Brincávamos livres e felizes no riacho... O sol brilhava forte acima das nossas cabeças e a água muito gelada nos deixava levemente arrepiados... Num passe mais rápido, a bola, com a qual nos divertíamos, foi sumindo de nossas vistas, ao bel prazer da correnteza.
Como era o mais novo, tanto da turma, quanto em idade, fui o “escolhido” para ir buscá-la... Sinceramente, jamais poderia supor que um acontecimento tão banal mudaria tanto a minha vida...
Tinha 13 anos na época e estava de férias na fazenda do meu tio. Meu primo e seus amigos eram muito divertidos, mas bastante autoritários: se eles me “escolheram” para buscar a bola eu deveria buscá-la. Aliás, minha própria natureza era servil. Minha esmerada educação, talhada em excesso, fazia-me beirar a subserviência... Lá fui eu atrás da bola...
O riacho não era largo, mas era muito extenso e a correnteza forte. Cada vez que me aproximava, a bola se distanciava... E eu fui ficando, a cada braçada, mais longe dos meus amigos.
Chequei numa parte que eu não conhecia da fazenda, um pedaço de terra, parecido com uma ilha, rodeado pelo riacho, com bananeiras, bambus e até algumas galinhas, além uma fumaça espessa, certamente de algum fogão a lenha, saindo por entre as árvores... Foi ali que a bola parou, presa em alguns troncos caídos a beira d’água.
Levantei-me de dentro d’água e, num salto, consegui pegar a bola. O sol quase não chegava ali, pois a vegetação era fechada e eu tampouco conseguia ouvir as vozes dos meus amigos. Senti um pouco de frio o que logo fez meus mamilos ficarem intumescidos... Acrescento que eu estava naquela famosa idade em que uns poucos e azarados homens desenvolvem as mamas de um modo bastante feminino...
De repente senti uma presença forte perto de mim e, num instante, minha desgraça teve início... Ele era um crioulo muito alto, talvez com mais de um 1,85 m, muito preto, parrudo, do tipo gordo, mas daqueles que carregam no corpo as marcas do serviço braçal, deveria ter mais de 50 anos de idade... Eu era um jovem de 13 anos, como já disse, bobo, franzino, branquinho, lisinho, muito delicado como sempre me diziam... Ele me agarrou com força pelo pescoço e começou a gritar:
- Seu filho d’uma puta desgraçada e fudida! Então é você, seu otário, escroto, branquelo nascido duma rameira larga!
Não conseguia entender a maior parte do que ele dizia, afinal, esse vocabulário chulo e vulgar, na época, não fazia parte dos contextos sociais à que pertencia. Além disso, cada palavra era descarregada com tamanha maldade que chegavam a ser ininteligíveis.
- Pensou que nunca fosse te pegar! Achava mesmo que me faria sempre de besta! Fica esperto moleque fedido! – A mão calejada daquele matuto não aliviava a pressão em meu pescoço e eu não conseguia nem me recompor do susto e sequer articular qualquer palavra... Estava tendo dificuldades, até mesmo, para respirar. Suas mãos me apertavam muito... Já estava doendo.
- Só porque é branquelo feito porra acha que pode fazer o quer... Tu é um otário, seu bosta! Nem um pedaço de merda é tão nojento como você! Eu vou te marcar com ferro quente como a gente faz com gado pra tu aprender que, aqui na minha terra, vadia feito você não faz graça e nem merda! Cagão! Peidorreiro! - Estimulado pelos xingamentos ele soltou uma de suas mãos do meu pescoço e, rapidamente, eu consegui inalar um pouco de ar. Mas, o alívio durou pouco, sua mão levantou-se lá no alto e desceu forte no meu rosto fazendo minha pele queimar e arder... A dor foi intesa. Foi impossível não chorar! Nunca, nunca mesmo, tinha apanhado na vida!
- Cagão! Se chorar vai apanhar mais! Branquelo! Deve ter saído do cu da tua mãe! Rebento do demônio! Filho de Lucifer! Tô cansado de pisar e escorregar todo dia na merda que você despeja aqui! – Eu não entendia nada e nem consegui me concentrar, a dor, a falta de ar, tudo conspirava para me deixar tonto, sentia que perdia a consciência... num rompante brusco ele me empurrou contra uma árvore e minhas costas se arranharam naquele tronco, minha pele sangrava, minha cabeça doía e o ar não chegava ao meus pulmões. Ele se aproximou muito do meu rosto. Seu olhar era insano, doentio, quase podia ver a demência brilhar lá dentro da sua pupila. Sentia um cheiro ruim, forte, um cheiro que remetia a suor, lixo e esgoto... Era o cheio daquele homem.
- Essa é a minha terra! Essa é a minha casa! Isso aqui não é tua latrina! Otário de merda! - novamente, a pressão em meu pescoço aumentava...
