Capítulo 6
Coisas estranhas...
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Bati a porta furiosamente, me virando para encarar papai, que também me encarava.
-Quem é aquele garoto e o que ele fazia aqui? -Perguntou papai como se eu tivesse enchido a casa de criminosos.
"Aquele garoto" . -Ironizei -Era o Josh, meu amigo. E que comportamento ridículo foi aquele, pai?!
-Não quero que fique saindo com qualquer um. -Falou papai, magoando-me por falar assim de Josh.
-Bem... -Meu sangue fervia. Senti mais ódio por ter chorado em sua frente. - Então,Parabéns, ao "Qualquer um" -Falei numa ironia venenosa. -Por quê o Josh, estava aqui quando eu nem existia pra você!! Por quê se o Josh fosse pai, seria o melhor pai do , diferente de você!
Papai tem olhos verdes e pele branca. Os olhos dele encontraram os meus. Eu sabia que o tinha magoado. Mas ele acha que não me magoou agir como se o trabalho fosse mais importante que eu?!
Papai não jantou. Eu comi sozinho e quando eu ia subir as escadas, vejo algo no chão.
Uma chave.
Era uma chave de metal negro com uma pedra de vidro redonda e um corte negro no meio.
Três chaves... Duas em um dia e mais uma semanas depois... Pode ser que meu destino seja ser chaveiro... Ri de minha piadinha rudícula e subi para dormir.
Deitei na minha cama já de pijama, depois de um banho. Fitei o teto.
-Josh. -Falei, começando a procurar meu celular nas roupas.
Disquei seu número e esperei.
Em vez de ouvir a voz dele, apareceu a voz tediosa da atendente da operadora.
tentei mais quatro vezes, antes de desistir.
Guardei a chave com o olho verde... Estranhei uma coisa... O verde... Igual ao dos olhos... Do...
PAPAI!!
Espantado com aquilo, guardei a chave no cômodo, que já havia se tornado Porta-Chaves. Peguei meu fone e fiquei ouvindo uma música que Josh havia composto para mim: Sempre, se chama ela.
Adormeci na parte em que ele dizia: " Não importa o que você pense, o que eu pense, você SEMPRE vai estar no meu coração... Eternamente será assim, enquanto vivermos... Quer queira a gente ou não..."
Na manhã seguinte,a gaveta de meu cômodo brilhava numa luz incandecente.
Quando abri, obsevei as três chaves em minha gaveta.
A prata e ouro tinha sua afiada ponta de vidro curvada para baixo. A verde maçã tinha um arco pela metade, completado pela chave olho-de-gato.
Olhei melhor. As três chaves estavam perfeitamente alinhadas.
Peguei-as da gaveta.
"R" A sincronia entre as três pontas dava uma letra... Minha inicial.
Seria possível?
-Renn... -Ouvi uma voz em minha mente. -O escritório...
Essa voz queria que eu fosse até o escritório de papai?! Não queria ir, mas a curiosidade me castigava.
Desci as escadas silenciosamente. Peguei a chave mestra que tem aqui e corri até o escritório.
-O cofre - Instruiu a voz.
-Por quê eu tô fazendo o que você quer?! -Censurei como se a voz me escutasse. E escutava.
-Por quê quero lhe ajudar a lembrar. Eu sei que você vai conseguir...
-O cofre tem senha! - Reclamei. - Não sou guru pra adivinhá-la!
- A R B A - Soletrou a voz. - Digite essa palavra.
-O que significa? -Quis saber.
-ABRA, ao contrário. -Explicou a voz, num tom calmo.
Enquanto explicava, eu já havia aberto o cofre. Lá tinha dinheiro, papéis e um livro de capa de couro azul bem escuro.
-O livro -Falou a voz.
Peguei-o.
-Tá, e agora?
Mas a voz não respondeu. Na verdade, passei o dia inteiro esperando uma resposta.
E quando dei por mim, era segunda.No dia anterior, eu havia enviado mensagens até meus dedos darem caimbra e liguei milhares de vezes para o Josh e parecia que pouco importava pra ele.
Na faculdade, ele estava com uma expressão abatida. Quase como se tivesse vomitado a noite toda.
Ele tentou falar comigo umas 5 vezes mas.eu o ignorei. Queria que ele soubesse como é bom se esquecido.
Ele me cutucava, me empurrava de leve, até me ameaçou. Mas eu não lhe dei atenção. Eu pensava na voz... Nas chaves... No livro estranho que eu guardei numa caixa no sótão e nele... Eu tentava não pensar em Josh e achava que progredia...Até perceber que pensava nele.
O sinal tocou e eu tratei de cair fora, mas antes, passar no banheiro. Estava apertado.
Depois de me "Aliviar", eu lavava as mãos caprichosamente.
Josh entra no banheiro e vem em minha direção.
-Podemos conversar? -Perguntou educadamente.
Seu perfume chegou até minhas narinas, fazendo minhas pernas ficarem moles.
-Não. -Falei sério, resistindo à tentação.
Eu avançei para a porta, quase correndo, mas Josh me segurou por um braço me apertando na cintura e me sentando na pia de mármore do banheiro.
-Não faz isso comigo!! -Falou num gemido. Podia sentir o sofrimento em sua voz.
CoNtInUa...