juh#juh, Ela é uma máximo mesmo, mas mesmo que a Gabriela conseguisse a levar, ela iria aprontar horrores com a loira, mas o pai herói dela apareceu para salva-la.
Ninha M, ola minha querida, eu que fico feliz em ganhar mais uma leitora, seja bem vinda. O conto esta no momento final, por isso estou demorando pra postar e também porque tenho pouco tempo mesmo. Heheheh, fico feliz que goste das minhas histórias, espero que goste desse capítulo. Beijos.
Gik, Calma, tudo vai se ajeitar, o problema é que o Dan e o Ale estão no lugar errado e na hora errada e acabam virando vítimas desses marginais.
Binho Subtil, bom, até agora esta acontecendo igual no passado, mas será que terá um desfecho diferente? Se levarmos em conta a realidade do nosso país, acho difícil eles se ferrarem, pior ainda se ferrem muito. Abraços.
luy95, obrigado minha querida, o Daniel irá encontrar a paz que tanto precisa. Beijos.
fabi26, Se eu deixar um conto inacabado é porque morri, rsrs. O Daniel é mandão também, mas de um jeito diferente do Xande, ele apesar de ser explosivo, não é tão desastrado como o médico, por isso a fantasia dele foi toda certinha, planejada nos mínimos detalhes. Eu também detesto carnval, não vou pra trio elétrico famoso, não vou pra camarote no rio, não beijo 285 bocas, igual dizem por ai, que é a festa da pegação, então pra mim é só um feriado mesmo. A Gabriela se conseguir levar a Tais, irá se arrepender amargamente. Adoro comentários gigantes, fique a vontade. Beijos minha linda.
nah_16, para o Daniel será meio difícil, ele deu a vida pelo Alexandre, já a Taís, mesmo sendo criança, ela seria capaz de dar uma lição na Gabriela. Beijos.
THIAGO SILVA, mas porque o Xande iria morrer? Se ele não foi atropelado.Pois é, a atitude da Gabriela foi bem baixa mesmo, mas você esperaria outra coisa dela? Beijos meu querido.
stylo, bota trágico nisso.
Oliveira Dan, rapaz, você anda tão violento, você não teria coagem de fazer isso comigo.rsrs. Você fica falando que não acerta nada, mas acertou sim, não foi o Alexandre que foi atropelado, mas foi ele não para a Ângela perdoa-lo, mas sim porque ele seria capaz de dar a vida pelo Alexandre 1 milhao de vezes, se fosse preciso. Hahaha, mas que comentário é esse? Então você quer que a Taís corra perigo? Acho que você não gosta dela hein, mas você esta certo, o papai herói dela entrara em ação antes mesmo dela piscar. Quem encheu a cara no carnaval? Fiquei em casa, a única baba que troquei, foi com a minha mesmo, me respeite muleque, sou rapaz sério. Beijunda.
diiegoh',obrigado meu querido.
Ru/Ruanito, mas que boca suja é essa? Vive com o caraio na boca, kkkkk. Calma garoto, no fim tudo se ajeita. Coisinha mais guti guti.
Tay Chris, o que é família única?
Amygah22, o acidente é o pior, pois alguém se machucou feio mesmo, já a Taís terá um quase seqüestro. Mas uma coisa faz sentido, isso servira pra aproximar todos. Hahahha, como dizem por ai, morte é só uma passagem. Rs.
Geo Mateus, mas porque o Xande iria morrer? Se ele nem foi atropelado.
Plutão, Obrigado pelo carinho, mas porque eu mataria o Alexandre? Seria mais fácil matar o Daniel, já que ele que foi atropelado. Mas você esta muito rebelde e violento, rsrs, ai ai ai.
Lucas M., obrigado meu querido.
£DU, Pois é, no cmeço do conto eu disse que o passado iria se repetir, mas ninguém ligou mas tem outra, porque o Alexandre iria morrer? Ele nem foi atropelado. Pois é, a Taís sabe se defender muito bem, mas tendo um paizão como ela tem, daí tudo fica mais fácil e agora sim, o André e a Lucia se aproximam de vez. Só você mesmo hein, armando barraco em pleno carnaval. Mas lendo sua mensagem, cheguei a conclusão que sou super pegavel, como não sou um pedaço de mau caminho, seria uma boa opção me terem como namorado, daí eu poderia ficar soltinho e ninguém daria em cima, acho que vou usar esse conceito como cantadas por ai, vai que cola, rsrs, faz sentido, rsrs. Do jeito que estou largaidnho, eu até faria uam seta no rosto, indicando onde esta minha boca, pra ser beijada mais fácil, kkkk, se bem que pelo tamanho da minha boca, acho que até um cego encontraria, o coringa perde feio pra mim, hahahaha. Seu chato, não perguntei como você estava pois já deduzi que estava ótimo, porque é medico, e pra mim nenhum médico fica doente, hahahaha, alias eu odeio ir a médicos, mas nada pessoal viu e também tendo um grandão pra cuidar de você, com certeza doente você não ficaria. Ah, sobre as coisas que escrevei no conto, espero não ter escrito muita besteira, você como médico vai poder julgar melhor, beijosssss.