-Branquinhos como vocês acham que podem curtir com o negão aqui... Acham que mandam em tudo! Toma jeito seu cagão! Porra, será que não tem banheiro na merda da tua casa... Será que aquela puta brava da tua mãe não pode mandar abrir uma fossa pra tu despejar essa merda fedida que sai do teu cu... – Meu Deus, eu realmente não compreendia porque estava ouvindo tudo aquilo... Minha cabeça agora era socada contra a árvore em batidas ritmadas que acompanhavam cada frase dele.
- Tu e um porco! Um porco, não! Tu é uma porca! Uma porca fedida! Uma porca fedorenta... – num arremetida ele soltou meu pescoço e eu pude me encolher no chão – Porca sim, porca cagona!
- Se... nhor... – guaguejei...
- Fica quieto! Cala a porra da merda dessa boca! - Dois tapas fizeram meu rosto queimar novamente. Meu choro agora já era convulsivo.
- Se... nhor.... eu, eu... eu não sei o que fiz... mas, por Deus, eu te peço perdão... por fa... – a mão grossa daquele homem novamente estalou em meu rosto.
- Então a bichinha não sabe o que fez... a branquela não sabe o que fez... a puta branca não sabe o que fez... – enquanto ele gritava a plenos pulmões, sua saliva ia molhando meu rosto e seu hálito asqueroso me embrulhava o estômago...
- Sabe o que vou fazer... eu vou abrir teu cu, arreganhar ele bastante e enfiar lá dentro toda a merda que você despejou aqui... Minha terra não é latrina! Quando quiser cagar manda a piranha da tua mãe abrir a boca e defeca lá dentro! Seu filho do capeta! Hoje eu te pego de jeito! Ninguém escapa pra sempre do negão aqui... Seu bosta, isso que tu é uma bosta, uma bosta tão grande que se acha demais!
- Senhor, eu... eu... eu nunca vim aqui... – Os tapas acabaram; dessa vez veio um soco. Tão forte, tão duro, tão violento... Chorei, como nunca chorei na vida...
- Engole o choro sua puta cagona! Cala a porra dessa boca seu branquelo de merda! – Nessa hora ele me agarrou com as duas mãos, me ergueu e, no mesmo instante, me arremessou contra o chão. Implorei a Deus, em pensamento, por piedade.
O homem estava sem camisa e, mesmo inconscientemente, pude notar como seu peitoral era grande e seus mamilos pontudos. Não sei porque aquilo me chamou atenção. Mas, realmente, eu achei os bicos dos peitos dele bem grandes. Estavam duros e rígidos. Achei estanho... Sua barriga era redonda, mas não poderia dizer que ele era gordo, não era magro, isso é certo, mas, seu corpo... Bem, ele tinha o seu fascínio.
- A viadinha agora vai ficar de olho em mim... vai gaysinha, vai ficar olhando teu macho... Puta, desgraçada! – não sei que estranhas emoções me assolavam, mas, eu sentia sensações inéditas agora... Não era só a dor, era algo diferente... E a medida que cada novo xingamento vinha, seu peito ia arfando mais e mais e parecia crescer... E não era só o peito dele que aumentava de tamanho...
- A putinha ta endurecendo! Acha que esse piruzinho ridículo serve pra algo... acha mesmo sua bicha de merda! Acha que com essa minhoquinha vai conseguir ser macho algum dia... – vale lembrar que eu estava nadando e, na roça, nadamos apenas de cuecas ou pelados. Minha fina cueca não conseguia disfarçar o novo volume que meu pênis adquiria... Eu não entendia minha excitação... O homem pegou um galho no chão e começou a me “chicotear” com ele...
- Pau de viado não serve pra nada! Tu tem quem usar é a bunda! Mas bunda de viada a gente usa pra se aliviar! Bunda de bicha feito você não serve pra ficar cagando na terra dos outros! Nunca mais, ouça bem, nunca mais, vai cagar na minha terra! Quando tiver bosta nesse cu procure outro mato para se aliviar... – várias daquelas chibatadas eram direcionadas para as minhas nádegas. Eu estava no chão, em posição fetal, chorando e gemendo, assustado e machucado, indefeso e frágil...
Vieram alguns chutes, o galho continuava a me torturar, palavras rudes eram despejadas em cima de mim... Eu implorava e suplicava por piedade, mas nada o acalmava, eu só me humilhava mais, não tinha força ou ímpeto para reagir, não condizia com minha personalidade agredir alguém, nem saberia dizer se teria forças para isso, aceitava cada massacre com dor e lamento apenas...
Ele parou e se agachou perto de mim, ficou de cócoras do meu lado. Sentia que seu olhar mirava minha bundinha já quase totalmente exposta depois de todo aquele suplício... a mão áspera, grossa e suja daquele homem me tocou lá no meio... Estranhamente, soltei um leve gemido...
- Aiiii... uiii....hummm
- Geme que nem macho seu bosta! Tu e homem ou mulher... Tu é uma vergonha! Cagão! Teu pai devia te torar todo dia pra tu virar cabra macho, seu manhoso! Vai provar do próprio veneno agora! – Num só movimento ele enfiou três dedos inteiros dentro do meu ânus... A dor foi indescritível. Doía muito, além da humilhação, a dor era monstruosa... Três dedos grossos, calejados e grandes se agitavam dentro de mim, entrando e saindo freneticamente e, num supetão, seus dedos saíram de dentro do meu buraquinho fazendo um estranho som, como se eu tivesse ficado oco por dentro... É nojento dizer isso, mas os dedos dele estavam agora bem sujos, o cheiro não era nada agradável e... não pude pensar mais em nada... Os dedos daquele homem foram introduzidos em minha boca...
