Nós paramos de rir, eu sentei no sofá, e ele começou a falar com grande seriedade - Sabe eu sou, o homem que eles procuravam, pensei que ia me delatar, mas como eles não me reconheceram, eu quero te agradecer e muito.
Eu tirei rapidamente o sorriso do meu rosto, olhei para ele - Olha só que eu vi que era você, eu vi, mas se eles fizeram o que fizeram com você, e por que você descorda deles, e se descorda deles e por que você é um homem bom.
Ele engole seco mais uma vez - Eu não sou um homem tão bom assim, eu sou filho do Cyrus, o nosso governador, e como me neguei a fazer o que ele queria, ele mandou me matar, então resolvi fugir e ir para cidade fantasma, foi ai que pelo que me lembro, seis homens me encurralaram, eles eram fortes, e alem de poderes como os meus, eles tinham força física, depois que desmaiei, acho que sofri mais agressões, mas não sou nem nunca fui um gente, sou só um homem que tem moral, ética e que resolveu seguir seu próprio bom senso.
Eu respondi secamente - Eu entendo, mas não posso confiar em você.
Ele me olha com os olhos cheios d'água - Faz qualquer coisa, mas não me manda embora não.
Eu me levantei fui até o quarto, peguei uma velha corrente, mas depois me arrependi, resolvi deixar as coisas como estavam.
fiquei alguns instantes, sem dizer uma palavra, mas ele se mexeu de um jeito me fez olhar para ele, eu perguntei - Tá tudo bem?
Ele não disse nada simplesmente, assentiu com a cabeça, e disse - Olha para salvar a menina você não precisa de armas, mas sim de um disfarce.
Eu olhei para ele com a aquela cara de:"Como você sabe?"
Ele simplesmente sorriu, apontou para cabeça, e eu entendi, ele leu minha mente, fiquei irritado, mas a ideia era boa.
Já era noite, eu me vesti com uma roupa de medico, passei direto pelo portão com meu carro, entrei, meus poderes me levaram até Camila, estava em berço sozinha chorando, peguei ela e ela parou de chorar, bom ai veio a parte difícil, coloquei ela em minha maleta trocando ela por uma boneca, passei pela porta do quarto onde ela estava, mas dois passos depois o alarme tocou, minha prioridade, era pequena, envolvi com o poder da minha mente, mas eu não tinha força o suficiente, para fazer um campo para mim também, na verdade era falta de treino.
Consegui lutar com alguns, de outros eu apanhei, levei um tiro de raspão na lateral do abdome, mas quebrei alguns pescoços, eu não queria fazer aquilo, mas na guerra, e a sua vida o a de seu algoz, e naquele momento eu tinha que me salvar para salvar Camila.
Nesse momento eu só conseguia pensar em chegar em casa, foi quase na porta de entrada, que eu fechei os olhos, vi que para mim não tinha mais jeito, eu ia morrer, mas quando eu abri os olhos eu estava na minha sala, são e salvo, como pode, há um minuto, eu estava prestes a morrer, e no outro eu e Camila estávamos salvos.
Só tinha um probleminha, meu rosto ficou gravado nas câmeras, eu tinha que sair dali mudar de identidade e de cidade.
Continua...