DanielJB e não é que você esta certíssimo, quem foi atropelado foi o Dan e não o Xande. Sim o Roberto viu o Dan salvando o Xande mas ainda terá outro momento especial, onde ele irá se arrepende de tudo que fez. Mande o e-mail sim, quero ver se da pra mim esse lance de morar fora, tenho que ser muito cdf pra conseguir? Abração.
beulfort, sim, isso é pra encerrar a história, ela começou assim e terminara assim, eu disse que o passado se repetiria no presente. Ahhhh, queria beijo, menino malvado, rsrs.
sonhadora19, pois é até agora a história esta se repetindo, mas pelo nome do conto, da pra imagina os rumos da história né? A Ângela esta cada vez mais insuportável, parece que a felicidade dos outros incomoda ela. A Taís é só uma criança, e não tem muita noção do que faz, só quer mesmo os pais juntos. O Daniel ficara entre a vida e a morte e o Xande ficara num estado deplorável, sofrendo por seu amor. O Julio pode ser preso pelos outros crimes, mas não pelo acidente, afinal ele não atropelou ninguém. Hahaha, mas não aconteceu nada com o Xande, rs. Mas o Roberto vai entender de uam vez por todas tudo o que aconteceu com o Thiago e ver o quanto esteve errado, ainda terá outro grande momento na história. Beijos.
kle f., mas porque o Alexadre iria morrer, o Daniel sim é que esta correndo perigo, mas faz sentido, um não vive mais sem o outro.
ze carlos, esta demorando mesmo, o mulherzinha difícil viu.
Drica Telles(ametista)hahahahah, até pensei que era hacker sim, mas como disse só escrevo o capítulo na hora, mas então vc é pior que hacker, é uam vampira, uma bruxa, pra ler pensamentos, rs pois tudo que escrevo, acerta, vou inventar um final com o xande e o dan sendo seqüestrador por extraterrestres, isso sim vc não iria acertar. Rs. Não machuca eu não, não fiz nada, rs. E você esta certa, caso a Gabriela conseguisse mesmo seqüestrar a Tais, ela é que iria sofrer horrores nas mãos da baixinha. Sim, tem alguém a beira da morte e agora será a chance de todos acertarem suas pendências. Beijos minha querida.
stahn, fica tranqüilo rapaz. O Xande lógico que iria aceitar as correntes, ele não tme mais duvidas do amor do Daniel. Hummm, então me de idéias para o final do Julio e para o fim da Gabriela. Sua idéia dos dois morrerem faz sentido, combina com o título, que acho breguisismo, rs, mas Alem da vida é por conta do amor do Daniel e do Thiago, que morreu, mas deixou um pedaço dele ainda vivo, que foi parar no peito do Xande, tipo ele morreu mas de uma menira, sempre estaria ao lado do Daniel, por isso o titulo deveria ser Alem da morte, mas resolvi colocar vida no lugar da palavra morte, é mais ou menos isso, entende? Espero que goste dos desfechos.
frannnh, também acho minha querida.Daniel, que estava do outro lado da rua, ficou em pânico ao ver aquele veículo em alta velocidade indo à direção do seu amor. Ele não acreditava no que via, como a 10 anos atrás, o passado se repetia no presente.
=====================================================================================================
Daniel – Meu Deus!!! Alexandre!!! Gritou em vão, pois ele nem escutou.
Roberto também estava saindo do prédio e correu para a rua quando escutou o barulho de uma freada.
Foi tudo muito rápido, só deu tempo de ver o corpo voando por cima do capo, estilhaçando o pára-brisa e os gritos de pânico do outro lado da rua.
Não!!! Não!!!!!!!!!!
=====================================================================================================
Capítulo 71
Roberto correu desesperado para o meio da rua, os dois rapazes estavam naquele asfalto, um desacordado, gravemente ferido, com marcas de sangue pelo corpo e o outro aos prantos chorando compulsivamente.
Roberto – Meu Deus!!! De novo não.
Roberto – Alguém chame uma ambulância.
