Acordei na terça maravilhosamente bem, o que eu havia bebido não tinha sido o bastante pra me deixar com ressaca, ou eu não tinha essa coisa de ressaca. Tomei um banho e quando descia pro café vi uma garota saindo do quarto do L. Otávio, fiquei pálido na hora mas não o vi, certamente havia a despachado e continuava no quarto se arrumando pra faculdade. Chegou pra tomar café quando eu já terminava, mas dessa vez não neguei conversa.
— Bom dia! — Eu disse.
— Bom dia, agora resolveu falar comigo? — Ele disse irritadinho.
— Se quiser que eu não fale pode deixar! É melhor ainda. — Eu disse no fim da minha paciência.
— Porra, se exalta não. Você que deixa de falar comigo do nada.
— Do nada não Luis Otávio, quem foi mesmo que viu os coleguinhas me zoando aqui na sala e ficou calado? Você não é nem um pouco como parece, bebe e fica posando de poderoso.
— Vai dizer que se você não tivesse “caído na pobreza” não seria assim também? Me poupe cara, Essa fase ‘sou humilde’ já passou.
— Mas foi uma das melhores fases da minha vida, aprendi a dar valor nas coisas e nas pessoas. E não vou ficar te dando trela não. Fui!
— E vai continuar de cara fechada comigo?? — Disse ele desdenhando.
— Beijinho no ombro que daqui eu não te escuto..
Fui pra faculdade, não estava mais com raiva de Luis Otávio, ma anão sentia a mesma coisa, eu pelo menos achava que não. Não via a hora de ir trabalhar, toda hora eu mesmo chamava minha atenção (tenho mania) pois me pegava pensando em Thales. Enfim almocei na rua e fui pra meu emprego, cheguei lá Thales havia acabado de chegar, quando abri a porta do escritório ele estava tirando sua camiseta pra que pudesse vestir sua camisa, me peguei contando os cominhos em sua barriga, a temperatura subiu, subiu, subiu… A minha cara ficou vermelha na hora que notei que ele estava sorrindo e forma estranha pra mim, um sorriso tipo “se perdeu no meu corpo?”. Ai que vergonha, um sorriso meio safado, de homem que sabe que é gostoso pra caralho. Meu deus, eu precisava parar!
O dia passou tranquilo, mas errei em vários documentos pois algumas vezes ele colocou sua mão em minha cintura quando precisava chamar minha atenção a algo, ou pra que eu lhe desse licença pra passar. Quando ele me tocava eu morria só um pouco por dentro. Eu me imaginava por baixo daquele corpo, sendo o garoto submisso a ele. Ai senhor, eu? O cara virgem, babaca da faculdade com esse fogo todo?
Terminamos o expediente um pouco tarde, ele me perguntou muitas coisas enquanto eu o levava pra casa, falamos sobre muitos assuntos.
— Cara, posso te perguntar alguma coisa? — Disse ele envergonhado.
— Claro, pergunte! — Respondi sorrindo.
— Como descobriu que era gay? Assim, como percebeu que tinha atração.
— Eu comecei a sentir-me diferente perto de uma pessoa.
Ele não respondeu, percebi uma cara de confusão e um silencio tomou conta de tudo, mas não um silencio perturbador, mas normal. Chegamos a sua casa, ele colocou a mão esquerda na minha perna, me estremeci imediatamente.
— Falou ai Gui! Até amanhã.
Fui embroa sorridente, cheguei um pouco depois das sete da noite, havíamos ficado muito mais que o esperado no escritório. Cheguei com Luis Otávio sentado na sala vendo algo desinteressante na TV, deitado apenas de cueca.
— Chegando tarde em mocinho?
— E eu te devo satisfações sobre meu horário?
— Calma gato, só estou brincando.
Não respondi, subi até meu quarto e fui tilando minha roupa pra entrar para o banho quando Luis Otávio entrou no quarto.
— Cara, desculpa pelo comportamento que eu tive perto dos meus colegas. Foi realmente inaceitável.
— Tenho raiva de você não. Só isso? — Eu disse enquanto tirava a camiseta e o sapato.
— Mas cara, a gente tinha um lance, eu gosto de você. É sério. — Ele disse cabisbaixo.
— Mas eu não tenho mais este lance com você, e preciso pensar muito sobre ‘voltar a ter um lance’ destes com alguém.
Meu celular tocou, atendi e quem falava era Thales, me chamou pra irmos a um bar com uns amigos dele, aceitei com prontidão pois ele prometeu que ia ser legal e disse que passavam pra me buscar as nova. Otávio quase me fuzilou com os olhos quando eu disse um ‘Tchau Thales’ super sorridente, e então saiu do quarto pesando alto.
Tomei meu banho e me vesti bem, penteei os cabeis e quando Thales e seus amigos chegaram eu estava na sala assistindo o programa desinteressante que Otávio via, não nos falamos mais. A campainha tocou e então eu saí, no carro estavam Thales (vestido com uma camiseta de banda, calça alfaiataria), Ronaldo (moreno, alto, sensual e muito hétero), Camila (uma loira linda, namorada de Ronaldo, tinha um corpo invejável) e Diego (braquinho, marinho como eu mas bonitinho, aparentemente tinha uns dezenove anos.. Fomos pra uma bar ótimo, dançamos até falar chega. Thales ria e falava bastante, eu fiquei meio perdido, não saia há anos. Lá pelas poucas da manhã tinha gente zoando num karaoke, cada um pior do que o outro, Thales inventou de me mandar subir, logo tinha um monte d emente gritando pra que fosse minha vez. Eu ria pra caramba, já havia bebido bastante e estava fora de mim, então escolhi cantar ‘Mirrors’ do Justin Timberlake, fui aplaudido pra caramba e rimos muito. Lá pelas voltávamos. Deixaram Diego em casa e então Thales deitou no meu colo. Sua mão se mexia muito em cima do meu membro e logo ele começou ganhar vida, o cara então começou a tirá-lo de dentro da calça. Eu estava fora de mim já, o ajudei a abrir e então logo ele estava com ele na boca! O cara curtia e eu não sabia?
Quando chegou em minha casa coloquei meu pau pra dentro e disse que Thales ficaria comigo, que no outro dia o levaria pra casa, isso porque tínhamos faculdade e trabalho, estávamos numa plena terça feira. Entramos pra dentro rindo, e logo estávamos no meu quarto, ele me chupava e pediu pra que eu fizesse o mesmo…
CONTINUA