das pernas.
Ele ficou sério.
Ele: sério amor?
Eu: não, tava brincando...-disse irônico.
Ele: tabom, vem aqui gostoso.-disse ele me beijando novamente.- vou tomar um banho agora tá?
Eu: ok.- ele me deu outro beijo e subiu. A manhã estava linda, fui pra varanda e então resolvi dar uma volta pela fazenda. Andei pela calçada de pedras e fui levado ao haras. Logo avistei o Rafa encostado na cerca conversando com um homem. Me aproxime e sem que eles me vissem, fui chegando de fininho ao lado do Rafa.
Eu: bonito esses cavalos.- o cara nem se mexeu, mas o Rafael só falto pular pro outro lado.
Rafa: eita cão, quer me matar do coração é?!- comecei a rir.
Eu: desculpa, não queria te assustar.
Rafa: pô, da próxima vê se avisa que tá chegando.
Eu: ok.
Ele: cadê o Fê?
Eu: foi tomar banho.
Ele: hum, você não foi com ele?
Fiquei nervoso, será que ele sabia?
Eu: porque eu iria?
Ele: sei lá, vocês vivem juntos...
Disse ele se curvando na cerca.
Eu: ham... É que nois somos muito amigos, sabe como é néh...
Ele: é, sei comé...
Ele estava com uma expressão irritada. O rapaz ao lado dele então abriu o portão e foi pro outro lado onde ficava o celeiro.
Subi na cerca e me sentei.
Ele: desce daí você vai cair.
A feição seria.
Eu: nossa, quanta simpatia! O que eu te fiz em, senhor alegria de viver?
Ele: nada.
Eu: ok, então eu vou voltar pra onde tem gente que gosta de mim.- então pulei da cerca. Com o impacto no chão meus pés doeram pra carvalho.
Eu: ai, urgt...- disse apertando os tornozelos pela dor.
Ele rapidamente se ajoelhou.
Ele: olha só. Fica na sua macacada!
Eu: eu não sou macaco!!! Me deixa, ai...
Ele então passou o braços ao meu redor e me carregou no colo.
Eu: ei, o que você está fazendo?!
Ele: te carregando, não tá vendo?
Eu: to, mas eu não mandei.
Ele: você não manda em mim. E eu carrego quem eu quiser!
Eu: más eu não quero, seu grosso!!!
Ele não disse nada e saiu comigo nos braços. Passou um tempinho e eu deitei a cabeça em seu ombro.
Ele deu uma rizada.
Eu: o que foi?
Ele: me chama de grosso, de chato, mas na primeira oportunidade tira uma casquinha...
Eu: urgt!!! Você é muito imbecil mesmo!- disse me soltando dos braços dele.- e eu não te chamei de chato! Pelomenos ouvi direito o que os outros dizem!
Entrei na casa e ao chegar na sala me sentei e comecei a massagear os tornozelos.
Eu: idiota, ele acha que eu preciso da ajuda dele, eu sei me virar sozinho. Sou forte e independente! Quem ele pensa que é?!
- não sei, depende de quem você tiver falando.-o Fernando vinha descendo as escadas.
Eu: há, não é nada. Eu só...
Rafa: machucou o tornozelo na macacada!- disse ele entrando na sala.
Eu: já disse que eu não sou macaco!
Fernando: o que aconteceu?
Rafa: ele, foi querer dá uma de homem-aranha e machucou o pé pulando da cerca.
Fernando: sério? Parece você daquela vez.- disse ele rindo.
Rafa: tá, isso foi a sete anos Fernando, esquece!
Fê: não, lembra como você era lerdo? E a vez que você levou um coice do cavalo e quase morreu com falta de ar.
Ele: é, e lembra quando você cutucou o ninho de abelha achando que era formiga?
Eu: tá, isso é informação demais pra mim! Vou tomar um banho antes que isso seja contagioso.
Disse me levantando.
Fê: não, e o seu pé?
Eu: eu já to bem. Só preciso de um bom banho...- e subi as escadas.-aliás, qual é o meu quarto?
Os dois: direto no corredor, penúltima porta à esquerda!- os dois se olharam.