Roberto gritava muito nervoso e rapidamente a rua fechou e várias pessoas se aglomeraram entre eles. A equipe de resgate logo chegou, iniciando os primeiros procedimentos.
Roberto fez questão de ir junto com Alexandre na ambulância, não queria sair do lado dele em nenhum momento.
Inês – Vocês querem mais um café?
Pablo – Obrigado Dona Inês, mas acho que já vamos.
Malu – De jeito nenhum, só saio daqui depois de falar com o André.
Malu – Quero que ele me de esse furo exclusivo, e que conte todos os detalhes dessa investigação.
Pablo – Malu, você não esta mais em condições de ficar até tarde na rua.
Malu – Não estou em estado terminal Pablo, só estou grávida.
Inês – Fiquem o tempo que quiser, pelo menos me fazem companhia, estou muito nervosa, não consigo falar com o André e nem com o Alexandre.
Inês – Estou preocupada demais, falaram na tv que teve até morte e ele não atende o celular.
Pablo – Fique calma Dona Inês, pelo que vi, foram dois bandidos que morreram.
Malu – Já estão massacrando o nome do Seu Roberto, mas deixe comigo, vou fazer uma matéria contando toda a verdade.
O telefone começou a tocar e Inês atendeu rapidamente, esperando ser seu filho André.
Inês – Oi, quem? Oi Seu Roberto.
Enquanto escutava Roberto do outro lado da linha, Inês foi ficando pálida, já mostrando seu nervosismo.
Inês – O que? Hospital?
Inês – O que aconteceu com o Alexandre?
Inês – Meu Deus!!! Eu vou indo pra ai.
Malu – O que houve Dona Inês?
Inês – Meu filho... houve um acidente....
Inês já não falava coisa com coisa e pegando suas cosias, foi direto para o Hospital, com Malu e Pablo.
Gabriela estava com o corpo encurvado, com os braços estendidos, esperando Taís aceitar seu abraço.
Gabriela – Vem com a titia.
Taís ficou olhando pensativa para a loira, mas não aceitou seu abraço.
Taís – Eu não gosto de você.
Taís – O tio me ensinou não sair com pessoas que não conheço.
Gabriela – Anda logo sua peste, me obedeça.
Taís – Vai embora sua bruxa feia.
Gabriela se irritou com a garota e resolver apelar para a força.
Gabriela – Vou lhe mostrar o que a bruxa faz com crianças como você.
Gabriela grudou no braço de Taís, a segurando forte, fazendo a menina se debater.
Taís – Me solta!!!
Gabriela – Pare de escândalo e venha comigo.
Taís enfiou a boca na mão da moça, deixando a marca de seus dentes nela, completando com um chute na canela. Gabriela se retraiu no mesmo instante, sentindo uma grande dor na mão direita.
Gabriela – Sua peste, o que você fez!!!!
Gabriela – Agora vou lhe dar um corretivo.
Gabriela se transformou, deixando seu olhar perverso dominar seu rosto, levantando a mão para agredir Taís, que assustada se encolheu toda.
Com a mão para o alto, prestes a estapear a garota, sentiu o gelado daquela argola de metal se fechando em volta do seu pulso.
Ainda com a mão para o alto, virou-se para o lado, olhando André, que num gesto rápido, prendeu seu outro pulso com a algema.
Gabriela – O que é isso?
Gabriela olhou para seus pulsos, se debatendo, enquanto André a massacrava com o olhar. Ao ver o pai, Taís correu até ele, abraçando sua perna.
Gabriela – O que você pensa que esta fazendo André, tire essas algemas de mim.
Lucia e Ângela correram até eles, já chamando a atenção de outras pessoas, que olhavam curiosos.
André – Eu não consigo acreditar que você seria capaz de machucar uma criança.
André – Que espécie de monstro você é?
Lucia – Minha filha!!! Lucia abraçou Tais, a pegando no colo.
Gabriela – Não é nada disso, só estávamos brincando.
Taís – Mentira papai, a bruxa queria bater em mim.
André se aproximou ainda mais dela, agora segurando forte em seu braço.
André – Faça o que quiser comigo, mas pense um milhão de vezes antes de tocar num fio de cabelo da minha filha.
Gabriela – Filha?? Sua filha???
André – Você não sabe do que sou capaz de fazer pra defender minha filha, sua bandida.
Lucia colocou Taís no chão e partiu pra cima de Gabriela, estapeando seu rosto.
Gabriela – Sua biscate, vou acabar com você.
Lucia – Quem vai acabar com você sou eu.
Lucia deu um tapa em Gabriela, a atirando no chão. Ia partir pra cima dela novamente, mas Ângela a segurou, por causa de Taís, que assistia toda a cena.