- Chupa piranha! Chupa como tu mama a pica dos teus machos! Chupa com gosto vadia! Porque é essa a merda que tu despeja todo dia na minha terra!
Confesso que, abstraindo o sabor que era terrível, havia algo em chupar os dedos daquele crioulo que eu não sabia explicar... Algo bom, eu acho... Algo que fazia meu pênis ficar enrijecido...
É claro que ele percebeu minha excitação... Não demorou muito para os dedos daquele homem serem substituídos por um mastro bem grande, duro, grosso e muito quente. O gosto era acre, parecia que suor e sujeira se misturavam com outros elementos fétidos do universo. O tamanho assustava, era imponente, grandioso... Era quente, muito quente, me lembro tão bem disso... Minha boca queimava com o calor daquele membro... Meu pescoço era novamente apertado, com força, com raiva, com fúria... Eu salivava naquele pênis... Sem ar, sem forças, sem saber sequer o motivo de ser o alvo da demência daquele homem...
- Chupa bezerrinho! Mama meus cassete como a puta da tua mãe já deve ter te ensinado! - o saco dele ficava bem na altura do meu queixo e eu, instintivamente, tive vontade de tocar ali com a língua... Lutando um pouco por espaço, consegui lamber seu escroto e, senti que obtive sua aprovação, os gemidos dele agora eram suaves... Suas bolas eram grandes, até que chupá-las, era gostoso... Claro, eu tinha que esquecer o mau cheiro, a dor, a falta de ar (ele não aliviava a pressão no meu pescoço)... Mas, estava começando a gostar... Aquelas bolas grandes, com alguns pelos, pareciam atrair minha boca...
- Engole! – Sua pica foi introduzida novamente em minha boca, estava mais quente, mais dura, mais grossa... Chupei como se a minha vida dependesse daquilo, chupei como se fosse tudo que eu quisesse e soubesse fazer bem na vida... Chupei com vontade, com prazer, com gosto... Engasguei-me, quando rapidamente, o pau começou a pulsar e despejou a gosma quente e pegajosa em minha boca... Parecia um mingau de tão grosso.
- Aprendeu bem, cagão! Tua mãezinha puta te ensinou bem a ser uma viadinha! Chupa gostoso a vadiazinha!
Ele me soltou e eu consegui engolir aquilo tudo de uma só vez. Olhei para seu pau ali bem perto de mim ainda e, não resisti, continuei chupando... O pau dele estava a meia bomba e, outra vez, ficou grandioso... Tão duro quanto uma barra de ferro, minha língua estava dormente e eu continuava respirando com dificuldade, mas eu queria aquela carne, eu queria aquilo... Eu queria... O leite jorrou mais rápido dessa segunda vez... Meu rosto ficou todo lambuzado... O crioulo recolheu o leite com os dedos e me fez sorver cada gota, seu olhar, enquanto fazia isso, brilhava mesclando luxuria e insanidade.
Suas mãos desceram para os meus peitos e os apertaram muito. Eles já sangravam levemente depois de toda a coça que levei e, em função disso, não pude reprimir um novo gemido... Com o meu gemido, veio outro tapa... Instantes depois sua boca sedenta e violenta mordiscava meus mamilos como um urubu devora sua presa... E, repentinamente, ele parou... E começou a rir..
Suas risadas ecoaram pelos ares. Ele ria. Parecia feliz. Mas, assim como o seu olhar, sua risada tinha algo de débil. Todavia, é certo que ele estava alegre... Não sei se pela gozada ou por ter me castigado. Ele segurou o cassete com as duas mãos, mirou em mim e, rapidamente, outro liquido quente e fedido caía sobre mim...
- Abra a boca e beba! - Ordem dada, só me restava obedecer... Bebi aquele mijo asqueroso com sofreguidão... Era salgado e quente. O Cheiro era horrível! E aquele líquido acre ao entrar em contato com a minha pele toda machucada a fazia queimar dolorosamente...
O homem terminou de mijar, guardou o pau, me empurrou de leve no chão e saiu... Foi se afastando para dentro da mata, para perto de onde vinha aquela fumaça, onde deveria ficar sua casa...
Fiquei ali, estendido no chão, machucado, sujo...Mas, feliz... Ouvi um estalar de galhos vindo da margem do riacho... Rastejei-me até lá e ali vi meu primo, com o seu pênis na mão, se masturbando descontroladamente...
- Eu vou ter que contar tudo pro meu pai, sua bicha! – Palavras desse nível, depois de toda essa experiência não me assustavam mais... Simplesmente parei e olhei para ele: e ele estava ali, duro e ereto na minha frente... Mas, seu olhar de ódio, asco e revolta me encarava firme também.