Eu: valeu...
Fui pro quarto, tomei um bom e demorado banho quente. Depois dei uma dormida. Acordei e a fome corroia meu estômago. Estranhei estar escuro, olhei pela janela e já era noite. Como eu pude dormir o dia todo? Só os fortes sabem qual é a sensação horrível de dormir de dia, acordar já à noite e estar sozinho. É apavorante!!! Você acha que todo mundo morreu e você é o único vivo. Meio the walking dead.
Era só sensação mesmo. Ao abrir a porta pude ouvir bem baixo a voz de meu pai. Do quarto não se ouvia absolutamente nada.
Desci a escada e fui até a sala de jantar. Meus país estavam lá com os do Fê. Eles estavam jogando dominó. Coisa que eu odeio. Odeio jogos que requerem qualquer tipo de esforço cerebral. Mesmo os mais simples.
Eles me olharam sorridentes. Meu pai quase riu.
Eu: que foi?
Mãe: o seu cabelo...
Passei a mão na cabeça e pude sentir o ninho. Meus cabelos estavam todos bagunçados.
Eu: ótimo.
Douglas: sente-se. Vou pedir pra Joana trazer seu jantar.- disse ele se levantando.
Eu: não, não precisa. Eu vou até a cozinha, pode deixar.
Douglas: tem certeza?
Eu: sim, continuem. Eu só... Vou dar um jeito nisso aqui.
Disse indo até o quarto. Me ajeitei e fui a cozinha. Uma mulher, simpática estava fumando na janela.
Ela não me viu entrar. Tenho esse don de não fazer barulho.
Eu: oi.
Ela se assustou e derrubou algumas coisas do balcão.
Ela: ai, me desculpe. Eu sei eu não devia estar fumando no trabalho, mas eu vou jogar isso fora...
Eu: não precisa. Pode fumar à vontade.
Ela: há, não. O seu Douglas não gosta que eu fume aqui.
Eu: relaxa, eu não vou contar, pode ficar a vontade.
Ela: então tá.
Eu: mas com uma condição.
Ela: qual senhor?
Eu: que você me fassa algo bem gostoso. Tô brocado.
Ela: há, mas é pra já senhozinho!
Eu: sem essa de senhozinho. Eu não sou velho, e outra, não sou dono dessa casa.
Ela: ok.
Eu: me chame de Kayo. Prazer.
Ela: prazer...- então eu sentei e nós conversamos muito. Ela era muito legal. E doida! Ri muito das coisas que ela falava.
Ela: sabe... trabalho aqui a quinze anos. Quando minha mãe morreu eu vim morar aqui. No começo cuidava só dos dois mulequinhos. Ai depois o seu Douglas me pôs pra ficar na cozinha. Eu até que gostei, o Fernando sempre foi um anjinho. Era carinhoso, educado. Depois começou a ficar arrogante, queria mandar em todo mundo. Não obedecia ninguém. Mas só depois de grande ele ficou assim.
Já o Rafael, esse era uma peste. Desde novinho. Acho até que o seu Fernando ficou assim por culpa dele. O bichinho sofria na mão dele. O coitadinho sempre foi inocente, ai o Rafael fazia as coisas e colocava a culpa nele. Só eu via como ele era, mas fazer o que né. Ninguém acreditava em mim. E o tadinho do Fernando não falava nada. Sempre o fantoche daquele lá...
Apesar de ser o mais novo, o Rafael era muito mais esperto que o Fê. Fazia o que queria dele. Não duvido que foi culpa dele o seu Fernando ser expulso da outra escola dele...
Fiquei pensativo sobre aquilo. Será que o Rafael era assim? Bom, até agora não havia visto nem percebido nada suspeito. Eu sabia que o Fernando não era uma flor de pessoa, mas daí o Rafa ser o culpado...
Acabei o jantar e fui até os país.
Eu: oi.
Pai: oi príncipe. Jantou?
Eu: sim. É... Vocês sabem cadê o Fernando?
Dona Vera: Eles estão na piscina.
Mãe: nem pense em tomar banho de piscina agora. Você vai ficar doente.