Taís – Prende ela papai, ela não é boazinha.
Gabriela – Me solta André, a brincadeira acabou.
André – Mas quem esta brincando aqui?
André – Você esta presa.
Gabriela – Presa?
André – O juiz emitiu sua prisão preventiva, já ia te caçar, mas quem diria que iria lhe encontrar aqui.
André – Agora vou incluir tentativa de seqüestro em sua ficha, que já não é das mais limpas.
Gabriela – Me solta, tire essa droga do meu pulso.
Gabriela – Eu não fiz nada, eu sou inocente, vou negar tudo até o fim.
André – Isso não é mais problema meu, agora você vai resolver com a justiça.
Gabriela já estava se sentindo humilhada, mas ainda era só o começo. André a conduziu até a rua, mas antes passaram por um corredor de pessoas que assistiam toda aquela cena, tirando fotos pelo celular e xingando.
Gabriela – Isso é um absurdo, eu sou advogada, eu vou processar todos vocês.
André – Fique a vontade.
Gabriela já estava em pânico e no desespero resolveu dar sua ultima cartada. Aproximando seu rosto no de André, começou a apelar.
Gabriela – Por tudo que já vivemos juntos André...
Gabriela – Podemos resolver isso de outra maneira, sempre nos demos tão bem.
Gabriela – Tenho dinheiro e...
André não esperou a moça terminar de falar, e já nervoso, foi até a parte de trás da viatura abrindo o porta malas.
André – Ponha ela na gaiola.
Policial – Claro Seu André.
Gabriela – Ai atrás? Por favor André, isso é humilhação.
André – O que você acha que uma bandida merece? Não pretendo facilitar em nada pra você.
Gabriela começou a agir como criança birrenta, fazendo força com dois policiais que com custo a colocaram na gaiolinha, com uma trilha sonora ao fundo, de todas as pessoas gritando “bandida” “safada” e outros elogios nada simpáticos.
Deitada e com o rosto colado no vidro, viu André, Lucia, Ângela e mais aquela multidão vaiando.
Achando que era tudo uma brincadeira, Taís ainda teve tempo de mostrar a língua para ela, vibrando com todo aquele espetáculo..
Taís – Você prendeu a bruxa papai?
Taís – Ela queria me levar.
André – Ninguém vai te levar, o papai vai te proteger sempre.
André se ajoelhou no chão, dando um abraço apertado na filha, sentindo suas mãozinhas acariciar seu rosto.
Lucia – O que faz aqui André?
André – Tive um dia de cão hoje e a única coisa que eu queria era abraçar a minha princesa.
André – Quando vi aquela bandida com ela, fiquei louco.
Lucia – Obrigado!!! Lucia abraçou André, mantendo seu corpo junto ao dele.
André – Não vou deixar nada de mal acontecer com nossa filha e nem a você Lucia.
Taís vibrou ao ver os pais juntos e se juntou a eles, sendo beijada pelos dois.
André – Vamos embora?
Taís – Papai, nós vamos no carro da policia? Você vai ligar as luizinhas?
André – O papai vai fazer tudo que você quiser.
Ângela não quis a carona do futuro genro, preferindo ir embora a pé. No caminho André mudou o percurso, ligando a sirene e o giroflex. Lucia e Taís se divertiam e pra dar ainda mais realismo, pegou o radio comunicador e ficou falando.
Taís ficou falando como uma louca, rindo, brincando com o pai, mas quando chegou em casa, sua feição estava diferente.
Lucia – Vamos filha.
André – Ei, o que foi?
André – A bruxa esta presa e se ela parecer de novo o papai vem e prende ela.
Taís – Mãe, leva eu pra ver o tio Daniel.
Lucia – Já esta tarde meu amor.
Taís – Liga pra ele mãe, quero falar com ele.
André – Ei, porque esta nervosa? O tio Daniel esta bem, ele esta com o tio Xande.
Taís começou a fazer cara de choro e sem entender nada Lucia e André tentaram acalma-la.
Inês entrou como um furacão na recepção do Hospital, dando de cara com Roberto e Suzana, que também tinha ido para lá.
Inês – Cadê meu filho? O que aconteceu com o Alexandre?
Roberto – Por favor Dona Inês tente ficar calma, ele precisa muito de nós agora.
Inês – Não quero ficar calma, eu quero ver meu filho.
Malu – O que esta acontecendo aqui?
Inês estava com o coração apertado e como já conhecia o hospital, correu para a sala do filho. Ao entrar, deu de cara com o filho, sentado, com uma aparência lastimável.
Ao ver a mãe, Alexandre se jogou nos braços dela, caindo no choro.
Inês – Meu filho.
Alexandre – Mãe, o Daniel...
Ines – Calma meu querido, eu estou aqui.
Malu – O que aconteceu com o Daniel?
Alexandre – O Daniel me salvou.
Daniel já tinha acordado com um pressentimento ruim após ter um pesadelo e depois de ter brigado com a mãe, ficou pior ainda. Sentindo algo ruim em relação a Alexandre ligou para seu amor, queria vê-lo o mais rápido possível. Foi até a loja e ao sair do táxi já enxergou Alexandre atravessando a rua.
Daniel – Alexandre!!!
Daniel gritou, mas ele nem escutou. Andando totalmente distraído, Alexandre nem percebeu que Julio vinha com tudo em sua direção.
Ao notar que o motorista era o Julio, Daniel ficou em pânico, gritando para Alexandre.
Daniel – Alexandre!!!! Cuidado!!!
Alexandre não escutou e vendo o carro se aproximar cada vez mais, Daniel não pensou duas vezes. Correu o máximo que pode, atravessando a rua, disposto a dar até mesmo a sua vida para proteger o seu amor.
Totalmente fora de si e se corroendo dos piores sentimentos, Julio apertou o pé acelerando o quanto pode, disposto a acabar com Alexandre.
Ao ver que Daniel se atirou para salva-lo, Julio despertou-se do ato insano que estava prestes a cometer e jogou o carro para outra direção, quase capotando, mas já era tarde.
Daniel empurrou Alexandre para fora da rua, mas o carro que vinha logo atrás de Julio não teve tempo de desviar, atingindo em cheio seu corpo.
O corpo dele voou sobre o capo, estilhaçando o pára-brisa, caindo desacordado no asfalto, com vários ferimentos.
Alexandre – Não, não!!!!
Roberto saiu da loja no momento do acidente, presenciando tudo, correndo para ampará-los.
Roberto – Meu Deus!!!
Alexandre correu até o corpo de Daniel, desesperado, tentando a todo custo reanima-lo.
Alexandre – Acorda meu amor, fale comigo.
Daniel estava com um ferimento na cabeça e com várias manchas de sangue na face.
Roberto – Calma meu filho....
Roberto – Alguém chame uma ambulância.
A vontade de Alexandre era pegar o corpo do seu amor e leva-lo no colo, correndo para o primeiro Hospital que encontrasse, mas como médico, sabia que não poderia mexer nele.
Alexandre – Por favor meu amor, não me deixe, vai ficar tudo bem.
Alexandre - Seja forte. Alguém chama socorro!!!!
Alexandre se ajoelhou no asfalto, segurando na mão de Daniel, passando as mãos tremidas em sua testa.
Alexandre – Não me abandone Daniel, por favor.
Alexandre – Não sei viver sem você.
Vendo o desespero do filho, Roberto não disse nada, apenas ajoelhou ao seu lado e o abraçou.
Alexandre – Porque você fez isso? Por quê?
Alexandre – Eu prometo, vai ficar tudo bem.
A equipe de socorro chegou, mas como Alexandre estava visivelmente alterado, foi impedido de ajudar no resgate.
Daniel foi colocado em uma ambulância e em outra foi Roberto e Alexandre. Como estava muito nervoso, os médicos lhe deram um calmante, para poder tratar das pequenas escoriações em seu braço.
Alexandre – Cadê ele?
Médico – Ele esta sendo tratado e levado para o hospital, você precisa se manter calmo, pois também se machucou. Roberto estava impressionado demais, mesmo tendo divergências com Daniel, esse momento lhe trouxe péssimas lembranças, era a segunda vez que passava por algo assim.
Roberto – Vai ficar tudo bem filho, os médicos estão cuidando dele.
Alexandre apertou as mãos de Roberto, olhando para ele com os olhos cheios de lagrimas.
Alexandre – Ele me salvou.
Roberto abraçou o filho e deu toda razão a ele. Daniel nem se importou com o perigo, para evitar que o carro atingisse Alexandre, jogou seu corpo na frente, salvando a vida do médico.
Daniel foi levado direto para a emergência em estado gravíssimo. Alexandre mesmo ainda sob efeito do calmante, foi acompanhando a maca, segurando nas mãos de Daniel.
Carmem – Calma doutor, ele recebera o melhor.
Alexandre – Eu quero entrar.
Carmem – Calma, você não esta em condição, só iria atrapalhar o trabalho dos médicos.
Mesmo querendo estar ao lado do seu amor, Alexandre teve que concordar com Carmem, o que importava era a saúde dele.
Malu – O que? Atropelado?