Eu: mãe! Fala sério, eu não sou mais criança. Espera só eu ser de maior, vou pular de para-quedas você vai ver! E sem as cordas!
E sai batendo o pé no chão. Droga! Todo mundo ainda acha que eu sou criança. Sou praticamente um adulto.
Fui até a piscina e os dois estavam se jogando água. Molhando a varanda toda. Depois eu é que sou criança.
Quando cheguei perto o Rafa, que estava virado de frente pra mim me viu.
Rafa: e ai Kayo, entra aqui, tira essa roupa e mostra essa bundinha pra gente!
Evitei responder. Não queria discutir agora.
Eu: Fernando... Agente pode conversar?
Disse me ajoelhando na borda da piscina.
Fernando: entra ai bebê, vem se divertir...
Disse ele alegre. Observei melhor e os dois...
Eu: vocês estão bêbados?
Fernando: só um pouquinho assim...
Ele fez sinal de quantidade com os dedos.
O Rafael ria feito um doido. Olhei para o outro lado dá piscina, e tinham várias garrafas de vodca, energéticos e refrigerantes.
O Fernando veio até a borda e pegou na minha mão.
Fê: ei, me dá um beijo.- disse ele tentando me puxar.
Eu: não Fernando. Fernando para!!!- tentava me soltar mais ele era muito mais forte que eu.
Eu: me solta! Eu agente vai terminar.
Disse baixo, mais firme.
Ele então ficou sério e me soltou.
Ele se afastou e sem eu ver o Rafael me puxa.
Eu: Rafael não!- cai com tudo na água.- eu não sei...-e afundei novamente. Tentava subir, mais parece que eu era puxado pra baixo. A piscina não era tão funda. Batia no pescoço do Fernando. O que era maior que eu. Se eu conseguisse pisar no chão, ai menos meu rosto eu conseguiria por pra fora. Mas o desespero era tanto que eu nem pensava. Meus pés secorregavam no azulejo do fundo. Então sinto braços me levantarem.
Fernando: Kayo! Kayo!
Abri os olhos e estava em seus braços, ainda na água.
Eu: me tira... Me tira daqui!- ele então me pôs na borda e me arrastei pra longe da piscina. Eu tossia muito, meu pulmões doiam, minha visão estava embaçada e meu corpo tremendo de friu.
Fernando: calma, eu vou pegar uma toalha!
Então ele trouxe a toalha e quando ia coloca-la em mim eu o empurrei.
Eu: sai! Me deixa Fernando, eu não quero toalha nenhuma!
Rafa: desculpa cara, foi culpa minha...
Eu: pelomenos uma vez na sua vida você assume o que faz!
Ele: o que?
Ele me olhou sério.
Fernando: vem, eu vou te levar pra dentro.
Eu: sai! Eu não quero a sua ajuda! Me deixa!!!- então sai correndo pra dentro, passei pelos nossos país chorando e eles logo vieram querer saber o que aconteceu.
Mãe: filho, o que foi?
Eu: nada mãe! Me deixa, que saco!!!
Subi as escadas e entrei no quarto batendo a porta.
Me sentei no chão e comecei a chorar. Estava com ódio, só pensava em bater no Fernando. Queria socar a cara dele até sair sangue.
Fiquei um tempo lá chorando e então alguém bate na porta.
Eu: vai embora!!!
Pai: sou eu filho, abre aqui, por favor.
Eu: pai, eu quero ficar sozinho!
Ele: o que aconteceu? Abre aqui...
Então fui até a porta e o deixei entrar.
Ele: você ainda está com essa roupa molhada?
Eu não disse nada. Fui pra perto da janela, e olhei para a piscina, que estava vazia agora.
Lembrei do que havia acontecido e minha raiva só almentou.
Pai: filho, conversa comigo...
Eu: já falei que não!!! Droga, vocês só me tratam como criança, eu to cansado disso!!!
Pude ver o desapontamento nos olhos do meu pai. Ele então abaixou a cabeça e ficou em silêncio.