Malu começou a sentir se mal sendo amparada por Pablo e Suzana, que a retiraram do quarto.
Dr. Marcos – Com licença? Dr. Alexandre, podemos conversar?
Roberto ao olhar para o médico, lembrou-se no mesmo instante dele. Era o mesmo médico que cuidou de Thiago, quando ele foi atropelado.
Alexandre – Como ele esta? Eu quero vê-lo.
Dr. Marcos – Claro, mas antes tenho que lhe deixar a par da situação dele.
Dr. Marcos – O impacto contra o corpo dele foi muito forte. Ele esta em coma, mas teve vários ferimentos na cabeça.
Ao ouvir aquilo Alexandre sentiu uma náusea, um aperto no peito, com medo que o pior tivesse acontecido.
Alexandre – Ele morreu?
Dr. Marcos – Como lhe disse, o estado dele é muito grave.
Dr. Marcos – Somos colegas doutor e quando você ler a ficha dele vai se interar de tudo, mas de ante mão, o que posso dizer é que as chances dele sobreviver são mínimas.
Alexandre não agüentou escutar o que no fundo, como médico, ele já sabia. Saiu daquele quarto totalmente atordoado, correndo para fora, como se precisasse de ar.
Correu tanto até parar no jardim, onde caiu de joelhos, chorando desesperado.
Alexandre – Por favor meu Deus, salve o meu amor.
Alexandre – Não permita que nada de ruim aconteça a ele.
Alexandre estava com a cabeça no chão, suplicando em voz alta até que sentiu alguém lhe abraçando.
Roberto envolveu seu corpo e como se fosse uma criança, colocou a cabeça do filho em seu peito, fechando seus braços.
Roberto – Ele é forte, ele vai sobreviver.
Com muito custo André conseguiu distrair Taís, ficando brincando com ela e suas bonecas.
André – Vou a chamar a mamãe pra brincar com a gente.
Lucia – O que Pablo?
Lucia – O Daniel?
Lucia – Ai meu Deus. Eu vou pra ai.
André – O que foi Lucia?
Lucia – O Daniel. Ele foi atropelado, ele esta morrendo André.
André abraçou Lucia, olhando para Taís que estava na porta, chorando.
Roberto ficou um bom tempo abraçado a Alexandre, o deixando chorar tudo que poderia e queria, até que se acalmasse.
Mais calmo, finalmente voltou para dentro do Hospital, indo até a UTI, onde pode ver pela primeira vez o seu amor.
Carmem – Vai dar tudo certo doutor.
Alexandre não respondeu nada, colocando a mascara na boca, viu Carmem voltando com uma pequena bolsa.
Carmem – Esses objetos estavam com ele.
Alexandre – Obrigado.
Alexandre olhou por alto, vendo o celular a carteira e mais no fundo um brilho dourado. Enfiou a mão na sacola, puxando aquele colar de ouro, passando os dedos no pingente, lembrando-se do dia do seu aniversário.
Daniel – Acho que nossos destinos já estavam escritos desde sempre.
Daniel – Esse é meu presente.
Daniel – Meu coração no seu peito e o seu coração no meu peito.
Daniel – E quando estivermos juntos, seremos um só, um único coração.
Alexandre pegou a corrente e colocou no pescoço, unindo com a que já usava.
Ainda emocionado, entrou naquela sala, indo até o fundo, no ultimo leito. Daniel estava deitado numa cama, nu, com um lençol cobrindo sua cintura. Havia vários tubos ligados em seu corpo e um aparelho emitindo um barulho, indicando os batimentos cardíacos.
Em seu rosto havia alguns curativos e em sua cabeça uma grande faixa, cobrindo o ferimento.
Alexandre – Meu amor.
Alexandre ficou perto do seu rosto, dando um beijo em sua cabeça, passando os dedos de leve em suas mãos e rosto.
Alexandre – Você vai sair dessa meu amor, vamos superar tudo isso juntos, por mais que a medicina insista em dizer o contrário.
Alexandre – Eu te amo tanto Daniel, tenho tanto medo de lhe perder.
Alexandre – Demorei tanto pra lhe encontrar e não vou lhe perder agora.
Alexandre – Meu amor, se tiver me ouvindo, lute, volte pra nós, para mim.
Alexandre – Eu preciso tanto de você.
Alexandre – Eu que prometi sempre cuidar de você, mas você que me salvou.
Alexandre – Volte pra mim, pra nossa casa, pra família que vamos construir juntos, nossos futuros filhos.
Alexandre – Eu não sei viver sem você.
Carmem estava mais ao fundo da UTI, mas podia ver Alexandre ao lado da cama de Daniel. A cena era igual a que viu há anos atrás, mas com Daniel no lugar de Alexandre, chorando por Thiago, que lutava para sobreviver.
Alexandre se despediu, beijando novamente sua cabeça, passando a mão no peito nu dele. Ao sair deu de cara com Taís que pulou do colo do pai, o abraçando.
Taís – Tio, o tio Daniel esta doente?
Taís – Ele vai morrer?
Alexandre – Não meu amor, ele não vai não, sabe por quê? Porque nós dois precisamos dele e ele tem cuidar de nós.
Taís – Tio, salva ele.
Alexandre não disse nada, apenas abraçou a sobrinha, voltando a ficar emocionado. Lucia pegou a filha, que não parava de chorar, tentando em vão acalmá-la.
Malu – Tudo por causa daquele desgraçado, mas que ódio, se eu soubesse eu teria acabado com aquele verme com minhas próprias mãos.
Roberto – Ah que ponto chegamos? Como não vi que o Julio estava tão desequilibrado.
Malu – André, coloque a polícia da cidade inteira na rua, mas jogue esse lixo na cadeia, é o que ele merece.
André – Mano, eu prometo, vou fazer justiça. A Gabriela já esta presa, agora só falta o Júlio.
Roberto – As contas dele foram bloqueadas, acho muito difícil ele ir longe.
Malu – Tentativa de assassinato.
Roberto – Não é bem assim Malu, o Daniel foi atropelado por outro carro.
Malu – Não é possível que depois de tudo que fez, ainda irá se safar dessa.
Alexandre – Pra mim pouco importa, só quero o Daniel bem.
Alexandre se afastou, caminhando até a capela do Hospital, onde encontrou sua mãe.
Inês – Vem meu filho, reze comigo.
Alexandre – Estou com medo mãe.
Alexandre – Porque Deus esta fazendo isso comigo? Será que já não basta tudo que já sofri?
Inês – Não fale assim um filho.
Alexandre – O que vou fazer se ele se for?
Inês – Você irá seguir sua vida, vocês tiveram uma história bonita juntos e se for pra acabar agora é porque Deus tem um plano especial para ele.
Alexandre ajoelhou-se ao lado da mãe, segurando em suas mãos. Já era madrugada mas nem que quisesse, iria conseguir dormir.
Alexandre – Não tenho mais fé mãe.
Inês – Tem sim, peça do fundo do seu coração.
Alexandre fechou os olhos, mas mal conseguia rezar, as lágrimas caiam sem parar, tentando segurar o choro.
Roberto ficou o tempo todo acompanhando Alexandre, sempre te longe, esperando um sinal dele, para atende-lo quando fosse preciso. Vendo o sofrimento dele foi inevitável em repensar todas as suas atitudes. A primeira coisa que lhe veio a cabeça foram as incansáveis brigas com Daniel, principalmente a que teve, quando o impediu de ver Thiago na UTI.
Roberto – Mas o que você pensa que vai fazer?
Roberto – Eu não permito que esse cara veja meu filho.
Com os olhos lacrimejando, Daniel implorou ao sogro.
Daniel – Por favor, não me negue isso, não seja tão cruel.
Roberto – Cruel? Meu filho está entre a vida e a morte e você acha que isso não é crueldade.
Carmem – Me desculpa, mas não vou poder autorizar sua entrada.
Daniel se ajoelhou aos pés de Roberto, agora suplicando, mas ele foi irredutível.
Roberto – Nem que você se arraste nesse chão, aqui você não entra.
Roberto – Se meu acontecer alguma coisa com meu filho a culpa será sua.
Roberto deu as costas ao genro, deixando Daniel pior do que já estava, se é que isso ainda era possível.
Roberto – O que eu fiz meu Deus!!!
Uma onda de culpa voltou a invadir seu peito. Roberto sempre culpou Daniel pela morte do filho, mas agora viu que ele seria capaz de dar a sua vida para salvar a de Alexandre e se pudesse, teria feito o mesmo com Thiago.
Alexandre voltou para a UTI, como médico ele tinha esses privilégios e decidiu ficar o tempo todo ao lado do seu amor.
Ficou em pé ao lado da cama, olhando para o rosto de Daniel, que parecia dormir num sono tão profundo. Em sua cabeça passava apenas momentos felizes dos dois, desde quando se conheceram, quando deram o primeiro beijo, dos momentos do dia a dia, dos carinhos que um tinha com o outro.
Inês – Ela dormiu?
Lucia – Com muito custo, ela quer ver o tio de qualquer jeito mas ela não pode entrar.