Eu: pai... Desculpa, eu não queria gritar com você...- disse chegando perto dele. Coloquei minha mão direita em seu rosto e acarissiei sua barba rala.-desculpa...
Ele tirou lentamente minha mão de seu rosto e me deu um beijo na testa. Ele não disse nada e então foi em direção a porta.
Eu: pai, espera...
Ele fechou a porta e eu me senti pior ainda. Eu entendia a tristeza do meu pai, tipo, eu nunca tinha gritado com ele assim. Nem mesmo dado resposta torta.
Fui pro banheiro, liguei o chuveiro e me sentei no chão. Fiquei lá um longo tempo.
Depois me deitei e tentei dormir. Em vão, meus olhos não fecharam de jeito nenhum. Então ouvi a porta se abrir.
Fernando: amor... Você tá acordado?
Eu: não!- me virei pra parede.
Ele: amor, desculpa...
Eu: sai daqui.
Ele sentou na cama.
Ele: amor, olha pra mim.
Eu: pra que? Pra eu ver a sua cara de porre?!
Ele: ei, o que eu fiz pra você?
Então me levantei e olhei pra ele. Ele tava com uma cara de dar dó. Minha vontade era de pular em cima dele e ficar a noite toda beijando aquela boca perfeita.
Eu: você fez eu gritar com o meu pai! Eu nunca deitei com ele. Você tinha que ver a cara dele...
Disse com lágrimas nos olhos.
Ele: ele vai te perdoar amor.
Eu: é fácil pra você falar né? Não foi com você!
Ele abaixou a cabeça e pingos começaram a cair de seu rosto.
Ele: desculpa, a última coisa que eu queria era te fazer sofrer... Eu só fasso merda mesmo... Kayo, eu não sou a pessoa boa que você acha...
Eu: eu sei. Você erra, faz besteira. Mais eu te amo do jeito quê você é. Você pode ser a pior pessoa do mundo, mas é você quê eu quero do meu lado... Agente só não vai ficar junto se você não quiser...
Ele: mas eu quero! Claro que eu quero!!- ele segurou a minha mão.- você me desculpa?
Eu: tudo bem. Vem cá.
Então nos beijamos. Sua boca estava com gosto de bebida, mas mesmo assim seu beijo era uma delícia.
Ficamos um tempo assim e então nos deitamos e eu fui tirando sua camisa. Comecei a beijar seu pescoço e fui descendo até seu peitoral. Ele tirou a minha camisa e nos beijamos novamente. Ele estava sobre mim e começamos a tirar o resto de nossas roupas.
Ele foi pondo devagar suas mãos dentro da minha cueca, apertava minha bunda com força enquanto eu arranhava suas costas. Então comecei a morder seu pescoço. Meu corpo estava em chamas, tudo que eu mais queria naquele momento era ele dentro de mim.
Eu praticamente implorava com gemidos que ele me possuisse.
Eu: ah... Eu quero você todinho pra mim essa noite... Ai, gostoso...
Ele então parou e saiu de cima de mim. Seu pau está a quase saltando pra fora da cueca. Era enorme e muito grosso. A cueca branca deixava toda aquela delícia à mostra.
Ele se afastou e sentou na beira da cama.
Eu: o que foi? Não tava bom?
Ele: claro que estava.
Eu: então porque você se afastou?
Ele: amor, olha pra mim. Eu to tonto, minha cabeça tá doendo... Eu to bêbado. Eu não quero que a nossa primeira vez, que a sua primeira vez seja comigo assim... Você merece mais.-coloquei as mãos no rosto dele.
Eu: você é o que eu nereço. Bêbado ou não, é você que eu quero.
Então nos beijamos, e eu coloquei a mão em seu volume.
Ele: para amor...- ele tirou minha mão.- é sério, é importante pra mim.
Então dei um sorriso e o abracei.
Eu: obrigado.
Ele: eu é que tenho que agradecer todos os dias por ter você... Um garoto perfeito que veio pra endireitar um todo errado... Ninguém nunca amou, ou vai amar alguém como eu te amo... Chega a doer...
Então nos deitamos e adormecemos depois de uma noite inteira de muitos beijos e carinhos.
CONTINUA.....