Lucia – Pior que saímos na correria e minha mãe nem esta sabendo do que aconteceu. Eles brigavam tanto, nem sei como contar.
Inês – Fique aqui cuidando de sua filha, eu vou até a sua casa.
Lucia – A senhora?
Inês – Sim, será uma conversa entre mães, nessas horas todas as magoas, brigas, são irrelevantes.
Malu – Onde você vai André?
André – Vou para a delegacia, se o Julio esta escondido em algum lugar, a Gabriela com certeza deve saber, e ela vai falar nem que eu ...
Malu – Não precisa disso, eu posso estar enganada mas acho que sei onde ele esta.
André – Então me fale, vou pra la agora.
Roberto que estava próximo, escutou toda conversa, insistindo para ir junto.
Roberto – Se você sabe onde ele esta, então eu vou junto.
André – Não acho boa idéia tio.
Roberto – Eu vou André, você querendo ou não.
O dia já estava amanhecendo, Alexandre ficou a madrugada toda em pé, com a mão no peito o tempo todo, segurando as correntes que estavam em seu pescoço.
Estava com os olhos fechados, meio que sonhando acordado, quando despertou com o barulho de uma daquelas máquinas apitando. No mesmo despertou correndo como um louco. Em segundos aparecerem vários enfermeiros e outro médico.
Daniel estava morrendo e rapidamente começaram a reanimá-lo. Alexandre estava muito nervoso e esquecendo tudo a sua volta começou a fazer o procedimento necessário, tentando reanima-lo.
Carmem – Mais uma vez doutor, se não vamos perdê-lo.
Alexandre suava em bicas e só sossegou quando os batimentos cardíacos de Daniel voltaram ao normal.
Dr. Marcos – O que aconteceu aqui?
Carmem – Ele quase teve uma para cardíaca.
Alexandre examinou Daniel e viu que o estado dele era mais grave do que pensava.
Dr. Marcos – Precisamos fazer a cirurgia, ele esta com um coagulo no cérebro por conta do impacto.
Alexandre – O que? Ele não vai resistir.
Dr. Marcos – Não temos outra alternativa.
Alexandre sabia que o colega estava certo, mas seu medo era que Daniel não resistisse a um procedimento tão complexo como aquele, no estado debilitado que se encontrava.
Dr. Marcos saiu, pedindo para providenciar o centro cirúrgico, mobilizando toda a equipe.
Carmem – Doutor, tenha fé, o Dr. Marcos e a equipe presente são competentíssimos.
Alexandre – Não, ele não vai operar o Daniel.
Carmem – Mas apesar do alto risco, é a única chance que ele tem.
Alexandre – Não, não, quem vai ele sou eu.
Carmem – O que?
Alexandre – Isso mesmo, eu vou operar o Daniel.
Carmem – Você tem certeza? Você esta muito cansado, será uma longa cirurgia, delicada demais.
Não haveria argumentos para convencê-lo do contrário, mesmo morrendo de medo que algo desse errado ou que seu amor não agüentasse, Alexandre já tinha decidido.
Estava saindo de sua sala, quando Taís acordou.
Taís – Tio, cadê o tio Daniel.
Alexandre – Oi meu amor.
Taís – Tio, leva eu pra ver ele.
Alexandre – Ele não pode agora.
Taís – Tio, se você é medico e ele esta doente salva ele.
Taís – Trás ele de volta pra mim.
Alexandre – Eu vou salvar.
Taís – Fala pra ele que amo ele de montão.
Alexandre – Eu vou falar, mas depois você mesma vai poder falar pra ele.
Ângela tinha acordado e só então se deu conta que Lucia e Taís não dormiram em casa. Já ia ligar para a filha quando a campainha tocou.
Inês – Bom dia.
Ângela – Bom dia, a senhora aqui!!! Posso ajudar?
Enquanto isso do outro lado da cidade, André estava dentro de um carro, vigiando o endereço passado por Malu.
Roberto – Mas afinal, que lugar é esse?
Não demorou e logo viram o carro de Julio, parando mais a frente.
André – Bingo, você já era.
Mesmo estando visivelmente cansado, Alexandre se vestiu e foi para a sala de cirurgia. Ao entrar já sentiu um aperto no peito, ao ver Daniel nu, de bruços, com a cabeça toda raspada. Suas pernas ficaram moles, mas puxou uma força tão grande que ele nem sabia que tinha.
Carmem – Esta tudo certo doutor?
Alexandre – Sim, esta tudo certo.
Enquanto todos se preparavam, Alexandre chegou próximo ao seu amor, acariciando sua cabeça.
Alexandre – Confie em mim meu amor.
Alexandre – Eu vou lhe salvar.
Continua....
